[ARQUIVO] TURNING POINT PARTE II

Originalmente publicado em 8 de fevereiro de 2010.

Me sinto potente para recomeçar! Demorou para me sentir assim – de novo… A novela da sucessão de erros culminando no ulterior sublime se re-representa… Uma pulsão, momentos e novos planos, ilusórios e hipotéticos, eu sei, mas jogados aqui, encenados aqui, encarnados neste frigorífico aqui! Energia bela e forte o suficiente para justificar e apagar… A borracha da primeira vez tinha sido aniquilada pelo ferro-velho sentimental da segunda onda de rancor. Quando eu fechei aquela ferida horrenda… ou melhor, quando a competente médica a suturou… esqueci-me da injustiça do pior ano da minha vida, me redimi e me considerei merecedor e renovado.

Então essa mesma criatura arrancou os pontos, e se fosse na barriga eu diria: as tripas pularam todas para fora! Só que o ferido de guerra nunca sabe que o último inimigo de pé e as caixas de primeiros socorros estão tão próximos! Cada brisa, cada baque, cada comando conspira a favor – CUIDADOS CHEGARÃO A TEMPO! Quando já se tornava contraproducente ao soldado lembrar a remoer seus tempos abortados de quartel – é como se antes o peso da lista de preocupações tivesse de dobrar, porque o espírito queria recordar todas as dores juntas… e aí as características da reconfortante amnésia das chagas foram dando seus sinais, um a um. Já não tenho que responder pelo que foi quase hoje! Já estou esquecendo, me despedindo de, o que me levou a essa reincidente paragem. É verdade que febres – e textos (e letras ruins!) – fecham ciclos? Na Fortaleza eu quis queimar etapas mas eu ERGUI mais etapas…

Mão amiga, logo ali, porque aprendi a confiar; até naqueles sobre quem deveríamos permanecer mais céticos! A espuma, o ciclone, vai passar? Preciso de um terceiro olho, me deslocar! O horizonte é belo, rumo à próxima ilha. Desencane, dessa vez não serei enganado… com noções de paraíso. A vida é como um rio. Eu me rio.

Estou um caco, que devo fazer? Insista! Há coisas que não são como copos d’água, que é o que menos vicia: apenas mais para cativar, para se domar! Estou procurando essa mulher nada aquosa: aquela que dá por si só a sede!

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Descubra mais sobre Seclusão Anagógica

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo