[ARQUIVO] A TEIA DE ESCOLHAS E DETERMINISMO NAS TEMPORADAS MAIS RECENTES DE LOST

Originalmente publicado em 11 de maio de 2009.

A despeito da atratividade da idéia de que se pode viajar para o passado, o autor dessa série escolheu o fatalismo, a irrevogabilidade das culpas: o passado refeito é exatamente o passado que havia sido feito! Um círculo histórico fechado.

Paradoxo do avô – mato meu avô quando meu pai sequer havia nascido. Mas e então? Resposta: não matei, eis o impossível. O que está no passado é imutável. Significa que qualquer viagem no tempo “já houve” nesta época para onde se viajou. Você já esteve diante do seu jovem avô, apontou-lhe a arma, a bala pegou de raspão, você voltou à máquina e quando perguntou a seu pai se o pai dele já havia sofrido um atentado à vida, ouviu falar do maluco que era você.

APLICAÇÃO NA ILHA Nunca começa, mas eis o universo. Os viajantes que “aparecem do nada” e assumem cargos. Normal do ângulo dos nativos. Ah, o Ben sabia que um avião viria a cair ali… A primeira rixa, do ângulo do Ben, entre ele e Sayid foi: “Sim, sou um assassino!” – tiros no peito. “Por que aquele homem, dos outros, me agrediu?” Sem embargo, como mostrou o desenrolar do capítulo sua memória infantil foi extirpada. Todos os “novos dharma” estarão envolvidos na questão do massacre, mas é de se pensar quantos anos ainda faltam. Mais reflexões poderão ser ensaiadas por essa mente balbuciante assim que flashes do futuro forem exibidos (Locke x Ben; Sun, a esposa do desaparecido Jin, etc.).

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Originalmente publicado em 8 de junho de 2009.

A viagem nº 1 de Desmond não foi como a de todos os outros. Ele foi para o futuro, mas se estava lá não podia morrer no passado. Daniel sofreu na carne ao subestimar, com seu novo corpo, sua sina.