INTRODUCTION TO VEDANTA: Understanding the Fundamental Problem // INTRODUÇÃO AO VEDANTA: Mais próximo à filosofia ocidental do que se imagina. – Swami Dayananda, 1997.

This book is based on the opening talks given by Swami Dayananda at the start of a 3-year course in November 1979, at Piercy, California. The first text studied at this course was Tattvabodha, a simple textbook of definitions, comprising an outline of Vedanta. (…) Barbara Thornton compiled, abridged and edited the talks.”

1. AS BUSCAS HUMANAS

Os purushartha buscados pelo purusha

(Os 4 bens supremos buscados pelo homem.)

dharma ética

artha segurança (‘bem’, ‘felicidade’ ou ‘paz’ na filosofia ocidental)

kama princípio do hedonismo

moksha liberação

Artha e kama pertencem ao reino animal. A parte mais primitiva e ancestral do socius e os instintos mais básicos. Apenas o dharma e o moksa constituem buscas do homem, indivíduo, na acepção mais nobre da palavra. O homem, ou o animal super-ansioso.

Kama ou Mercúrio

Tempo condiciona o desejo [desejo stricto sensu]. Espaço condiciona o desejo. Individualidade condiciona o desejo.” Quase podemos dizer que o princípio mercurial foi enunciado no Ocidente por Kant. Seguem-se considerações no reino da Estética.

Artha ou Especificidades do homem

Sendo artha e kama as metas mais volúveis para o indivíduo, que se guia por valores mutantes, a cultura ou civilização é uma forma de tornar estes valores mais estáveis, estabelecendo um valor dos valores (prisão consensual ou condicionada).

As normas que controlam o livre-arbítrio se chamam karma.

Aqui iniciam as considerações sobre a subordinação do prazer e da segurança à ética. A primeira constatação do homem ético é: o próximo também vive (é purusha) e busca os bens supremos (purushartha). Não posso usá-lo como escada para minha auto-realização.

A fonte da ética

Se nenhum sistema ético ou ética idiossincrática é perfeito(a), há sistemas éticos que constituem medianas sociais exigentes e boas o suficiente para serem seguidas quase universalmente. A ética que deriva de escrituras sagradas de natureza remota no tempo, chamada de código religioso, é chamada no hinduísmo de dharma. Dharma estão acima de karma, porém karma é uma forma básica do dharma. O dharma é secular (deste mundo). O material de onde deriva pode ter qualquer status (secular ou sacro).

Interpretação de imperativos éticos, Falibilidade do homem e da astúcia: Lei e virtude como meios para um fim ou fim em si

Do valor destrutivo da Verdade, o imperativo ético mais difícil.

Da não-obrigatoriedade do cumprimento de tabus (vocação especial do sacerdote ou asceta), parte sagrada ou tradicional dos imperativos éticos.

O Dharma

O dharma é um misto de imperativos éticos seculares (senso comum) e fórmulas consagradas nos Vedas, com interdições e recomendações específicas para o seguidor do livro.

O que no Ocidente se costuma chamar de karma, sem conhecimento oriental, é justamente um princípio do dharma verdadeiro: o de que toda ação apresenta conseqüências, a curto, médio e longo prazo, boas ou ruins. O karma está falsamente associado, na cabeça do ocidental leigo, ao destino inexorável.

Punya é a boa ação cujos frutos podem ser imediatamente notados e colhidos. A própria prática da boa ação pode ser automatizada ou introjetada individualmente como um prazer.

Papa é a má ação cujos frutos podem ser imediatamente notados e colhidos. O Ocidente associa a expressão a pecar (e curiosamente não associa nada a punya). Papa tem a ver com a ocorrência de um futuro indesejado.

A árvore purushartha

Dharma está na copa da árvore dos purushartha, liderando em importância. Até agora a árvore parece um triângulo ou uma divisão tripartite. Foram citados apenas 3 dos bens supremos buscados. Isso tem uma motivação ulterior.

Moksha na verdade está além do dharma, mas na vida da maioria absoluta dos seres humanos não desempenha qualquer papel. Veremos adiante o quanto eu me oponho a essa “tese”… É possível levar uma vida prazenteira, feliz, confortável e mesmo ética, legítima e não-destrutiva para os outros; mas o dharma, sendo secular, possui limites bastante claros. É o limite dos bens supremos temporais. A partir de então fala-se em moksha, o que já é abstrato ou mais-que-abstrato, já que a ética é em si abstrata: supra-sensível.

Quando o corpo se torna uma prisão: Do belo & Para além da individualidade

O que Platão quer dizer com a metempsicose? A roda dos desejos.

Que tudo esteja no seu devido lugar é evidenciado pelo desejo de que nada fôra diferente do que as circunstâncias do momento.”

A vida inteira como este momento.

Todo ser humano tem a memória de já ter vivido um momento de moksha. Há correntes e há cavernas.

2. A QUESTÃO FUNDAMENTAL

A fonte do erro

Estar no meio do caminho é sempre pior que fora do caminho, para não dizer “no caminho certo”. Melhorando a analogia, saber de algo pela metade é sempre pior do que nada saber.

A auto-avaliação da inadequação

(…) Começa a adquirir um ar inopinado de auto-ajuda barata!

A busca pela perfeição via mudança

(…) Descrição modorrenta da vida do pequeno-burguês.

Valores pessoais determinam os tipos de mudança

(…)

Atitude quanto a mudanças

(…)

Ganho por mudanças pressupõe perdas

(…)

Volubilidade do prazer

(…)

Reconhecimento do problema

(…)

Análise da experiência

Finalmente algum conteúdo não-facilmente apreensível pelos adultos de 20 anos típicos (idiotas profusos): “A pessoa madura atinge o desapego (nirveda). Discerne que o incriado (infinito) não pode ser produzido pela ação.” Literalmente nenhum cristão é capaz de entender a segunda frase. O mundo enquanto mundo só tem sentido para o cristão porque é um mundo criado, com um Autor; derivado de uma Ação todo-poderosa daquele que é nossa imagem e semelhança elevadas à enésima potência.

Nesse momento o não-experimentado-o-bastante cai na tentação de contrariar a própria descoberta, e crer-se diferente só porque “descobriu” o tal “infinito”. E esse erro está sendo premeditado neste tópico pelo próprio autor! Quanto mais sabedoria, mais humildade, não é possível entender esse incriado e superar a ação, modo fundamental do homem! Em outros termos, o autor está confundindo o leitor leigo, não orientando-o bem.

A inadequação é centrada em si mesmo

Dos males o menor: essa interpretação pelo menos já desautoriza a conduta do convertido fanático que “vende todas as suas coisas” e parte seguindo Jesus… Nada ter e tudo ter são essencialmente idênticos.

O livro conceitua brahmanah como “pessoa madura”, descartando todo o racismo inevitável nos textos sagrados hindus. Não estou dizendo que não deveria fazê-lo, mas passa de largo que na literatura, e durante milênios, essa não foi uma possibilidade: ou se era da casta ariana ou os arcanos lhe estavam vedados!

He recognizes that what he really wants is a drastic change in himself, not a situational change.” Não! Como dito, o autor cai na precipitação (diria, cai no precipício) de piorar o erro, após citar o aforismo do incriado!

Noção de adequação: a norma para se auto-avaliar

A exposição retroagiu de novo para contemplar os babacas na casa dos 20. Exemplo: “One cannot consider something as bad unless one knows what is good. There is no dissatisfaction if there is no norm for satisfaction.”

“…Therefore one struggles for security and pleasure” O idiota continua querendo. O não-brâmane! Porque a noção de adequação é mais uma falsificação das aparências.

A busca direta pela liberdade a partir da inadequação

Moksha como a “senda” que leva à adequação (falso!). Mumukshu, quem busca a libertação. De nada adianta, porém, abrir um terceiro olho se ele também é cego!

Mumukshus e hedonistas: demasiado parecidos, demasiado pequenos olhados à distância, demasiado humanos…

E neste ponto, falta dharma, a ética, único campo genuíno das relações humanas (nirveda nirvana)… Mas foram 29 páginas circulares e silogísticas até aqui, num livro de apenas 120!

3. A BUSCA MADURA

A solução fútil

Resumo do capítulo anterior.

A experiência da adequação

Mais um pouco de resumo, i.e., tratamento infantil do conceito de ataraxia dos gregos antigos.

Alegria e inadequação não podem existir em mim no mesmo instante.”

Falácia. O alegre pode se sentir inadequado (o ganhador da mega-sena, que “tem tudo”, mas sabe que não tem “o que mais precisa”). Ou seu inverso, o infeliz que se sente adequado: segue a moral dos melhores, é ético, vive porém com pessoas corrompidas e inferiores. Vive da melhor maneira, mas seus vizinhos, sua sociedade, fá-lo um rematado infeliz.

Distinguindo conhecimento e experiência

Mais colocações óbvias.

Mais falácias:

  1. Experiences can be contradictory.”

Talvez falar em falácia seja exagero, mas é uma meia-afirmação inútil: experiências são, inerentemente, sempre contraditórias umas com as outras. Não é questão de possibilidade, é uma certeza inexorável.

  1. Knowledge cannot be contradicted.”

O conhecimento é apenas um raciocínio qualquer. Tanto quanto as experiências, os conhecimentos se contradizem o tempo todo. Mesmo se conhecimento = Verdade absoluta, há várias “verdades absolutas”, mais cedo ou mais tarde a filosofia e a observação da vida diária chegam a essa conclusão. E não há árbitro capaz de decidir pela preeminência de uma verdade absoluta sobre as outras. Aporia.

Parece um livro-texto furreca de psicologia dos anos 60: (p. 33) “Any given set of perceptual impressions gained from experience may or may not conform to knowledge. To qualify as knowledge they must pass the test of inquiry.” O que, uma junta de especialistas, banca monográfica?! Haha.

The questions are: Is the experience of a sun that rises in the east and sets in the west fact or not? Is this observation true? What about the polar sun that can be seen traveling in a circle? How does this observation correspond with fact?”

Knowledge: With respect to the earth the sun is stationary, neither rising nor setting nor moving in a circle” Então o conhecimento são os universais!

After inquiry and analysis, the contradictions are resolved in a true understanding” Desde que num tema já exaurido pela ciência da época.

The experiences were only mithya, apparent”

Investigação da natureza do si mesmo: atma-vicara

O sol, comparado a um si mesmo, é fixo, absoluto, mera coisa. Podemos dizer que temos um conhecimento objetivo sobre o sol. E, ao lado dessa afirmação, podemos dizer que ninguém tem um conhecimento objetivo sobre qualquer outro alguém (ao sujeito não é dado conhecer o sujeito). Sobre adequação ou inadequação de alguém. Como o Homo sapiens é primeiramente um animal crítico, dir-se-ia que “até Alexandre o Grande tinha suas inadequações”, mas que nos confins da Terra acharemos um “perfeito inadequado”. Por mais que queiramos, Bolsonaro, p.ex., ainda é costumeiramente adequado, até endeusado (absolutizado!) por muitos “seres humanos” (não-brâmanes)…

A investigação necessária para resolver a questão particular da auto-adequação é chamada atma-vicara. Atma significando ‘eu’ ou si mesmo, e vicara atendendo por pesquisa, inquérito, investigação.”

O tópico deve ser mantido em aberto.” Ó!

O que se tenta aqui não é resolver uma equação de segundo grau, rapazes, é um pouco mais complexo que isso!

Análise da busca pela adequação

Repetição.

A busca pela adequação é universal e não está em poder de ninguém desistir”

Repetição (cita mumukshu duas vezes, nada conclui).

A natureza da realização

Mudança de situação, mudança de lugar, passagem do tempo são relevantes somente para aquilo que é limitado.” Bom, aqui pelo menos refuta-se o além cristão. Não há redenção à morte (futuro temporal máximo do ponto de vista individual).

A conquista do já-realizado

(…)

Liberdade da inadequação: uma meta já consumada

The first 3 human goals, dharma, artha, kama, the ethical pursuit of sec…” Grave erro. Quando foi que o ser humano incipiente buscou ética? Jamais!

Inquiry into the nature of adequacy shows that this is the only category in which we can put moksha.” Desisto desse livro.

A busca madura

Grosso modo, podemos reduzir o dito à p. 43 como: “sou burro, doravante busco conhecimento”. Nada que Sócrates-Platão não tenham ensinado com palavras muito mais poéticas.

An informed mumukshu is called a jimasu Mas o mumukshu já não era “informado” (maduro)?

mumu… busca liberdade

jima… busca conhecimento

Many examples can be found in almost all religions of severe, painful, and sometimes strange practices undertaken for the sake of deliverance from limitation.” (mumu) Muitas, inclusive o próprio asceta hindu. O Código de Manu está inteiramente informado, para usar um trocadilho, desses casos.

A progressiva decadência (auto-retirada do mundo da ação) do homem…

This inquiry into the self which leads to discovery of the nature of oneself is called Vedanta.” Charlatanismo. Não o Vedanta, mas esta palestra.

4. IGNORÂNCIA E CONHECIMENTO

Vejam os subtítulos de mais este capítulo inecessário e “circular”, para “pegar leve”:

Todos nascem ignorantes

A desfolhação da ignorância

Conexões: sambandha

Objetos são conhecidos via percepção

Os meios para conhecer devem ser adequados

Inferências são baseadas na percepção

Conhecimento intelectual é conhecimento inferencial

O conhecimento é incriado [Platão já esteve aqui, etc., etc.]

Conhecimento válido

Percepção é inútil para o auto-conhecimento

A necessidade do auto-conhecimento

Os meios de obtenção do auto-conhecimento

Para o auto-conhecimento, procure um guru qualificado [mero esquema de pirâmide milenar]

Conhecimento indireto e direto via palavras

As palavras do guru dão o conhecimento direto do si mesmo

Chuva de lugares comuns. Creio, por bem, que devamos parar por aqui! Aquele que necessita de um guru não pode “ser salvo”, muito menos “salvar-se a si mesmo”…

FRAU LOU: NIETZSCHE’S WAYWARD DISCIPLE: A HISTÓRIA DE UMA FALSIFICADORA INATA – Rudolph Binion, 1968.

FOREWORD (Walter Kaufmann)

Was Lou really that important?”

The bulk of this volume is not out of proportion to the importance of its subject, for Frau Lou is more significant than Lou’s own books. In the case of most biographies the opposite may be taken for granted, but in this case the author’s reach exceeds the woman whose biography he offers us—in two ways.

First: not only does he deal with Nietzsche, Rilke, and Freud; we also encounter an amazing array of other German and Austrian writers and scholars. It is scarcely an exaggeration to say that Lou’s friendships approximate a Who Was Who of Central European intellectual life during the half-century between 1880 and 1930.”

The whole literature on Lou’s troubled relationship to Nietzsche and Paul Rée is dated by Frau Lou.” “Lou, like Nietzsche’s sister, falsified the story. That the sister’s account was mendacious has been known for a long time, but everyone who discussed this episode without relying on the sister has invariably relied on Lou. Thus Binion makes a major contribution to the study of Nietzsche’s life and character.”

In the last chapter we see the old Lou writing her memoirs, rewriting her life once more, fashioning a final version of events that she could not face as they had actually happened. Then we still get an account of the author’s source materials and the obstacles he faced when he visited her archives. It would be a rank abuse of his hospitality to tell this story in the Foreword, but it provides the perfect link between those last years in which Lou tried to forge her myth and this book in which the myth is finally exposed. Only after having read those pages can one fully appreciate Rudolph Binion’s immense accomplishment.”

KEY TO THE REFERENCE MATTER

Dates are written the day first, then the month in Roman, then the year, thus: 7 VII 1897. Lou’s diary entries are cited by their dates preceded by a D, thus: D 7 VII 1897. The formula for a letter, whether published or unpublished, is addresseraddressee, date, thus: LouFreud, 27 IX 1912. Correspondents’ surnames or full names are used except in Lou’s and the following cases: B-H (Richard Beer-Hofmann); CG (Clara Gelzer); Clara (Clara Westhoff Rilke); EK (Ellen Key); Emma (Emma Wilm Flörke); FN (Friedrich Nietzsche); Frieda (Frieda von Bülow); Hanna (Hanna Bormann); Helene (Helene Klots Klingenberg); HVH (Hugo von Hofmannsthal); Ida O (Ida Overbeck); Lisbeth (Elisabeth Nietzsche, later Förster-Nietzsche); MVM (Malwida von Meysenbug); O (Franz Overbeck); RMR (Rainer Maria Rilke). An asterisk signifies an oral source, thus: *Franz Schoenberner.”

PREFACE

Frau Lou is a psychoanalytic study of a near-mad near-genius of a woman.”

Translating Lou was troublesome, for as she grew older her style carried the weight of her arguments more and more. Academic at first—even in her fiction—it acquired sonorous modulation and intricate articulation in her middle years. Then it went the way of compact allusiveness, as if aiming to compress all of Creation into a single, pious syllable. Tractable as is German diction, Lou strained it baroquely in the end. This compelled me to strain English even harder in order to convey her message intact. I moreover found best reason to quote her at her worst, for then her latent texts were most legible—especially when she was either solecistic or silly, which she rarely was.”

P A R T O N E . C H I L D H O O D

I. FATHER AND FATHER-GOD

Psicanalistas deviam ser proibidos de escrever biografias: “Litde Lelia was wretched amidst plenty as only a human being can be. Her trouble was psychic growing pains which fortunately can, and unfortunately must, be traced to their crude source. This was a craving for her father excited by excretion and attended by darkling visions of reentering his bowel-womb to repossess his penis.”

Mas essa bisonhice na escolha e interpretação dos temas não é o pior: estilo críptico e pouco pertinente para esse tipo de livro. Prosa poética de mau gosto. Quem entender se o que Binion descreve às páginas 6 e 7 são apenas eventos normais de infância ou cenas de estupro ganha uma balinha. Ex: “yet she was pleased to feel tiny and helpless over against him.”; “and if his strokes now felt punitive rather than voluptuous, she now had a father-god only too willing to commiserate over the sore spot.”

P. 8: “In drawing on actual people for her personages, she was opening up her ‘second world’ to the first. Yet beneath the surface, her personages were still mostly herself and her father, their fates still determined by her old father-romance.” Ainda não entendi uma linha da vida dessa garota…

Probably rarely has a girl had everything so much her own way, averred her mother.”

Autistic as ever, ‘awkward’ and ‘shy’ to boot, Lelia kept to herself throughout adolescence.” “Her one confidante her own age was her cousin Emma, who would daydream with her about true love.” “Lelia’s only other intimate was an uncannily clever and charming maiden aunt named Caro, who won her heart by treating her as the special girl she knew herself to be.”

ALICE ÀS AVESSAS: “Lelia ‘learned nothing’ at her gymnasium, the German Lutheran Petrischule, where at 16 she still wrote like a whimsical child of 10.”

II. GOD’S VICAR, GILLOT

Constructions like Gillot’s were rife since Herder and Hegel had made history progressional and Bauer and Strauss had made Jesus historical.” Se isso foi 11:59, ainda estamos na meia-noite em ponto!

Early in 1880 she went abroad with her mother to convalesce from nervous exhaustion.”

III. AFTER GILLOT

(…)

Ilegível!!!

P A R T T W O . Y O U T H

I. THE UNHOLY TRINITY

Parece que ela foi “aluna especial” ou “ouvinte” na universidade de Zurich porque não pôde se qualificar ao bacharelado.

Paul Rée, a Schopenhauer adept in his student days, took a doctorate at Halle in 1875 with a dissertation on Aristotle’s Ethics and that same year brought out an anonymous collection of psychologistic bons mots: Psychologische Beobachtungen. In 1877 he came into his own as Positivist, Utilitarian and Darwinist all in one with an account of how conscience must have originated” Nie. tinha que fazer muitas concessões para ter amigos, já vejo!

She took him out of her way home from Villa Mattei via the Coliseum, where she assured him beguilingly by moonlight that she was out for comradeship, not romance. Infatuated, Rée sent for help from his one close friend, Friedrich Nietzsche.

Rée had first met N. in 1873 through a common friend, the classicist and Kantian Heinrich Romundt, on arriving for a summer in Basel, where N. was professor and Romundt was visiting him. N. was then 28, Rée 23. With an old classmate of N’s, the dilettante Carl von Gersdorff, Rée attended N.’s course on the pre-Platonic philosophers.”

in (…) 1876 (…) the two were both just then positivistically surmounting Schopenhauer’s influence,¹ N. in his Human, All Too Human and Rée in his derivation of conscience. So congenial did N. find Rée both philosophically and personally that, after ‘enjoying the lovely autumn’ for some days with him near Montreux, N. took him along on a winter’s sick leave spent in Sorrento with Malwida von Meysenbug – by her gracious provision.”

¹ À minha idade atual. Quão doloroso não foi para mim chegar a esse estágio já aos 20? Mas e então – o que fiz desses 12 anos de dianteira? “Progredi” realmente em algo mais?

he is a moralist with the keenest vision – quite a rarity among Germans.” FN

he developed into a genealogist of morals in point-by-point opposition to Rée.” “Perhaps I have never read anything to which I have said no to myself sentence by sentence, conclusion for conclusion, in such measure yet utterly without vexation or impatience.” Prefácio da Genealogia

Gods were not natural forces divinized to the end of sanctifying official penalties, as Rée had it; they were tribal fathers to whom, by reason of the pain of being moral, a bad debt was felt to be owing – and growing. Moreover, religion did not merely underwrite official morality, but often enough rewrote it. For morality was transcending itself continually: today’s virtues were yesterday’s vices.” “N. too viewed the bad conscience as mankind’s mortal ailment, and at first too saw a quick individual remedy in the correction of certain intellectual errors, notably God and free will. He soon looked instead to a gradual ascendancy of mankind’s ‘intellectual conscience’, newly emergent, over mankind’s moral conscience, still at loggerheads with the herd-instinct. By 1882 he was dimly envisioning an inversion of values by ‘free thinkers’ (who would repent of their compassion, rancor and remorse [and of their repenting?]) preliminary to a transvaluation of values by a new, higher species of moral man.” Grifo meu.

Rée harked back to premoral man, N. forward to postmoral man – to a final, as against primal, innocence to be achieved through self-mastery and self-knowledge. For only N.’s thinking was bold. Rée’s irreverent philosophy was one long writ of impeachment against a tyrannical conscience – his own.” “Each bore the marks of a pressing personal alternative: melancholia and paranoiac megalomania respectively.” “Yet all along, even as he played up Rée, he played down their differences. In HATH he called Rée ‘a master of soul-searching’ and again ‘one of the boldest and coldest thinkers’. (…) Subsequently he added: ‘Long live Réealism and my good friend!’.” Genial.

AOS 33 (estou a 2 dias do meu aniversário, 2021): “Two years later N. was released from his university duties with a decent allowance because of his health. Subject to dire headaches, eyeaches and nausea since 1873, with ever rarer interludes of euphoric relief, he suffered the worse for imagining his father’s fatal ‘softening of the brain’ to be hereditary. [a fonte aqui é uma carta a Brandes de 1888]”

Foi um projeto longamente cultivado por N. e Rée morarem e viverem juntos, porém nestes tempos de convalescença e de necessidade de eremitismo filosófico N. hesitou primeiro, para em seguida rechaçar tal projeto com firmeza: não era seu destino levar uma existência tão ‘epicurista’!

N.’s distress on Rée’s account, while quite sincere, was only the outside story. The inside story was released to Malwida years afterwards, with a vengeance: <‘He’s a poor fellow, one must push him along’ – how often have I told myself this when his miserable, dishonest way of thinking and living revolted me. I have not forgotten the fury I felt in 1876 as I heard he would come along to you in Sorrento. And . . . in Sils-Maria I became ill at my sister’s news that he wanted to come up. [N. expressou sua vontade de não ser sob qualquer circunstância interrompido em seus trabalhos de verão, por carta, a Elizabeth.]>

On the outside, meanwhile, N. overrated Rée far more than was even his fond wont with friends. For Rée had no notion of N.’s mind beyond the narrow range of his own: all N. was contained for him in N.’s Réealistic sentence, ‘Every word is a prejudice’. And even within that narrow range N. was Rée’s master.” “By mail N. would exchange compliments with Rée but not ideas – for all Rée’s trying.”

Curiosamente, seu amigo também parecia sofrer dessa sinusite-dos-sábios: “I have had a headache now for some 14 months without even a minute’s let-up.’ Desabafo em carta, outubro de 1879.

E aqui eu muito agradeço Lou sequer estar sendo mencionada!

He mothered N., nursed him, read to him to spare his eyes, but then stole his symptoms” Como não deve ter sido prato cheio e apetitoso para um psicanalista estreito escrever essas linhas!

Both were precisionists with the pen, with a like penchant for epigram. N.’s prose was not lost to theory, however, but bacchanalianly live with it. It reveled in his thinking as he himself did; and amidst his solitude, his thinking ran riot with him. Timid as he was, it knew no taboos, so that he took wicked delight in it – while also shuddering at it as, beginning in August 1881, he conceived in turn the ‘eternal recurrence’, the ‘overman’, etc.”

And then it was that N. chose to <return ‘to men’>, as he put it – to come down from the mountain so as ‘to become human again’, like his Zarathustra in The Gay Science, then in preparation.”

Rée teria enviada uma máquina de escrever a N., que quebrou no caminho.

N. dizia de si mesmo em suas cefaléias horrendas: 7/8 (sete oitavos) cego.

Between times they went to see Sarah Bernhardt, who, overplaying Camille, burst a blood vessel on stage – ‘an unbearable impression.’

Your brother uses the typewriter all the time, only his blind groping for keys does give him lots of trouble.” Rée Lisbeth

Greet the Russian girl for me, if that makes any sense: I am greedy for souls of that species. In fact, in view of what I mean to do these next 10 years, I need them! Matrimony is quite another story. I could consent at most to a 2-year marriage” N. escreve nessa mesma carta que logo após essa frase a máquina de escrever “parou”.

Well before then, Lou was already counting N. in on her projected residential salon by reason of Rée’s and Malwida’s respective versions of him as the veriest positivist and veriest idealist.”

Gillot, o preceptor e quiçá proponente a marido de Lou, tendo enviado uma carta de censura sobre seus “projetos devassos” de se encontrar com dois homens (uau, arrebatadoramente imoralista!), Lou respondeu declarando sua emancipação, por assim dizer. Claro que nesse ínterim Rée foi sempre um joguete de seu coquetismo. Agora vinha mais um para diverti-la.

As for his [Reé] taking her [Lou] home on foot after midnight, arm in arm: what if someone had recognized them?! ‘And what would R. have done had an officer or anyone else been unpleasant to you – fought a duel?!!’ Malwida”

Malwida had glimpsed a first truth about Lou: she was not unmindful of sex and convention after all.”

O PRIMEIRO ENCONTRO (NA PRAÇA DE SÃO PEDRO, ROMA, ITÁLIA): “His hands incomparably beautifully and nobly wrought, his unusually small and delicately shaped ears, his fine, highly expressive mouth-lines, almost fully concealed by an ample moustache combed over them, his placid features in general together with his gentle laughter, his noiseless way of talking, his cautious, wistful gait, shoulders a little bent, his ultra-simple neat attire”

His defective eyesight lent his features a quite special magic in that they did not reflect varying outer impressions but only what was passing through him internally. They looked inwards, yet at the same time into the distance”

In return, N.’s eyes could barely make Lou out, while to his ears her voice was somewhat rasping.” Hahaha…

“‘It is unpleasant to be able to do nothing but plead in a matter so close to one’s heart’, she wrote Rée on April 25. [para N. postergar sua estada]”

N. cannot answer for how he will feel tomorrow, but would like to introduce himself to your mother before we meet again at the lakes.”

N. was not fit to leave before another week” “he explained to Lou that her chaste ménage à trois was not all that simple even with chaperon, as I should consider myself duty-bound to offer you my hand so as to protect you from what people might say; otherwise, etc. etc.” Que tempos!

Between times N. presented himself to Lou’s mother, who warned him that Lou’s self-accounting was strictly fantastical; he listened with one sharp ear.”

Finalmente no começo de maio o trio se encontrou novamente.

He spoke to her of the eternal recurrence, which made self-denial eternally foolish, and of his son-to-be, Zarathustra, due to transcend the slave morality of good-and-evil as the historic Zarathustra had transcended the master morality of good-and-bad.” Nunca um flerte foi tão imediatamente alto nível na História!

Lou was just not his buxom type”

Ida Overbeck later remembered him as then ‘most excited’ and ‘most hopefully confident’. For, she explained, ‘N. had given himself to the hope of having found his alter ego in Miss Salomé – of working with her, and through her help, toward his goals.’

That this photo was all Lou’s idea emerges from RéeLou (late May 1882): the Stibbe doctor would examine her as revenge for the photographing: I shall be as stubborn (about it) as you (were)’, and from RéeLou (mid-June 1882): ‘Picture arrived yesterday. N. superb; you and I hideous, can dispute the prize for ugliness between us. You see, Lou, for once you were not right after all.’ FNLou (28 May 1882) was more gallant: ‘Oh the bad photographer! And yet: what a lovely silhouette atop the rack-waggon!’

(*) “Natural science was presumably N.’s idea, but 1890a:224 is the sole source for the stock contention that he wanted to study it 10 years so as to ground the eternal recurrence physically (space and matter finite, time infinite), which is likely as fanciful as the neighboring one (ibid., 224-25) that, cursory study having disclosed the impossibility of ever grounding it, he clung to it only the faster (cf. Schlechta, Fall, 30ff.)” O que não é o tal do telefone sem fio, Mr. Graham!

O DISCRETO: “N. desired Lou’s ‘very existence’ to be kept secret from his mother and sister. Son and twice grandson of preachers, N. did not ridicule his family on account of its ‘Naumburg virtue’ without reverencing it on the same account, even unto fantasies of noble lineage: in nothing, declared Overbeck, was his ‘caprice’ more conspicuous. His sister, still his childhood sweetheart, had since HATH come to idolize his life as against his books, and he cherished her idolatry at heart even as he dreaded her jealousy.”

At all odds, Rée was already on intimate Du terms with Lou in Lucerne behind N.’s (and everyone else’s) back – as a ‘little brother’ with his ‘little sister’, to be sure, yet even fraternally he craved Lou’s exclusive affection.”

Rée’s aim of turning Lou over to N. was reversing itself: already he was aiming to turn her against N..”

II. FORM PILLAR TO POST

Paulão visivelmente agindo como fura-olho pelas costas via cartas: “I am and shall remain entirely your friend alone; I have no scruples about behaving a little crookedly, a little falsely, a little mendaciously and deceitfully toward anyone except you. Out of my friendship to you I make a cult; I regard as a sin – (what, Mr. Antimoralist?) – well, I mean: if I did or said anything false, dishonorable, unfriendly, crooked with respect to you, I would have a feeling just like the one believers may have after committing a great sin. And from this special uprightness I draw a justification for being false in generalEscreve como se falasse ao telefone…

Are we really going to see each other again – or have I only dreamed it!” P.R.

R. is from head to toe a better friend than I am or can be: mark well the distinction!”

Your Flush of Dawn is now my only companion. It entertains me in bed better than would visits, shopping, and travel dust. Could I but say: see you soon! Only remain so cheerful and healthy, everything will turn out very well.”

Let me know how you propose to arrange your time from Bayreuth on and what cooperation from me you are counting on. I now badly need mountains and forests: not only health but even more The Gay Science is driving me into solitude: I want to finish it.”

Naumburg is a frightful place for my health.”

But I would like to insist very strongly that you not get all wrapped up in N.’s work. I should have preferred your going your own way mentally, just to prove for once that, even in these highest realms of thought, a woman can stand alone and attain independent results.” Malwida – Não se estamos falando do maior filósofo da Europa moderna!

Above all, I hope N. himself steers another course than in his latest writings”

NEVER did I think that you should ‘read aloud and write’ for me, but I very much wished that I might be your TEACHER. To tell the whole truth: I am now seeking people who could be my heirs; I carry something around with me absolutely not to be read in my books – and am seeking the finest, most fertile soil for it. Observe my self-seeking!”

I was downright bowled over by the fact of having acquired a ‘new person’ after overly strict seclusion and renunciation of all love and friendship.”

tragically, N. alone in his day and age knew how far above that day and age he stood.”

I am now still occupied with very fine matters of language: the final decision on the text requires the most scrupulous ‘listening’ to word and sentence. Sculptors call this work of finishing ‘ad unguem’.”

As for Parsifal, on July 26 she stood through the first performance looking duly transfixed, tone-deaf though she was.”

I hate it when someone does something commonplace and then calls it by a fine name. (…) this talk of their living together was sheer drivel; even assuming that the girl had been quite ideally pure-minded, her habits of life were so different from ours. Fritz is so painfully orderly, exacting, and ascetically inclined” EN

Lou’s earliest Nietzschean apologists themselves (Bernoulli, Halévy, Andler, Hofmiller) all maintained that she was a passionate Wagnerite—indeed, that this was the root of the evil.”

One day a bird flew by me, and I, superstitious like all solitary people who stand at a turning of their way, believed I had seen an eagle. Now the whole world is at pains to prove to me I am mistaken—and there is urbane European prattle about it. Who is better off now—I, who as they say was ‘fooled,’ who spent a whole summer in a lofty world of hope on account of this bird omen, or those who are ‘not to be fooled’?—And so forth. Amen. . . . —Now I am ‘a bit in the wilderness’ and pass many a sleepless night. But no despondency! And that demon was, like everything that now crosses by path (or seems to), heroic-idyllic.” FNPT (Peter Gast)

Relato de EN das palavras de Lou: “he’s a madman who doesn’t know what he wants, he’s a common egoist who wanted only to exploit her mental gifts, she doesn’t care a hoot for him but if now they didn’t go to a city together it would mean she weren’t ‘great’, that’s why Fritz doesn’t want to study with her—so as to shame her. What’s more, Fritz would be crazy to think she should sacrifice herself to his aims or that they had the same aims at all, she knew nothing of his aims. Besides, were they to pursue any aims together, 2 weeks wouldn’t go by before they were sleeping together, men all wanted only that, pooh to mental friendship! and she knew first-hand what she was talking about, she had been caught twice already in that kind of relationship. [com ‘papai-Deus’ e a porra dum padre-tutor!]

As I, now naturally beside myself, said that might well be the case with her Russians only she didn’t know my pure-minded brother, she retorted full of scorn (word for word): ‘Who first soiled our study plan with his low designs, who started up with mental friendship when he couldn’t get me for something else, who first thought of concubinage—your brother!’

utterly out of my element: never in my life had I heard such indecent talk (here I have reproduced it all with propriety at that). And a 21-year-old girl was saying these things, especially about men generally and my brother in particular, and when on top of it all she had proposed their living together!! What is one to think of such a girl?! In the evening, when we were in Tautenburg and Fritz was out looking for a place for us to stay, she broke out again in a fury against Fritz and became downright grossly indecent, as when she said full of derision: ‘just don’t go thinking that I care beans for your brother or am in love with him, I could sleep in the same room with him without getting worked up.’ Would you believe it possible? I too was altogether beside myself and shouted at her repeatedly: ‘Stop this indecent talk!’ ‘Pooh,’ she said, ‘with Rée I talk a lot more indecently.’ She had also told me Rée had told her that Fritz was thinking of a concubinage. So now I told her: All right, I would ask his mother, whereupon she was furious and threatened to get back at me, and she did. I was utterly miserable and didn’t sleep a wink. . . . Oh what a martyrdom for my sensibility the whole story was! . . . The moment she believed she could draw no further advantage from his fame she fell upon him like a wild animal and tore his good name and reputation to bits and trampled on them. . . . The girl is not out to marry Fritz, she just wants to become famous through him. She wants to marry only a rich man because she needs lots of money and has none.”

Again Lisbeth’s account was in substance unquestionably faithful throughout. It depicted a veritable hysterical outburst on Lou’s part modulated by an impish impulse to make Lisbeth squirm in her straight laces. Lisbeth was indeed shocked—for life.”

AH, A TURMINHA DA PSICANÁLISE! “In after years Lou herself, even while officially scouting the whole vulgar incident, represented the contents of her tirade equivalently in diverse contexts; as to its form, in old age she projected the hysteria onto Lisbeth by having her vomit in shock”

Heavens, she had never imagined I still had such retarded views, so what if he had intended concubinage? That would be nothing degrading surely, they were above conventionality so it couldn’t degrade Fritz and she hadn’t meant it to.” EN

Rée, then heading for Helgoland to wait on Lou’s pleasure, did his best to sustain the lovers’ quarrel by mail. He took it out especially on Nietzsche’s shift of philosophical course. By mid-August, however, he was reduced to taking it out on his own jealousy. For through a diary installment Lou told him about having spent a radiant August 14 with Nietzsche away from Lisbeth ‘in the quiet, dark pine forest alone with the sunshine and squirrels’, adding: ‘Conversing with Nietzsche is uncommonly lovely . . . but there is quite special charm in the meeting of like thoughts and like emotions; we can almost communicate with half words. . . . Only because we are so kindred could he take the difference between us, or what seemed to him such, so violently and painfully. . . . The content of a conversation of ours really consists in what is not quite spoken but emerges of its own from our tacit exchanges. (…) But is it good for him to spend the whole day from morning to night in conversation with me, hence away from his work? When I asked him this today, he nodded and replied: But I do it so seldom and am enjoying it like a child. The same evening, though, he said: I ought not to live long in your vicinity. We often recollect our time together in Italy and . . . he said softly: monte sacro—I have you to thank for the most bewitching dream of my life.Lou came close to perceiving a sorry truth: in nothing was she so akin to Nietzsche as in her passion for half-spoken words that denied as well as implied their unspoken half.”

What will become of him? He cannot again devote so much enthusiasm and energy to a cause.¹ A second love is no love. And will anything come of this one? Besides, there is subtle charm to the fact that one often does not clearly understand what he is saying and so supposes more behind it than is there.² Snailie [apelidinho mongolóide entre a puta e R.] will laugh and say pure envy is speaking out of me. Perhaps—”² O limitado Rée

¹ Os maiores livros de Nietzsche ainda estavam todos por ser escritos.

² Já devemos congratular este simplório pela astúcia de entender que havia algo que não podia entender na filosofia nietzschiana…

And I’m somewhat jealous too meanwhile, naturally—understandably. . . . Just you wait, Snailie. [Smeagol] . . . Now that you’re friends again with Nietzsche, enough! More you don’t need, do you hear, Snailie?” Patético.

É a historiografia dos fortes? O que é ‘fortes’?

III. “A PITY FOREVER”

TALK HAD set them asunder; talk brought them back together. Morning, noon, and night the two talked—in the pine forest, on an inn terrace beneath lindens, along precipitous chamois paths, in her room and in his. They talked of unholy things—of squeamishness about suffering as inhibited delight in it (‘we did not dare look at each other afterwards’) and, over a cognac (‘Ah, how foul it tasted!’, he exclaimed), of his potential for madness. More academically, he argued the original ascendancy of the ‘herd instinct’ over Rée’s constant: egoism. Yet religion was, he later remarked, ‘really our sole topic’. They discussed how each had relinquished his childhood faith—he all at once and effortlessly, she with a painful struggle of mind against heart.”

Odd—how in our talks, without meaning to, we always wind up on the precipice; anyone listening to us would think 2 devils were conferring.” L.

Nietzsche found Lou’s prose sorely wanting yet readily corrigible.”

She labored her diary for his scrutiny too. ‘I have excessive confidence in his power as a teacher’, she entered on August 14. By August 18, however, he has ‘given up on being my teacher; he says I should never have such a prop’ – which on their terms meant never be a woman.”

She resolved on Nietzsche as author, in lieu of woman as such, as the subject of her first full-scale study.” “She had caught him at the ideal moment: in transition – or, as he preferred, transcendence. After 6 years of impassioned positivistic self-restraint, he was about to burst into didactics and song. [?] With his help, she found that he would she himself (sic) a new philosophic purpose in order to deliver himself from the pain of instinctual discord whenever an old one lost its grip on him, and that he would face up to each new purpose as to ‘something cut off from himself and to be endured by him’ – whereas she would struggle painfully toward her one (unspecified) goal felt to be an innermost necessity.”

So ended Lou’s Tautenburg diary. From merely romanticizing his every sign of fondness for her, she had gone on to divinize N. in her own likeness.”

“‘Two things my philosophy forbids me unconditionally: 1. regret, 2. moral indignation. Do be sweet again, dear Llama!’ Llama stayed sour, and Nietzsche shortly reported to Overbeck: I have the Naumburg virtue against me, there is a real break between us – and even my mother so forgot herself with one remark that I packed my things and left for Leipzig in the morning.’ He was to specify thereafter: ‘My mother called me a disgrace to my father’s grave.’

I have no call at all today for praise or blame – a further reason to write no letters.”

FNL “Read Sanctus Januarius once in context! There stands my entire private morality as the sum of my requirements for existence: they prescribe only an ought, in case I do not want to myself.”

Lou at all odds read Sanctus Januarius – and blithely took the passage exhorting an estranged friend to be one with candor and good grace for a message to Rée. § Rée looked just a bit contemptible to Lou after Tautenburg – and felt rather more so. On a note of apology, he promised N. a frank talk in Leipzig. Under the same cover he announced that Lou had won him over to N.’s view that egoism had been celebrated before coming to be reviled: he was back at playing second fiddle, only now under Lou’s baton.”

“‘stellar friendship: our earthly ways have parted, but let us trust that, though we may yet become earthly enemies, our celestial orbits will cross again sometime’ Science. N. unquestionably had Wagner on his mind when penning this passage (though Hofmiller, without dissenting, located the germ of it in FNO, 14/11/81) – but R. may have already been at the back of his mind then and certainly was in 9/1882).”

the oldest signification of ‘good’ was distinguished, powerful, rich, and of ‘bad’ lowly, weak, poor: this was Rée’s one new Nietzschean thesis since his Ursprung.” Ao que consta, Lou ‘convenceu’ Rée de que a filosofia de N. era mais correta que seu ponto de vista liberal-pragmático.

With that, Rée was ready to crawl contritely out of the Trinity.”

as I have lost my natural sister, a preternatural one is due me.”

Between times, Lou was again N.’s self-willed schoolgirl. They discussed her plans for a study of religious history as well as her draft sketch of his life and works.”

Rée era o passivo da não-relação.

I do not like feelings where they reconverge in their circulation, [?] for that is the point of false pathos, at which truth and integrity of feeling are lost. Is this what is estranging me from N.?” Ficou xonadinha e não quis dar o braço a torcer.

Lou “Maia”: ela e o véu – e nada mais!

Dedicatória no exemplar de HDH:

Freundin – sprach Kolumbus – traue

Keinem Genuesen mehr!

Immer start er in das Blaue,

Fernstes zieht ihn allzusehr!

Wen er liebt, den lockt erg erne

Weit hinaus in Raum und Zeit –

Über uns glänzt Stern bei Sterne,

Um uns braust die Wigkeit.”

The Columbus theme in Nietzsche’s poetry goes back to his ‘Colombo’ of 1858, one of his many youthful poems about sailing the high seas – but the only actual sailing he ever did was that to and from Sicily in 1882.”

Even writing letters to my sister is no longer advisable – except for those of the most innocuous sort (I sent her another letter full of merry verses lately).” Nietzsche a Overbeck, 27?/8/1883

How shallow people are to me today! Where is there a sea left in which one can still really drown? I mean a person.”

Then he moved on to Columbus’s city, from which he had originally sailed to meet Lou – in the wrong direction. He had come full circle.”

All nearness makes one so insatiable – and in the last resort I am an insatiable fellow on the whole. – From time to time we will see one another again, won’t we?” NR

Mind? What is mind to me! What is knowledge to me! I esteem nothing but impulses – and I would swear we have something in common here.”

de espírito-livre a corpo-livre lá vai um, lá vão dois, três abismos!…

Affects are devouring me. Dreadful pity, dreadful disillusion, dreadful feeling of wounded pride – how can I stand it any longer? Isn’t pity a feeling out of hell? What should I do? Every morning I despair of lasting the day. I no longer sleep – what good does 8 hours’ walking do! Where do I get these violent affects from! Oh some ice! But where is there ice left for me? This evening I’ll take opium till I lose my mind.”

A cat’s character: that of a beast of prey posing as a domestic animal. Nobleness as reminiscence about association with noble people; strong will, but with no great object; without diligence or cleanliness, without civil probity; cruelly misplaced sensuality. (…) Capable of enthusiasm for people without love for them, yet love for God: need for effusion (…) only some basic mishap in your upbringing and development has temporarily crippled your good will for this. Just think: that cat-egoism unable to love any longer, that professing nothing together with a feeling for life . . . and then knowledge as a pleasure among pleasures. And if I understand you at all: these are all voluntary and self-imposed tendencies with you – for as much as they are not symptoms”

A MACACA DE ZARATUSTRA: “In her loss of herself she was that strongest offense to him: ‘the caricature of my ideal.’

His sister – who, according to a draft to Malwida, ‘regards Lou as a poisonous reptile to be destroyed at all costs’Só porque uma mulher não presta, não quer dizer que sua inimiga preste.

Souls such as yours, my dear sister, I do not like: and I like them least when they are morally bloated.”

For heaven’s sake, what do these little girls of 20 think who have pleasant feelings of love and nothing to do but be sick now and again and lie in bed?”

Formerly I was inclined to take you for a vision, for the earthly apparition of my ideal. Observe: I have poor eyes. . . . Had I created you, I would have given you better health, to be sure, but first of all some things that matter far more

Twins spiritually, they were sexually the titillating reverse. Only the same taboo on both sides brought their mating to a stalemate as its sexual motive loomed lurid to them both” mating!

I tense all my fibers for self-mastery – but I have lived in solitude and fed on ‘my own fat’ too long, so again I am the more readily racked by my affects. Could I but sleep!” NO

Today something occurred to me in passing that made me laugh hard: she actually treated me like a 20-year-old student – a quite permissible approach for a girl of 21 – like a student who had fallen in love with her. But sages like me love only ghosts. Woe if ever I love a human being – I would soon go to ruin. Man is too imperfect a thing.”

But Lou, what letters you write! Little vengeful schoolgirls write that way: what use have I for such paltry stuff? Do understand: I want you to raise yourself before me, not lower yourself still further.”

In Lucerne I gave you my piece on Schopenhauer: I told you that my basic views were in it and that I believed they would be yours too. You should have read it and said no then: much would have been spared me.”

What would you reply if I asked you: are you honest? are you incapable of duplicity? . . . In your mouth, such a poem as To Pain is a deep untruth. In such matters I hate all superficiality. Only a high purpose can make people of your sort bearable to others.”

No, my dear Lou, we are nowhere near ‘forgiving’. I cannot shake forgiveness out of my sleeve after the offense has had 4 months in which to burrow into me. . . . Adieu, my dear Lou, I shall not see you again. Preserve your soul from such doings and make good with others (…) Adieu, dear Lou, I did not read your letter through, but I read too much already.”

Fast upon his ‘adieu’ to Lou, and just 9 months after meeting her, he delivered the first book of So Spoke Zarathustra, written in a trance, as if from inner dictation, in 10 ‘absolutely serene and fresh January days’.” A melhor contribuição (maculada, fenomênica concepção) desta mulher ao mundo!

Now on February 13, 1883, his first Zarathustra was ready for the printer – ‘in just the holy hour in which Richard Wagner died’, he later specified.”

My severance from my family is beginning to appear to me as a true blessing; oh, if you knew all I have had to overcome on this score (since my birth)! I do not like my mother, and hearing my sister’s voice upsets me: I have always fallen ill when together with them.”

With spring (…) the second book of Z. emerged.”

As for the typewriter, it is on the blink like everything weak men take in hand for a while, be it machines or problems or Lous.” NLisb.

Things are moving again. My sister wants her revenge on this Russian – well and good, only so far I have been the victim of her every initiative. She does not even notice bloodshed and the most brutal possibilities hardly an inch off.” NO – poderia estar falando da bestialidade alemã de décadas à frente, sem qualquer reparo!

And do not worry about my false footing with my sister; the truth is that all my footings so far with everyone have been false: she was at least as much affronted as I was, with good right too, and if now she means to work it out for Lou to be sent back to Russia, she will be doing more good if she succeeds than I with my asceticism. Of a sudden Dr. Rée steps into the foreground: to have to relearn about someone with whom I shared love and trust for years is frightful.” NIda O.

From all that I have now learned – of far too late! – these 2 persons, Rée and Lou, are not worthy of licking the soles of my shoes. Excuse the all too human metaphor! (…) Schopenhauer-style ‘pitying’ has so far always done the top damage in my life”

About suicide – a thought that every lengthy letter from N. in over half a year has expressed – I feel quite as you do: nothing can make it acceptable except desperation.” OGast

I would delight in giving you a lesson in practical morality with a few bullets: maybe in the best case I could manage to deter you once and for all from dealing in morality, which calls for clean hands, Dr. Rée, not clammy fingers!” NR

Ao irmão de Rée, teria dito algo que se aproxima, na tradução, a macaca fétida e esquálida com enchimento (falsos peitos). Adorável!

Enmity is incompatible with my whole philosophy and way of thinking”

RE-JOYCE WITH YOUR INNER POSSIBILITIES!

o rato roebens (rói bem!) a (consciência da) roupa do rei de remorsuras e inteleitos

mas ao pai de todos os reis, a punição mais severa –

a impossibilidade da reconciliação com um seu igual em temperamento.

…posto que se aproveitam de minha nobreza!

I no longer know how to live; it is on my mind continually.”

Se misturar com a ralé, Nietzsche, é da vida! – segue o jogo… Cada um à parte, com sua parte.

Never before did I hate anyone – not even Wagner, whose perfidy went well beyond Lou’s. For the first time I feel humbled.” Imagina-te filho de um Wagner, e não de um pastor que morreu sem dar trabalho…

long a stranger to practical life, I act 49 times out of 50 on a motive no one seeing me thinks of, so that I almost always arouse misunderstanding and wind up my own victim.”

engolindo e vomitando sapos como devora-se o pão de cada dia, mas não a ponto de estar cego a quem diabos sou ou devenho…

Such pain (it was as if a knife had been put to all my sore spots at once!) is a high distinction. My body and soul are so constituted that I can suffer frightfully in both: and as for my soul, I was last year like someone who for many, many years running had experienced nothing: whence my soul was without any skin or natural protective device.”

Given her energy of will and originality of mind, she was headed for something great; given her practical morality, though, she may well belong rather in a penitentiary or madhouse.” O clubinho das Quartas-Feiras não deixa de ser ambos: por fora, ‘something great’ (de acordo a pseudo-historiografia do séc. XX), porém um asilo ou penitenciária até a medula! Nada menos que profético, meu caro e jamais superestimado ídolo!

you cannot imagine how this madness rages in my day and night.”

Ajude-me a sobreviver mais 15 meses! = foi ele, mas poderia ser eu neste fim de maio, o segundo maio da pandemia!

The separation from you threw me back into the deepest melancholy, and the whole return trip I was lost to evil black sentiments, including true hate for my sister, who for one year now has deprived me of all self-control with ill-timed silence and ill-timed talk”

He nonetheless left for Naumburg [cidade das duas víboras-de-família] a few days later – and there, in a month of being tirelessly chided and taunted, the crisis passed. Lisbeth had found ‘something absolutely distracting’: anti-Semitism, the highest lesson she had drawn from the Trinity fiasco. That month Naumburg celebrated her engagement to Bernhard Förster, who was laying plans for Aryan colony in Paraguay.”

By April he had broken with Lisbeth again – this time ‘radically’, for ‘between a vengeful anti-Semitic goose and me, conciliation is impossible.”

Despite all this forfeiture, and for all his show of anguish and fury, he surmounted the sentimental casualty of ‘82 more rapidly, more fully, and more healthily than either of his 2 erstwhile consorts.” [!]

IV. LOU WITHOUT NIETZSCHE

– His is a beautiful mouth.

– But, Miss Salomé, how would you know? His mouth is overcast by a formidable moustache.

– Yes, but when he opens his mouth (and how often I did speak with him!) I see his lips perfectly.

too odd a girl to be easily made out . . . a likable, winning, truly feminine being who renounces all womanly resources in the struggle for existence and instead takes up men’s weapons with a certain harsh exclusiveness. Sharp judging and, as it turns out, condemning of everything; no trace of mercy, so dear to woman; clear resoluteness in every word, yet her character only appears the more one-sided for being so resolute in its one direction; music, art, poetry are discussed, to be sure, but gauged by a strange standard: not pure joy over their beauty, pleasure in their form, comprehension of their substance, poetic enjoyment with heart and soul, no – only a cold, too often negative, corrosive philosophizing about them.” Ludwig Hütter, filósofo alemão, resumindo o caráter e a mente inócuos da ‘valley girl’ Lou a Malwida

Fidelio was ‘not bad’ – to cite one small example.” (Ignora-se se se refere a Rée ou Lou – mas faz diferença?)

I dislike that skepticism which picks holes in everything and yet can offer nothing positive.”

Deussen¹ was, like Romundt, an old friend of N.’s, and Stein a new enthusiast – the one sort being then about as rare as the other.

¹ FN, Genealogy, III:17, called Deussen ‘Europe’s first real expert in Indian philosophy.

Nie.’s occult sway over ‘our friends’ brought home to her his superiority as nothing else could – to the detriment of her chosen alternative to him.”

The Danish cultural historian Georg Brandes, later N.’s 1st notable publicist, evidently escaped detection.” (Aludindo provavelmente a sua possível origem judia – e Paul Rée era um anti-semita!)

In the spring of 1883 Lou and Rée urged a friend of Brandes, the brilliant young sociologist and ardent Nietzschean of the first hour Ferdinand Tönnies, ‘with friendly-violent insistence’ to join them on a trip to the Engadin.”

Paulsen, outro amigo do “círculo”, a Tönnies: “though I by no means like leaving you alone to the Rées and Nietzsches, I much enjoy conversing with Rée but do not expect I could live close to them. There is something morbid there…”

Lisb., 1/9/1900: “I believe Georg Brandes also first heard his name [N.] from me, in the winter of 1879/80 at Friedrich Paulsen’s house”

Tödo mundo cai no cönto dessa sereia: “She is really an altogether extraordinary being: so much cleverness in a 21-year-old girl would almost make your flesh creep were it not for her truly tender disposition and utter demureness. She is a phenomenon that must be seen from close up to be believed. And a single look suffices to annihilate any thought of a ‘woman of loose ways’, as the preacher says: cut off both my hands if I am mistaken!”

On July 26 Tönnies struck the first sour note by complaining of senility as he turned 28.”

There, Lou forgave Tönnies only pro forma and would not see him alone, much less let him call her ‘dear Loulou’ as of old.” HAHAHAHAHA! O irônico é que Tönnies não cometeu nenhuma gafe ou indelicadeza (“dar em cima dela”, seria a 1ª suspeita de quem lê), não nesse sentido: para Lou e Rée, que o incumbiram de uma missão – ver Nietzsche e convencê-lo a arranjar as pazes entre os 3 – ele fracassou além do permitido ao sequer ter conseguido tocar no assunto durante sua visita. Diz em carta que “os olhos semi-cegos porém penetrantes do meu interlocutor me preveniram de qualquer iniciativa”.

He bought Lou a copy of Zarathustra I and read to her from it. She was not a pleased father.” Hahahahaha!

N.’s mid-summer fury [nas cartas cheias de invectivas, a ela, a Rée, ao irmão de Rée e à mãe de Lou! – sem falar das piores ainda, de Elizabeth] had left Lou doubly apprehensive of forcible repatriation” A família Nietzsche era tão influente a ponto de sujar a honra da virgenzinha e torná-la persona non grata na Alemanha? Ou Na Europa inteira, já que esses pseudo-intelectuais faziam viagens quase toda semana para diferentes pontos da Itália, principalmente… Aqui entendo o sentido: a mãe de Lou seria convencida a cortar as ‘finanças’ da idle girl…: “The point was to acquire a profession in any case and maybe even a livelihood just in case.”

Desnecessário dizer que ninguém do “círculo” apreciou o hoje imortal 1º volume do Zaratustra. O próprio circunspecto Peter Gast teria dito, tolamente: “Eu acho que a doença afeta sua escrita”.

Sua tática defensiva (permanecer fora da Prússia por 18 meses e estabelecer-se profissionalmente) era válida somente contra a família Rée; mas ela se preocupava sumamente com a sua. Meio século depois ela ainda insistiria: ‘Eles tentavam me deserdar de volta para casa’ – acrescentando, incoerentemente, que sua família concordara, então, com seus planos de publicar um livro como meio de obter uma ‘permissão de residir no estrangeiro’.” “Im Kampf um Gott [o wannabe-book] Um esforço por um Deus, um romance à dupla chave [double clef, seja lá o que isso significa] –, recounted Lou’s Nietzsche experience not only disguised, but modified in accordance with her attendant hopes and fears. Her narrator-hero was Kuno (Nico), a preacher’s son who, having lost the paternal Faith in his youth, seeks to override the resultant ‘inner conflict’ by setting himself successive intellectual tasks contrary to his inclinations.” E essa BABOSEIRA vem da pena de quem achou Zaratustra ruim? Ok.

Lou’s allowance from home may have been cut in 1883 (in any case Rée escravoceta paid most of their way).”

No “romance” a personagem louaniana recusa uma proposta de Kuno em casamento; Kuno sai da cidade aliviado; Lou comete suicídio envenenando-se! Patético. E depois o romance se prolonga, com Kuno voltando e conhecendo uma filha sua com Lou, crescida, de quem esconde a identidade, e com quem tem um caso. Nauseante. Três vezes patético!

Through Margharita’s inner misgivings over her cat-egoism, Lou was retracting her final, self-justificatory letters to N.; through Margharita’s noble shamming of depravity, Lou was roundly refuting N.’s final indictment of her; through M.’s suicide, Lou was living up to a remark of N.’s, proudly noted by her, about how a nature as ‘concentrated’ as hers really ought to issue in a deed.” Parabéns a Binion por analisar essa merda com tanto esmero – páginas e páginas!

More immediately it was a secret message to N. (like ‘Märchen’s love-recognition at Nico-end’): the declaration of a love that could never be. In the spring of 1884 the hapless lovers communicated indirectly, probably through Romundt. N. learned that he had ‘actually done her much harm’ the preceding summer as also that she was in Meran with Rée and about to publish ‘something on religious affects’. She on her side heard that N. was ready to resume relations.”

she was in Munich afterwards with Stein, whom she engaged to plead before N. for a reconcilement – and mention her novel to him. Then Stein visited Sils for 3 enchanting days beginning August 26. He not only mentioned the novel, but also, N. told his mother, ‘spoke with the highest regard of Dr. Rée’s character and of his love for me – which did me much good.’ As for the plea, it went unheard, having perhaps been inaudible.”

Lou was back in Berlin by December, when her novel appeared. It brought Henri Lou, (?) besides rave reviews, a satchel-load of fan mail. One enthusiast declared: I and a whole circle of kindred spirits to whom I took your confession wish to express our warm and sincere gratitude’Zzzzzz…

My friend Ebbinghaus called it ‘nun’s fantasies’.” Deussen

Overbeck himself judged it ‘the most astonishing book I have read this year.’ He subsequently sent it to N.’s old friend the classical philologist Erwin Rohde, who ‘read it with much interest. For all its great faults (its bodilessness, ghostly spirituality, etc.), it is enticing by virtue of the pure ardor and genuine sentiment bursting forth throughout.’N. também leu o livrito.

A mulher deseja se tornar independente, então ela começa a esclarecer o homem acerca da ‘mulher enquanto tal’: isso é um dos piores progressos no enfeiamento geral da Europa.” Além do Bem e do Mal

Considero o verdadeiro amigo das mulheres aquele que assim as aconselha hoje: mulier taceat de muliere (mulheres devem silenciar sobre a mulher)!”

quando a mulher tem tendências intelectuais, amiúde ela não é sexualmente saudável”

alguém de gênio é insofrível quando lhe faltam ao menos duas coisas: gratidão e asseio”

quem, para salvar sua reputação, jamais sacrificou, pelo menos uma vez, – a si mesmo?”

Eterno masculino” (cunhado por Goethe): a característica de quem sabe, reconhece e exalta as mulheres mais nobres.

Toda sua seção sobre as mulheres em Beyond está repleta de Louísmos virados contra Lou, muito além de seus desertos [Aqui não fica claro o que eu deveria traduzir por ‘well beyond her deserts’ – As puerilidades e futilidades da mulher em geral, de Lou Salomé? Dos aforismos sobre o feminino que Lou tinha elaborado e que N. corrigiu com paciência?] [ou carências?] (ecoando, entretanto, [O que é que ‘ecoava’? o deserto, ou os ‘louísmos’ de N.? ou os louísmos da própria Lou?] o discurso zombeteiro da mulher como ente muito mais talhado para gerar um filho que para competir com o homem): foi sem dúvida a pior conseqüência intelectual de seu encontro.” Se Binion diz!

Convencer o homem a tê-la em alta consideração; para em seguida, implicitamente, acreditar na estima que o homem nutre por ela: quem sabe melhor que a mulher realizar essa mágica?”

alternativa:

Convencer o homem a tê-la em alta consideração; inconscientemente, acreditar na própria nobreza como coisa dada: quem melhor que a mulher para fazê-lo?”

ou ainda:

Convencer o homem de que ela vale muito; acreditar no homem: não é este o truque supremo da feminilidade?”

…depois conferimos o aforismo 148 nas traduções já existentes em Português para uma pós-avaliação!

Mais abstrata é a verdade que se quer ensinar, melhor se deve cativar os sentidos com ela.” Algo de que Heidegger certamente é incapaz…

As colossais expectativas depositadas pela mulher no ato sexual e seu pudor concomitante frustram desde sempre toda a sua vida sexual.”

one should talk only about what one knows firsthand”, assim resenhou N. o livro de Rée sobre a consciência, hahaha!

Rée then separated after all from his soeur inseparable: ‘86 found them living, as Lou then put it, ‘at opposite ends’ of Berlin ‘like children mad at each other’. (…) Besides, Rée had had enough of chaperoning Lou, and Lou enough of his chaperoning.”

The previous fall Rée had again failed his examination for a university lectureship, this time in Strasbourg, whereupon he had commenced studying the natural sciences with a view to grounding his moral philosophy in them” O nível do cidadão…

Mais meia dúzia de velhos babões pediram a mão da russinha em casamento, blá, blá, blá…

Finally, after returning from a few weeks in Bavaria spent principally with Jenia, Lou received a proposal from Fred Charles Andreas, a prodigious philologist [define it!]; the engagement followed secretly on November 1, 1886.”

Afterwards he studied medicine, zoology, and mineralogy at Halle and Göttingen, and at 22 he took a doctorate in oriental philology at Erlangen.” Morou muitos anos na Pérsia: “Only when he injured his eyes deciphering inscriptions in bright sunlight did he return to Europe – as courier to his royal patron, himself en route to Wiesbaden for eye treatment.”

By ‘87 he had mastered Greek, Latin, Pahlavi, Sanskrit, Old Norse, Aramaic, and Hebrew, in addition to Javanese, Dutch, German, French, the Scandinavian tongues, English, Hindi, Arabic, Turkish, Armenian, and just about every dialect of Persian, from Afghan to Baluchi (including Dravidian Brahvi) to Ossetic to Kurdish. Furthermore, in each case he had an expert’s knowledge of the corresponding literature, religion, and folklore, as also of the history, geography, and archaeology. He deciphered inscriptions with surpassing ease, memorizing even as he deciphered. (…) His special concern was how dead languages sounded, particularly how sounds relates to writing and how dialects emerge, then vary; he intended to do a great book on all this once he was settled professionally.” Mas vacilou e o pai da Lingüística foi Saussure e não ele!

POR ISSO NÃO GOSTO DE PSICANALISTAS BIOGRAFANDO: “Whereas he called himself Charles, Lou called him Fred (in writing, mostly ‘F.’), and soon after their engagement he Germanized his given names to Friedrich Carl. This hints at Nie.. So do his age and profession, his interest in Zarathustra, even his eye trouble – and a friendship with Erwin Rohde.”

Done with Lou as far as he knew, N. turned against R. in July 87 with The Genealogy of Morals, subtitled ‘a polemical piece’. In the preface he declared his arguments of 1876-86 against Rée’s moral theory to have been just that, pretending, however, to have drawn them from an age-old theory of his own about to be expounded in full for the 1st time – whereupon he presented them newly consolidated, sharpened, rectified, amplified, supplemented, and cleansed of Darwin’s and Bagehot’s traces. By predating this theory before his acquaintance with Rée, he was extirpating Rée from his past. He was also repudiating Rée the positivist par excellence when now he represented the scientific ideal as a derivative of Christian asceticism, Europe’s mortal malady, and repudiating Rée the rationalist par excellence when now he treated thinking as instinctual like everything else in life, only surreptitiously so. Thus confuted, R. became for him ‘congenial Dr. Rée’ again. And then, while in Ecce Homo he claimed to have meant himself by his Human, All Too Human tribute to ‘one of my friends, excellent Dr. Rée – fortunately too fine an animal to . . .’, (!) he also supposed that a subsidy remitted to him by Deussen from ‘unknown Berlin admirers’ came out of Deussen’s own pocket and, he told his mother, Rée’s.”

Genealogy does retain Bagehot’s distinctive frame of reference – nature’s huge enterprise of making the human animal law-abiding – but no hint at a natural selection of those primitive tribes having the hardest cakes of custom. As for Darwinism, the old ‘herd instinct’ gave way to the slavish principle of strength in numbers.”

Carta a Rée de 1877: “I ever more admire how solid your exposition is on the logical side. Yes, I can do nothing like that, at most sing or sigh a little – but prove! for the good of the head! That you can do, and that is of 100x more consequence.”

Rome viewed the Jew as something against nature, an antipodal monstrosity so to say” Genealogy of Morals

the big news in The Genealogy of Morals, crucial to its whole argument, is the world-historical role of the Jews, a sly priestly folk with a genius for rancor, who, subjugated by Rome, incite the slaves of the Empire to moral revolt against their masters, thereby determining a unique historic reversal of values with modern nihilism as its final consequence – pending a transvaluation of values.”

O mestre deveria aprender ao inverso: compaixão pelos escravos e suportar o ressentimento dos escravos.” Sempre achei que a forma mais cristalina desse axioma está contida não na Genealogia, mas no Crepúsculo dos Ídolos

Mulheres… todas gostam de mim – esse fato é de há muito conhecido: exceto as abortivas, as ‘emancipadas’, que não têm o que é preciso para gerar descendência.” Ecce Homo

Nem se eu enlouquecer eu mando cartas pra vocês!

Rée took his medical degree in 1890, then set up in Tütz as a medical saint. Living alone in a hut on the family estate, he tended the community free of charge for 10 years without a break. He would carry bread and wine to poor patients beneath his priestly mantle and readily finance trips to the distant clinics. He came to hate Lou, and he dismissed N. as all ‘morbid vanity’ and ‘raving’ in ‘clever’ and ‘beautiful’ phraseology. He was preparing a supreme opus, Philosophie

He was still deriving transcendental concepts such as ‘justice’ from selfishness progressively rationalized – still writing history a priori, only now without wasting labor on corroborative research. His philosophy, once daring, was now dated: like his counterpart the Count, he had outlived himself – and not only philosophically.” Acabou com o jumento!

He died on October 28, 1901”

Tönnies também possui um artigo devastador, chamado simplesmente ‘Rée’.

As for Malwida, Hütter recollected that, when he asked her about Lou in 92, she ‘replied – gruff, embittered, deprecatory (not at all like herself) – <I was deceived by her. She let me down>, something like <unworthy>. I said no more…’

V. THE WAYWARD DISCIPLE

With Fred she proved frigid: the marriage could not be consummated.”

She ruled out divorce because of ‘the bond, the word… – they retain their sting: he is still alive, he is, exists, and you have abandoned your freely chosen task!’”

[1890] Throughout most of Europe, Realism had already yielded to Naturalism on stage and in letters a decade or two earlier. That is, the inescapable banalities of social life had yielded to its inextricable problems, the pointless norm to the pointed extreme, occurrences and recurrences to situations, data to theses. Flaubert having shown that adultery was as dull as marriage, Ibsen and Strindberg were now showing that marriage was anything but dull given its inherent perils, including adultery – and dullness. In Germany, though, where Realism had been best known in translation, Naturalism was naturalized belatedly – on the stage for the most part, and with a strong admixture of dialect, reverie, and rhyme. Just so it created a scandal: on October 20, 1889, the Freie Bühne’s first domestic offering, Vor Sonnenaufgang by the unknown Silesian dramatist Gerhart Hauptmann, drew riotous cheers and jeers for blending didactics, lyricism, and crudity.”

As mulheres foram até hoje tratadas como pássaros pelo homem” Beyond Good and Evil

She advocated the emancipation of women, but with the proviso that new, self-given obligations and interdictions should replace the old, man-given ones.”

Though Lou’s Ibsen book was extravagantly acclaimed in its time, its big talk about ideals – about self-liberation versus self-alienation through ideals, and about self-sacrifice for ideals or for want of them – rings false in ours.” “she discussed neither Ibsen’s plays nor even his characterizations, but his characters themselves, quite as if they were real people” “Lou could develop no farther as authoress, feminist or female except as Nietzsche’s ex-disciple.”

Following Nietzsche’s breakdown, Lou filled in her old sketch of him and brought it up-to-date as she pored over his life’s work. The result was the first significant treatment of him in print: 10 precursory articles of 1891-93, elaborated into Friedrich Nietzsche in seinen Werken¹ of 1894.” “Other Nietzscheana prior to Lou’s were crackpot adulation or defamation.” “N.’s writings emerged as symptomatic expressions of self-induced nervous derangement at distinct stages of its development toward insanity. This thesis, startling for its time, was damning for N. in effect and in after-effect, confused as were Lou’s intent and argument respectively.”

If one has character, one has an ever-recurrent typical experience.” BGE

In point of fact N.’s insanity was due to a brain ailment of physical origin, hence was not mentally self-induced, and there is no correlation whatever between the onsets of his malady, his intellectual self-renewals, and his alternations between felt instinctual harmony and felt instinctual chaos. He does seem to have induced and relished many a crisis, only not knowingly. Lou, however, lacked a conception of unconscious purpose”

When speaking summarily, Lou let nothing philosophical survive N.’s self-renewals beyond his philosophical personality itself.”

Evidently she took his Zarathustra IV (1st published in 1891) for his ‘last work’, written ‘on the threshold of madness’ (1890a), only to learn belatedly that it was actually completed in 1885” HAHAHAAHAHA!

Para a loira burra russa:

suprahomem – misticismo

vontade de potência – ( ) (não escreveu sobre)

eterno retorno – idéia fixa

transvaloração de todos os valores – blá, blá, blá (é tão idiota que seria humilhante proceder a este résumé

Her first large-scale autobiographic hoax was, then, an approximation to that great coveted but forbidden spiritual and carnal union between them, rendered celestial and eternal by being depicted only dimly and solemnly and without temporal beginning or end.”

Within N.’s old circle Erwin Rohde, after deeming L.’s first articles on N. incomparably fine and deep, now told Overbeck that she was ‘above all a literary parasite who would just like to live off N. a while as off a suitable substratum while also putting her own person to advantage, and this not so tactfully or nicely.’

her reflexions and constructions about N.’s illness are sufficient in themselves to rule out any really intimate association or communication.”

In July 1893 Peter Gast, in his introduction to a reedition of N.’s Human, All Too Human, upbraided L. for her latest articles: he threw back her charge against N. of mystical madness, refuted her on point after point beginning with N.’s having come to positivism through Rée, and denounced her trickery about how long she knew N. – all this too late, however, to affect her book.”

Mr. and Mrs. Förster had founded their colony – ‘New Germania’ – in Paraguay early in 1886. In 89, facing financial ruin, Bernhard took his life; Lisbeth carried on alone, slowly retrieving the deficit. She returned to Germany in the fall of 90 for 18 months to boost subscriptions, then definitively in September 93 to cash in on her brother’s growing fame. She wrested his literary estate from Gast’s hands, then from her mother’s proprietorship. In February 94 she founded the Nietzsche Archiv in Naumburg with Gast’s help – only to turn Gast out that very spring. For she intended using the Archiv to represent N.’s life and thought in the way of her neo-Germanic propaganda, anti-Semitism and all. Her very own first project was known in Archiv parlance as ‘the biography’.”

In 1900 the Archiv began publishing N.’s letters: forged ones to Lisbeth reviling Lou and Jews plugged untoward gaps. A year later The Will to Power appeared, a concatenation of N. scraps presented as N.’s supreme work – as if to render Lou’s study obsolete. Lisbeth meanwhile more than once called Lou a liar in print – notably in 99 concerning Lou’s pretended conversations and correspondence with N. about the eternal recurrence. In 1904 the volume of the Archiv biography covering 82 appeared. By this account, Lou approached N. as a would-be disciple, but fast showed herself to be intellectually unfit and only out for an amour, so N., who really just wanted a secretary anyhow, sent her packing. L.’s book, ‘utterly false and untrue’, contained ‘conversations never held, excerpts from imaginary letters, and events that never took place.’ It was ‘an act of revenge upon sick N. due to wounded feminine vanity’ – and was ‘perhaps meant to win back Paul Rée’s alienated affections’ to boot.”

Unfortunately for Lou, the mud slung at her was made up of pure grains of truth – or rather, fortunately for her, the pure grains of truth were all mudded over. So, speciously wondering that anyone could regard her book as directed against N., she dismissed the Archival as beneath her dignity to read, let alone refute”

Her ethereal, ageless romance with N. having been refuted, she made him over into a nasty suitor – indeed a vengeful spurned man.”

In this contest between fabler and forger, the one sure loser was N. himself.”

P A R T T H R E E . W O M A N H O O D

I. RITES OF LOVE

IN 92 Lou Andreas, 31-year-old virginal wife, and Georg Ledebour, a Marxist journalist and lecturer 11 years her senior, fell in love.” “She insisted on working things out her own way. For months thereafter she lied to the 2 overwrought rivals by turns until she no longer heard what they growled or hissed back at her. She grew numb and skeletal.” “Ledebour married one of his pupils in 95—one of approximately Lou’s own age and social standing whom he had known, like Lou, since 92. She made him a tender companion through a stormy career and—following Hitler’s advent—a long exile.” “Lou’s Ledebour affair paralleled her Nietzsche hoax as her sorriest off-paper attempt since girlhood to impress fantasy upon reality. Even so, it was her farthest advance toward womanhood to date—a roundabout advance as if to a 2nd adolescence, this one compelling. Her first documented amour since her marriage, it was also her last with an older man: thereafter, while remaining a child-wife at home, she resumed her maidenly coquetterie abroad with new earnestness.”

Lou also made acquaintances fleetingly with August Strindberg, tenuously with the lesser playwright Otto Hartleben, and abidingly with the Danish translator Therese Krüger. And early in 92 she met Frieda von Bülow, soon her closest friend.” “A most possessive friend, she nonetheless had mixed, unstable feelings toward Lou, who was unfailingly devoted to her.”

Her next votive offering, Von der Bestie bis zum Gott (From Beast to God), was a delectable scholarly study of how deities, on losing their following, turn satanic and how, conversely, frightful beasts work their way up through totemism to fusion with tribal fathers, then withdraw to the wilderness as divinity sets in.”

Having found Vienna enchanting at first sight, Lou now found it doubly so. Schnitzler was then, on turning 33, a physician who dabbled in letters; only later that year did his drama Liebelei invert the formula overnight.”

II. SUPER-LOU AND RAINER

At Wassermann’s for tea on May 12, Lou was confronted with a veteran poet of 21 who, with huge soulful eyes, ‘narrow shoulders, thin neck’, ‘receding chin and almost no back to his head’, looked to her like a ‘sickly aristocrat’.”

She was far from suspecting his genius. And no wonder, for he was then in his artistic incunabula, which were all sensibility, sentiment, and fancy, in rich effusion.”

(…)

P A R T F O U R . M A T U R I T Y

(…)

II. A PERSONALIZED FREUDIANISM

Puro lixo e devaneio.

III. THEORIZING FOR FREUD

(…)

IV. LIVING FOR FREUD

(…)

V. ASIDE FROM FREUD

At Alvastra in ‘11 Lou seduced Poul (sic) Bjerre after having befriended his wife, an invalid, and laughed down his marital scruples (…) he too had once written on Nietzsche as a mad genius, but expressly to eschew reductive exegetics.” “About then Ellen Key ran into Bjerre, who inquired whether Lou still took Freud so seriously—and Ellen, reporting to Lou, added that Bjerre had just brought out a fine book exposing Freud’s exaggeration of sex.” “Lou’s next was Viktor Tausk, her classmate in Vienna, a Croation (sic) ex-jurist come lately to medicine and psychoanalysis.”

P A R T F I V E . O L D A G E [ O F A H A R L O T ]

I. REVAMPING THE PAST

Reaffirming her individuality by this same token, she treated Freud’s work as a contribution to her existence rather than the reverse.”

By and large, Lou treated other celebrities just like Tolstoi in not letting on how well or ill she knew them and as if her knowing them were a matter of course—though in fact she ransacked her ‘Celebrities’ file to compile 2 chapters teeming with them.”

II. “HOMECOMING”

As the pain eased over the months, she went back from 100 to 125 pounds even on a limited calorie diet—one permitting her chocolate at night in lieu of bread by day.” “Later that year she was laid up in plaster with a broken foot. Her proud calligraphy was reduced to a pencil scrawl—as during her prostration of 2 years before, only this time definitively, for her eyesight was failing.” “Another year or so and her chronic heart ailment had set in for the duration, followed by cancer in a breast that was successfully amputated in mid-35 after she had put her papers in final order and taken leave of the world.”

III. A RETROSPECT

Inclusive as were her cultural concerns, her concerns were that exclusively cultural: nowhere do her own ample annals disclose that, for instance, her life in Germany began under Bismarck and ended under Hitler.” Uma imbecil fora do tempo, mas não atemporal.

a moral monstrosity”

distraught fabler”

post-elaborated beyond recognition”

BEYOND FRAU LOU

Lou changed off fictionalizing techniques continually, but I could not grasp the sense of the changes.”

The stock subjects of intellectual history were extraneous to Lou, who went the Zeitgeist’s way with no guidance from the Zeitgeist. Commonly ideas and their ilk are chronicled as if they developed somehow one from the other or else in response to conditions and events of public life; they developed neither way, however”

* * *

APPENDIX B

How I would deal with a man who spoke that way about me to my sister there is no doubt. For I am a soldier and always will be, I can handle weapons. But a girl! And Lou! I did not at all doubt but that she would at some time cleanse herself of those ignominious deeds in a heavenly way. Dirt! Any other man would have turned away from such a girl with disgust: I too felt disgust, but overcame it again and again. It moved me to pity to see a nobly endowed nature in its momentary degeneration; and, to tell the truth, I spilled countless tears in Tautenburg—not on my own account, but on Lou’s. This trick pity played on me. I lost the little I still possessed: my good name, the confidence of a few people—perhaps I shall yet lose a friend: you (…) Dear friend, I call Lou my sirocco incarnate: not one minute have I had with her that clear sky that I need above me, with or without people. She combines all the human qualities repulsive and hateful to me, and since Tautenburg I have for that very reason put myself to the torture of loving her! (…) I thought you had persuaded her to come to my help: now I see that she is out for amusement and good mental entertainment. And when I think that questions of morality come in there too I am, to put it mildly, revolted.”

Listen, friend, to how I see things today! She is an utter misfortune—and I am its victim. In the spring I thought I had found someone able to help me: for which not only a good intellect but a first-rate morality is needed. I discovered instead a being who wants to have fun and is shameless enough to believe that the most distinguished minds on Earth are just good enough for her fun. As a result of this mistake I more than ever lack the means of finding such a person. I am writing this in clearest weather: do not confuse my sense with the nonsense of my recent opium letter. I am certainly not crazy, nor do I suffer from delusions of grandeur. But I should have friends who warn me in good time about such desperate things as those of last summer. Who could suspect that her talk of ‘heroism’, of ‘fighting for a principle’, her poem ‘To Pain’, her tales of struggles for knowledge, are simply fraud?”

It was a completely futile waste of love and heart—though in truth I can afford it. . . . Lou debases the whole dignity of our striving: she should have nothing further to do with your name and mine. I no longer understand you, dear friend. How can you stand being near such a creature? For heaven’s sake, pure air and highest mutual esteem!”

THE PHILOSOPHY OF [EUROPEAN] HISTORY – Hegel (trad. e notas de J. Sibree)

PREFÁCIOS DA EDIÇÃO ESPANHOLA “FILOSOFÍA DE LA HISTORIA UNIVERSAL”, DE JOSÉ GAOS

I. SOBRE LA EDICIÓN ALEMANA

La primera edición fue hecha en 1837 por Eduard Gans. La segunda, en 1840 por Karl Hegel; esta fue reimpresa -con muchas erratas- en 1848. La segunda edición ha sido siempre considerada como la canónica, por las grandes adiciones que contiene respecto de la primera. Ha sido reeditada en 1907 por Fritz Brunstad en la conocida colección Reclam. Los 2 editores primeros, E. Gans y Karl Hegel, partieron del propósito equivocado de convertir en un ‘libro’ lo que era una serie de ‘lecciones’. Esto les llevó no sólo a pulir acaso excesivamente el estilo de los manuscritos que les sirvieron de base, sino a refundir realmente partes enteras y a suprimir lo que juzgaban repeticiones o pasajes sin interés. Todo ello con el buen deseo de convertir en un libro los materiales que tenían a mano.”

Karl Hegel asegura que las adiciones de su edición proceden todas no de cuadernos de apuntes, sino de manuscritos de la propia mano de su padre. Pero estos manuscritos no los ha visto nadie. Es posible que Karl Hegel dé este nombre a las notas volanderas, sin redactar, compuestas de palabras sueltas, que Hegel utilizaba en sus clases. En tal caso, las páginas de los apuntes resultarían más auténticas aún, puesto que Hegel no daba realmente forma plena a su pensamiento sino en la improvisación oral. Por todas estas razones puede considerarse la edición nueva de Lasson como la primera que refleja con exactitud bastante aproximada la forma que tuvieron las lecciones de Hegel sobre filosofía de la historia universal.”

II. SOBRE LA TRADUCCIÓN ESPAÑOLA

Esta traducción de la Filosofía de la historia, de Hegel, puede considerarse prácticamente como la primera que se hace a idiomas latinos.” “En italiano existen 2: 1°. Hegel. Filosofía della Storia, trad. G.P. Passerini (Capolago, 1840); 2°. Hegel. Filosofía della Storia, org. Eduardo Gans, 3° edizione fatta per cura di C. Hegel, traduzione dall’originale per A. Novelli, 1864.

La primera es la traducción de la edición de Gans, que quedó totalmente anulada por la edición de Karl Hegel con sus numerosas adiciones. La segunda, la traducción de Novelli, está juzgada por Benedetto Croce, en la introducción a su traducción italiana de la Enciclopedia de las ciencias filosóficas, en palabras duramente condenatorias, abonadas por una muestra a 2 columnas.”

La terminología de Hegel ha sido para nosotros causa, a veces, de perplejidades no todas satisfactoriamente resueltas y que comunicamos al lector.”

Hegel distingue entre Moralität y Sittlichkeit. Ambos términos tienen una sola traducción en español: moralidad. La palabra alemana Sittlichkeit es el derivado de Site que significa costumbre, como moralidad es el derivado de mos, la voz latina que también significa costumbre. La diferencia de sentido que Hegel establece entre Moralität y Sittlichkeit es que Moralität se refiere a la moralidad subjetiva, a la calidad o valor moral de una voluntad que obra por respeto al deber, mientras que Sittlichkeit señala más bien la moralidad objetiva, la moral como conjunto de normas, costumbres, leyes objetivas que constituyen la manera de obrar de un pueblo. Esta diferencia de sentido ha sido destacada en las traducciones italianas de Hegel por el uso de los 2 términos Moralitá y Eticitá. Podríamos -y en esto consiste nuestra perplejidad- haber empleado en nuestra traducción las palabras moralidad y eticidad. Pero la introducción de este neologismo nos resultaba algo dura y poco conforme con el espíritu de nuestro idioma, que parece más bien otorgar a la voz moralidad los 2 sentidos, el objetivo y el subjetivo. Acaso la mejor traducción de Sittlichkeit fuera: civilidad, dando a este término su sentido prístino de vida humana social sujeta a normas de convivencia, esto es, distinta de la vida animal o natural. En general puede decirse que lo que Hegel entiende por Estado (Staat) no tiene el sentido precisamente jurídico-político que tiene para nosotros, sino más bien el de sociedad humana. Pero esta distinción, ya vislumbrada por Hegel, que insiste en diferenciar el Estado de su constitución, etcétera, no se ha practicado hasta después. Por estas razones -y repetimos que en esto consiste nuestra perplejidad- hemos usado solamente el término de moralidad, confiando en que el contexto dará al lector facilidad para discernir el sentido en cada caso. De todos modos sírvale de guía nuestra advertencia de que el término está tomado en su sentido subjetivo.”

Otro problema terminológico nos ha planteado la expresión Volksgeist. Su traducción literal es espíritu del pueblo. Podría traducirse espíritu nacional. Hemos preferido la primera expresión, que tiene algún abolengo en nuestro idioma, habiendo sido usada por los filósofos y juristas españoles que en el pasado siglo tuvieron contacto con el pensamiento alemán (Hegel, Krause, etcétera). Pero también aquí tienen los términos nación y pueblo para Hegel el mismo sentido más amplio que hemos indicado para el término Estado.”

Hemos traducido Bildung casi siempre por cultura. Solamente en algún caso hemos puesto educación por tratarse de pasajes en donde se insiste principalmente sobre la noción de formación, de paso de un estado a otro, de una situación inculta a otra culta.”

Por último, no necesitamos decir que la palabra idea no ha sido empleada por nosotros nada más que para traducir la voz alemana Idee, cuyo valor terminológico en Hegel es conocido. Acaso hubiera sido mejor escribirla siempre con mayúscula.”

J.G., Madrid, 1928

PREFÁCIOS DA EDIÇÃO INGLESA, A QUE USAMOS PARA TODO O RESTANTE DO POST, DE SIBREE E K. HEGEL

I. TRANSLATOR’S INTRODUCTION

Hegel’s Lectures on the Philosophy of History are recognized in Germany as a popular introduction to his system; their form is less rigid than the generality of metaphysical treatises, and the illustrations, which occupy a large proportion of the work, are drawn from a field of observation more familiar perhaps than any other, to those who have not devoted much time to metaphysical studies.”

A few words however have necessarily been used in a rather unusual sense; and one of them is of very frequent occurrence. The German Geist, in Hegel’s nomenclature, includes both intelligence and will, the latter even more expressly than the former.” “It is pertinent to remark here, that the comparative disuse of this term in English metaphysical literature is one result of that alienation of theology from philosophy with which continental writers of the most opposite schools agree in taxing the speculative genius of Britain — an alienation which mainly accounts for the gulf separating English from German speculation, and which will, it is feared, on other accounts also be the occasion of communicating a somewhat uninviting aspect to the following pages.”

The word ‘moment’ is, as readers of German philosophy are aware, a veritable crux to the translator. In Mr. J.R. Morell’s very valuable edition of Johnson’s Translation of Tennemann’s Manual of the History of Philosophy, the following explanation is given: ‘This term was borrowed from mechanics by Hegel (see his Wissenschaft der Logik, Vol. 3, P. 104, Ed. 1841). He employs it to denote the contending forces which are mutually dependent, and whose contradiction forms an equation. Hence his formula, Esse = Nothing. Here Esse and Nothing are momentums, giving birth to Werden, i.e., Existence. Thus the momentum contributes to the same oneness of operation in contradictory forces that we see in mechanics, amidst contrast and diversity, in weight and distance, in the case of the balance.’ But in several parts of the work before us this definition is not strictly adhered to, and the translator believes he has done justice to the original in rendering the word by ‘successive’ or ‘organic phase’. In the chapter on the Crusades another term occurs which could not be simply rendered into English. The definite, positive, and present embodiment of essential being is there spoken of as ‘ein Dieses’, ‘das Dieses’, etc., literally ‘a This’, ‘the This’, for which repulsive combination a periphrasis has been substituted, which, it is believed, is not only accurate but expository.”

The translator would remark, in conclusion, that the ‘Introduction’ will probably be found the most tedious and difficult part of the treatise; he would therefore suggest a cursory reading of it in the 1st instance, and a 2nd perusal as a resume of principles which are more completely illustrated in the body of the work.

J. Sibree”

II. KARL HEGEL’S PREFACE

In proceeding to treat of China and India, he wished, as he said himself, only to show by example how philosophy ought to comprehend the character of a nation; and this could be done more easily in the case of the stationary nations of the East, than in that of peoples which have a bona fide history and a historical development of character.”

Had Hegel pursued the plan which most professors adopt, in adapting notes for use in the lecture room, of merely appending emendations and additions to the original draught, it would be correct to suppose that his latest readings would be also the most matured. But as, on the contrary, every delivery was with him a new act of thought, each gives only the expression of that degree of philosophical energy which animates his mind at the time” Hegel, o Filósofo da Síntese, não conseguia sintetizar suas próprias aulas!

INTRODUCTION

O imbecil se julgava superior a um Tucídides!

Legends, Balladstories, Traditions, must be excluded from such original history. These are but dim and hazy forms of historical apprehension, and therefore belong to nations whose intelligence is but half awakened.”

Reflections are none of his business, for he lives in the spirit of his subject; he has not attained an elevation above it.”

Such speeches as we find in Thucydides (for example) of which we can positively assert that they are not bona fide reports, would seem to make against our statement that a historian of his class presents us no reflected picture; that persons and people appear in his works in propria persona.” Imagine o ataque cardíaco que Hegel teria ao se deparar postumamente com o materialismo histórico!

ESSA ESTRANHA VENERAÇÃO PELA PERSONALIDADE DE PÉRICLES ADVIRIA DA PRÓPRIA LEITURA VICIADA DE HEGEL DE HISTORIADORES EM SUA FORMAÇÃO? “Granted that such orations as those of Pericles — that most profoundly accomplished, genuine, noble statesman — were elaborated by Thucydides, it must yet be maintained that they were not foreign to the character of the speaker.” Ao mesmo tempo, contradiz a passagem acima!

Xenophon’s Retreat of the Ten Thousand, is a work equally original.” Pois essa obra não é nada falada hoje em dia…

Caesar’s Commentaries are the simple masterpiece of a mighty spirit.”

Our culture is essentially comprehensive, and immediately changes all events into historical representations.” Hoje chegamos ao absurdo de verificar isso no ao vivo televisivo + novas mídias. Eu não escrevo essas linhas conforme meu presente, mas pensando num futuro leitor – num futuro leitor distante, muito depois de minha morte… E por quê? Porque é o espírito do tempo, eu não posso evitar esse preconceito ridículo.

In Germany such masters are rare. Frederick the Great (Histoire de Mon Temps) is an illustrious exception.” Puxa-saco descarado.

Instead of writing history, we are always beating our brains to discover how history ought to be written.”

Johannes von Müller has given a stiff, formal, pedantic aspect to his history, in the endeavor to remain faithful in his portraiture to the times he describes. We much prefer the narratives we find in old Tschudy. All is more naive and natural than it appears in the garb of a fictitious and affected archaism.”

But what experience and history teach is this — that peoples and governments never have learned anything from history, or acted on principles deduced from it.”

Looked at in this light, nothing can be shallower than the oft-repeated appeal to Greek and Roman examples during the French Revolution.”

It is only a thorough, liberal, comprehensive view of historical relations (such e.g., as we find in Montesquieu’s Ésprit des Lois) that can give truth and interest to reflections of this order.”

Disgusted by such reflective histories, readers have often returned with pleasure to a narrative adopting no particular point of view.”

The third form of Reflective History is the Critical. This deserves mention as pre-eminently the mode of treating history now current in Germany. It is not history itself that is here presented. We might more properly designate it as a History of History

Among us, the so-called ‘higher criticism’, which reigns supreme in the domain of philology, has also taken possession of our historical literature. This ‘higher criticism’ has been the pretext for introducing all the anti-historical monstrosities that a vain imagination could suggest.”

In this science it would seem as if Thought must be subordinate to what is given, to the realities of fact; that this is its basis and guide: while Philosophy dwells in the region of self-produced ideas, without reference to actuality.” “we seem to have in Philosophy a process diametrically opposed to that of the historiographer.”

The only Thought which Philosophy brings with it to the contemplation of History, is the simple conception of Reason; that Reason is the Sovereign of the World; that the history of the world, therefore, presents us with a rational process. This conviction and intuition is a hypothesis in the domain of history as such.”

Reason is the substance of the Universe”

[Reason] having its place outside reality, nobody knows where; something separate and abstract, in the heads of certain human beings.” Critica a coisa-em-si de Kant, que ele ‘deixa de fora’, mas o ‘fora’ de Hegel é ainda mais escandaloso, i.e., é dentro da cabeça de vento dos agentes históricos!

developing it not only in the phenomena of the Natural, but also of the Spiritual Universe — the History of the World. That this ‘Idea’ or ‘Reason’ is the True, the Eternal, the absolutely powerful essence; that it reveals itself in the World, and that in that World nothing else is revealed but this and its honor and glory — is the thesis which, as we have said, has been proved in Philosophy, and is here regarded as demonstrated.”

It is only an inference from the history of the World, that its development has been a rational process; that the history in question has constituted the rational necessary course of the World-Spirit — that Spirit whose nature is always one and the same, but which unfolds this its one nature in the phenomena of the World’s existence. This must, as before stated, present itself as the ultimate result of History.”

The movement of the solar system takes place according to unchangeable laws. These laws are Reason, implicit in the phenomena in question. But neither the sun nor the planets, which revolve around it according to these laws, can be said to have any consciousness of them.”

Aristotle says of Anaxagoras, as the originator of the thought in question, that he appeared as a sober man among the drunken. Socrates adopted the doctrine from Anaxagoras, and it forthwith became the ruling idea in Philosophy — except in the school of Epicurus, who ascribed all events to chance.” “the world is not abandoned to chance and external contingent causes, but (…) a Providence controls it.” “for Divine Providence is Wisdom, endowed with an infinite Power, which realizes its aim, viz., the absolute rational design of the World.”

The ignorance of Anaxagoras, as to how intelligence reveals itself in actual existence, was ingenuous. Neither in his consciousness, nor in that of Greece at large, had that thought been farther expanded.”

in recent times Philosophy has been obliged to defend the domain of religion against the attacks of several theological systems.”

Our mode of treating the subject is, in this aspect, a Theodicaea — a justification of the ways of God — which Leibnitz attempted metaphysically, in his method, i.e., in indefinite abstract categories — so that the ill that is found in the World may be comprehended, and the thinking Spirit reconciled with the fact of the existence of evil.” “Reason, whose sovereignty over the World has been maintained, is as indefinite a term as Providence, supposing the term to be used by those who are unable to characterize it distinctly” “The German nations, under the influence of Christianity, were the first to attain the consciousness that man, as man, is free: that it is the freedom of Spirit which constitutes its essence.”

The epoch when a State attains this harmonious condition, marks the period of its bloom, its virtue, its vigor, and its prosperity. But the history of mankind does not begin with a conscious aim of any kind, as it is the case with the particular circles into which men form themselves of set purpose.” Fala logo do Apocalipse ou de sua Apocatástase, idiota! Solta sua língua!

The History of the World is not the theatre of happiness. Periods of happiness are blank pages in it, for they are periods of harmony — periods when the antithesis is in abeyance.”

Their whole life was labor and trouble; their whole nature was nought else but their master-passion. When their object is attained they fall off like empty hulls from the kernel. They die early, like Alexander; they are murdered, like Caesar; transported to St. Helena, like Napoleon.”

Síndrome de Cleópatra

it has been demonstrated ad nauseam that princes are generally unhappy on their thrones; in consideration of which the possession of a throne is tolerated, and men acquiesce in the fact that not themselves but the personages in question are its occupants.”

Alexander of Macedon partly subdued Greece, and then Asia; therefore he was possessed by a morbid craving for conquest. He is alleged to have acted from a craving for fame, for conquest; and the proof that these were the impelling motives is that he did that which resulted in fame. What pedagogue has not demonstrated of Alexander the Great — of Julius Caesar — that they were instigated by such passions, and were consequently immoral men? — whence the conclusion immediately follows that he, the pedagogue, is a better man than they, because he has not such passions; a proof of which lies in the fact that he does not conquer Asia — vanquish Darius and Porus — but while he enjoys life himself, lets others enjoy it too.”

Man must eat and drink; he sustains relations to friends and acquaintances; he has passing impulses and ebullitions of temper. ‘No man is a hero to his valet-de-chambre’ is a well-known proverb; I have added — and Goethe repeated it ten years later [hmmm!] — ‘but not because the former is no hero, but because the latter is a valet.’ He takes off the hero’s boots, assists him to bed, knows that he prefers champagne, etc.” Os heróis de antigamente (digo, da modernidade quasi-recente!) tinham alguns luxos derivados do tempo da escravidão grega, certo, meu germânico amigo?

Nenhum homem é herói, porque nenhum homem tem um valet-de-chambre.

Provérbio atualizado com sucesso! A ironia é que heróis precisavam de valets-de-chambre para existirem com autonomia e tempo no mundo, muito embora seus próprios valets-de-chambre fossem uns ignaros. Quando ninguém tem valets-de-chambre, todos são valets-de-chambre, e portanto não poderiam reconhecer um herói, nem que ele desembarcasse de Marte!

Ser o empregado de alguém para desmoralizá-lo. Ser o secretário do seu pior inimigo! Até conhecer os podres tão podres que seria podre até divulgá-los – não são grandes podres, são comezinhos…

A PERSONALITY OF ‘NO CONSEQUENCE’: “The Thersites¹ of Homer who abuses the kings is a standing figure for all times. Blows — that is beating with a solid cudgel — he does not get in every age, as in the Homeric one; but his envy, his egotism, is the thorn which he has to carry in his flesh; and the undying worm that gnaws him is the tormenting consideration that his excellent views and vituperations remain absolutely without result in the world. But our satisfaction at the fate of Thersitism also may have its sinister side.” Tersites, a térmite.

¹ WIKI: “The Iliad does not mention his father’s name, which may suggest that he should be viewed as a commoner rather than an aristocratic hero. However, a quotation from another lost epic in the Trojan cycle, the Aethiopis, names his parents as Agrius of Calydon and Dia, a daughter of King Porthaon. (…) Homer described him in detail in the Iliad, Book II, even though he plays only a minor role in the story. He is said to be bow-legged and lame, to have shoulders that cave inward, and a head which is covered in tufts of hair and comes to a point. Vulgar, obscene, and somewhat dull-witted, Thersites disrupts the rallying of the Greek army (…) He is not mentioned elsewhere in the Iliad, but it seems that in the lost Aethiopis Achilles eventually killed him ‘for having torn out the eyes of the Amazon Penthesilea that the hero had just killed in combat.’ § In his Introduction to The Anger of Achilles, Robert Graves speculates that Homer might have made Thersites a ridiculous figure as a way of dissociating himself from him, because his remarks seem entirely justified. This was a way of letting these remarks, along with Odysseus’ brutal act of suppression, remain in the record. (…) The Alexander Romance refers to Thersites when Alexander the Great is claimed to have said that it would be a greater honor to be immortalized in the poetry of Homer, even if only as a minor and detestable character like Thersites, than by the poets of his own day: ‘I would sooner be a Thersites in Homer than an Agamemnon in your writing’. Other recensions replace Agamemnon with Achilles in the comparison. § Along with many of the major figures of the Trojan War, Thersites was a character in Shakespeare’s Troilus and Cressida (1602) in which he is described as ‘a deformed and scurrilous Grecian’ and portrayed as a comic servant, in the tradition of the Shakespearian fool, but unusually given to abusive remarks to all he encounters. He begins as Ajax’s slave, telling Ajax, ‘I would thou didst itch from head to foot and I had the scratching of thee; I would make thee the loathsomest scab in Greece.’ Thersites soon leaves Ajax and puts himself into the service of Achilles (portrayed by Shakespeare as a kind of bohemian figure), who appreciates his bitter, caustic humor. Shakespeare mentions Thersites again in his later play Cymbeline, when Guiderius says, ‘Thersites’ body is as good as Ajax’ / When neither are alive.’ (…) The role of Thersites as a social critic has been advanced by several philosophers and literary critics, including Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Friedrich Nietzsche, Edward Said, Thomas Woods and Kenneth Burke.”

SER E TÉRSITES

Quem é o parasita do parasita?

Quem é o cupim da casa dos cupins?

A expiação de todo bode velho?

This may be called the cunning of reason — that it sets the passions to work for itself, while that which develops its existence through such impulsion pays the penalty, and suffers loss.”

Age generally makes men more tolerant; youth is always discontented. The tolerance of age is the result of the ripeness of a judgment which, not merely as the result of indifference, is satisfied even with what is inferior”

God governs the world; the actual working of his government — the carrying out of his plan — is the History of the World. This plan philosophy strives to comprehend; for only that which has been developed as the result of it, possesses bona fide reality.”

The patriarchal condition is one of transition, in which the family has already advanced to the position of a race or people” “The Spirit of the Family — the Penates — form one substantial being, as much as the Spirit of a People in the State” “The head of the patriarchal clan is also its priest. If the Family in its general relations, is not yet separated from civic society and the state, the separation of religion from it has also not yet taken place”

The natural inference from this principle is that no law can be valid without the approval of all. This difficulty is attempted to be obviated by the decision that the minority must yield to the majority; the majority therefore bear the sway. But long ago J.J. Rousseau remarked that in that case there would be no longer freedom, for the will of the minority would cease to be respected. At the Polish Diet each single member had to give his consent before any political step could be taken; and this kind of freedom it was that ruined the State.” “It is only by a Constitution that the abstraction — the State — attains life and reality; but this involves the distinction between those who command and those who obey.”

Ideals of the Education of Princes (Fénelon, 1651-1715),¹ or of the governing body — the aristocracy at large (Plato)” Nunca foi isso que disse Platão.

¹ “Upon Beauvilliers’ recommendation, Fénelon was named the tutor of the Dauphin’s eldest son, the 7-year-old Duke of Burgundy, who was 2nd in line for the throne. This brought him a good deal of influence at court. (…) He wrote several important works specifically to guide his young charge. These include his Fables and his Dialogues des Morts. But by far the most lasting of his works that Fénelon composed for the duke was his Les Aventures de Télémaque (…) It also more directly supplied the plot for Mozart’s opera, Idomeneo (1781).” O anti-Bossuet. A revolução francesa é a comprovação empírica de que a virtude não pode ser ensinada. Pois vemos que tentaram fazer com que ela fosse ensinada!

Two phases of royalty, therefore, must be distinguished — a primary and a secondary one.”

The so-called Representative Constitution is that form of government with which we connect the idea of a free constitution; and this notion has become a rooted prejudice.”

HEGEL & A BANCADA EVANGÉLICA: “Obedience to King and Law naturally follows in the train of reverence for God. This reverence, indeed, since it exalts the general over the special, may even turn upon the latter — become fanatical — and work with incendiary and destructive violence against the State, its institutions and arrangements. Religious feeling, therefore, it is thought, should be sober — kept in a certain degree of coolness — that it may not storm against and bear down that which should be defended and preserved by it. The possibility of such a catastrophe is at least latent in it.”

For in affirming that the State is based on Religion — that it has its roots in it — we virtually assert that the former has proceeded from the latter; and that this derivation is going on now and will always continue; i.e., the principles of the State must be regarded as valid in and for themselves, which can only be in so far as they are recognized as determinate manifestations of the Divine Nature.” “so that, in fact, the Athenian or the Roman State was possible only in connection with the specific form of Heathenism existing among the respective peoples; just as a Catholic State has a spirit and constitution different from that of a Protestant one.” “Another and opposite folly which we meet with in our time, is that of pretending to invent and carry out political constitutions independently of religion. The Catholic confession, although sharing the Christian name with the Protestant, does not concede to the State an inherent Justice and Morality — a concession which in the Protestant principle is fundamental.”

The remark next in order is that each particular National genius is to be treated as only One Individual in the process of Universal History. For that history is the exhibition of the divine, absolute development of Spirit in its highest forms — that gradation by which it attains its truth and consciousness of itself. The forms which these grades of progress assume are the characteristic ‘National Spirits’ of History; the peculiar tenor of their moral life, of their Government, their Art, Religion, and Science. To realize these grades is the boundless impulse of the World-Spirit — the goal of its irresistible urging; for this division into organic members, and the full development of each, is its Idea.” “in Nature there happens ‘nothing new under the sun’, and the multiform play of its phenomena so far induces a feeling of ennui; only in those changes which take place in the region of Spirit does anything new arise.”

The principle of perfectibility indeed is almost as indefinite a term as mutability in general; it is without scope or goal, and has no standard by which to estimate the changes in question: the improved, more perfect, state of things towards which it professedly tends is altogether undetermined.”

There are many considerable periods in History in which this development seems to have been intermitted; in which, we might rather say, the whole enormous gain of previous culture appears to have been entirely lost; after which, unhappily, a new commencement has been necessary, made in the hope of recovering — by the assistance of some remains saved from the wreck of a former civilization, and by dint of a renewed incalculable expenditure of strength and time — one of the regions which had been an ancient possession of that civilization.” “This view takes up the idea of the primitive paradisiacal condition of man, which had been previously expanded by the Theologians, after their fashion — involving, e.g., the supposition that God spoke with Adam in Hebrew — but remodelled to suit other requirements.” “The biblical account by no means justifies us in imagining a people, and a historical condition of such people, existing in that primitive form” “the assertion that such a condition occurred at the very beginning of History — or that the religions of various nations were traditionally derived from it, and have developed themselves in degeneracy and depravation (as is represented in the rudely-conceived so-called ‘Emanation System’)” “blessed ignorance is itself not a subject of History.” “The Family therefore, is excluded from that process of development in which History takes its rise.”

It is a great discovery in history — as of a new world — which has been made within rather more than the last 20 years, [~1800] respecting the Sanskrit and the connection of the European languages with it. In particular, the connection of the German and Indian peoples has been demonstrated, with as much certainty as such subjects allow of.” Já sabemos onde isso vai dar…

Even at the present time we know of peoples which scarcely form a society, much less a State, but that have been long known as existing” Desmente por completo a assunção do tradutor de que State significaria sempre sociedade no idioleto hegeliano.

A VENDETA DO ORIENTE ESTÁ PRÓXIMA: “which proves the diffusion of those nations from Asia as a centre, and the so dissimilar development of what had been originally related, as an incontestable fact; not as an inference deduced by that favorite method of combining, and reasoning from, circumstances grave and trivial, which has already enriched and will continue to enrich history with so many fictions given out as facts.” “It strikes every one, in beginning to form an acquaintance with the treasures of Indian literature, that a land so rich in intellectual products, and those of the profoundest order of thought, has no History; and in this respect contrasts most strongly with China — an empire possessing one so remarkable, one going back to the most ancient times. India has not only ancient books relating to religion, and splendid poetical productions, but also ancient codes; the existence of which latter kind of literature has been mentioned as a condition necessary to the origination of History — and yet History itself is not found. But in that country the impulse of organization, in beginning to develop social distinctions, was immediately petrified in the merely natural classification according to castes (…) Consequently, the element of morality is banished from the pomp of Indian life and from its political institutions.”

moreover, that the extension and organic growth of the empire of articulate sounds has itself remained voiceless and dumb — a stealthy, unnoticed advance.”

It is a fact revealed by philological monuments that languages, during a rude condition of the nations that have spoken them, have been very highly developed; that the human understanding occupied this theoretical region with great ingenuity and completeness. For Grammar, in its extended and consistent form, is the work of thought, which makes its categories distinctly visible therein. It is, moreover, a fact, that with advancing social and political civilization, this systematic completeness of intelligence suffers attrition, and language thereupon becomes poorer and ruder”

Speech is the act of theoretic intelligence in a special sense; it is its external manifestation. Exercises of memory and imagination, without language, [?] are direct, (non-speculative) manifestations. But this act of theoretic intelligence itself, as also its subsequent development, and the more concrete class of facts connected with it — viz. the spreading of peoples over the earth, their separation from each other, their comminglings and wanderings — remain involved in the obscurity of a voiceless past.”

ASSOPRA, MAS DEPOIS MORDE (ELOGIA, MAS DEPOIS MENOSCABA): “The rapid growth of language, and the progress and dispersion of Nations (sic), assume importance and interest for concrete Reason (sic), only when they have come in contact with States, or begin to form political constitutions themselves.”

This it must and is also destined to accomplish; but the accomplishment is at the same time its dissolution, and the rise of another spirit, another world-historical people, another epoch of Universal History.” Elaborate on that, please!

What traveller among the ruins of Carthage, of Palmyra, Persepolis, or Rome, has not been stimulated to reflections on the transiency of kingdoms and men, and to sadness at the thought of a vigorous and rich life now departed — a sadness which does not expend itself on personal losses and the uncertainty of one’s own undertakings, but is a disinterested sorrow at the decay of a splendid and highly cultured national life!”

This is a grand conception; one which the Oriental thinkers attained, and which is perhaps the highest in their metaphysics. In the idea of Metempsychosis we find it evolved in its relation to individual existence; but a myth more generally known, is that of the Phoenix as a type of the Life of Nature; eternally preparing for itself its funeral pyre, and consuming itself upon it; but so that from its ashes is produced the new, renovated, fresh life. But this image is only Asiatic; oriental not occidental.”

The Nation can still accomplish much in war and peace at home and abroad; but the living substantial soul itself may be said to have ceased its activity.” “The nation lives the same kind of life as the individual when passing from maturity to old age — in the enjoyment of itself — in the satisfaction of being exactly what it desired and was able to attain.”

Custom is activity without opposition, for which there remains only a formal duration; in which the fullness and zest that originally characterized the aim of life are out of the question — a merely external sensuous existence which has ceased to throw itself enthusiastically into its object.” “a political nullity and tedium.” Com certeza são esses excertos hegelianos que mais encantaram um Nietzche.

A people can only die a violent death when it has become naturally dead in itself, as, e.g., the German Imperial Cities, the German Imperial Constitution.”

Thus, it was first Chronos — Time — that ruled; the Golden Age, without moral products; and what was produced — the offspring of that Chronos — was devoured by it. It was Jupiter — from whose head Minerva sprang, and to whose circle of divinities belong Apollo and the Muses — that first put a constraint upon Time, and set a bound to its principle of decadence. He is the Political god, who produced a moral work — the State.”

If we wish to gain the general idea and conception of what the Greeks were, we find it in Sophocles and Aristophanes, in Thucydides and Plato. In these individuals the Greek spirit conceived and thought itself. This is the profounder kind of satisfaction which the Spirit of a people attains” “At such a time, therefore, we are sure to see a people finding satisfaction in the idea of virtue”

OUTONO [E] DA[-]NAÇÃO: “seeking to impeach the authority of duty generally, as destitute of a sound foundation.”

Zeus, therefore, who is represented as having put a limit to the devouring agency of Time, and stayed this transiency by having established something inherently and independently durable — Zeus and his race are themselves swallowed up, and that by the very power that produced them — the principle of thought, perception, reasoning, insight derived from rational grounds, and the requirement of such grounds.

Time is the negative element in the sensuous world. Thought is the same negativity, but it is the deepest, the infinite form of it, in which therefore all existence generally is dissolved; first finite existence — determinate, limited form: but existence generally, in its objective character, is limited; it appears therefore as a mere datum — something immediate — authority; — and is either intrinsically finite and limited, or presents itself as a limit for the thinking subject, and its infinite reflection on itself (unlimited abstraction).”

For Thought is that Universal — that Species which is immortal, which preserves identity with itself. The particular form of Spirit not merely passes away in the world by natural causes in Time, but is annulled in the automatic self-mirroring activity of consciousness.”

FLUSLERÍA: “Its principle is no longer that immediate import and aim which it was previously, but the essence of that import and aim.”

The individual traverses as a unity various grades of development, and remains the same individual; in like manner also does a people, till the Spirit which it embodies reaches the grade of universality. In this point lies the fundamental, the Ideal necessity of transition. This is the soul — the essential consideration — of the philosophical comprehension of History.”

A velha analogia porca (!) da semente de planta blá-blá-blá que depois vira erva daninha…

philosophy, as occupying itself with the True, has to do with the eternally present.” Taí UMA Verdade…

GEOGRAPHICAL BASIS OF HISTORY

It is not our concern to become acquainted with the land occupied by nations as an external locale, but with the natural type of the locality, as intimately connected with the type and character of the people which is the offspring of such a soil.”

In the Frigid and in the Torrid zone the locality of World-historical peoples cannot be found.” “In the extreme zones man cannot come to free movement; cold and heat are here too powerful to allow Spirit to build up a world for itself.” “The true theatre of History is therefore the temperate zone; or, rather, its northern half, because the earth there presents itself in a continental form, and has a broad breast, as the Greeks say.”

The World is divided into Old and New; the name of New having originated in the fact that America and Australia have only lately become known to us. But these parts of the world are not only relatively new, but intrinsically so in respect of their entire physical and psychical constitution.”

the Archipelago between South America and Asia shows a physical immaturity. The greater part of the islands are so constituted, that they are, as it were, only a superficial deposit of earth over rocks, which shoot up from the fathomless deep, and bear the character of novel origination. New Holland shows a not less immature geographical character; for in penetrating from the settlements of the English farther into the country, we discover immense streams, which have not yet developed themselves to such a degree as to dig a channel for themselves, but lose themselves in marshes. Of America and its grade of civilization, especially in Mexico and Peru, we have information, but it imports nothing more than that this culture was an entirely national one, which must expire as soon as Spirit approached it. America has always shown itself physically and psychically powerless, and still shows itself so. For the aborigines, after the landing of the Europeans in America, gradually vanished at the breath of European activity. In the United States of North America all the citizens are of European descent, with whom the old inhabitants could not amalgamate, but were driven back. The aborigines have certainly adopted some arts and usages from the Europeans, among others that of brandy-drinking, which has operated with deadly effect. In the South the natives were treated with much greater violence, and employed in hard labors to which their strength was by no means competent. A mild and passionless disposition, want of spirit, and a crouching submissiveness towards a Creole, and still more towards a European, are the chief characteristics of the native Americans; and it will be long before the Europeans succeed in producing any independence of feeling in them.” “The weakness of the American physique was a chief reason for bringing the negroes to America, to employ their labor in the work that had to be done in the New World”

America, as is well known, is divided into 2 parts, connected indeed by an isthmus, but which has not been the means of establishing intercourse between them. Rather, these 2 divisions are most decidedly distinct from each other. North America shows us on approaching it, along its eastern shore a wide border of level coast, behind which is stretched a chain of mountains — the blue mountains or Appalachians; further north the Alleghanies. Streams issuing from them water the country towards the coast, which affords advantages of the most desirable kind to the United States, whose origin belongs to this region. Behind that mountain-chain the St. Lawrence river flows (in connection with huge lakes), from south to north, and on this river lie the northern colonies of Canada. Farther west we meet the basin of the vast Mississippi, and the basins of the Missouri and Ohio, which it receives, and then debouches into the Gulf of Mexico. On the western side of this region we have in like manner a long mountain chain, running through Mexico and the Isthmus of Panama, and under the names of the Andes or Cordillera, cutting off an edge of coast along the whole west side of South America. The border formed by this is narrower and offers fewer advantages than that of North America. There lie Peru and Chili. On the east side flow eastward the monstrous streams of the Orinoco and Amazons; they form great valleys, not adapted however for cultivation, since they are only wide desert steppes. Towards the south flows the Rio de la Plata, whose tributaries have their origin partly in the Cordilleras, partly in the northern chain of mountains which separates the basin of the Amazon from its own. To the district of the Rio de la Plata belong Brazil, and the Spanish Republics. Colombia is the northern coast-land of South America, at the west of which, flowing along the Andes, the Magdalena debouches into the Caribbean Sea.

With the exception of Brazil, republics have come to occupy South as well as North America. In comparing South America (reckoning Mexico as part of it) with North America, we observe an astonishing contrast.

In North America we witness a prosperous state of things; an increase of industry and population civil order and firm freedom; the whole federation constitutes but a single state, and has its political centres. In South America, on the contrary, the republics depend only on military force; their whole history is a continued revolution; federated states become disunited; others previously separated become united; and all these changes originate in military revolutions.”

A segunda parte é verdade, mas a potência ultramilitarista que arruinou o mundo se tornou um superlativo desse quadro precário!

South America, where the Spaniards settled and asserted supremacy, is Catholic; North America, although a land of sects of every name, is yet fundamentally, Protestant.”

The North American States were, on the other hand, entirely colonised, by Europeans, since in England Puritans, Episcopalians, and Catholics were engaged in perpetual conflict, and now one party, now the other, had the upper hand, many emigrated to seek religious freedom on a foreign shore.”

for in the Protestant Church the entire life — its activity generally — is the field for what it deems religious works. Among Catholics, on the contrary, the basis of such a confidence cannot exist; for in secular matters only force and voluntary subservience are the principles of action; and the forms which are called Constitutions are in this case only a resort of necessity, and are no protection against mistrust.” Historicamente correto, atualmente um trapo velho de ideologia mal-costurada.

A subjective unity presents itself; for there is a President at the head of the State, who, for the sake of security against any monarchical ambition, is chosen only for 4 years.” Os EUA são hoje duas monarquias; duas castas; uma oligarquia dual petrificada.

We find, certainly, legal relations — a formal code of laws; but respect for law exists apart from genuine probity, and the American merchants commonly lie under the imputation of dishonest dealings under legal protection. If, on the one side, the Protestant Church develops the essential principle of confidence, as already stated, it thereby involves on the other hand the recognition of the validity of the element of feeling to such a degree as gives encouragement to unseemly varieties of caprice. Those who adopt this standpoint maintain, that, as everyone may have his peculiar way of viewing things generally, so he may have also a religion peculiar to himself. Thence the splitting up into so many sects, which reach the very acme of absurdity; many of which have a form of worship consisting in convulsive movements, and sometimes in the most sensuous extravagances. This complete freedom of worship is developed to such a degree, that the various congregations choose ministers and dismiss them according to their absolute pleasure; for the Church is no independent existence — having a substantial spiritual being, and correspondingly permanent external arrangement — but the affairs of religion are regulated by the good pleasure for the time being of the members of the community. In North America the most unbounded license of imagination in religious matters prevails, and that religious unity is wanting which has been maintained in European States, where deviations are limited to a few confessions. As to the political condition of North America, the general object of the existence of this State is not yet fixed and determined, and the necessity for a firm combination does not yet exist; for a real State and a real Government arise only after a distinction of classes has arisen, when wealth and poverty become extreme, and when such a condition of things presents itself that a large portion of the people can no longer satisfy its necessities in the way in which it has been accustomed so to do. But America is hitherto exempt from this pressure, for it has the outlet of colonization constantly and widely open, and multitudes are continually streaming into the plains of the Mississippi. By this means the chief source of discontent is removed, and the continuation of the existing civil condition is guaranteed. A comparison of the United States of North America with European lands is therefore impossible; for in Europe, such a natural outlet for population, notwithstanding all the emigrations that take place, does not exist. Had the woods of Germany been in existence, the French Revolution would not have occurred. North America will be comparable with Europe only after the immeasurable space which that country presents to its inhabitants shall have been occupied, and the members of the political body shall have begun to be pressed back on each other.” Bastante certeiro aqui. Imagino que Hegel via nisso uma virtude, entretanto!

Canada and Mexico are not objects of fear, and England has had 50 years’ experience, that free America is more profitable to her than it was in a state of dependence. The militia of the North American Republic proved themselves quite as brave in the War of Independence as the Dutch under Philip II; but generally, where Independence is not at stake, less power is displayed, and in the year 1814 the militia held out but indifferently against the English.

America is therefore the land of the future, where, in the ages that lie before us, the burden of the World’s History shall reveal itself — perhaps in a contest between North and South America.¹ It is a land of desire for all those who are weary of the historical [s]lumber-room [sala cheia – excelente metáfora!] of old Europe.”

¹ Arranhou a verdade se considerarmos Cuba e a Guerra Fria. Porém, ignorou totalmente a Eurásia, e por isso seu prognóstico falhou.

What has taken place in the New World up to the present time is only an echo of the Old World — the expression of a foreign Life; and as a Land of the Future, it has no interest for us here, for, as regards History, our concern must be with that which has been and that which is. In regard to Philosophy, on the other hand, we have to do with that which (strictly speaking) is neither past nor future, but with that which is, which has an eternal existence — with Reason”

The 3 Continents that compose it have an essential relation to each other, and constitute a totality.” “rivers and seas are not to be regarded as disjoining, but as uniting. England and Brittany, Norway and Denmark, Sweden and Livonia, have been united. For the ¾ of the globe the Mediterranean Sea is similarly the uniting element, and the centre of World-History.”

The extensive tract of eastern Asia is severed from the process of general historical development, and has no share in it; so also Northern Europe, which took part in the World’s History only at a later date, and had no part in it while the Old World lasted”

Eastern Asia and that trans-Alpine country are the extremes of this agitated focus of human life around the Mediterranean — the beginning and end of History — its rise and decline.”

The peculiarity of the inhabitants of this elevated region, which is watered sometimes only by rain, or by the overflowing of a river (as are the plains of the Orinoco) — is the patriarchal life, the division into single families. The region which these families occupy is unfruitful or productive only temporarily”

They are careless and provide nothing for the winter, on which account therefore, half of the herd is frequently cut off. Among these inhabitants of the upland there exist no legal relations, and consequently there are exhibited among them the extremes of hospitality and rapine; the last more especially when they are surrounded by civilized nations, as the Arabians, who are assisted in their depredations by their horses and camels. The Mongolians feed on mares’ milk, and thus the horse supplies them at the same time with appliances for nourishment and for war.”

Such an agitation was excited among those tribes under Genghis Khan and Tamerlane: they destroyed all before them; then vanished again, as does an overwhelming Forest-torrent — possessing no inherent principle of vitality. From the uplands they rush down into the dells: there dwell peaceful mountaineers — herdsmen who also occupy themselves with agriculture, as do the Swiss. Asia has also such a people: they are however on the whole a less important element.”

nothing unites so much as water, for countries are nothing else than districts occupied by streams.” Tales é o homem mais sábio da História!

Only Mountains separate. Thus the Pyrenees decidedly separate Spain from France.”

The sea gives us the idea of the indefinite, the unlimited, and infinite; and in feeling his own infinite in that Infinite, man is stimulated and emboldened to stretch beyond the limited: the sea invites man to conquest, and to piratical plunder, but also to honest gain and to commerce. The land, the mere Valley-plain attaches him to the soil; it involves him in an infinite multitude of dependencies, but the sea carries him out beyond these limited circles of thought and action. Those who navigate the sea, have indeed gain for their object, but the means are in this respect paradoxical, inasmuch as they hazard both property and life to attain it. The means therefore are the very opposite to that which they aim at. This is what exalts their gain and occupation above itself, and makes it something brave and noble. Courage is necessarily introduced into trade, daring is joined with wisdom. For the daring which encounters the sea must at the same time embrace wariness — cunning — since it has to do with the treacherous, the most unreliable and deceitful element. This boundless plain is absolutely yielding — withstanding no pressure, not even a breath of wind. It looks boundlessly innocent, submissive, friendly, and insinuating; and it is exactly this submissiveness which changes the sea into the most dangerous and violent element. To this deceitfulness and violence man opposes merely a simple piece of wood; confides entirely in his courage and presence of mind; and thus passes from a firm ground to an unstable support, taking his artificial ground with him. The Ship — that swan of the sea, which cuts the watery plain in agile and arching movements or describes circles upon it — is a machine whose invention does the greatest honor to the boldness of man as well as to his understanding. This stretching out of the sea beyond the limitations of the land, is wanting to the splendid political edifices of Asiatic States, although they themselves border on the sea — as for example, China. For them the sea is only the limit, the ceasing of the land; they have no positive relation to it. The activity to which the sea invites, is a quite peculiar one: thence arises the fact that the coast-lands almost always separate themselves from the states of the interior although they are connected with these by a river. Thus Holland has severed itself from Germany, Portugal from Spain.”

Africa must be divided into 3 parts: one is that which lies south of the desert of Sahara — Africa proper — the Upland almost entirely unknown to us, with narrow coast-tracts along the sea; the second is that to the north of the desert — European Africa (if we may so call it) — a coastland; the third is the river region of the Nile, the only valley-land of Africa, and which is in connection with Asia.”

Africa proper, as far as History goes back, has remained — for all purposes of connection with the rest of the World — shut up; it is the Gold-land compressed within itself — the land of childhood, which lying beyond the day of self-conscious history, is enveloped in the dark mantle of Night. Its isolated character originates, not merely in its tropical nature, but essentially in its geographical condition. The triangle which it forms (if we take the West Coast — which in the Gulf of Guinea makes a strongly indented angle — for one side, and in the same way the East Coast to Cape Gardafu for another) is on 2 sides so constituted for the most part, as to have a very narrow Coast Tract, habitable only in a few isolated spots. Next to this towards the interior, follows to almost the same extent, a girdle of marsh land with the most luxuriant vegetation, the especial home of ravenous beasts, snakes of all kinds — a border tract whose atmosphere is poisonous to Europeans. This border constitutes the base of a cincture of high mountains, which are only at distant intervals traversed by streams, and where they are so, in such a way as to form no means of union with the interior; for the interruption occurs but seldom below the upper part of the mountain ranges, and only in individual narrow channels, where are frequently found innavigable waterfalls and torrents crossing each other in wild confusion. During the 300 or 350 years that the Europeans have known this border-land and have taken places in it into their possession, they have only here and there (and that but for a short time) passed these mountains, and have nowhere settled down beyond them. The land surrounded by these mountains is an unknown Upland, from which on the other hand the Negroes have seldom made their way through. In the 16th century occurred at many very distant points outbreaks of terrible hordes which rushed down upon the more peaceful inhabitants of the declivities. Whether any internal movement had taken place, or if so, of what character, we do not know. What we do know of these hordes, is the contrast between their conduct in their wars and forays themselves — which exhibited the most reckless inhumanity and disgusting barbarism — and the fact that afterwards, when their rage was spent, in the calm time of peace, they showed themselves mild and well disposed towards the Europeans, when they became acquainted with them. This holds good of the Fullahs and of the Mandingo tribes, who inhabit the mountain terraces of the Senegal and Gambia.”

EGITO, CARACTERIZADO COMO ALIENÍGENA NO CONTINENTE NEGRO ENSIMESMADO: “the French have lately made a successful effort in this direction: like Hither-Asia, it looks Europe-wards. Here in their turn have Carthaginians, Romans, and Byzantines, Mussulmans, Arabians had their abode, and the interests of Europe have always striven to get a footing in it.”

In Negro life the characteristic point is the fact that consciousness has not yet attained to the realization of any substantial objective existence — as for example, God, or Law — in which the interest of man’s volition is involved and in which he realizes his own being.” “The Negro, as already observed, exhibits the natural man in his completely wild and untamed state. We must lay aside all thought of reverence and morality — all that we call feeling — if we would rightly comprehend him; there is nothing harmonious with humanity to be found in this type of character.” “Religion begins with the consciousness that there is something higher than man. But even Herodotus called the Negroes sorcerers: — now in Sorcery we have not the idea of a God, of a moral faith; it exhibits man as the highest power, regarding him as alone occupying a position of command over the power of Nature.” Quer dizer que agora você virou fã de Heródoto, né, Hegel?!

For the soul of man, God must be more than a thunderer, whereas among the Negroes this is not the case.”

they exalt to the dignity of a ‘Genius’; it may be an animal, a tree, a stone, or a wooden figure. This is their Fetich — a word to which the Portuguese first gave currency, and which is derived from feitizo, magic.”

CERNE DO AMOR ROMÂNTICO: “Such a Fetich has no independence as an object of religious worship; still less has it aesthetic independence as a work of art; it is merely a creation that expresses the arbitrary choice of its maker, and which always remains in his hands.”

There is however one feature that points to something beyond — the Worship of the Dead — in which their deceased forefathers and ancestors are regarded by them as a power influencing the living.” “Yet the power of the dead is not held superior to that of the living, for the Negroes command the dead and lay spells upon them.”

The undervaluing of humanity among them reaches an incredible degree of intensity. Tyranny is regarded as no wrong, and cannibalism is looked upon as quite customary and proper.” “to the sensual Negro, human flesh is but an object of sense — mere flesh. At the death of a King hundreds are killed and eaten; prisoners are butchered and their flesh sold in the markets; the victor is accustomed to eat the heart of his slain foe. When magical rites are performed, it frequently happens that the sorcerer kills the first that comes in his way and divides his body among the bystanders. Another characteristic fact in reference to the Negroes is Slavery. Negroes are enslaved by Europeans and sold to America. Bad as this may be, their lot in their own land is even worse, since there a slavery quite as absolute exists; for it is the essential principle of slavery, that man has not yet attained a consciousness of his freedom, and consequently sinks down to a mere Thing — an object of no value. Among the Negroes moral sentiments are quite weak, or more strictly speaking, non-existent. Parents sell their children, and conversely children their parents, as either has the opportunity. Through the pervading influence of slavery all those bonds of moral regard which we cherish towards each other disappear, and it does not occur to the Negro mind to expect from others what we are enabled to claim. The polygamy of the Negroes has frequently for its object the having many children, to be sold, everyone of them, into slavery; and very often naïve complaints on this score are heard, as for instance in the case of a Negro in London, who lamented that he was now quite a poor man because he had already sold all his relations. In the contempt of humanity displayed by the Negroes, it is not so much a despising of death as a want of regard for life that forms the characteristic feature.”

Among the Ashantees the King inherits all the property left by his subjects at their death. In other places all unmarried women belong to the King, and whoever wishes a wife, must buy her from him.”

AS ETERNAS MENTIRAS QUE OS HOMENS CONTAM: “Tradition alleges that in former times a state composed of women made itself famous by its conquests: it was a state at whose head was a woman. She is said to have pounded her own son in a mortar, to have besmeared herself with the blood, and to have had the blood of pounded children constantly at hand. She is said to have driven away or put to death all the males, and commanded the death of all male children. These furies destroyed everything in the neighborhood, and were driven to constant plunderings, because they did not cultivate the land. Captives in war were taken as husbands: pregnant women had to betake themselves outside the encampment; and if they had born a son, put him out of the way. This infamous state, the report goes on to say, subsequently disappeared.”

the English who have done most for abolishing the slave-trade and slavery, are treated by the Negroes themselves as enemies. (…) the essence of humanity is Freedom; but for this man must be matured. The gradual abolition of slavery is wiser and more equitable than its sudden removal.” “At this point we leave Africa, not to mention it again. For it is no historical part of the World; it has no movement or development to exhibit. Historical movements in it — that is in its northern part — belong to the Asiatic or European World.” “Egypt will be considered in reference to the passage of the human mind from its Eastern to its Western phase, but it does not belong to the African Spirit. What we properly understand by Africa, is the Unhistorical, Undeveloped Spirit, still involved in the conditions of mere nature, and which had to be presented here only as on the threshold of the World’s History.”

Asia is, characteristically, the Orient quarter of the globe — the region of origination. It is indeed a Western world for America; but as Europe presents on the whole, the centre and end of the old world, and is absolutely the West — so Asia is absolutely the East.” Now we are the old and Asia is the new.

First, the northern slope, Siberia, must be eliminated. This slope, from the Altai chain, with its fine streams, that pour their waters into the northern Ocean, does not at all concern us here; because the Northern Zone, as already stated, lies out of the pale of History.”

the Hoang-Ho and Yang-tse-Kiang (the yellow and blue streams) — next that of India, formed by the Ganges — less important is the Indus, which in the north, gives character to the Punjaub, and in the south flows through plains of sand. Farther on, the lands of the Tigris and Euphrates, which rise in Armenia and hold their course along the Persian mountains. The Caspian Sea has similar river valleys; in the East those formed by the Oxus and Jaxartes (Gihon and Sihon) which pour their waters into the Sea of Aral; on the West those of the Cyrus and Araxes (Kur and Aras).”

and although they have not attained an historical character, the beginning of History may be traced to them.”

Poucas passagens são tão grotescas na história da literatura universal… Hegel fazendo História com H maiúsculo!

It presents the origination of all religious and political principles, but Europe has been the scene of their development.”

The second portion is the heart of Europe, [TALVEZ UMBIGO SEJA MELHOR] which Caesar opened when conquering Gaul. This achievement was one of manhood on the part of the Roman General, and more productive than that youthful one of Alexander, who undertook to exalt the East to a participation in Greek life; and whose work, though in its purport the noblest and fairest for the imagination, soon vanished, as a mere Ideal, in the sequel. — In this centre of Europe, France, Germany and England are the principal countries.”

CLASSIFICATION OF HISTORIC DATA

In the geographical survey, the course of the World’s History has been marked out in its general features. The Sun — the Light — rises in the East. Light is a simply self-involved existence; but t[r?]hough possessing thus in itself universality, it exists at the same time as an individuality in the Sun. Imagination has often pictured to itself the emotions of a blind man suddenly becoming possessed of sight, beholding the bright glimmering of the dawn, the growing light, and the flaming glory of the ascending Sun. The boundless forgetfulness of his individuality in this pure splendor, is his first feeling — utter astonishment. But when the Sun is risen, this astonishment is diminished; objects around are perceived, and from them the individual proceeds to the contemplation of his own inner being, and thereby the advance is made to the perception of the relation between the two. Then inactive contemplation is quitted for activity; by the close of day man has erected a building constructed from his own inner Sun; and when in the evening he contemplates this, he esteems it more highly than the original external Sun. For now he stands in a conscious relation to his Spirit, and therefore a free relation. If we hold this image fast in mind, we shall find it symbolizing the course of History, the great Day’s work of Spirit. The History of the World travels from East to West, for Europe is absolutely the end of History, Asia the beginning.”

O ÁPICE DO COACHISMO METAFÍSICO!

EAST-ória do mundo

O-OU! “The East knew and to the present day knows only that One is Free; the Greek and Roman world, that some are free; the German World knows that All are free. The first political form therefore which we observe in History, is Despotism, the second Democracy and Aristocracy, the third Monarchy.”

PART I: THE ORIENTAL WORLD

If we compare these kingdoms in the light of their various fates, we find the empire of the 2 Chinese rivers the only durable kingdom in the World.” “The Chinese traditions ascend to 3000 years before Christ; and the Shu-King, their canonical document, beginning with the government of Yao, places this 2357 years before Christ.” “The Y-King consists of figures, which have been regarded as the bases of the Chinese written character, and this book is also considered the groundwork of the Chinese Meditation.” “Lastly, the Shi-King is the book of the oldest poems in a great variety of styles.” “Besides these 3 books of archives which are specially honored and studied, there are besides 2 others, less important, viz. the Li-Ki (or Li-King) which records the customs and ceremonial observances pertaining to the Imperial dignity and that of the State functionaries (with an appendix, Yo-King, treating of music); and the Tshun-tsin, the chronicle of the kingdom Lu, where Confucius appeared.”

In the 13th century a Venetian (Marco Polo) explored it for the first time, but his reports were deemed fabulous. In later times, everything that he had said respecting its extent and greatness was entirely confirmed.”

The long wall built by Shi-hoang-ti — and which has always been regarded as a most astounding achievement — was raised as a barrier against the inroads of the northern Nomades.”

Similarly they admitted the Manchus with whom they engaged in war in the 16th and 17th centuries, which resulted in the present dynasty’s obtaining possession of the throne.” Os Manchus foram os últimos forasteiros de relevo incorporados ao povo chinês, e chegaram, de forma talvez inaudita, ao poder. “The Manchus that live in China have to conform to Chinese laws, and study Chinese sciences.” Assimilação unilateral.

China has therefore succeeded in getting the greatest and best governors, to whom the expression ‘Solomonian Wisdom’ might be applied; and the present Manchu dynasty has especially distinguished itself by abilities of mind and body.”

ANTÍPODAS DA FRANÇA: “The deportment of the Emperor is represented to us as in the highest degree simple, natural, noble and intelligent. Free from a proud taciturnity or repelling hauteur in speech or manners, he lives in the consciousness of his own dignity and in the exercise of imperial duties to whose observance he has been disciplined from his earliest youth.”

In the instance of the revolution that occurred in the middle of the 17th century, the last Emperor of the dynasty was very amiable and honorable; but through the mildness of his character, the reins of government were relaxed, and disturbances naturally ensued. The rebels called the Manchus into the country. The Emperor killed himself to avoid falling into the hands of his enemies, and with his blood wrote on the border of his daughter’s robe a few words, in which he complained bitterly of the injustice of his subjects. A Mandarin, who was with him, buried him, and then killed himself on his grave. The Empress and her attendants followed the example. The last prince of the imperial house, who was besieged in a distant province, fell into the hands of the enemy and was put to death. All the other attendant Mandarins died a voluntary death.”

Their consciousness of moral abandonment shows itself also in the fact that the religion of Fo is so widely diffused; a religion which regards as the Highest and Absolute — as God — pure Nothing; which sets up contempt for individuality, for personal existence, as the highest perfection.”

religion is in China essentially State-Religion. The distinction between it and Lamaism [mongóis] must be observed, since the latter is not developed to a State, but contains religion as a free, spiritual, disinterested consciousness. That Chinese religion, therefore, cannot be what we call religion. For to us religion means the retirement of the Spirit within itself, in contemplating its essential nature, its inmost Being. In these spheres, then, man is withdrawn from his relation to the State, and betaking himself to this retirement, is able to release himself from the power of secular government.”

The Jesuits indeed, yielded to Chinese notions so far as to call the Christian God, HeavenTien; but they were on that account accused to the Pope by other Christian Orders. The Pope consequently sent a Cardinal to China, who died there. A bishop who was subsequently despatched, enacted that instead of Heaven, the term Lord of Heaven should be adopted. The relation to Tien is supposed to be such, that the good conduct of individuals and of the Emperor brings blessing; their transgressions on the other hand cause want and evil of all kinds.”

Each of the 5 Elements has its genius, distinguished by a particular color. The sovereignty of the dynasty that occupies the throne of China also depends on a Genius, and this one has a yellow color. Not less does every province and town, every mountain and river possess an appropriate Genius. All these Spirits are subordinate to the Emperor, and in the Annual Directory of the Empire are registered the functionaries and genii to whom such or such a brook, river, etc., has been intrusted. If a mischance occurs in any part, the Genius is deposed as a Mandarin would be. The genii have innumerable temples (in Pekin nearly 10,000) to which a multitude of priests and convents are attached. These ‘Bonzes’ live unmarried, and in all cases of distress are applied to by the Chinese for counsel. In other respects, however, neither they nor the temples are much venerated. Lord Macartney’s Embassy was even quartered in a temple — such buildings beings used as inns. The Emperor has sometimes thought fit to secularize many thousands of these convents; to compel the Bonzes to return to civil life; and to impose taxes on the estates appertaining to the foundations. The Bonzes are soothsayers and exorcists”

One of the highest Governmental Boards is the Academy of Sciences. The Emperor himself examines its members; they live in the palace, and perform the functions of Secretaries, Historians of the Empire, Natural Philosophers and Geographers. Should a new law be proposed, the Academy must report upon it. By way of introduction to such report it must give the history of existing enactments; or if the law in question affects foreign countries, a description of them is required. The Emperor himself writes the prefaces to the works thus composed. Among recent Emperors Kien-long especially distinguished himself by his scientific acquirements. He himself wrote much, but became far more remarkable by publishing the principal works that China has produced. At the head of the commission appointed to correct the press, was a Prince of the Empire; and after the work had passed through the hands of all, it came once more back to the Emperor, who severely punished every error that had been committed.”

They have, as is well known, beside a Spoken Language, a Written Language; which does not express, as our does, individual sounds — does not present the spoken words to the eye, but represents the ideas themselves by signs. This appears at first sight a great advantage, and has gained the suffrages of many great men — among others, of Leibniz.”

Although every Chinaman is at liberty to study these philosophical works, a particular sect, calling itself Tao-tse, Honorers of Reason, makes this study its special business. Those who compose it are isolated from civil life; and there is much that is enthusiastic and mystic intermingled with their views.”

Suicide, the result of revenge, and the exposure of children, as a common, even daily occurrence, show the little respect in which they hold themselves individually, and humanity in general.” Quem sabe eles exportaram para o Ocidente, que aperfeiçoou cada uma dessas artes inimaginavelmente!

The spread of Indian culture is prehistorical, for History is limited to that which makes an essential epoch in the development of Spirit.”

From the most ancient times downwards, all nations have directed their wishes and longings to gaining access to the treasures of this land of marvels, the most costly which the Earth presents” “pearls, diamonds, perfumes, rose-essences, elephants, lions, etc.” HAHAHAHA

there is scarcely any great nation of the East, nor of the Modern European West, that has not gained for itself a smaller or larger portion of it.”

The English, or rather the East India Company, are the lords of the land; for it is the necessary fate of Asiatic Empires to be subjected to Europeans; and China will, some day or other, be obliged to submit to this fate.”

Since the country of the Mahrattas was conquered by the English, no part of India has asserted its independence of their sway. They have already gained a footing in the Burman Empire, and passed the Brahmaputra, which bounds India on the east.” E depois um homem que não esmagaria um besouro deitou por terra todo esse ‘Império’…

India Proper is the country which the English divide into 2 large sections: the Deccan — the great peninsula which has the Bay of Bengal on the east, and the Indian Sea on the west — and Hindostan, formed by the valley of the Ganges, and extending in the direction of Persia. To the northeast, Hindostan is bordered by the Himalaya, which has been ascertained by Europeans to be the highest mountain range in the world, for its summits are about 26,000 feet above the level of the sea. On the other side of the mountains the level again declines; the dominion of the Chinese extends to that point, and when the English wished to go to Lassa to the Dalai-Lama, they were prevented by the Chinese.”

Prenda-me nas cadeias do Himalaia

Prende-me se fores um deus

PAQUISTÃO? “The dominion of the English does not extend to the Indus; the sect of the Sikhs inhabits that district, whose constitution is thoroughly democratic, and who have broken off from the Indian as well as from the Mohammedan religion, and occupy an intermediate ground — acknowledging only one Supreme Being. They are a powerful nation, and have reduced to subjection Cabul and Cashmere.”

A ÍNDIA E AS ÍNDIAS: “We call the inhabitants of the great country which we have now to consider Indians, from the river Indus (the English call them Hindoos). They themselves have never given a name to the whole, for it has never become one Empire, and yet we consider it as such.”

The distinctions in question are the Castes. In every rational State there are distinctions which must manifest themselves.”

The highest class therefore will be the one by which the Divine is presented and brought to bear on the community — the class of Brahmins. The second element or class will represent subjective power and valor. Such power must assert itself, in order that the whole may stand its ground, and retain its integrity against other such totalities or states. This class is that of the Warriors and Governors — the CshatriyasH. não deve ter percebido a incrível semelhança com os dois estratos superiores d’A República! “The third order of occupation recognized is that which is concerned with the specialities of life — the satisfying of its necessities — and comprehends agriculture, crafts and trade; the class of the Vaisyas.” De novo, o paralelo se mantém. “Lastly, the 4th element is the class of service, the mere instrument for the comfort of others, whose business it is to work for others for wages affording a scanty subsistence — the caste of Sudras. This servile class — properly speaking — constitutes no special organic class in the state, because its members only serve individuals: their occupations are therefore dispersed among them and are consequently attached to that of the previously mentioned castes.”

Yet even Arrian (Ind. 11) reckoned 7 castes, and in later times more than 30 have been made out; which, notwithstanding all obstacles, have arisen from the union of the various classes. Polygamy necessarily tends to this. A Brahmin, e.g., is allowed 3 wives from the 3 other castes, provided he has first taken one from his own. The offspring of such mixtures originally belonged to no caste, but one of the kings invented a method of classifying these casteless persons, which involved also the commencement of arts and manufactures. The children in question were assigned to particular employments; one section became weavers, another wrought in iron, and thus different classes arose from these different occupations. The highest of these mixed castes consists of those who are born from the marriage of a Brahmin with a wife of the Warrior caste; the lowest is that of the Chandâlas, who have to remove corpses, to execute criminals, and to perform impure offices generally.” Nenhuma autoridade deve ser creditada a essa teoria espúria da gênese das outras castas.

The Chandâlas are obliged to move out of the way for their superiors, and a Brahmin may knock down any that neglect to do so. [Mas se eles são intocáveis, i.e., estão poluídos!…] If a Chandâla drinks out of a pond it is defiled, and requires to be consecrated afresh.”

DEFENDENDO O INDEFENSÁVEL: “In the feudalism of mediaeval times, individuals were also confined to a certain station in life; but for all there was a Higher Being, superior to the most exalted earthly dignity, and admission to holy orders was open to all.” Logo, logo veremos quão sombria, taciturna e repulsiva era toda essa ordem “divina” européia…

To gain a more accurate idea of what the Brahmins are, and in what the Brahminical dignity consists, we must investigate the Hindoo religion and the conceptions it involves, to which we shall have to return further on; for the respective rights of castes have their basis in a religious relation.” Isso tudo linhas depois de dizer que na Índia a moral é tão primitiva que lá não existe religião…

A large number of the non-Brahminical population strive to attain Regeneration. They are called Yogis.”

The employment of the Brahmins consists principally in the reading of the Vêdas: they only have a right to read them.”

How minute these directions are may be especially judged of from the observances binding on the Brahmins in regard to satisfying the calls of nature. This is forbidden to them in a great thoroughfare, on ashes, on ploughed land, on a hill, a nest of white ants, on wood destined for fuel, in a ditch, walking or standing, on the bank of a river, etc. At such a time they may not look at the sun, at water, or at animals.” “The English wished to introduce trial by jury into India — the jury to consist half of Europeans, half of Hindoos — and submitted to the natives, whose wishes on the subject were consulted, the powers with which the panel would be intrusted. The Hindoos were for making a number of exceptions and limitations. They said, among other things, that they could not consent that a Brahmin should be condemned to death; not to mention other objections, e.g., that looking at and examining a corpse was out of the question. Although in the case of a Warrior the rate of interest may be as high as 3%, in that of a Vaisya 4%, a Brahmin is never required to pay more than 2%.”

In Manu’s Code it is said: ‘If anyone presumes to teach a Brahmin his duty, the King must order that hot oil be poured into the ears and mouth of such an instructor. If one who is only once-born, loads one who is twice-born with reproaches, a red-hot iron bar 10 inches long shall be thrust into his mouth.’

If a Brahmin or a member of any other Caste transgresses the above cited laws and precepts, he is himself excluded from his caste, and in order to be received back again, he must have a hook bored through the hips, and be swung repeatedly backwards and forwards in the air. There are also other forms of restoration. A Rajah who thought himself injured by an English Governor sent 2 Brahmins to England to detail his grievances. But the Hindoos are forbidden to cross the sea, and these envoys on their return were declared excommunicated from their caste, and in order to be restored to it they had to be born again from a golden cow. The imposition was so far lightened, that only those parts of the cow out of which they had to creep were obliged to be golden; the rest might consist of wood. These various usages and religious observances to which every caste is subject have occasioned great perplexity to the English, especially in enlisting soldiers. At first these were taken from the Sudra-Caste, which is not bound to observe so many ceremonies; but nothing could be done with them, they therefore betook themselves to the Cshatriya class. These however have an immense number of regulations to observe — they may not eat meat, touch a dead body, drink out of a pool in which cattle or Europeans have drunk, not eat what others have cooked, etc. Each Hindoo assumes one definite occupation, and that only, so that one must have an infinity of servants; — a Lieutenant has 30, a Major 60.”

Cases of theft are exceptional; in this case the higher the caste the heavier is the penalty”

All political revolutions, therefore, are matters of indifference to the common Hindoo, for his lot is unchanged.”

Brahma is distinct from Brahm — the former constituting one personality in contrasted relation to Vishnu and Siva. Many therefore call the Supreme Existence who is over the first mentioned deity, Para-brahma. The English have taken a good deal of trouble to find out what Brahm properly is. Wilford has asserted that Hindoo conceptions recognize 2 Heavens: the first, the earthly paradise, the second, Heaven in a spiritual sense.”

O BURRO DA HISTÓRIA É O EUROPEU: “if one asks a Hindoo whether he worships Idols, everyone says ‘Yes!’, but to the question ‘Do you worship the Supreme Being?’ everyone answers ‘No’.”

We are not conscious to ourselves of being Brahm, by reason of Maya (the delusion occasioned by the outward world). It is forbidden to pray to him, and to offer sacrifices to him in his own nature; for this would be to adore ourselves.”

No temples are consecrated to him, and he receives no worship. Similarly, in the Catholic religion, the churches are not dedicated to God, but to the saints.” Sério? Eu não sabia disso.

In the embodiment Vishnu are presented those incarnations in which God has appeared as man, and which are always historical personages, who effected important changes and new epochs.” Historical personages de um povo sem-história, querido Hegel?

When the English had become masters of the country, the work of restoring to light the records of Indian culture was commenced, and William Jones first disinterred the poems of the Golden Age. The English exhibited plays at Calcutta: this led to a representation of dramas on the part of the Brahmins, e.g., the Sacontala of Calidasa, etc. In the enthusiasm of discovery the Hindoo culture was very highly rated; and as, when new beauties are discovered, the old ones are commonly looked down upon with contempt, Hindoo poetry and philosophy were extolled as far superior to the Greek. For our purpose the most important documents are the ancient and canonical books of the Hindoos, especially the Vedas. They comprise many divisions, of which the 4th is of more recent origin. They consist partly of religious prayers, partly of precepts to be observed. Some manuscripts of these Vedas have come to Europe, though in a complete form they are exceedingly rare. The writing is on palm leaves, scratched in with a needle. The Vedas are very difficult to understand, since they date from the most remote antiquity, and the language is a much older Sanskrit. Colebrooke has indeed translated a part, but this itself is perhaps taken from a commentary, of which there are very many. Two great epic poems, Ramayana and Mahabharata, have also reached Europe.” “Besides these works, the Puranas must be particularly noticed. The Puranas contain the history of a god or of a temple.”

This Hindoo lawgiver has been compared with the Cretan Minos — a name which also occurs among the Egyptians; and certainly this extensive occurrence of the same name is noteworthy and cannot be ascribed to chance. Manu’s code of morals, (published at Calcutta with an English translation by Sir W. Jones) forms the basis of Hindoo legislation. It begins with a Theogony, which is not only entirely different from the mythological conceptions of other peoples (as might be expected), but also deviates essentially from the Hindoo traditions themselves. For in these also there are only some leading features that pervade the whole.” “The time when Manu’s code was composed, is also entirely unknown and undetermined. The traditions reach beyond 23 centuries before the birth of Christ: a dynasty of the Children of the Sun is mentioned, on which followed one of the Children of the Moon. Thus much, however, is certain, that the code in question is of high antiquity; and an acquaintance with it is of the greatest importance to the English, as their knowledge of Hindoo Law is derived from it.”

QUE SE DANE O ESTADO: “if China may be regarded as nothing else but a State, Hindoo political existence presents us with a people, but no State.”

There is indeed, a common character pervading the whole of India; but its several states present at the same time the greatest variety; so that in one Indian State we meet with the greatest effeminacy — in another, on the contrary, we find prodigious vigor and savage barbarity.”

The Religion of these peoples is Buddhism, which is the most widely extended religion on our globe. In China Buddha is reverenced as Fo; in Ceylon as Gautama; in Thibet and among the Mongols this religion has assumed the phase of Lamaism.”

Nothingness is the principle of all things” “The connection of this with the metempsychosis can be thus explained: All (that we see) is but a change of Form. The inherent infinity of Spirit — infinite concrete self-dependence — is entirely separate from this Universe of phenomena. Abstract Nothingness is properly that which lies beyond Finite Existence — what we may call the Supreme Being. This real principle of the Universe is, it is said, in eternal repose, and in itself unchangeable. Its essence consists in the absence of activity and volition. For Nothingness is abstract Unity with itself. To obtain happiness, therefore, man must seek to assimilate himself to this principle by continual victories over himself; and for the sake of this, do nothing, wish nothing, desire nothing.”

The Mongols — a race extending through the whole of central Asia as far as Siberia, where they are subject to the Russians — worship the Lama; and with this form of worship a simple political condition, a patriarchal life is closely united; for they are properly a nomad people, and only occasionally are commotions excited among them, when they seem to be beside themselves, and eruptions and inundations of vast hordes are occasioned. Of the Lamas there are 3: the best known is the Dalai-Lama, who has his seat at Lassa in the kingdom of Thibet. A second is the Teshoo-Lama, who under the title of Bantshen Rinbot-shee resides at Teshoo-Lomboo; there is also a third in Southern Siberia. The first 2 Lamas preside over 2 distinct sects, of which the priests of one wear yellow caps, those of the other, red. The wearers of the yellow caps — at whose head is the Dalai-Lama, and among whose adherents is the Emperor of China — have introduced celibacy among the priests, while the red sect allow their marriage. The English have become considerably acquainted with the Teshoo-Lama and have given us descriptions of him.”

The idea of a man being worshipped as God — especially a living man — has in it something paradoxical and revolting; but the following considerations must be examined before we pronounce judgment respecting it.” “It is not the individuality of the subject that is revered, but that which is universal in him; and which among the Thibetans, Hindoos, and Asiatics generally, is regarded as the essence pervading all things. This substantial Unity of Spirit is realized in the Lama, who is nothing but the form in which Spirit manifests itself; and who does not hold this Spiritual Essence as his peculiar property, but is regarded as partaking in it only in order to exhibit it to others, that they may attain a conception of Spirituality and be led to piety and blessedness. The Lama’s personality as such — his particular individuality — is therefore subordinate to that substantial essence which it embodies. The second point which constitutes an essential feature in the conception of the Lama is the disconnection from Nature. The Imperial dignity of China involved a supremacy over the powers of Nature; while here spiritual power is directly separated from the vis Natures.”

Those who have become acquainted with the Teshoo-Lama depict him as a most excellent person, of the calmest temper and most devoted to meditation. Thus also do the Lama-worshippers regard him. They see in him a man constantly occupied with religion, and who when he directs his attention to what is human, does so only to impart consolation and encouragement by his blessing, and by the exercise of mercy and the bestowal of forgiveness. These Lamas lead a thoroughly isolated life and have a feminine rather than masculine training.Nietzsche apelidava sua irmã de Lama. Talvez por ver nela a consumação do eterno-feminino…

Early torn from the arms of his parents the Lama is generally a well-formed and beautiful child. He is brought up amid perfect quiet and solitude, in a kind of prison: he is well catered for, and remains without exercise or childish play, so that it is not surprising that a feminine susceptible tendency prevails in his character. The Grand Lamas have under them inferior Lamas as presidents of the great fraternities. In Thibet every father who has 4 sons is obliged to dedicate one to a conventual life.”

Since Buddhism and Lamaism have taken the place of the Shaman Religion, the life of the Mongols has been simple, prescriptive and patriarchal. Where they take any part in History, we find them occasioning impulses that have only been the groundwork of historical development. (…) A Vizier has charge of the secular dominion and reports everything to the Lama”

With the Persian Empire we first enter on continuous History. The Persians are the first Historical People; Persia was the first Empire that passed away.” “Zoroaster’s ‘Light’ belongs to the World of Consciousness”

The elements of the Persian Empire are the Zend race — the old Parsees; next the Assyrian, Median and Babylonian Empire in the region mentioned; but the Persian Empire also includes Asia Minor, Egypt, and Syria, with its line of coast; and thus combines the Upland, the Valley Plains and the Coast region.”

Their national existence was put an end to by the Mahometans. The great Zerdusht — called Zoroaster by the Greeks — wrote his religious books in the Zend language. Until nearly the last third of the 18th century, this language and all the writings composed in it were entirely unknown to Europeans; when at length the celebrated Frenchman, Anquetil-Duperron, disclosed to us these rich treasures. Filled with an enthusiasm for the Oriental World, which his poverty did not allow him to gratify, he enlisted in a French corps that was about to sail for India. He thus reached Bombay, where he met with the Parsees, and entered on the study of their religious ideas. With indescribable difficulty he succeeded in obtaining their religious books; making his way into their literature, and thus opening an entirely new and wide field of research, but which, owing to his imperfect acquaintance with the language, still awaits thorough investigation.”

Zoroaster himself calls it the pure Aryan: we find a similar name in Herodotus, for he says that the Medes were formerly called Arii — a name with which the designation Iran is connected.” “Here in Bactriana appears to have been the seat of the Zend people. In the time of Cyrus we find the pure and original faith, and the ancient political and social relations such as they are described in the Zend books, no longer perfect.”

It is essential to note, that we find here no Castes, but only Classes, and that there are no restrictions on marriage between these different Classes; though the Zend writings announce civil laws and penalties, together with religious enactments.”

Ormuzd creates of his own free will; but also according to the decree of Zeruane-Akerene (the representation wavers)”

As the Zend Race was the higher spiritual element of the Persian Empire, so in Assyria and Babylonia we have the element of external wealth, luxury and commerce. Traditions respecting them ascend to the remotest periods of History; but in themselves they are obscure, and partly contradictory; and this contradiction is the less easy to be cleared up, as they have no canonical books or indigenous works.” “the accounts in the Bible are also valuable and remarkable in the highest degree, for the Hebrews were immediately connected with the Babylonians.”

The celebrated Epic just mentioned has the old heroic traditions of Iran (that is of West Persia proper) for its subject; but it has not the value of a historical authority, since its contents are poetical and its author a Mahometan. The contest of Iran and Turan is described in this heroic poem. Iran is Persia Proper — the Mountain Land on the south of the Oxus; Turan denotes the plains of the Oxus and those lying between it and the ancient Jaxartes. A hero, Rustan, plays the principal part in the poem; but its narrations are either altogether fabulous, or quite distorted.”

Nineveh is said to have been built 2050 years before Christ; consequently the founding of the Assyrian Kingdom is of no later date. Ninus reduced under his sway also Babylonia, Media and Bactriana; the conquest of which latter country is particularly extolled as having displayed the greatest energy; for Ctesias [historiador grego] reckons the number of troops that accompanied Ninus, at 1,700,000 infantry and a proportionate number of cavalry. Bactra was besieged for a very considerable time, and its conquest is ascribed to Semiramis; who with a valiant host is said to have ascended the steep acclivity of a mountain. The personality of Semiramis wavers between mythological and historical representations. To her is ascribed the building of the Tower of Babel, respecting which we have in the Bible one of the oldest of traditions.”

As to the religion of the Medes, the Greeks call all the oriental Priests Magi, which is therefore a perfectly indefinite name. But all the data point to the fact that among the Magi we may look for a comparatively close connection with the Zend religion; but that, although the Magi preserved and extended it, it experienced great modifications in transmission to the various peoples who adopted it. Xenophon says that Cyrus was the first that sacrificed to God according to the fashion of the Magi. The Medes therefore acted as a medium for propagating the Zend Religion.”

The Assyrian-Babylonian Empire, which held so many peoples in subjection, is said to have existed for 1,000 or 1,500 years. The last ruler was Sardanapalus — a great voluptuary, according to the descriptions we have of him.” “After this catastrophe the empire was entirely broken up: it was divided into an Assyrian, a Median, and a Babylonian Empire, to which also belonged the Chaldeans — a mountain people from the north which had united with the Babylonians. These several Empires had in their turn various fortunes; though here we meet with a confusion in the accounts which has never been cleared up. Within this period of their existence begins their connection with the Jews and Egyptians. The Jewish people succumbed to superior force; the Jews were carried captive to Babylon, and from them we have accurate information respecting the condition of this Empire. According to Daniel’s statements there existed in Babylon a carefully appointed organization for government business.” “the transmission of the sovereignty to the Persians makes no essential difference; for Cyrus was himself a relation of the Median King, and the names of Persia and Media melt into one.” “We recognize here a system of States, consisting of Lydia, Media, and Babylon. The latter had become predominant and had extended its dominion to the Mediterranean Sea. Lydia stretched eastward as far as the Halys; and the border of the western coast of Asia Minor, the fair Greek colonies, were subject to it; a high degree of culture was thus already present in the Lydian Empire. Art and poetry were blooming there as cultivated by the Greeks. These colonies also were subjected to Persia. Wise men, such as Bias, and still earlier, Thales, advised them to unite themselves in a firm league, or to quit their cities and possessions, and to seek out for themselves other habitations (Bias meant Sardinia).”

After the Lydian conquest Cyrus subjugated Babylon. With it he came into possession of Syria and Palestine; freed the Jews from captivity, and allowed them to rebuild their temple. Lastly, he led an expedition against the Massagetae; engaged with them in the steppes between the Oxus and the Jaxartes, but sustained a defeat, and died the death of a warrior and conqueror.” “The Persian Empire is an Empire in the modern sense — like that which existed in Germany, and the great imperial realm under the sway of Napoleon; for we find it consisting of a number of states, which are indeed dependent, but which have retained their own individuality, their manners, and laws.” “Thereby a stop is put to that barbarism and ferocity with which the nations had been wont to carry on their destructive feuds, and which the Book of Kings and the Book of Samuel sufficiently attest.”

Thus they invaded Egypt, Scythia, Thrace, and at last Greece; where their vast power was destined to be shattered. A march of this kind looked almost like an emigration: their families accompanied them. Each people exhibited its national features and warlike accoutrements, and poured forth en masse.” “Each had its own order of march and mode of warfare. Herodotus sketches for us a brilliant picture of this variety of aspect as it presented itself in the vast march of nations under Xerxes (2 millions of human beings are said to have accompanied him). Yet, as these peoples were so unequally disciplined — so diverse in strength and bravery — it is easy to understand how the small but well-trained armies of the Greeks, animated by the same spirit, and under matchless leadership, could withstand those innumerable but disorderly hosts of the Persians. The provinces had to provide for the support of the Persian cavalry, which were quartered in the centre of the kingdom. Babylon had to contribute the third part of the supplies in question, and consequently appears to have been by far the richest district. As regards other branches of revenue, each people was obliged to supply the choicest of the peculiar produce which the district afforded. Thus Arabia gave frankincense, Syria purple, etc.”

Quite free from passion, and without exhibiting any ambition, they agree that monarchy is the only form of government adapted to the Persian Empire. The Sun, and the horse which first salutes them with a neigh, decide the succession in favor of Darius. The magnitude of the Persian dominion occasioned the government of the provinces by viceroys — Satraps; and these often acted very arbitrarily to the provinces subjected to their rule, and displayed hatred and envy towards each other; a source of much evil. These satraps were only superior presidents of the provinces, and generally left the subject kings of the countries in possession of regal privileges. All the land and all the water belonged to the Great King of the Persians.”

Uniform taxes first make their appearance under the government of Darius Hystaspes. On the occasion of a royal progress the districts of the empire visited had to give presents to the King; and from the amount of these gifts we may infer the wealth of the unexhausted provinces. Thus the dominion of the Persians was by no means oppressive, either in secular or religious respects. The Persians, according to Herodotus, had no idols — in fact ridiculed anthropomorphic representations of the gods; but they tolerated every religion, although there may be found expressions of wrath against idolatry. Greek temples were destroyed, and the images of the gods broken in pieces.”

Through its intercourse with so many nations, Syria soon attained a high degree of culture. There the most beautiful fabrications in metals and precious stones were prepared, and there the most important discoveries, e.g., of Glass and of Purple, were made. Written language there received its first development, [dúbio] for in their intercourse with various nations the need of it was soon felt. (So, to quote another example, Lord Macartney observes that in Canton itself the Chinese had felt and expressed the need of a more pliable written language.)”

OVERRATED MOVEMENT (AND OVERRATED GOD, WITH CAPITAL ‘I’): “This opens to us an entirely new principle. Inactivity ceases, as also mere rude valor; in their place appears the activity of Industry, and that considerate courage which, while it dares the perils of the deep, rationally bethinks itself of the means of safety.”

The Prophets give the most terrible pictures of this — though their repulsive character must be partly laid to the account of the hatred of Jews against neighboring peoples. Such representations are particularly ample in the Book of Wisdom. Not only was there a worship of natural objects, but also of the Universal Power of Nature — Astarte, Cybele, Diana of Ephesus. The worship paid was a sensuous intoxication, excess, and revelry: sensuality and cruelty are its 2 characteristic traits. ‘When they keep their holy days they act as if mad’, (‘they are mad when they be merry’ — English Version) says the Book of Wisdom (14:28).” “Thus we see children sacrificed — priests of Cybele subjecting themselves to mutilation — men making themselves eunuchs — women prostituting themselves in the temple.”

Herodotus tells us that at Tyre Hercules was worshipped. If the divinity in question is not absolutely identical with the Greek demigod, there must be understood by that name one whose attributes nearly agree with his. This worship is particularly indicative of the character of the people; for it is Hercules of whom the Greeks say that he raised himself to Olympus by dint of human courage and daring. The idea of the Sun perhaps originated that of Hercules as engaged in his 12 labors; but this basis does not give us the chief feature of the myth, which is that Hercules is that scion of the gods who, by his virtue and exertion, made himself a god by human spirit and valor; and who, instead of passing his life in idleness, spends it in hardship and toil.”

The feast of Adonis was very similar to the worship of Osiris — the commemoration of his death — a funeral festival, at which the women broke out into the most extravagant lamentations over the departed god.”

While among the Phoenician people the Spiritual was still limited by Nature, in the case of the Jews we find it entirely purified — the pure product of Thought.” “Jehovah — the purely One. This forms the point of separation between the East and the West; Spirit descends into the depths of its own being, and recognizes the abstract fundamental principle as the Spiritual.”

the s(t)age of 6 ways

The Persian Empire is one that has passed away, and we have nothing but melancholy relics of its glory. Its fairest and richest towns — such as Babylon, Susa, Persepolis — are razed to the ground; and only a few ruins mark their ancient site. Even in the more modern great cities of Persia — Ispahan and Shiraz — half of them has become a ruin; and they have not — as is the case with ancient Rome — developed a new life, but have lost their place almost entirely in the remembrance of the surrounding nations. Besides the other lands already enumerated as belonging to the Persian Empire, Egypt claims notice — characteristically the Land of Ruins; a land which from hoar antiquity has been regarded with wonder, and which in recent times also has attracted the greatest interest. Its ruins, the final result of immense labor, surpass in the gigantic and monstrous, all that antiquity has left us.”

Egypt was always the Land of Marvels, and has remained so to the present day. It is from the Greeks especially that we get information respecting it, and chiefly from Herodotus. This intelligent historiographer himself visited the country of which he wished to give an account, and at its chief towns made acquaintance with the Egyptian priests. Of all that he saw and heard, he gives an accurate record; but the deeper symbolism of the Egyptian mythology he has refrained from unfolding. This he regards as something sacred, and respecting which he cannot so freely speak as of merely external objects. Besides him Diodorus Siculus is an authority of great importance; and among the Jewish historians, Josephus.”

It was found at a later date that a great part of the hieroglyphics are phonetic, that is, express sounds. Thus the figure of an eye denotes first the eye itself, but secondly the first letter of the Egyptian word that means ‘eye’ (as in Hebrew the figure of a house denotes the letter b, with which the word for house begins).”

European literati have eagerly investigated the lists given by Manetho and have relied upon them, and several names of kings have been confirmed by the recent discoveries. Herodotus says that according to the statements of the priests, gods had formerly reigned over Egypt, and that from the first human king down to the King Setho 341 generations, or 11,340 years, had passed away; but that the first human ruler was Menes (the resemblance of the name to the Greek Minos and the Hindoo Manu is striking).”

As the Dutch have gained their territory from the sea, and have found means to sustain themselves upon it; so the Egyptians first acquired their country, and maintained its fertility by canals and lakes. An important feature in the history of Egypt is its descent from Upper to Lower Egypt — from the South to the North. With this is connected the consideration that Egypt probably received its culture from Ethiopia; principally from the island Meroe, which, according to recent hypotheses, was occupied by a sacerdotal people. Thebes in Upper Egypt was the most ancient residence of the Egyptian kings. Even in Herodotus’ time it was in a state of dilapidation. The ruins of this city present the most enormous specimens of Egyptian architecture that we are acquainted with. Considering their antiquity they are remarkably well preserved: which is partly owing to the perpetually cloudless sky. The centre of the kingdom was then transferred to Memphis, not far from the modern Cairo; and lastly to Sais, in the Delta itself. The structures that occur in the locality of this city are of very late date and imperfectly preserved. Herodotus tells us that Memphis was referred to so remote a founder as Menes. Among the later kings must be especially noticed Sesostris, who, according to Champollion, is Rameses the Great.”

these 2 nations {Egypt and the Colchians[?]} and the Ethiopians were the only ones that had always practised circumcision.”

After the death of Setho, the Egyptians (Herodotus tells us) regarded themselves as free, and chose themselves 12 kings, who formed a federal union — as a symbol of which they built the Labyrinth, consisting of an immense number of rooms and halls above and below ground. In the year 650 B.C. one of these kings, Psammitichus, with the help of the Ionians and Carians (to whom he promised land in Lower Egypt), expelled the 11 other kings.”

From this point the history becomes clearer, because it is based on Greek accounts.” Presunção.

Cyrus desired an oculist from the Egyptians; for at that time the Egyptian oculists were very famous, their skill having been called out by the numerous eye-diseases prevalent in Egypt. This oculist, to revenge himself for having been sent out of the country, advised Cambyses to ask for the daughter of Amasis in marriage; knowing well that Amasis would either be rendered unhappy by giving her to him, or on the other hand incur the wrath of Cambyses by refusing. Amasis would not give his daughter to Cambyses, because the latter desired her as an inferior wife (for his lawful spouse must be a Persian); but sent him, under the name of his own daughter, that of Apries, who afterwards discovered her real name to Cambyses. The latter was so incensed at the deception, that he led an expedition against Egypt, conquered that country, and united it with the Persian Empire.”

Herodotus mentions the 7 following castes: the priests, the warriors, the neatherds, the swineherds, the merchants (or trading population generally), the interpreters — who seem only at a later date to have constituted a separate class — and, lastly, the seafaring class. Agriculturists are not named here, probably because agriculture was the occupation of several castes, as, e.g., the warriors, to whom a portion of the land was given. Diodorus and Strabo give a different account of these caste-divisions.”

But the several occupations did not remain so stereotyped as among the Hindoos; for we find the Israelites, who were originally herdsmen, employed also as manual laborers: and there was a king — as stated above — who formed an army of manual laborers alone.” Dois erros: levar em conta a Bíblia como fonte histórica; não considerar que a lei pode ser diferente para os forasteiros.

The castes are not rigidly fixed, but struggle with and come into contact with one another” Qual seria o sentido de chamar de castas então?

The Nile and the Sun constitute the divinities, conceived under human forms; and the course of nature and the mythological history is the same. In the winter solstice the power of the sun has reached its minimum, and must be born anew. Thus also Osiris appears as born; but he is killed by Typhon — his brother and enemy — the burning wind of the desert. Isis, the Earth — from whom the aid of the Sun and of the Nile has been withdrawn — yearns after him: she gathers the scattered bones of Osiris, and raises her lamentation for him, and all Egypt bewails with her the death of Osiris, in a song which Herodotus calls Maneros. Maneros he reports to have been the only son of the first king of the Egyptians, and to have died prematurely; this song being also the Linus-Song of the Greeks, and the only song which the Egyptians have.” Quão ridícula pode ser uma asserção como essa?

my favorite son(g)

Hermes then embalms Osiris; and his grave is shown in various places. Osiris is now judge of the dead, and lord of the kingdom of the Shades. These are the leading ideas.”

the symbol is changed into signification, and this latter becomes symbol of that symbol, which itself then becomes signification.”

CAPOEIRA DO MESTRE HEGEL: “o símbolo é trocado em significação, e esta se torna símbolo desse símbolo, que por sua vez se torna significação.”

Thus there arises one pregnant conception, composed of many conceptions, in which each fundamental nodus retains its individuality, so that they are not resolved into a general idea.”

In the first class, Fire and its use appears as Phtha, also as Knef, who is besides represented as the Good Genius; but the Nile itself is held to be that Genius, and thus abstractions are changed into concrete conceptions. Amman is regarded as a great divinity, with whom is associated the determination of the equinox; it is he, moreover, who gives oracles. But Osiris is similarly represented as the founder of oracular manifestations. So the Procreative Power, banished by Osiris, is represented as a particular divinity. But Osiris is himself this Procreative Power. Isis is the Earth, the Moon, the receptive fertility of Nature. As an important element in the conception Osiris, Anubis (Thoth) — the Egyptian Hermes — must be specially noticed.” “And thus the Egyptians had also specific divinities, conceived as spiritual activities and forces; but partly intrinsically limited” Hm.

According to Jamblichus, the Egyptian priests immemorially prefixed to all their inventions the name Hermes: Eratosthenes, therefore, called his book, which treated of the entire science of Egypt — Hermes. Anubis is called the friend and companion of Osiris. To him is ascribed the invention of writing, and of science generally — of grammar, astronomy, mensuration, music, and medicine.”

He is represented with a dog’s head, as an imbruted god; and besides this mask, a particular natural object is bound up with the conception of this divinity; for he is at the same time Sirius, the Dog-Star. He is thus as limited in respect of what he embodies, as sensuous in the positive existence ascribed to him.”

All astrological and sympathetic superstition may be traced to Egypt.”

Egyptian Worship is chiefly Zoolatry.”

We also, when we contemplate the life and action of brutes, are astonished at their instinct — the adaptation of their movements to the object intended — their restlessness, excitability, and liveliness; for they are exceedingly quick and discerning in pursuing the ends of their existence, while they are at the same time silent and shut up within themselves.”

A black tom-cat, with its glowing eyes and its now gliding, now quick and darting movement, has been deemed the presence of a malignant being — a mysterious reserved spectre: the dog, the canary-bird, on the contrary, appear friendly and sympathizing.” E parece que, se não é do Egito que vem toda a zoolatria, o sr. Hegel, pelo menos, mostra-se bastante egípcio!!

A pirâmide externa é só o chifre do corpo morto que jaz no subsolo.

It is related, that once when a Roman in Alexandria killed a cat, an insurrection ensued, in which the Egyptians murdered the aggressor. They would let human beings perish by famine, rather than allow the sacred animals to be killed” O mundo gira, meu amigo.

I refer here to the innumerable figures on the Egyptian monuments, of sparrow-hawks or falcons, dung-beetles, scarabaei, etc. It is not known what ideas such figures symbolized, and we can scarcely think that a satisfactory view of this very obscure subject is attainable. The dung-beetle is said to be the symbol of generation — of the sun and its course”

The refined art of Greece is able to attain a specific expression through the spiritual character given to an image in the form of beauty, and does not need to deform the human face in order to be understood.” Com certeza. Não existem minotauros, tampouco grifos… E que diabos seria uma Medusa – uma planta?!?

They are of two kinds — hieroglyphs proper, designed rather to express language, and having reference to subjective conception; and a class of hieroglyphs of a different kind, viz., those enormous masses of architecture and sculpture, with which Egypt is covered.”

These are the enormous excavations in the hills along the Nile at Thebes, whose passages and chambers are entirely filled with mummies — subterranean abodes as large as the largest mining works of our time: next, the great field of the dead in the plain of Sais, with its walls and vaults: thirdly, those Wonders of the World, the Pyramids, whose destination, though stated long ago by Herodotus and Diodorus, has been only recently expressly confirmed — to the effect, viz., that these prodigious crystals, with their geometrical regularity, contain dead bodies: and lastly, that most astonishing work, the Tombs of the Kings, of which one has been opened by Belzoni in modern times.”

The idea that Spirit is immortal, involves this — that the human individual inherently possesses infinite value. The merely Natural appears limited — absolutely dependent upon something other than itself — and has its existence in that other; but Immortality involves the inherent infinitude of Spirit. This idea is first found among the Egyptians. But it must be added, that the soul was known to the Egyptians previously only as an atom — that is, as something concrete and particular. For with that view is immediately connected the notion of Metempsychosis — the idea that the soul of man may also become the tenant of the body of a brute. Aristotle too speaks of this idea, and despatches it in few words. Every subject, he says, has its particular organs, for its peculiar mode of action: so the smith, the carpenter, each for his own craft. In like manner the human soul has its peculiar organs, and the body of a brute cannot be its domicile. Pythagoras adopted the doctrine of Metempsychosis; but it could not find much support among the Greeks, who held rather to the concrete. The Hindoos have also an indistinct conception of this doctrine, inasmuch as with them the final attainment is absorption in the universal Substance. But with the Egyptians the Soul — the Spirit — is, at any rate, an affirmative being, although only abstractedly affirmative. The period occupied by the soul’s migrations was fixed at 3,000 years; they affirmed, however, that a soul which had remained faithful to Osiris was not subject to such a degradation — for such they deem it.”

It is well known that the Egyptians embalmed their dead; and thus imparted such a degree of permanence, that they have been preserved even to the present day, and may continue as they are for many centuries to come. This indeed seems inconsistent with their idea of immortality; for if the soul has an independent existence, the permanence of the body seems a matter of indifference. But on the other hand it may be said, that if the soul is recognized as a permanent existence, honor should be shown to the body, as its former abode. The Parsees lay the bodies of the dead in exposed places to be devoured by birds; but among them the soul is regarded as passing forth into universal existence. Where the soul is supposed to enjoy continued existence, the body must also be considered to have some kind of connection with this continuance.”

CADA QUAL COM SEU GALO A ESCULÁPIO: “Many mummies have been found with a roll of papyrus under their arm, and this was formerly regarded as a remarkable treasure. But these rolls contain only various representations of the pursuits of life — together with writings in the Demotic character. They have been deciphered, and the discovery has been made that they are all deeds of purchase, relating to pieces of ground and the like; in which everything is most minutely recorded — even the duties that had to be paid to the royal chancery on the occasion. What, therefore, a person bought during his life is made to accompany him — in the shape of a legal document — in death. In this monumental way we are made acquainted with the private life of the Egyptians, as with that of the Romans through the ruins of Pompeii and Herculaneum.” “If Death thus haunted the minds of the Egyptians during life, it might be supposed that their disposition was melancholy. But the thought of death by no means occasioned depression. At banquets they had representations of the dead (as Herodotus relates), with the admonition: ‘Eat and drink — such a one wilt thou become, when thou art dead.’

Of Anubis-Hermes the myth says, that he embalmed the body of Osiris: this Anubis sustained also the office of leader of the souls of the dead; and in the pictorial representations he stands, with a writing tablet in his hand, by the side of Osiris. The reception of the dead into the Kingdom of Osiris had also a profounder import, viz., that the individual was united with Osiris. On the lids of the sarcophagi, therefore, the defunct is represented as having himself become Osiris”

HEGEL THE NAÏVE: “It is stated that, in a public market-place, sodomy was committed by a woman with a goat.”

These features are combined in the stories which Herodotus relates to us of the Egyptians. They much resemble the tales of the Thousand and One Nights; and although these have Bagdad as the locality of their narration, their origin is no more limited to this luxurious court than to the Arabian people, but must be partly traced to Egypt — as Von Hammer also thinks.” Hegel confiaria toda sua fortuna e status a um estranho – a Heródoto, no caso.

Love, Martial Daring, the Horse, the Sword, are the darling subjects of the poetry peculiar to the Arabians.” Devíamos copiá-los: cavalo não tem chifre, então já seria um ganho.

I am that which is, that which was, and that which will be; no one has lifted my veil.”

China and India, as already mentioned, have remained — Persia has not. The transition to Greece is, indeed, internal; but here it shows itself also externally, as a transmission of sovereignty — an occurrence which from this time forward is ever and anon repeated.” “the proper Emergence, the true Palingenesis of Spirit must be looked for in Greece first.” “Achilles, the ideal youth of poetry, commenced it: Alexander the Great, the ideal youth of reality, concluded it.”

Thus, Athens owes its origin to Cecrops, an Egyptian, whose history, however, is involved in obscurity. The race of Deucalion, the son of Prometheus, is brought into connection with the various Greek tribes. Pelops of Phrygia, the son of Tantalus, is also mentioned; next, Danaus, from Egypt: from him descend Acrisius, Danae and Perseus. Pelops is said to have brought great wealth with him to the Peloponnesus, and to have acquired great respect and power there. Danaus settled in Argos. Especially important is the arrival of Cadmus, of Phoenician origin, with whom phonetic writing is said to have been introduced into Greece; Herodotus refers it to Phoenicia, and ancient inscriptions then extant are cited to support the assertion. Cadmus, according to the legend, founded Thebes.” “Cadmus is said to have founded Thebes about 1490 B.C. — a date with which the Exodus of Moses from Egypt (1500 B.C.) nearly coincides.”

In Argolis, the walls of which the ancient fortresses consisted, were called Cyclopian; some of them have been discovered even in recent times, since, on account of their solidity, they are indestructible.” “Even now the gate with the lions, at Mycenas, can be recognized by the description of Pausanias. It is stated of Proetus [Proteus?], who ruled in Argos, that he brought with him from Lycia the Cyclopes who built these walls. It is, however, supposed that they were erected by the ancient Pelasgi.” “These fortresses, then, were the nuclei of small states; they gave a greater security to agriculture; they protected commercial intercourse against robbery. They were, however, as Thucydides informs us, not placed in the immediate vicinity of the sea, on account of piracy; maritime towns being of later date.”

Their subjects obeyed them, not as distinguished from them by conditions of caste, nor as in a state of serfdom, nor in the patriarchal relation — according to which the chief is only the head of the tribe or family to which all belong — nor yet as the result of the express necessity for a constitutional government; but only from the need, universally felt, of being held together, and of obeying a ruler accustomed to command — without envy and ill-will towards him. The Prince has just so much personal authority as he possesses the ability to acquire and to assert; but as this superiority is only the individually heroic, resting on personal merit, it does not continue long.”

In Homer’s Iliad we find a King of Kings, a generalissimo in the great national undertaking — but the other magnates environ him as a freely deliberating council; the prince is honored, but he is obliged to arrange everything to the satisfaction of the others; he indulges in violent conduct towards Achilles, but, in revenge, the latter withdraws from the struggle. Equally lax is the relation of the several chiefs to the people at large, among whom there are always individuals who claim attention and respect. The various peoples do not fight as mercenaries of the prince in his battles, nor as a stupid serf-like herd driven to the contest, nor yet in their own interest; but as the companions of their honored chieftain — as witnesses of his exploits, and his defenders in peril. A perfect resemblance to these relations is also presented in the Greek Pantheon.”

The occasion of that united expedition is said to have been the violation of the laws of hospitality by the son of an Asiatic prince, in carrying off the wife of his host. Agamemnon assembles the princes of Greece through the power and influence which he possesses. Thucydides ascribes his authority to his hereditary sovereignty, combined with naval power (Hom. II. ii. 108), in which he was far superior to the rest. It appears, however, that the combination was effected without external compulsion, and that the whole armament was convened simply on the strength of individual consent. [não era um protocapitalista de merda] The Hellenes were then brought to act unitedly, to an extent of which there is no subsequent example. The result of their exertions was the conquest and destruction of Troy, though they had no design of making it a permanent possession. No external result, therefore, in the way of settlement ensued, any more than an enduring political union, as the effect of the uniting of the nation in the accomplishment of this single achievement. But the poet supplied an imperishable portraiture of their youth and of their national spirit, to the imagination of the Greek people; and the picture of this beautiful human heroism hovered as a directing ideal before their whole development and culture.”

The people appears separated from the royal houses, and these are regarded as an alien body — a higher race, fighting out the battles and undergoing the penalties of their fate, for themselves alone. Royalty having performed that which it had to perform thereby rendered itself superfluous. The several dynasties are the agents of their own destruction, or perish not as the result of animosity, or of struggles on the side of the people: rather the families of the sovereigns are left in calm enjoyment of their power — a proof that the democratic government which followed is not regarded as something absolutely diverse.”

The Peloponnesus was conquered by the Heraclidae, who introduced a calmer state of things, which was not again interrupted by the incessant migrations of races. The history now becomes more obscure; and though the several occurrences of the Trojan war are very circumstantially described to us, we are uncertain respecting the important transactions of the time immediately following, for a space of many centuries. [talvez porque nenhuma transação tenha sido de fato importante!] No united undertaking distinguishes them, unless we regard as such that of which Thucydides speaks, viz., the war between the Chalcidians and Eretrians in Euboea, in which many nations took part. The towns vegetate in isolation, or at most distinguish themselves by war with their neighbors. Yet, they enjoy prosperity in this isolated condition, by means of trade; a kind of progress to which their being rent by many party-struggles offers no opposition.”

AS GRANDES COLONIZAÇÕES: SINTOMA DE DÉCADENCE: “This sending out of colonies — especially during the period between the Trojan war and Cyrus — presents us with a remarkable phenomenon. It can be thus explained. In the several towns the people had the governmental power in their hands, since they gave the final decision in political affairs. In consequence of the long repose enjoyed by them, the population and the development of the community advanced rapidly; and the immediate result was the amassing of great riches, contemporaneously with which fact great want and poverty make their appearance. Industry, in our sense, did not exist; and the lands were soon occupied. Nevertheless a part of the poorer classes would not submit to the degradations of poverty, for everyone felt himself a free citizen. The only expedient, therefore, that remained, was colonization. In another country, those who suffered distress in their own, might seek a free soil, and gain a living as free citizens by its cultivation. Colonization thus became a means of maintaining some degree of equality among the citizens; but this means is only a palliative, and the original inequality, founded on the difference of property, immediately reappears. The old passions were rekindled with fresh violence, and riches were soon made use of for securing power: thus Tyrants gained ascendancy in the cities of Greece.”

On the same principle the Greeks listened to the murmuring of the fountains, and asked what might be thereby signified; but the signification which they were led to attach to it was not the objective meaning of the fountain, but the subjective — that of the subject itself, which further exalts the Naiad to a Muse. The Naiads, or Fountains, are the external, objective origin of the Muses. Yet the immortal songs of the Muses are not that which is heard in the murmuring of the fountains; they are the productions of the thoughtfully listening Spirit — creative while observant.”

It has been long a much vexed question whether the arts and the religion of the Greeks were developed independently or through foreign suggestion. Under the conduct of a one-sided understanding the controversy is interminable; for it is no less a fact of history that the Greeks derived conceptions from India, Syria, and Egypt than that the Greek conceptions are peculiar to themselves, and those others alien.” “Just as in Art the Greeks may have acquired a mastery of technical matters from others — from the Egyptians especially — so in their religion the commencement might have been from without; but by their independent spirit they transformed the one as well as the other.” “All issue in works of art, and we may arrange under 3 heads: the subjective work of art, that is, the culture of the man himself — the objective work of art, i.e., the shaping of the world of divinities — lastly, the political work of art — the form of the Constitution, and the relations of the Individuals who compose it.”

In the notice of Agamemnon’s sceptre, its origin is given in detail: mention is made of doors which turn on hinges, and of accoutrements and furniture, in a way that expresses satisfaction. The honor of human invention in subjugating Nature is ascribed to the gods. But, on the other hand, man uses Nature for ornament, which is intended only as a token of wealth and of that which man has made of himself. We find Ornament, in this interest, already very much developed among the Homeric Greeks. It is true that both barbarians and civilized nations ornament themselves; but barbarians content themselves with mere ornament; they intend their persons to please by an external addition. But ornament by its very nature is destined only to beautify something other than itself, viz. the human body, which is man’s immediate environment, and which, in common with Nature at large, he has to transform. The spiritual interest of Primary importance is, therefore, the development of the body to a perfect organ for the Will — an adaptation which may on the one hand itself be the means for ulterior objects, and on the other hand, appear as an object per se. Among the Greeks, then, we find this boundless impulse of individuals to display themselves, and to find their enjoyment in so doing. Sensuous enjoyment does not become the basis of their condition when a state of repose has been obtained, any more than the dependence and stupor of superstition which enjoyment entails. They are too powerfully excited, too much bent upon developing their individuality, absolutely to adore Nature, as it manifests itself in its aspects of power and beneficence. That peaceful condition which ensued when a predatory life had been relinquished, and liberal nature had afforded security and leisure, turned their energies in the direction of self-assertion — the effort to dignify themselves. But while on the one side they have too much independent personality to be subjugated by superstition, that sentiment has not gone to the extent of making them vain”

Homer gives a noble description of the games conducted by Achilles, in honor of Patroclus; but in all his poems there is no notice of statues of the gods, though he mentions the sanctuary at Dodona, and the treasure-house of Apollo at Delphi. The games in Homer consist in wrestling and boxing, running, horse and chariot races, throwing the discus or javelin, and archery. With these exercises are united dance and song, to express and form part of the enjoyment of social exhilaration, and which arts likewise blossomed into beauty. On the shield of Achilles, Hephaestus represents, among other things, how beautiful youths and maidens move as quickly ‘with well-taught feet’, as the potter turns his wheel. The multitude stand round enjoying the spectacle; the divine singer accompanies the song with the harp, and 2 chief dancers perform their evolutions in the centre of the circle.” “Besides the Olympic games in the sacred district of Elis, there were also held the Isthmian, the Pythian, and Nemean, at other places.”

The transition from the Oriental to the Occidental Spirit is therein represented, for the Titans are the merely Physical — natural existences, from whose grasp sovereignty is wrested. It is true that they continue to be venerated, but not as governing powers; for they are relegated to the verge (the limbus) of the world.”

For Apollo is the prophesying and discerning god — Light, that makes everything clear. He is, moreover, the healer and strengthener; as also the destroyer, for he kills men. He is the propitiating and purifying god, e.g., in contravention of the Eumenides — the ancient subterrene divinities — who exact hard, stern justice. He himself is pure; he has no wife, but only a sister, and is not involved in various disgusting adventures, like Zeus; moreover, he is the discerner and declarer, the singer and leader of the dances — as the sun leads the harmonious dance of stars. — In like manner the Naiads became the Muses. The mother of the gods, Cybele — continuing to be worshipped at Ephesus as Artemis — is scarcely to be recognized as the Artemis of the Greeks — the chaste huntress and destroyer of wild beasts.”

While the gods remained more human,

The men were more divine.”

But why did God not appear to the Greeks in the flesh? Because man was not duly estimated, did not obtain honor and dignity, till he had more fully elaborated and developed himself in the attainment of the Freedom implicit in the aesthetic manifestation in question” Pequena porção de um dos trechos mais escusos de Hegel (ou de seus desastrados discípulos), sem dúvida.

Another circumstance that demands special attention here is the element of Slavery. This was a necessary condition of an aesthetic democracy, where it was the right and duty of every citizen to deliver or to listen to orations respecting the management of the State in the place of public assembly, to take part in the exercise of the Gymnasia, and to join in the celebration of festivals. It was a necessary condition of such occupations, that the citizens should be freed from handicraft occupations; consequently, that what among us is performed by free citizens — the work of daily life — should be done by slaves.”

At the beginning of the Median wars, Lacedaemon was in possession of the Hegemony, partly as the result of having subjugated and enslaved the free nation of the Messenians, partly because it had assisted many Greek States to expel their Tyrants. Provoked by the part the Greeks had taken in assisting the Ionians against him, the Persian King sent heralds to the Greek cities to require them to give Water and Earth, i.e. to acknowledge his supremacy. The Persian envoys were contemptuously sent back, and the Lacedaemonians went so far as to throw them into a well — a deed, however, of which they afterwards so deeply repented, as to send 2 Lacedaemonians to Susa in expiation. The Persian King then despatched an army to invade Greece. With its vastly superior force the Athenians and Plataeans, without aid from their compatriots, contended at Marathon under Miltiades, and gained the victory. Afterwards, Xerxes came down upon Greece with his enormous masses of nations (Herodotus gives a detailed description of this expedition); and with the terrible array of land-forces was associated the not less formidable fleet. Thrace, Macedon, and Thessaly were soon subjugated; but the entrance into Greece Proper — the Pass of Thermopylae — was defended by 300 Spartans and 700 Thespians, whose fate is well known. Athens, voluntarily deserted by its inhabitants, was ravaged; the images of the gods which it contained were ‘an abomination’ to the Persians, who worshipped the Amorphous, the Unformed. In spite of the disunion of the Greeks, the Persian fleet was beaten at Salamis; and this glorious battle-day presents the 3 greatest tragedians of Greece in remarkable chronological association: for Æschylus was one of the combatants, and helped to gain the victory, Sophocles danced at the festival that celebrated it, and on the same day Euripides was born. The host that remained in Greece, under the command of Mardonius, was beaten at Plataea by Pausanias, and the Persian power was consequently broken at various points.”

For these are World-Historical victories; they were the salvation of culture and Spiritual vigor, and they rendered the Asiatic principle powerless. How often, on other occasions, have not men sacrificed everything for one grand object!”

Never in History has the superiority of spiritual power over material bulk — and that of no contemptible amount — been made so gloriously manifest.”

The Athenians continued their wars of conquest for a considerable time, and thereby attained a high degree of prosperity; while the Lacedaemonians, who had no naval power, remained quiet. The antagonism of Athens and Sparta now commences — a favorite theme for historical treatment.” “The polity of the State was wavering between Aristocracy and Democracy. Solon effected, by his division into 4 property-classes, a medium between these opposites. All these together formed the popular assembly for deliberation and decision on public affairs; but the offices of government were reserved for the 3 superior classes.” “Lastly, Pericles rendered the constitution yet more democratic by diminishing the essential dignity of the Areopagus, and bringing causes that had hitherto belonged to it, before the Demos and the ordinary tribunals.” “It was Pericles who originated the production of those eternal monuments of sculpture whose scanty remains astonish posterity; it was before this people that the dramas of Æschylus and Sophocles were performed; and later on those of Euripides — which, however, do not exhibit the same plastic moral character, and in which the principle of corruption is more manifest.”

the Helots [hilotas] were doubtless aborigines. The fate that had befallen the Helots was suffered at a later epoch by the Messenians; for inhuman severity of this order was innate in Spartan character. While the Athenians had a family-life, and slaves among them were inmates of the house, the relation of the Spartans to the subjugated race was one of even greater harshness than that of the Turks to the Greeks; a state of warfare was constantly kept up in Lacedaemon. In entering upon office, the Ephors made an unreserved declaration of war against the Helots, and the latter were habitually given up to the younger Spartans to be practised upon in their martial exercises. The Helots were on some occasions set free, and fought against the enemy; moreover, they displayed extraordinary valor in the ranks of the Spartans; but on their return they were butchered in the most cowardly and insidious way. As in a slave-ship the crew are constantly armed, and the greatest care is taken to prevent an insurrection, so the Spartans exercised a constant vigilance over the Helots, and were always in a condition of war, as against enemies.” “As daughters were capable of inheriting, many estates had come by marriage into the possession of a few families, and at last all the landed property was in the hands of a limited number; as if to show how foolish it is to attempt a forced equality — an attempt which, while ineffective in realizing its professed object, is also destructive of a most essential point of liberty — the free disposition of property.” Um olhar MUITO crítico de H. em relação a Esparta. Mas se sustenta na bibliografia atual?

It was with an especial view to promote similarity of manners, and a more intimate acquaintance of the citizens with each other, that the Spartans had meals in common — a community, however, which disparaged family life; for eating and drinking is a private affair, and consequently belongs to domestic retirement.” “Lastly, one of the highest magistracies was that of the Ephors, respecting whose election we have no definite information; Aristotle says that the mode of choice was exceedingly childish. We learn from Aristotle that even persons without nobility or property could attain this dignity. The Ephors had full authority to convoke popular assemblies, to put resolutions to the vote, and to propose laws, almost in the same way as the tribuni plebis in Rome. Their power became tyrannical, like that which Robespierre and his party exercised for a time in France.” Comparações indevidas…

In their intercourse at home, they were, on the whole, honorable; but as regarded their conduct towards other nations, they themselves plainly declared that they held their own good pleasure for the Commendable, and what was advantageous for the Right.”

The perfect bloom of Greek life lasted only about 60 years”

In the Peloponnesian War, the struggle was essentially between Athens and Sparta. Thucydides has left us the history of the greater part of it, and his immortal work is the absolute gain which humanity has derived from that contest. Athens allowed herself to be hurried into the extravagant projects of Alcibiades; and when these had already much weakened her, she was compelled to succumb to the Spartans, who were guilty of the treachery of applying for aid to Persia, and who obtained from the King supplies of money and a naval force. They were also guilty of a still more extensive treason, in abolishing democracy in Athens and in the cities of Greece generally, and in giving a preponderance to factions that desired oligarchy, but were not strong enough to maintain themselves without foreign assistance. Lastly, in the peace of Antalcidas, Sparta put the finishing stroke to her treachery, by giving over the Greek cities in Asia Minor to Persian dominion.

Lacedaemon had therefore, both by the oligarchies which it had set up in various countries, and by the garrisons which it maintained in some cities — as, e.g., Thebes — obtained a great preponderance in Greece. But the Greek States were far more incensed at Spartan oppression than they had previously been at Athenian supremacy. With Thebes at their head, they cast off the yoke, and the Thebans became for a moment the most distinguished people in Hellas. But it was to 2 distinguished men among its citizens that Thebes owed its entire power — Pelopidas and Epaminondas

Weakened and distracted, Greece could no longer find safety in itself, and needed an authoritative prop. In the towns there were incessant contests; the citizens were divided into factions, as in the Italian cities of the Middle Ages. The victory of one party entailed the banishment of the other; the latter then usually applied to the enemies of their native city, to obtain their aid in subjugating it by force of arms. The various States could no longer co-exist peaceably: they prepared ruin for each other, as well as for themselves.”

A leading principle of the Sophists was that <Man is the measure of all things>; but in this, as in all their apophthegms, lurks an ambiguity, since the term <Man> may denote Spirit in its depth and truth, or in the aspect of mere caprice and private interest.” “This Sophistic principle appears again and again, though under different forms, in various periods of History; thus even in our own times subjective opinion of what is right — mere feeling — is made the ultimate ground of decision.”

Socrates is celebrated as a Teacher of Morality, but we should rather call him the Inventor of Morality.”

ZEUS FALLS: “The Phocians were then to be punished by the Thebans; but by an egregious piece of violence — by desecrating and plundering the temple at Delphi — the former attained momentary superiority. This deed completes the ruin of Greece; the sanctuary was desecrated, the god so to speak, killed; the last support of unity was thereby annihilated; reverence for that which in Greece had been as it were always the final arbiter — its monarchical principle — was displaced, insulted, and trodden under foot.”

The charge of littleness, harshness, violence, and political treachery — all those hateful characteristics with which Philip has so often been reproached — did not extend to the young Alexander, when he placed himself at the head of the Greeks.”

Though his generals were devoted to him, they had been the long tried servants of his father; and this made his position difficult: for his greatness and youth was a humiliation to them, as inclined to regard themselves and the achievements of the past as a complete work; so that while their envy, as in Clitus’ case, arose to blind rage, Alexander also was excited to great violence.” “He was great as a commander in battles, wise in conducting marches and marshalling troops, and the bravest soldier in the thick of the fight.”

Alexander had the good fortune to die at the proper time; i.e. it may be called good fortune, but it is rather a necessity. That he may stand before the eyes of posterity as a youth, an early death must hurry him away. Achilles, as remarked above, begins the Greek world, and his autotype Alexander concludes it: and these youths not only supply a picture of the fairest kind in their own persons, but at the same time afford a complete and perfect type of Hellenic existence.”

Thence the Greeks came into connection with India, and even with China. The Greek dominion spread itself over northern India, and Sandrokottus (Chandraguptas) is mentioned as the first who emancipated himself from it. The same name presents itself indeed among the Hindoos, but for reasons already stated, we can place very little dependence upon such mention. Other Greek Kingdoms arose in Asia Minor, in Armenia, in Syria and Babylonia. But Egypt especially, among the kingdoms of the successors of Alexander, became a great centre of science and art; for a great number of its architectural works belong to the time of the Ptolemies, as has been made out from the deciphered inscriptions.” Exagero da importância alexandrina.

Those who had been Alexander’s Generals, now assuming an independent appearance on the stage of history as Kings, carried on long wars with each other, and experienced, almost all of them, the most romantic revolutions of fortune. Especially remarkable and prominent in this respect is the life of Demetrius Poliorcetes.” Nada fala dele, entretanto.

In our times we can neither endure our faults nor the means of correcting them.” Livy

The distinction between the Roman and the Persian principle is exactly this — that the former stifles all vitality, while the latter allowed of its existence in the fullest measure. Through its being the aim of the State, that the social units in their moral life should be sacrificed to it, the world is sunk in melancholy: its heart is broken, and it is all over with the Natural side of Spirit, which has sunk into a feeling of unhappiness. Yet only from this feeling could arise the supersensuous, the free Spirit in Christianity.” Para Hegel o Império Romano era Roma, onde o estrangeiro não podia perpetuar sua própria cultura – é assimilado ou morre [quase o anagrama de Rome]. Qualquer um que lê como os romanos respeitaram as idiossincrasias dos povos que subjugaram e tornaram províncias do Império é capaz de refutar essa leitura bidimensional do período.

Erudition has regarded the Roman History from various points of view, and has adopted very different and opposing opinions: this is especially the case with the more ancient part of the history, which has been taken up by 3 different classes of literatiHistorians, Philologists, and Jurists. The Historians hold to the grand features, and show respect for the history as such; [empty expression nonetheless] so that we may after all see our way best under their guidance, since they allow the validity of the records in the case of leading events. It is otherwise with the Philologists, by whom generally received traditions are less regarded, and who devote more attention to small details which can be combined in various ways. These combinations gain a footing first as historical hypotheses, but soon after as established facts. To the same degree as the Philologists in their department, have the Jurists in that of Roman law, instituted the minutest examination and involved their inferences with hypothesis. The result is that the most ancient part of Roman History has been declared to be nothing but fable; so that this department of inquiry is brought entirely within the province of learned criticism, which always finds the most to do where the least is to be got for the labor. While on the one side the poetry and the myths of the Greeks are said to contain profound historical truths, and are thus transmuted into history, the Romans on the contrary have myths and poetical views affiliated upon them; [the Greeks] and epopees are affirmed to be at the basis of what has been hitherto taken for prosaic and historical.” Eneida, etc.

Niebuhr has prefaced his Roman history by a profoundly erudite treatise on the peoples of Italy; but from which no connection between them and the Roman History is visible. In fact, Niebuhr’s History can only be regarded as a criticism of Roman History, for it consists of a series of treatises which by no means possess the unity of history.”

As to the particular sections of the Roman History, the common division is that into the Monarchy, the Republic, and the Empire — as if in these forms different principles made their appearance; but the same principle — that of the Roman Spirit — underlies their development.” Esse idiota divide a História Romana em 3 e coloca as campanhas de César já no princípio da 3a!

Rome arose outside recognised countries, viz., in an angle where 3 different districts met — those of the Latins, Sabines and Etruscans” “but Rome was from the very beginning, of artificial and violent, not spontaneous growth.” Pura especulação

It is related that the descendants of the Trojans, led by Æneas to Italy, founded Rome; for the connection with Asia was a much cherished tradition, and there are in Italy, France, and Germany itself (Xanten) many towns which refer their origin, or their names, to the fugitive Trojans. Livy speaks of the ancient tribes of Rome, the Ramnenses, Titienses, and Luceres. Now if we look upon these as distinct nations, and assert that they were really the elements from which Rome was formed — a view which in recent times has very often striven to obtain currency — we directly subvert the historical tradition.”

SANOZAMA: “It is equally historical that in the newly formed State there were no women, and that the neighboring states would enter into no connubia with it: both circumstances characterize it as predatory union, with which the other States wished to have no connection.”

They also refused the invitation to their religious festivals; and only the Sabines — a simple agricultural people, among whom, as Livy says, prevailed a tristis atque tetrica superstitio — partly from superstition, partly from fear, presented themselves at them.”

A State which had first to form itself, and which is based on force, must be held together by force.” Que ingênuo. Trata-se de todas as configurações sociais conhecidas!

Remus was buried on the Aventine mount; this is consecrated to the evil genii, and to it are directed the Secessions of the Plebs. The question comes, then, how this distinction originated?” Pergunte ao Dühring!

the protected are called clientes.” Hoje são os mais desprotegidos. Essa relação de clientela entre plebe e aristocracia podia muito bem ser avaliada assim por um conservador: o povo não havia degradado tanto a ponto de se unir contra o alto e sublime, congregando-se numa confederação de irmãos esfarrapados (movimento socialista). Pois aqui o que temos são facções renitentes e eternas dissidências entre algumas famílias aristocratas e seus rábulas de aluguel. “How often in insurrection and in anarchical disorder was the plebs brought back into a state of tranquillity by a mere form, and cheated of the fulfilment of its demands, righteous or unrighteous! How often was a Dictator, e.g., chosen by the senate, when there was neither war nor danger from an enemy, in order to get the plebeians into the army, and to bind them to strict obedience by the military oath! It took Licinius 10 years to carry laws favorable to the plebs; the latter allowed itself to be kept back by the mere formality of the veto on the part of other tribunes, and still more patiently did it wait for the long-delayed execution of these laws. It may be asked: By what were such a disposition and character produced? Produced it cannot be, but it is essentially latent in the origination of the State from that primal robber-community, as also in the idiosyncrasy of the people who composed it, and lastly, in that phase of the World-Spirit which was just ready for development.” Racista com os latinos.

The laws of the Twelve Tables still contained much that was undefined; very much was still left to the arbitrary will of the judge — the Patricians alone being judges; the antithesis, therefore, between Patricians and Plebeians, continues till a much later period. Only by degrees do the Plebeians scale all the heights of official station, and attain those privileges which formerly belonged to the Patricians alone.”

The husband acquired a power over his wife, such as he had over his daughter, nor less over her property” Como se fosse diferente entre os gregos…

Of the spirit, the character, and the life of the ancient Italian peoples we know very little — thanks to the non-intelligent character of Roman historiography!” Mas pelo parágrafo acima Hegel assume que tudo sabe

We are accustomed to regard Greek and Roman religion as the same, and use the names Jupiter, Minerva, etc. as Roman deities, often without distinguishing them from those of Greeks. This is admissible inasmuch as the Greek divinities were more or less introduced among the Romans; but as the Egyptian religion is by no means to be regarded as identical with the Greek, merely because Herodotus and the Greeks form to themselves an idea of the Egyptian divinities under the names Latona, Pallas, etc., so neither must the Roman be confounded with the Greek.”

The Roman had always to do with something secret; in everything he believed in and sought for something concealed; and while in the Greek religion everything is open and clear, present to sense and contemplation — not pertaining to a future world, but something friendly, and of this world — among the Romans everything exhibits itself as mysterious, duplicate: they saw in the object first itself, and then that which lies concealed in it: their history is pervaded by this duplicate mode of viewing phenomena.” “The knowledge of these sacra is utterly uninteresting and wearisome, affording fresh material for learned research as to whether they are of Etruscan, Sabine, or other origin. On their account the Roman people have been regarded as extremely pious, both in positive and negative observances; though it is ridiculous to hear recent writers speak with unction and respect of these sacra.” “After the royal dignity had been done away with, there still remained a Rex Sacrorum; but he, like all the other priests, was subject to the Pontifex Maximus, who presided over all the <sacra>, and gave them such a rigidity and fixity as enabled the patricians to maintain their religious power so long.”

The Romans worshipped Pax, Tranquillitas, Vacuna (Repose), Angeronia (Sorrow and Grief), as divinities; they consecrated altars to the Plague, to Hunger, to Mildew (robigo [mofo!]), to Fever, and to the Dea Cloacina [Deusa da Limpeza dos Esgotos e do ‘Sexo Seguro’ (puro, sem doenças venéreas), associada à Vênus grega]. Juno appears among the Romans not merely as Lucina, the obstetric goddess, but also as Juno Ossipagina, the divinity who forms the bones of the child, and as Juno Unxia, who anoints the hinges of the doors at marriages (a matter which was also reckoned among the sacra).” “On the other hand, Jupiter as Jupiter Capitolinus represents the generic essence of the Roman Empire, which is also personified in the divinities Roma and Fortuna Publica.”

Among the Roman poets — especially Virgil — the introduction of the gods is the product of a frigid Understanding and of imitation. The gods are used in these poems as machinery, and in a merely superficial way; regarded much in the same way as in our didactic treatises on the belles-lettres, where among other directions we find one relating to the use of such machinery in epics — in order to produce astonishment.”

Nero’s deepest degradation was his appearing on a public stage as a singer, lyrist and combatant. As the Romans were only spectators, these diversions were something foreign to them; they did not enter into them with their whole souls. With increasing luxury the taste for the baiting of beasts and men became particularly keen. Hundreds of bears, lions, tigers, elephants, crocodiles, and ostriches, were produced, and slaughtered for mere amusement. A body consisting of hundreds, nay thousands of gladiators, when entering the amphitheatre at a certain festival to engage in a sham sea-fight, addressed the Emperor with the words: <Those who are devoted to death salute thee>, to excite some compassion. In vain! the whole were devoted to mutual slaughter. In place of human sufferings in the depths of the soul and spirit, occasioned by the contradictions of life, and which find their solution in Destiny, the Romans instituted a cruel reality of corporeal sufferings: blood in streams, the rattle in the throat which signals death, and the expiring gasp were the scenes that delighted them.”

each has it own political character, which it always preserves: strict, aristocratic severity distinguished the Claudii; benevolence towards the people, the Valerii; nobleness of spirit, the Cornelii.”

The Roman principle admits of aristocracy alone as the constitution proper to it, but which directly manifests itself only in an antithetical form — internal inequality. Only from necessity and the pressure of adverse circumstances is this contradiction momentarily smoothed over; for it involves a duplicate power, the sternness and malevolent isolation of whose components can only be mastered and bound together by a still greater sternness, into a unity maintained by force.”

As regards the accounts of the first Roman kings, every datum has met with flat contradiction as the result of criticism; but it is going too far to deny them all credibility. Seven kings in all, are mentioned by tradition; and even the <Higher Criticism> is obliged to recognize the last links in the series as perfectly historical.”

To the 2nd king, Numa, is ascribed the introduction of the religious ceremonies. This trait is very remarkable from its implying that religion was introduced later than political union, while among other peoples religious traditions make their appearance in the remotest periods and before all civil institutions. The king was at the same time a priest (rex is referred by etymologists to sacrifice).”

Livy says that as Numa established all divine matters, so Servius Tullius introduced the different Classes, and the Census, according to which the share of each citizen in the administration of public affairs was determined. The patricians were discontented with this scheme, especially because Servius Tullius abolished a part of the debts owed by the plebeians, and gave public lands to the poorer citizens, which made them possessors of landed property.” “With Servius the history becomes more distinct; and under him and his predecessor, the elder Tarquinius, traces of prosperity are exhibited.”

Almost all the Kings were foreigners — a circumstance very characteristic of the origin of Rome. Numa, who succeeded the founder of Rome, was according to the tradition, one of the Sabines — a people which under the reign of Romulus, led by Tatius, is said to have settled on one of the Roman hills. At a later date however the Sabine country appears as a region entirely separated from the Roman State.” “Tarquinius Priscus sprang from a Corinthian family, as we had occasion to observe above. Servius Tullius was from Corniculum, a conquered Latin town; Tarquinius Superbus was descended from the elder Tarquinius. Under this last king Rome reached a high degree of prosperity: even at so early a period as this, a commercial treaty is said to have been concluded with the Carthaginians; and to be disposed to reject this as mythical would imply forgetfulness of the connection which Rome had, even at that time, with the Etrurians and other bordering peoples whose prosperity depended on trade and maritime pursuits.”

The last king, Tarquinius Superbus, consulted the senate but little in state affairs; he also neglected to supply the place of its deceased members, and acted in every respect as if he aimed at its utter dissolution. Then ensued a state of political excitement which only needed an occasion to break out into open revolt. An insult to the honor of a matron — the invasion of that sanctum sanctorum — by the son of the king, supplied such an occasion. The kings were banished in the year 244 of the City and 510 [B.C.] of the Christian Era (that is, if the building of Rome is to be dated 753 B.C.) and the royal dignity abolished forever.

The Kings were expelled by the patricians, not by the plebeians; if therefore the patricians are to be regarded as possessed of <divine right> as being a sacred race, it is worthy of note that we find them here contravening such legitimation; for the King was their High Priest.” Quando se tratar do Rei da Inglaterra Hegel não usará aspas em divine right! Veja que não precisou-se de dois séculos e meio para os reis perderem sua dignidade no austero povo romano!

cum etiam in edicto praetoris hujusmodi viri infamia notati sunt”

Possessed by the same feeling, the plebs at a later date rose against the patricians, and the Latins and the Allies against the Romans; until the equality of the social units was restored through the whole Roman dominion (a multitude of slaves, too, being emancipated) and they were held together by simple Despotism.

Livy remarks that Brutus hit upon the right epoch for the expulsion of the kings, for that if it had taken place earlier, the state would have suffered dissolution. What would have happened, he asks, if this homeless crowd had been liberated earlier, when living together had not yet produced a mutual conciliation of dispositions? — The constitution now became in name republican.”

In the war against Porsena the Romans lost all their conquests, and even their independence: they were compelled to lay down their arms and to give hostages; according to an expression of Tacitus [antinomia!] (Hist. 3, 72) it seems as if Porsena had even taken Rome.”

Romulus is said to have founded the senate, consisting then of 100 members; the succeeding kings increased this number, and Tarquinius Priscus fixed it at 300. Junius Brutus restored the senate, which had very much fallen away, de novo.” “In the second Punic War, A.U.C. 538, a dictator was chosen, who nominated 177 new senators: he selected those who had been invested with curule dignities, the plebeian Ædiles, Tribunes of the People and Quaestors, citizens who had gained spolia opima or the corona civica. Under Caesar the number of the senators was raised from 177 to 800” “It has been regarded as great negligence on the part of the Roman historians that they give us so little information respecting the composition and reintegration of the senate. But this point which appears to us to be invested with infinite importance was not of so much moment to the Romans at large; they did not attach so much weight to formal arrangements, for their principal concern was how the government was conducted.” Franceses antes da letra.

The severity of the patricians their creditors, the debts due to whom they had to discharge by slave-work, drove the plebs to revolts. At first it demanded and received only what it had already enjoyed under the kings — landed property and protection against the powerful. It received assignments of land, and Tribunes of the People — functionaries that is to say, who had the power to put a veto on every decree of the senate. When this office commenced, the number of tribunes was limited to 2: later there were 10 of them; which however was rather injurious to the plebs, since all that the senate had to do was to gain over 1 of the tribunes, in order to thwart the purpose of all the rest by his single opposition. The plebs obtained at the same time the provocatio ad populum: that is, in every case of magisterial oppression, the condemned person might appeal to the decision of the people — a privilege of infinite importance to the plebs, and which especially irritated the patricians.”

after the decemviral epoch the clientes are less and less prominent and are merged in the plebs, which adopts resolutions (plebiscita); the senate by itself could only issue senatus consulta, and the tribunes, as well as the senate, could now impede the comitia and elections. By degrees the plebeians effected their admissibility to all dignities and offices; but at first a plebeian consul, aedile, censor, etc., was not equal to the patrician one, on account of the sacra which the latter kept in his hands; and a long time intervened after this concession before a plebeian actually became a consul. It was the tribunus plebis, Licinius, who established the whole cycle of these political arrangements — in the 2nd half of the 4th century, A.U.C. 387. It was he also who chiefly commenced the agitation for the lex agraria, respecting which so much has been written and debated among the learned of the day.” “How often does Livy, as well as Cicero and others, speak of the Agrarian laws, while nothing definite can be inferred from their statements!” “The Licinian law was indeed carried, but soon transgressed and utterly disregarded. Licinius Stolo himself, who had first <agitated> for the law, was punished because he possessed a larger property in land than was allowed, and the patricians opposed the execution of the law with the greatest obstinacy.” “The contradiction that existed could not but break out again fearfully at a later period; but previously to this time the greatness of Rome had to display itself in war and the conquest of the world.”

The Roman legions also present a close array, but they had at the same time an articulated organization: they united the 2 extremes of massiveness on the one hand, and of dispersion into light troops on the other hand: they held firmly together, while at the same time they were capable of ready expansion. Archers and slingers [lingadores; catapulteiros] preceded the main body of the Roman army when they attacked the enemy — afterwards leaving the decision to the sword.”

It is singular in regard to these transactions that the Romans, who have the justification conceded by World-History on their side, should also claim for themselves the minor justification in respect to manifestoes and treaties on occasion of minor infringements of them, and maintain it as it were after the fashion of advocates.” Conquistadores fora de casa, reis da pequena-intriga no lar!

The Romans had long and severe contests to maintain with the Samnites, the Etruscans, the Gauls, the Marsi, the Umbrians and the Bruttii, before they could make themselves masters of the whole of Italy. Their dominion was extended thence in a southerly direction; they gained a secure footing in Sicily, where the Carthaginians had long carried on war; then they extended their power towards the west: from Sardinia and Corsica they went to Spain. They thus soon came into frequent contact with the Carthaginians, and were obliged to form a naval power in opposition to them. This transition was easier in ancient times than it would perhaps be now, when long practice and superior knowledge are required for maritime service. The mode of warfare at sea was not very different from that on land.” O negócio era desembarcar na nave alheia e usar o fio da espada!

Italy and Rome remained the centre of their great far-stretching empire, but this centre was, as already remarked, not the less an artificial, forced and compulsory one. This grand period of the contact of Rome with other States, and of the manifold complications thence arising, has been depicted by the noble Achaean, Polybius, whose fate it was to observe the fall of his country through the disgraceful passions of the Greeks and the baseness and inexorable persistency of the Romans.”

The second Punic War laid the might of Carthage prostrate in the dust. The proper element of that state was the sea; but it had no original territory, formed no nation, had no national army; its hosts were composed of the troops of subjugated and allied peoples. In spite of this, the great Hannibal with such a host, formed from the most diverse nations, brought Rome near to destruction.”

After the conquest of Macedonia both that country and Greece were declared free by the Romans — a declaration whose meaning we have already investigated, in treating of the preceding Historical nation. It was not till this time that the Third Punic War commenced, for Carthage had once more raised its head and excited the jealousy of the Romans.” “the Romans were eager for war, destroyed Corinth in the same year as Carthage, and made Greece a province. The fall of Carthage and the subjugation of Greece were the central points from which the Romans gave its vast extent to their sovereignty.” “But after the danger from Carthage and Macedon was over, the subsequent wars were more and more the mere consequences of victories, and nothing else was needed than to gather in their fruits.”

The armies were used for particular expeditions, suggested by policy, or for the advantages of individuals — for acquiring wealth, glory, sovereignty in the abstract.”

A net of such fiscal farmers (publicani) was thus drawn over the whole Roman world.”

Ceterum censeo Carthaginem esse delendam”

The Roman State, drawing its resources from rapine, came to be rent in sunder by quarrels about dividing the spoil.”

The enormous corruption of Rome displays itself in the war with Jugurtha, who had gained the senate by bribery, and so indulged himself in the most atrocious deeds of violence and crime. Rome was pervaded by the excitement of the struggle against the Cimbri and Teutones, who assumed a menacing position towards the State.”

at the command of Mithridates, 80,000 Romans had been put to death in Asia Minor. Mithridates was King of Pontus, governed Colchis and the lands of the Black Sea, as far as the Tauric peninsula, and could summon to his standard in his war with Rome the populations of the Caucasus, of Armenia, Mesopotamia, and a part of Syria, through his son-in-law Tigranes.” “Sulla then returned to Rome, reduced the popular faction, headed by Marius and Cinna, became master of the city, and commenced systematic massacres of Roman citizens of consideration. Forty senators and 600 knights were sacrificed to his ambition and lust of power.” “At the same time, Sertorius, a banished Roman, arose in revolt in Spain, carried on a contest there for 8 years, and perished only through treachery. The war against Mithridates was terminated by Pompey; the King of Pontus killed himself when his resources were exhausted. The Servile War in Italy is a contemporaneous event. A great number of gladiators and mountaineers had formed a union under Spartacus, but were vanquished by Crassus. To this confusion was added the universal prevalence of piracy, which Pompey rapidly reduced by a large armament. We thus see the most terrible and dangerous powers arising against Rome; yet the military force of this State is victorious over all.”

The biographies of Plutarch are here also of the deepest interest. It was from the disruption of the State, which had no longer any consistency or firmness in itself, that these colossal individualities arose, instinctively impelled to restore that political unity which was no longer to be found in men’s dispositions. It was their misfortune that they could not maintain a pure morality, for their course of action contravened things as they are, and was a series of transgressions. Even the noblest — the Gracchi — were not merely the victims of injustice and violence from without, but were themselves involved in the corruption and wrong that universally prevailed. But that which these individuals purpose and accomplish has on its side the higher sanction of the World-Spirit, and must eventually triumph.”

We should refer to Cicero to see how all affairs of State were decided in riotous fashion, and with arms in hand, by the wealth and power of the grandees on the one side, and by a troop of rabble on the other.” “Thus we see in Pompey and Caesar the 2 foci of Rome’s splendour coming into hostile opposition: on the one side, Pompey with the Senate, and therefore apparently the defender of the Republic — on the other, Caesar with his legions and a superiority of genius. This contest between the 2 most powerful individualities could not be decided at Rome in the Forum. Caesar made himself master, in succession, of Italy, Spain, and Greece, utterly routed his enemy at Pharsalia, 48 years before Christ, made himself sure of Asia, and so returned victor to Rome. In this way the world-wide sovereignty of Rome became the property of a single possessor.”

Aqui estou eu, mais ou menos, na leitura do 1º volume de Romans Under the Empire de Merivale (a ser publicado futuramente). Spoilers ahead!

The democratic constitution could no longer be really maintained in Rome, but only kept up in appearance. Cicero, who had procured himself great respect through his high oratorical talent, and whose learning acquired him considerable influence, always attributes the corrupt state of the republic to individuals and their passions. Plato, whom Cicero professedly followed, [imperfeitamente] had the full consciousness that the Athenian state, as it presented itself to him, could not maintain its existence, and therefore sketched the plan of a perfect constitution accordant with his views.” “The nature of the State, and of the Roman State in particular, transcends his comprehension. Cato, too, says of Caesar: <His virtues be execrated, for they have ruined my country!>

Elegance — Culture — was foreign to the Romans per se; they sought to obtain it from the Greeks, and for this purpose a vast number of Greek slaves were brought to Rome. Delos was the centre of this slave trade, and it is said that sometimes on a single day, 10,000 slaves were purchased there. To the Romans, Greek slaves were their poets, their authors, the superintendents of their manufactories, the instructors of their children.”

Caesar, who may be adduced as a paragon of Roman adaptation of means to ends — who formed his resolves with the most unerring perspicuity, and executed them with the greatest vigor and practical skill, without any superfluous excitement of mind — Caesar, judged by the great scope of history, did the Right; since he furnished a mediating element, and that kind of political bond which men’s condition required. Caesar effected 2 objects: he calmed the internal strife, and at the same time originated a new one outside the limits of the empire. For the conquest of the world had reached hitherto only to the circle of the Alps, but Caesar opened a new scene of achievement: he founded the theatre which was on the point of becoming the centre of History.” Hoje falar em teatro da História Universal ou das conquistas geopolíticas gera náusea no falante e nos ouvintes indistintamente.

His position was indeed hostile to the republic, but, properly speaking, only to its shadow; for all that remained of that republic was entirely powerless. Pompey, and all those who were on the side of the senate, exalted their dignitas auctoritas — their individual rule — as the power of the republic; and the mediocrity which needed protection took refuge under this title. Caesar put an end to the empty formalism of this title, made himself master, and held together the Roman world by force, in opposition to isolated factions. Spite of this we see the noblest men of Rome supposing Caesar’s rule to be a merely adventitious thing, and the entire position of affairs to be dependent on his individuality. So thought Cicero, so Brutus and Cassius. They believed that if this one individual were out of the way, the Republic would be ipso facto restored. Possessed by this remarkable hallucination, Brutus, a man of highly noble character, and Cassius, endowed with greater practical energy than Cicero, assassinated the man whose virtues they appreciated. But it became immediately manifest that only a single will could guide the Roman State, and now the Romans were compelled to adopt that opinion; since in all periods of the world a political revolution is sanctioned in men’s opinions, when it repeats itself. Thus Napoleon was twice defeated, and the Bourbons twice expelled. By repetition that which at first appeared merely a matter of chance and contingency becomes a real and ratified existence.”

the Roman government was so abstracted from interest, that the great transition to that rule hardly changed anything in the constitution. The popular assemblies alone were unsuited to the new state of things, and disappeared. The emperor was princeps senatus, Censor, Consul, Tribune: he united all their nominally continuing offices in himself; and the military power — here the most essentially important — was exclusively in his hands. The constitution was an utterly unsubstantial form, from which all vitality, consequently all might and power, had departed; and the only means of maintaining its existence were the legions which the Emperor constantly kept in the vicinity of Rome. Public business was indeed brought before the senate, and the Emperor appeared simply as one of its members; but the senate was obliged to obey, and whoever ventured to gainsay his will was punished with death, and his property confiscated. Those therefore who had certain death in anticipation, killed themselves, that if they could do nothing more, they might at least preserve their property to their family. Tiberius was the most odious to the Romans on account of his power of dissimulation: he knew very well how to make good use of the baseness of the senate, in extirpating those among them whom he feared.” “But the legions, and especially the Pretorians, soon became conscious of their importance, and arrogated to themselves the disposal of the imperial throne. At first they continued to show some respect for the family of Caesar Augustus, but subsequently the legions chose their own generals; such, viz., as had gained their good will and favor, partly by courage and intelligence, partly also by bribes, and indulgence in the administration of military discipline.

The Emperors conducted themselves in the enjoyment of their power with perfect simplicity, and did not surround themselves with pomp and splendor in Oriental fashion. We find in them traits of simplicity which astonish us. Thus, e.g., Augustus writes a letter to Horace, in which he reproaches him for having failed to address any poem to him, and asks him whether he thinks that that would disgrace him with posterity. Sometimes the Senate made an attempt to regain its consequence by nominating the Emperor: but their nominees were either unable to maintain their ground, or could do so only by bribing the Pretorians.”

The freedmen who surrounded the Emperor were often the mightiest in the empire; for caprice recognizes no distinction. In the person of the Emperor isolated subjectivity has gained a perfectly unlimited realization. Spirit has renounced its proper nature, inasmuch as Limitation of being and of volition has been constituted an unlimited absolute existence.”

Nero, e.g., died a death which may furnish an example for the noblest hero, as for the most resigned of sufferers. Individual subjectivity thus entirely emancipated from control, has no inward life, no prospective nor retrospective emotions, no repentance, nor hope, nor fear — not even thought; for all these involve fixed conditions and aims, while here every condition is purely contingent. The springs of action are none other than desire, lust, passion, fancy — in short, caprice absolutely unfettered.”

The concrete element in the character of the Emperors is therefore of itself of no interest, because the concrete is not of essential importance. Thus there were Emperors of noble character and noble nature, and who highly distinguished themselves by mental and moral culture. Titus, Trajan, the Antonines, are known as such characters, rigorously strict in self-government; yet even these produced no change in the state.” “they were only a kind of happy chance”

EXATAMENTE COMO NO SISTEMA HEGELIANO… “For these persons find themselves here in a position in which they cannot be said to act, since no object confronts them in opposition; they have only to will — well or ill — and it is so.”

The praiseworthy emperors Vespasian and Titus were succeeded by that coarsest and most loathsome tyrant, Domitian: yet the Roman historian tells us that the Roman world enjoyed tranquillizing repose under him.” Nada paradoxal; lógico, até.

Italy was depopulated; the most fertile lands remained untilled: and this state of things lay as a fate on the Roman world.”

Private Right, viz., is this, that the social unit as such enjoys consideration in the State, in the reality which he gives to himself — viz., in property.” Esse ponto é inconciliável com a acima citada onipotência do imperador! “Such a condition is Roman life at this epoch: on the one side, Fate and the abstract universality of sovereignty; on the other, the individual abstraction.”

The Emperor domineered only, and could not be said to rule” ???

He either recognized his destiny in the task of acquiring the means of enjoyment through the favor of the Emperor, or through violence, testamentary frauds, and cunning; or he sought repose in philosophy, which alone was still able to supply something firm and independent” Ora, mas até hoje isso é um resumo da vida humana!

Vejo agora claramente o motivo da superioridade atribuída a essas lições hegelianas sobre as de HISTÓRIA DA filosofia: quando não tem mais o que dizer, ele logo abrevia, encerra o capítulo. Nos outros fastidiosos 3 volumes, era justamente o contrário! Perdia seu tempo nas minúcias dos estóicos, céticos e epicuristas…

It has been remarked that Caesar inaugurated the Modern World on the side of reality, while its spiritual and inward existence was unfolded under Augustus.”

Tanto quanto o Império Romano é destituído de vida para Hegel, o Espírito do Mundo hegeliano o é no mundo real, ou nosso mundo. Vemos que tudo nele é perfeito mas só falta uma coisa, que nos incomoda e angustia até sabermos o que é: tudo! E tudo isso por odiar bacanais!

God is thus recognized as Spirit, only when known as the Triune. This new principle is the axis on which the History of the World turns. This is the goal and the starting point of History. <When the fulness of the time was come, God sent his Son>, is the statement of the Bible.”

Eu preferiria ser comandado por um Déspota Mundial que por uma plutocracia inconsciente regida por um sistema de satélites autoimpostos…

the Person of Persons”

Quando os reis perderam o respeito na Antiguidade, veio Jesus. Quando os reis perderam o respeito na modernidade, veio a bomba A. Ou veio o espectro do Cristianismo. Somos o(s) mais miserável(is) de todos os tempos!

Zucht (discipline) is derived from Ziehen (to draw). This <drawing> must be towards something; there must be some fixed unity in the background in whose direction that drawing takes place, and for which the subject of it is being trained, in order that the standard of attainment may be reached.” “But it is reserved for us of a later period to regard this as a training” O ápice da conveniência!

Ontem foi César. Hic salta (0-2021): “The state of feeling in question we find expressed most purely and beautifully in the Psalms of David, and in the Prophets; the chief burden of whose utterances is the thirst of the soul after God, its profound sorrow for its transgressions, and the desire for righteousness and holiness.”

DOS FATOS AOS FASTIOS: “Knowledge, as the disannulling of the unity of mere Nature, is the ‘Fall’, which is no casual conception, but the eternal history of Spirit.”

ZOOTOPIA: “Paradise is a park, where only brutes, not men, can remain.” O homem & seu cão

The Fall is therefore the eternal Mythus of Man — in fact, the very transition by which he becomes man.”

Gên.: “The serpent’s head shall be bruised” Bruised is but not enough: take it off by a bite! T-H-E bite…

But that mundane satisfaction in the Chosen Family, and its possession of Canaan, was taken from the Jewish people in the chastisement inflicted by the Roman Empire. The Syrian kings did indeed oppress it, but it was left for the Romans to annul its individuality. The Temple of Zion is destroyed; the God-serving nation is scattered to the winds. Here every source of satisfaction is taken away, and the nation is driven back to the standpoint of that primeval mythus”

But what are you talking about? Get back to the Romans NOW!

All that remains to be done is that this fundamental idea should be expanded to an objective universal sense, and be taken as the concrete existence of man — as the completion of his nature.” “The Oriental antithesis of Light and Darkness is transferred to Spirit, and the Darkness becomes Sin.” “Sin is the discerning of Good and Evil as separation; but this discerning likewise heals the ancient hurt, and is the fountain of infinite reconciliation.” “The infinite loss is counterbalanced only by its infinity, and thereby becomes infinite gain. The recognition of the identity of the Subject and God was introduced into the World when the fulness of Time was come: the consciousness of this identity is the recognition of God in his true essence.” Haja metafísica!

But what is Spirit? It is the one immutably homogeneous infinite — pure Identity — which in its second phase separates itself from itself and makes this second aspect its own polar opposite, viz. as existence for-and-in-itself as contrasted with the Universal.”

Pregarão os que foram pregados, sem o perdão da redundância, que não há.

Christ has appeared — a Man who is God — God who is Man; and thereby peace and reconciliation have accrued to the World.”

The appearance of the Christian God involves further its being unique in its kind; it can occur only once, for God is realized as Subject, and as manifested Subjectivity is exclusively One Individual. The Lamas are ever and anon chosen anew; because God is known in the East as Substance, whose infinity of form is recognized merely in an unlimited multiplicity of outward and particular manifestations.” “Moreover the sensuous existence in which Spirit is embodied is only a transitional phase. Christ dies; only as dead, is he exalted to Heaven and sits at the right hand of God; only thus is he Spirit.” “What are we to make of his birth, his Father and Mother, his early domestic relations, his miracles, etc.? — i.e., What is he unspiritually regarded? Considered only in respect of his talents, character and morality — as a Teacher and so forth — we place him in the same category with Socrates and others, though his morality may be ranked higher.”

If Christ is to be looked upon only as an excellent, even impeccable individual, and nothing more, the conception of the Speculative Idea, of Absolute Truth is ignored.” And this would be asking too much already!

But this is the desideratum, the point from which we have to start. Make of Christ what you will, exegetically, critically, historically — demonstrate as you please, how the doctrines of the Church were […acho que a merda do PDF comeu 1 ou 2 linhas!…] and said, Behold my mother and my brethren! For he that doeth the will of my Father in heaven, the same is my brother, and sister and mother.”

We may say that nowhere are to be found such revolutionary utterances as in the Gospels; for everything that had been respected is treated as a matter of indifference — as worthy of no regard.”

Christ — man as man — in whom the unity of God and man has appeared, has in his death, and his history generally, himself presented the eternal history of Spirit — a history which every man has to accomplish in himself, in order to exist as Spirit, or to become a child of God, a citizen of his kingdom.” Essa tortura é no mínimo equivalente à de um Nero.

A Bíblia como um condutor química e fisicamente perfeito de niilismo…

Many will say to me at that day: Lord, Lord! have we not prophesied in thy name, have we not cast out devils in thy name, have we not in thy name done many wonderful deeds? Then will I profess unto them: I never knew you, depart from me all ye workers of iniquity.”

In the Roman World, the union of the East and West had taken place in the first instance by means of conquest: it took place now inwardly, psychologically, also — the Spirit of the East spreading over the West. The worship of Isis and that of Mithra had been extended through the whole Roman World; Spirit, lost in the outward and in limited aims, yearned after an Infinite.”

Whether a Christian doctrine stands exactly thus or thus in the Bible — the point to which the exegetical scholars of modern times devote all their attention — is not the only question. The Letter kills, the Spirit makes alive: this they say themselves, yet pervert the sentiment by taking the Understanding for the Spirit.” “It is thus adapted to every grade of culture, and yet satisfies the highest requirements.”

CRITICAL MASS

critical m@ss

E agora Hegel PULA para o Império Bizantino! Para dar tempo de chegar ao presente até a página 487, é lógico…

the ancient Byzantium, which received the name of Constantinople.”

The Roman Empire was divided between the 2 sons of Theodosius. The elder, Arcadius, received the Eastern Empire: — Ancient Greece, with Thrace, Asia Minor, Syria, Egypt; the younger, Honorius, the Western: — Italy, Africa, Spain, Gaul, Britain. Immediately after the death of Theodosius, confusion entered, and the Roman provinces were overwhelmed by alien peoples. Already, under the Emperor Valens, the Visigoths, pressed by the Huns, had solicited a domicile on the hither side of the Danube. This was granted them, on the condition that they should defend the border provinces of the empire. But maltreatment roused them to revolt. Valens was beaten and fell on the field. The later emperors paid court to the leader of these Goths. Alaric, the bold Gothic Chief, turned his arms against Italy. (…) Alaric now attacked Gaul and Spain, and on the fall of Stilicho [general romano] returned to Italy. Rome was stormed and plundered by him A.D. 410. Afterwards Attila advanced on it with the terrible might of the Huns — one of those purely Oriental phenomena, which, like a mere storm-torrent, rise to a furious height and bear down everything in their course, but in a brief space are so completely spent, that nothing is seen of them but the traces they have left in the ruins which they have occasioned. (…) Attila subsequently marched upon Italy and died in the year 453. Soon afterwards however Rome was taken and plundered by the Vandals under Genseric.” Ataques concertados não surtiriam melhor efeito que essa séria aleatória de investidas de diferentes etnias que acabou por derrubar o Império e realizar as Escrituras (apud Hegel!). “Finally, the dignity of the Western Emperors became a farce, and their empty title was abolished by Odoacer, King of the Heruli. § The Eastern Empire long survived, and in the West a new Christian population was formed from the invading barbarian hordes.”

the corpus juris compiled at the instance of the Emperor Justinian, still excites the admiration of the world.”

Right must become Custom — Habit; practical activity must be elevated to rational action; the State must have a rational organization, and then at length does the will of individuals become a truly righteous one. Light shining in darkness may perhaps give color, but not a picture animated by Spirit.” Ora, essa descrição abstrata do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino poderia muito bem ser a síntese da República platônica!

violent civil wars arose, and everywhere might be witnessed scenes of murder, conflagration and pillage, perpetrated in the cause of Christian dogmas.” “The words read: Holy, Holy, Holy, is the Lord God of Zebaoth. To this, one party, in honor of Christ, added — who was crucified for us. Another party rejected the addition, and sanguinary struggles ensued. In the contest on the question whether Christ were of the same or of similar nature with God [two different things] — one letter [in Greek] cost many thousands of lives. Especially notorious are the contentions about Images, in which it often happened, that the Emperor declared for the images and the Patriarch against, or conversely.”

This city (Constantinople) is full of handicraftsmen and slaves, who are all profound theologians, and preach in their workshops and in the streets. If you want a man to change a piece of silver, he instructs you in what consists the distinction between the Father and the Son: if you ask the price of a loaf of bread, you receive for answer — that the Son is inferior to the Father; and if you ask whether the bread is ready, the rejoinder is that the genesis of the Son was from Nothing.” Gregory Nazianzen

To all these religious contentions was added the interest in the gladiators and their combats, and in the parties of the blue and green color, which likewise occasioned the bloodiest encounters; a sign of the most fearful degradation, as proving that all feeling for what is serious and elevated is lost, and that the delirium of religious passion is quite consistent with an appetite for gross and barbarous spectacles.”

SOBRE A ICONOLATRIA NO CATOLICISMO: “The Christians of the Byzantine Empire remained sunk in the dream of superstition — persisting in blind obedience to the Patriarchs and the priesthood. Image-Worship, to which we alluded above, occasioned the most violent struggles and storms. The brave Emperor Leo the Isaurian in particular, persecuted images with the greatest obstinacy, and in the year 754, Image-Worship was declared by a Council to be an invention of the devil. Nevertheless, in the year 787 the Empress Irene had it restored under the authority of a Nicene Council, and the Empress Theodora definitively established it — proceeding against its enemies with energetic rigor. The iconoclastic Patriarch received 200 blows, the bishops trembled, the monks exulted, and the memory of this orthodox proceeding was celebrated by an annual ecclesiastical festival. The West, on the contrary, repudiated Image-Worship as late as the year 794, in the Council held at Frankfort; and, though retaining the images, blamed most severely the superstition of the Greeks. Not till the later Middle Ages did Image-Worship meet with universal adoption as the result of quiet and slow advances.”

Depois que os turcos tomam Constantinopla, H. inicia o Império Germânico propriamente dito, não sem seus típicos preâmbulos!

PART IV: THE GERMAN WORLD

The German Spirit is the Spirit of the new World. Its aim is the realization of absolute Truth as the unlimited self-determination of Freedom — that Freedom which has its own absolute form itself as its purport. The destiny of the German peoples is to be the bearers of the Christian principle. The principle of Spiritual Freedom — of Reconciliation, was introduced into the still simple, unformed minds of those peoples; and the part assigned them in the service of the World-Spirit was that of not merely possessing the Idea of Freedom as the substratum of their religious conceptions, but of producing it in free and spontaneous developments from their subjective self-consciousness.”

Thus their history presents an introversion — the attraction of alien forms of life and the bringing these to bear upon their own. In the Crusades, indeed, and in the discovery of America, the Western World directed its energies outwards. But it was not thus brought in contact with a World-Historical people that had preceded it; it did not dispossess a principle that had previously governed the world.”

For the Christian world is the world of completion; the grand principle of being is realized, consequently the end of days is fully come. The Idea can discover in Christianity no point in the aspirations of Spirit that is not satisfied. For its individual members, the Church is, it is true, a preparation for an eternal state as something future; since the units who compose it, in their isolated and several capacity, occupy a position of particularity: but the Church has also the Spirit of God actually present in it, it forgives the sinner and is a present kingdom of heaven. Thus the Christian World has no absolute existence outside its sphere, but only a relative one which is already implicitly vanquished, and in respect to which its only concern is to make it apparent that this conquest has taken place. Hence it follows that an external reference ceases to be the characteristic element determining the epochs of the modern world.”

The German World took up the Roman culture and religion in their completed form. There was indeed a German and Northern religion, but it had by no means taken deep root in the soul”

To the native tongue of the Germans, the Church likewise opposed one perfectly developed — the Latin.”

Gothic and other chiefs gave themselves the name of Roman Patricians, and at a later date the Roman Empire was restored. Thus the German world appears, superficially, to be only a continuation of the Roman.” ???

But there lived in it an entirely new Spirit, through which the World was to be regenerated”

Estamos cumulados de absurdos. Vou postar agora apenas o que tiver qualquer interesse – não passagens que colaborem com a dissolvência de nosso cérebro – ou que rivalizem com a verdura da Floresta Amazônica!

This third period of the German World extends from the Reformation to our own times.” “It is the time in which the world becomes clear and manifest to itself (Discovery of America).” Será que Hegel já ouviu falar da Oceania?

A great Visigothic kingdom was established, to which Spain, Portugal and a part of Southern France belonged. The second kingdom is that of the Franks — a name which, from the end of the 2nd century, was given in common to the Istaevonian races between the Rhine and the Weser.” “The third kingdom is that of the Ostrogoths in Italy, founded by Theodoric, and highly nourishing beneath his rule.” “But this Ostrogothic kingdom did not last long; it was destroyed by the Byzantines under Belisarius and Narses. In the 2nd half (568) of the 6th century, the Lombards invaded Italy and ruled for 200 years, till this kingdom also was subjected to the Frank sceptre by Charlemagne.” “Our attention is next claimed by the Burgundians, who were subjugated by the Franks, and whose kingdom forms a kind of partition wall between France and Germany. The Angles and Saxons entered Britain and reduced it under their sway. Subsequently, the Normans make their appearance here also.”

The whole mental and moral existence of such states exhibits a divided aspect; in their inmost being we have characteristics that point to an alien origin. This distinction strikes us even on the surface, in their language, which is an intermixture of the ancient Roman — already united with the vernacular — and the German. We may class these nations together as Romanic — comprehending thereby Italy, Spain, Portugal and France. Contrasted with these stand 3 others, more or less German-speaking nations, which have maintained a consistent tone of uninterrupted fidelity to native character — Germany itself, Scandinavia, and England. The last was, indeed, incorporated in the Roman empire, but was affected by Roman culture little more than superficially — like Germany itself — and was again Germanized by Angles and Saxons. Germany Proper kept itself pure from any admixture; only the southern and western border — on the Danube and the Rhine — had been subjugated by the Romans. The portion between the Rhine and the Elbe remained thoroughly national.” “Besides the Ripuarian Franks and those established by Clovis in the districts of the Maine, 4 leading tribes — the Alemanni, the Boioarians, the Thuringians, and the Saxons — must be mentioned. The Scandinavians retained in their fatherland a similar purity from intermixture; and also made themselves celebrated by their expeditions, under the name of Normans. They extended their chivalric enterprises over almost all parts of Europe. Part of them went to Russia, and there became the founders of the Russian Empire; part settled in Northern France and Britain; another established principalities in Lower Italy and Sicily. Thus a part of the Scandinavians founded States in foreign lands, another maintained its nationality by the ancestral hearth.” Me parece que os inferiores ficaram para trás! ‘Quem não se aventura não tem cultura’?

We find, moreover, in the East of Europe, the great Sclavonic nation,¹ whose settlements extended west of the Elbe to the Danube. The Magyars (Hungarians) settled in between them. In Moldavia, Wallachia and northern Greece appear the Bulgarians, Servians, and Albanians, likewise of Asiatic origin — left behind as broken barbarian remains in the shocks and counter-shocks of the advancing hordes.”

¹ Em algum momento, para nós, caiu o “c” de Sclavonic…

The Poles even liberated beleaguered Vienna from the Turks; and the Sclaves have to some extent been drawn within the sphere of Occidental Reason. Yet this entire body of peoples remains excluded from our consideration, because hitherto it has not appeared as an independent element in the series of phases that Reason has assumed in the World. Whether it will do so hereafter, is a question that does not concern us here; for in History we have to do with the Past.” Deus fecha 5 portões de aço e abre uma janelita.

The German Nation was characterized by the sense of Natural Totality — an idiosyncrasy which we may call Heart (Gemüth). Heart is that undeveloped, indeterminate totality of Spirit, in reference to the Will, in which satisfaction of soul is attained in a correspondingly general and indeterminate way.”

HEDONISTAS ORGANIZADOS?Character is a particular form of will and interest asserting itself; but the quality in question [Gemüthlichkeit] has no particular aim — riches, honor, or the like; in fact does not concern itself with any objective condition but with the entire condition of the soul — a general sense of enjoyment.”

PURA QUIMERA TEOLÓGICA, NEO-ADAMISMO MEDIEVO: “In the idiosyncrasy we term Heart, no such absorption of interest presents itself; it wears, on the whole, the appearance of ‘well-meaning’.” Os bárbaros ‘santinhos-do-pau-oco’.

Heart as purely abstract is dullness” Finalmente concorde. Os homens-massinha que receberão o Espírito Santo!

Of the Religion of the Germans we know little. — The Druids belonged to Gaul and were extirpated by the Romans. There was indeed, a peculiar northern mythology; but how slight a hold the religion of the Germans had upon their hearts, has been already remarked, and it is also evident from the fact that the Germans were easily converted to Christianity.” “Their religion had no profundity; and the same may be said of their ideas of law.” [!!]

Freedom has been the watchword in Germany down to the most recent times, and even the league of princes under Frederick II had its origin in the love of liberty.” Hegel não explica por que, então, o ‘vaso’ do ideal cristão não acabou sendo o caráter heleno, absolutamente idêntico a essa ‘intuída pureza’ de broncos…

for Fidelity is the second watchword of the Germans, as Freedom was the first.” Incompatibilidade absoluta.

This we find neither among the Greeks nor the Romans. The relation of Agamemnon and the princes who accompanied him was not that of feudal suit and service: it was a free association merely for a particular purpose — a Hegemony. But the German confederations have their being not in a relation to a mere external aim or cause, but in a relation to the spiritual self — the subjective inmost personality.” “The union of the 2 relations — of individual freedom in the community, and of the bond implied in association — is the main point in the formation of the State.” “But here we have the peculiarity of the German states, that contrary to the view thus presented, social relations do not assume the character of general definitions and laws, but are entirely split up into private rights and private obligations. They perhaps exhibit a social or communal mould or stamp, but nothing universal; the laws are absolutely particular, and the Rights are Privileges.”

Religion comes forward with a challenge to the violence of the passions, and rouses them to madness. The excess of passions is aggravated by evil conscience, and heightened to an insane rage; which perhaps would not have been the case, had that opposition been absent. We behold the terrible spectacle of the most fearful extravagance of passion in all the royal houses of that period. Clovis, the founder of the Frank Monarchy, is stained with the blackest crimes. Barbarous harshness and cruelty characterize all the succeeding Merovingians; the same spectacle is repeated in the Thuringian and other royal houses.” E que tem a ver as casas reais? Que tem elas a ver com o povo?

In short, while the West began to shelter itself in a political edifice of chance, entanglement and particularity, the very opposite direction necessarily made its appearance in the world, to produce the balance of the totality of spiritual manifestation. This took place in the Revolution of the East, which destroyed all particularity and dependence, and perfectly cleared up and purified the soul and disposition” “That speciality of relation was done away with in Mahometanism. In this spiritual universality, in this unlimited and indefinite purity and simplicity of conception, human personality has no other aim than the realization of this universality and simplicity. Allah has not the affirmative, limited aim of the Judaic God.” “Subjectivity is here living and unlimited — an energy which enters into secular life with a purely negative purpose, and busies itself and interferes with the world, only in such a way as shall promote the pure adoration of the One.” “To adore the One, to believe in him, to fast — to remove the sense of speciality and consequent separation from the Infinite, arising from corporeal limitation — and to give alms — that is, to get rid of particular private possession — these are the essence of Mahometan injunctions; but the highest meed is to die for the Faith. He who perishes for it in battle is sure of Paradise.”

in their deserts nothing can be brought into a firm consistent shape.”

They first came down upon Syria and conquered its capital Damascus in the year 634. They then passed the Euphrates and Tigris and turned their arms against Persia, which soon submitted to them. In the West they conquered Egypt, Northern Africa and Spain, and pressed into Southern France as far as the Loire, where they were defeated by Charles Martel near Tours, A.D. 732.” “Whoever became a convert to Islam gained a perfect equality of rights with all Mussulmans. Those who rejected it, were, during the earliest period, slaughtered. Subsequently, however, the Arabs behaved more leniently to the conquered; so that if they were unwilling to go over to Islam, they were only required to pay an annual poll-tax.” “It is the essence of fanaticism to bear only a desolating destructive relation to the concrete; but that of Mahometanism was, at the same time, capable of the greatest elevation — an elevation free from all petty interests, and united with all the virtues that appertain to magnanimity and valor. La religion et la terreur were the principles in this case, as with Robespierre la liberté et la terreur.” “But all this is only contingent and built on sand; it is today, and tomorrow is not.” “Whatever curls up into a form remains all the while transparent, and in that very instant glides away.”

PAUSA PARA A LOUCURA: “Never has enthusiasm, as such, performed greater deeds. Individuals may be enthusiastic for what is noble and exalted in various particular forms. The enthusiasm of a people for its independence, has also a definite aim. But abstract and therefore all-comprehensive enthusiasm — restrained by nothing, finding its limits nowhere, and absolutely indifferent to all beside — is that of the Mahometan East.”

At first we see the conquerors destroying everything connected with art and science. Omar is said to have caused the destruction of the noble Alexandrian library. ‘These books’, said he, ‘either contain what is in the Koran, or something else: in either case they are superfluous.’ But soon afterwards the Arabs became zealous in promoting the arts and spreading them everywhere. Their empire reached the summit of its glory under the Caliphs Al-Mansor and Haroun Al-Raschid. Large cities arose in all parts of the empire, where commerce and manufactures flourished, splendid palaces were built, and schools created. The learned men of the empire assembled at the Caliph’s court, which not merely shone outwardly with the pomp of the costliest jewels, furniture and palaces, but was resplendent with the glory of poetry and all the sciences. At first the Caliphs still maintained entire that simplicity and plainness which characterized the Arabs of the desert, (the Caliph Abubeker is particularly famous in this respect) and which acknowledged no distinction of station and culture. The meanest Saracen, the most insignificant old woman, approached the Caliph as an equal. Unreflecting naïveté does not stand in need of culture; and in virtue of the freedom of his Spirit, each one sustains a relation of quality to the ruler.”

The Osman race [Turkey] at last succeeded in establishing a firm dominion, by forming for themselves a firm centre in the Janizaries. Fanaticism having cooled down, no moral principle remained in men’s souls. In the struggle with the Saracens, European valor had idealized itself to a fair and noble chivalry.” Exceto o fanatismo de Dom Quixote: este é eterno!

The most hideous passions became dominant, and as sensual enjoyment was sanctioned in the first form which Mahometan doctrine assumed, and was exhibited as a reward of the faithful in Paradise, it took the place of fanaticism. At present, driven back into its Asiatic and African quarters, and tolerated only in one corner of Europe through the jealousy of Christian Powers, Islam has long vanished from the stage of history at large, and has retreated into Oriental ease and repose.”

At the head of the feudal array was the Major Domus. These Majores Domus [com certeza não sabiam declinar em latim, quem quer que tenha editado o livro] soon assumed the entire power and threw the royal authority into the shade, while the kings sank into a torpid condition and became mere puppets. From the former sprang the dynasty of the Carlovingians. Pepin le Bref, the son of Charles Martel, was in the year 752 raised to the dignity of King of the Franks. Pope Zacharias released the Franks from their oath of allegiance to the still living Childeric III — the last of the Merovingians — who received the tonsure, i.e. became a monk, and was thus deprived of the royal distinction of long hair. The last of the Merovingians were utter weaklings, who contented themselves with the name of royalty, and gave themselves up almost entirely to luxury — a phenomenon that is quite common in the dynasties of the East, and is also met with again among the last of the Carlovingians. The Majores Domus, on the contrary, were in the very vigor of ascendant fortunes, and were in such close alliance with the feudal nobility, that it became easy for them ultimately to secure the throne.” “The Roman Emperor was the born defender of the Roman Church, and this position of the Emperor towards the Pope seemed to declare that the Frank sovereignty was only a continuation of the Roman Empire.” “This great empire Charlemagne formed into a systematically organized State, and gave the Frank dominion settled institutions adapted to impart to it strength and consistency. This must however not be understood as if he first introduced the Constitution of his empire in its whole extent, but as implying that institutions, partly already in existence, were developed under his guidance, and attained a more decided and unobstructed efficiency.”

Not less remarkable is the management of the revenues of the State. There were no direct taxes, and few tolls on rivers and roads, of which several were farmed out to the higher officers of the empire. Into the treasury flowed on the one hand judicial fines, on the other hand the pecuniary satisfactions made for not serving in the army at the emperor’s summons. Those who enjoyed beneficia, lost them on neglecting this duty. The chief revenue was derived from the crown-lands, of which the emperor had a great number, on which royal palaces (Pfalzen) were erected. It had been long the custom for the kings to make progresses through the chief provinces, and to remain for a time in each palatinate; the due preparations for the maintenance of the court having been already made by Marshals, Chamberlains, etc.”

Moreover the clergy contrived subsequently to free themselves from the burdens of the State, and opened the churches and monasteries as asylums — that is, inviolable sanctuaries for all offenders. This institution was on the one hand very beneficial as a protection in cases of violence and oppression; but it was perverted on the other hand into a means of impunity for the grossest crimes.” “The universality of the power of the State disappeared through this reaction: individuals sought protection with the powerful, and the latter became oppressors. Thus was gradually introduced a condition of universal dependence, and this protecting relation is then systematized into the Feudal System.”

the culminating point of this period is the Crusades; for with them arises a universal instability, but one through which the states of Christendom first attain internal and external independence.” Absolutemente irrelevante na História Universal!

The First Reaction [against who or what?] is that of particular nationality against the universal sovereignty of the Franks. It appears indeed, at first sight, as if the Frank empire was divided by the mere choice of its sovereigns; but another consideration deserves attention, viz. that this division was popular, and was accordingly maintained by the peoples.”

Quanto mais se lê sobre os teutônicos e a Europa, mais parece que o papel de antagonista da humanidade desempenhado pela Alemanha há coisa de um século estava sendo preparado há mais de um milênio…

The western Franks had already identified themselves with the Gauls, and with them originated a reaction against the German Franks, as also at a later epoch one on the part of Italy against the Germans. By the treaty of Verdun, A.D. 843, a division of the empire among Charlemagne’s descendants took place; the whole Frank empire, some provinces excepted, was for a moment again united under Charles the Gross. It was, however, only for a short time that this weak prince was able to hold the vast empire together”

These were the Kingdom of Italy, which was itself divided, the 2 Burgundian sovereignties

Upper Burgundy, of which the chief centres were Geneva and the convent of St. Maurice in Valaise, and Lower Burgundy between the Jura, the Mediterranean and the Rhone — Lorraine, between the Rhine and the Meuse, Normandy, and Brittany. France Proper was shut in between these sovereignties; and thus limited did Hugh Capet find it when he ascended the throne. Eastern Franconia, Saxony, Thuringia, Bavaria, Swabia, remained parts of the German Empire. Thus did the unity of the Frank monarchy fall to pieces.”

In England 7 dynasties of Anglo-Saxon Kings were originally established, but in the year 827 Egbert united these sovereignties into a single kingdom. In the reign of his successor the Danes made very frequent invasions and pillaged the country. In Alfred the Great’s time they met with vigorous resistance, but subsequently the Danish King Canute conquered all England.”

Through Bavaria, Swabia, and Switzerland they penetrated into the interior of France and reached Italy. The Saracens pressed forward from the South. Sicily had been long in their hands: they thence obtained a firm footing in Italy, menaced Rome — which diverted their attack by a composition — and were the terror of Piedmont and Provence.”

France was devastated by the Normans as far as the Jura; the Hungarians reached Switzerland, and the Saracens Valaise. Calling to mind that organization of the arrière-ban, and considering it in juxtaposition with this miserable state of things, we cannot fail to be struck with the inefficiency of all those far-famed institutions, which at such a juncture ought to have shown themselves most effective. We might be inclined to regard the picture of the noble and rational constitution of the Frank monarchy under Charlemagne — exhibiting itself as strong, comprehensive, and well ordered, internally and externally — as a baseless figment. (…) It was superficially induced — an a priori constitution like that which Napoleon gave to Spain, and which disappeared with the physical power that sustained it.” “The brilliant administration of Charlemagne had vanished without leaving a trace, and the immediate consequence was the general defencelessness of individuals. The need of protection is sure to be felt in some degree in every well-organized State: each citizen knows his rights and also knows that for the security of possession the social State is absolutely necessary. Barbarians have not yet attained this sense of need — the want of protection from others. They look upon it as a limitation of their freedom if their rights must be guaranteed them by others. Thus, therefore, the impulse towards a firm organization did not exist: men must first be placed in a defenceless condition, before they were sensible of the necessity of the organization of a State.” Fala como se já não tivessem se passado milhares de anos de interações sociais sem o Estado-nação… Faz parecer, contrariamente a seu progresso linear e ininterrupto do Espírito do Mundo, que todos os desenvolvimentos greco-latinos foram desperdiçados…

Universal injustice, universal lawlessness is reduced to a system of dependence on and obligation to individuals, so that the mere formal side of the matter, the mere fact of compact constitutes its sole connection with the principle of Right.” Novamente: descrição atemporal de todos os sistemas de governo.

With these exceptions the free communities entirely disappeared, and became subject to the prelates or to the Counts and Dukes, thenceforth known as seigneurs and princes.” “The powerful Hugh Capet, Duke of France, was proclaimed king. The title of King, however, gave him no real power; his authority was based on his territorial possessions alone.” “France was divided into many sovereignties: the Duchy of Guienne, the Earldom of Flanders, the Duchy of Gascony, the Earldom of Toulouse, the Duchy of Burgundy, the Earldom of Vermandois; Lorraine too had belonged to France for some time. Normandy had been ceded to the Normans by the kings of France, in order to secure a temporary repose from their incursions. From Normandy Duke William passed over into England and conquered it in the year 1066.”

Germany was composed of the great duchies of Saxony, Swabia, Bavaria, Carinthia, Lorraine and Burgundy, the Margraviate of Thuringia, etc. with several bishoprics and archbishoprics. Each of those duchies again was divided into several fiefs, enjoying more or less independence.” “Germany was radically a free nation, and had not, as France had, any dominant family as a central authority; it continued an elective empire. Its princes refused to surrender the privilege of choosing their sovereign for themselves; and at every new election they introduced new restrictive conditions, so that the imperial power was degraded to an empty shadow.”

Italy was, like Germany, divided into many larger and smaller dukedoms, earldoms, bishoprics and seigneuries. The Pope had very little power, either in the North or in the South; which latter was long divided between the Lombards and the Greeks, until both were overcome by the Normans.”

Spain maintained a contest with the Saracens, either defensive or victorious, through the whole mediaeval period, till the latter finally succumbed to the more matured power of Christian civilization.”

Italy, the centre of Christendom, presented the most revolting aspect. Every virtue was alien to the times in question; consequently virtus had lost its proper meaning: in common use it denoted only violence and oppression, sometimes even libidinous outrage.” “Only bishops and abbots maintained themselves in possession, being able to protect themselves partly by their own power, partly by means of their retainers; since they were, for the most part, of noble families.” “Usurers who had lent money to the sovereign, received compensation by the bestowal of the dignities in question; the worst of men thus came into possession of spiritual offices.”

The Emperor Henry III put an end to the strife of factions, by nominating the Popes himself, and supporting them by his authority in defiance of the opposition of the Roman nobility. Pope Nicholas II decided that the Popes should be chosen by the Cardinals; but as the latter partly belonged to dominant families, similar contests of factions continued to accompany their election. Gregory VII (already famous as Cardinal Hildebrand) sought to secure the independence of the church in this frightful condition of things, by 2 measures especially. First, he enforced the celibacy of the clergy. From the earliest times, it must be observed, the opinion had prevailed that it was commendable and desirable for the clergy to remain unmarried. Yet the annalists and chroniclers inform us that this requirement was but indifferently complied with. Nicholas II had indeed pronounced the married clergy to be a new sect; but Gregory VII proceeded to enforce the restriction with extraordinary energy, excommunicating all the married clergy and all laymen who should hear mass when they officiated. In this way the ecclesiastical body was shut up within itself and excluded from the morality of the State. — His second measure was directed against simony, i.e. the sale of or arbitrary appointment to bishoprics and to the Papal See itself.” “The Church as a divinely constituted power, laid claim to supremacy over secular authority — founding that claim on the abstract principle that the Divine is superior to the Secular. The Emperor at his coronation — a ceremony which only the Pope could perform — was obliged to promise upon oath that he would always be obedient to the Pope and the Church. Whole countries and States, such as Naples, Portugal, England and Ireland came into a formal relation of vassalage to the Papal chair.”

It frequently happened that princes wished to be divorced from their wives; but for such a step they needed the permission of the Church. The latter did not let slip the opportunity of insisting upon the fulfilment of demands that might have been otherwise urged in vain, and thence advanced till it had obtained universal influence.” “Italy was the country where the authority of the Popes was least respected; and the worst usage they experienced was from the Romans themselves.” “This is the absolute schism in which the Church in the Middle Ages was involved: it arose from the recognition of the Holy as something external.” “Thus originated the adoration of the Saints, and with it that conglomerate of fables and falsities with which the Saints and their biographies have been invested.”

The individual has to confess — is bound to expose all the particulars of his life and conduct to the view of the Confessor — and then is informed what course he has to pursue to attain spiritual safety. Thus the Church took the place of Conscience: it put men in leading strings like children, and told them that man could not be freed from the torments which his sins had merited, by any amendment of his own moral condition, but by outward actions, opera operata — actions which were not the promptings of his own good-will, but performed by command of the ministers of the church; e.g., hearing mass, doing penance, going through a certain number of prayers, undertaking pilgrimages — actions which are unspiritual, stupefy the soul, and which are not only mere external ceremonies, but are such as can be even vicariously performed.” “In this way the 3 vows of Chastity, Poverty, and Obedience turned out the very opposite of what they assumed to be, and in them all social morality was degraded.”

But the highest purity of soul defiled by the most horrible barbarity; the Truth, of which a knowledge has been acquired, degraded to a mere tool by falsehood and self-seeking; that which is most irrational, coarse and vile, established and strengthened by the religious sentiment — this is the most disgusting and revolting spectacle that was ever witnessed, and which only Philosophy can comprehend and so justify.” “We have then contemplated the Church as the reaction of the Spiritual against the secular life of the time; but this reaction is so conditioned, that it only subjects to itself that against which it reacts — does not reform it.”

The inhabitants of various districts began to build enormous churches — Cathedrals, erected to contain the whole community. Architecture is always the first art, forming the inorganic phase, the domiciliation of the divinity; not till this is accomplished does Art attempt to exhibit to the worshippers the divinity himself — the Objective.”

Such centres of safety were castles (Burgen), churches and monasteries, round which were collected those who needed protection. These now became burghers (Burger), and entered into a cliental relation to the lords of such castles or to monastic bodies. Thus a firmly established community was formed in many places. Many cities and fortified places (Castelle) still existed in Italy, in the South of France, and in Germany on the Rhine, which dated their existence from the ancient Roman times, and which originally possessed municipal rights, but subsequently lost them under the rule of feudal governors (Vögte).”

Formerly artisans had been obliged to get permission from their liege lords to sell their work, and thus earn something for themselves: they were obliged to pay them a certain sum for this privilege of market, besides contributing a portion of their gains to the baronial exchequer. Those who had houses of their own were obliged to pay a considerable quit-rent for them; on all that was imported and exported, the nobility imposed large tolls, and for the security afforded to travelers they exacted safe-conduct money. When at a later date these communities became stronger, all such feudal rights were purchased from the nobles, or the cession of them compulsorily extorted: by degrees the towns secured an independent jurisdiction and likewise freed themselves from all taxes, tolls and rents. The burden which continued the longest was the obligation the towns were under to make provision for the Emperor and his whole retinue during his stay within their precincts, as also for seigneurs of inferior rank under the same circumstances. The trading class subsequently divided itself into guilds, to each of which were attached particular rights and obligations.”

Cologne threw off the yoke of its bishop; Mayence on the other hand remained subject. By degrees cities grew to be independent republics: first and foremost in Italy, then in the Netherlands, Germany, and France.”

But in the same way as the party of the nobility was divided into factions — especially those of Ghibellines and Guelfs, of which the former favored the Emperor, the latter the Pope — that of the citizens also was rent in sunder by intestine strife.”

The patrician nobility which supplanted the feudal aristocracy, deprived the common people of all share in the conduct of the state, and thus proved itself no less oppressive than the original noblesse. The history of the cities presents us with a continual change of constitutions, according as one party among the citizens or the other — this faction or that, got the upper hand.¹ Originally a select body of citizens chose the magistrates; but as in such elections the victorious faction always had the greatest influence, no other means of securing impartial functionaries was left, but the election of foreigners to the office of judge and podesta.”

¹ Gente, chega de polarização! Parem de brigar!! HAHAHAHA!!!

On the one hand, in individual characters marked by the most terrible or the most admirable features, an astonishingly interesting picture; on the other hand it repels us by assuming, as it unavoidably does, the aspect of mere chronicles.”

As, on the one hand, the German emperors sought to realize their title in Italy, so, on the other hand, Italy had its political centre in Germany. The interests of the 2 countries were thus linked together, and neither could gain political consolidation within itself. In the brilliant period of the Hohenstaufen dynasty, individuals of commanding character sustained the dignity of the throne; sovereigns like Frederick Barbarossa, in whom the imperial power manifested itself in its greatest majesty, and who by his personal qualities succeeded in attaching the subject princes to his interests. Yet brilliant as the history of the Hohenstaufen dynasty may appear, and stirring as might have been the contest with the Church, the former presents on the whole nothing more than the tragedy of this house itself, and the latter had no important result in the sphere of Spirit.”

The contest between the Emperors and the Popes regarding investitures was settled at the close of 1122 by Henry V and Pope Calixtus II on these terms: the Emperor was to invest with the sceptre; the Pope with the ring and crosier; the chapter were to elect the Bishops in the presence of the Emperor or of imperial commissioners; then the Emperor was to invest the Bishop as a secular feudatory with the temper alia, while the ecclesiastical investiture was reserved for the Pope. Thus the protracted contest between the secular and spiritual powers was at length set at rest.”

A LOW POINT: “The Church gained the victory in the struggle referred to in the previous chapter; and in this way secured as decided a supremacy in Germany, as she did in the other states of Europe by a calmer process. She made herself mistress of all the relations of life, and of science and art; and she was the permanent repository of spiritual treasures.”

but the approach to the hallowed localities is in the hands of the Infidels, and it is a reproach to Christendom that the Holy Places and the Sepulchre of Christ in particular are not in possession of the Church. In this feeling Christendom was united; consequently the Crusades were undertaken, whose object was not the furtherance of any special interests on the part of the several states that engaged in them, but simply and solely the conquest of the Holy Land.” “As in the expedition of the Greeks against Troy, so here the invading hosts were entirely composed of independent feudal lords and knights; though they were not united under a real individuality, as were the Greeks under Agamemnon or Alexander. Christendom, on the contrary, was engaged in an undertaking whose object was the securing of the definite and present existence of Deity — the real culmination of Individuality. This object impelled the West against the East, and this is the essential interest of the Crusades.” E uma coisa tão imbecil e asinina foi ter seu “desfecho” apenas no século XX com a torpe fundação de Israel, sobre e no fulcro da milenar Palestina, e o início de novas guerras infinitas!

The first and immediate commencement of the Crusades was made in the West itself. Many thousands of Jews were massacred, and their property seized; and after this terrible prelude Christendom began its march. The monk, Peter the Hermit of Amiens, led the way with an immense troop of rabble. This host passed in the greatest disorder through Hungary, and robbed and plundered as they went; but their numbers dwindled away, and only a few reached Constantinople. For rational considerations were out of the question; the mass of them believed that God would be their immediate guide and protector. The most striking proof that enthusiasm almost robbed the nations of Europe of their senses is supplied by the fact that at a later time troops of children ran away from their parents, and went to Marseilles, there to take ship for the Holy Land. Few reached it; the rest were sold by the merchants to the Saracens as slaves.”

At last, with much trouble and immense loss, more regular armies attained the desired object; they beheld themselves in possession of all the Holy Places of note — Bethlehem, Gethsemane, Golgotha, and even the Holy Sepulchre.” E o que tem de mais essa merda?

Still dripping with the blood of the slaughtered inhabitants of Jerusalem, the Christians fell down on their faces at the tomb of the Redeemer, and directed their fervent supplications to him.” “Jerusalem was made a kingdom, and the entire feudal system was introduced there — a constitution which, in presence of the Saracens, was certainly the worst that could be adopted. Another crusade in the year 1204 resulted in the conquest of Constantinople and the establishment of a Latin Empire there. Christendom, therefore, had appeased its religious craving; it could now veritably walk unobstructed in the footsteps of the Saviour. Whole shiploads of earth were brought from the Holy Land to Europe.”

the Sacred Handkerchief, the Cross, and lastly the Sepulchre, were the most venerated memorials.” Nenhuma chance de falsificações após 1200 anos, confia!

O MAIS PRÓXIMO DE UM ALTAR AO NADA QUE JÁ SE TENHA EDIFICADO SOBRE A TERRA: “there all is seriousness. In the negation of that definite and present embodiment — i.e., of the Sensuous — it is that the turning-point in question is found, and those words have an application” “Christendom was not to find its ultimatum of truth in the grave.” Any doubt?

At this sepulchre the Christian world received a 2nd time the response given to the disciples when they sought the body of the Lord there” Pensando bem, a hóstia é algo infinitamente grave e reverente – no sentido de que não mais me causa risos! –, desde que me inteirei de que realmente fizeram cruzadas NÃO SÓ simbolicamente, para reaver a Terra Sagrada, mas LITERALMENTE para olhar o fundo de um túmulo – além do mais! – forjado!

The West bade an eternal farewell to the East at the Holy Sepulchre, and gained a comprehension of its own principle of subjective infinite Freedom.”

The Christians had been shut up in a corner by the Arabs; but they gained upon their adversaries in strength, because the Saracens in Spain and Africa were engaged in war in various directions, and were divided among themselves. The Spaniards, united with Frank knights, undertook frequent expeditions against the Saracens; and in this collision of the Christians with the chivalry of the East — with its freedom and perfect independence of soul — the former became also partakers in this freedom. Spain gives us the fairest picture of the knighthood of the Middle Ages, and its hero is the Cid.”

Rodrigo Díaz de Vivar (Burgos, Espanha, 1043 – Valência, 10 de julho de 1099) mais conhecido por El Cid (do mourisco sidi, ‘senhor’) e de Campeador (Campidoctor, Campeão), foi um nobre guerreiro castelhano que viveu no século XI, época em que a Hispânia estava dividida entre reinos rivais de cristãos e mouros (muçulmanos). Sua vida e feitos se tornaram, com as cores da lenda, sobretudo devido a uma canção de gesta (a Canción de Mio Cid), datada de 1207, transcrita no século XIV pelo copista Pedro Abád, cujo manuscrito se encontra na Biblioteca Nacional da Espanha, um referencial para os cavaleiros da idade média.”

Several Crusades, the records of which excite our unmixed loathing and detestation, were undertaken against the South of France also. There an aesthetic culture had developed itself: the Troubadours had introduced a freedom of manners similar to that which prevailed under the Hohenstaufen Emperors in Germany; but with this difference, that the former had in it something affected, while the latter was of a more genuine kind.” Claro, o alemão sempre mais autêntico!

But as in Upper Italy, so also in the South of France fanatical ideas of purity had been introduced; a Crusade was therefore preached against that country by Papal authority. St. Dominic entered it with a vast host of invaders, who, in the most barbarous manner, pillaged and murdered the innocent and the guilty indiscriminately, and utterly laid waste the fair region which they inhabited.” É evidente que o próximo passo seria a intra-cruzada contra as mulheres (levaria um pouco de tempo, nestas exposições de H.)…

Não me espanta a forma como o poder secular da Igreja Católica tombou, mas como raios isso levou tanto tempo: “In the Crusades the Pope stood at the head of the secular power: the Emperor appeared only in a subordinate position, like the other princes, and was obliged to commit both the initiative and the executive to the Pope, as the manifest generalissimo of the expedition.”

To counteract these evils, new monastic orders were founded, the chief of which was that of the Franciscans, or Mendicant Friars, whose founder, St. Francis of Assisi — a man possessed by an enthusiasm and ecstatic passion that passed all bounds — spent his life in continually striving for the loftiest purity.” “Contemporaneously with it arose the Dominican order, founded by St. Dominic; its special business was preaching. The mendicant friars were diffused through Christendom to an incredible extent; they were, on the one hand, the standing apostolic army of the Pope, while, on the other hand, they strongly protested against his worldliness. The Franciscans were powerful allies of Louis of Bavaria in his resistance of the Papal assumptions, and they are said to have been the authors of the position that a General Council was higher authority than the Pope; but subsequently they too sank down into a torpid and unintelligent condition.” Isso é falta de proteína na dieta!

In the same way the ecclesiastical Orders of Knighthood contemplated the attainment of purity of Spirit. (…) The Orders of Knighthood were divided into 3: that of St. John, that of the Temple, and the Teutonic Order.” “But their members sank down to the level of vulgar interests, and the Orders became in the sequel a provisional institute for the nobility generally, rather than anything else. The Order of the Temple was even accused of forming a religion of its own, and of having renounced Christ in the creed which, under the influence of the Oriental Spirit, it had adopted.”

When we have arrived at Faith, it is a piece of negligence to stop short of convincing ourselves, by the aid of Thought, of that to which we have given credence.” Anselmo

O que nasce errado termina errado. No que penso quando o digo? Na monarquia absoluta e na monarquia constitucional…

Germany had always embraced a great variety of stocks: — Swabians, Bavarians, Franks, Thuringians, Saxons, Burgundians: to these must be added the Sclaves of Bohemia, Germanized Sclaves in Mecklenburg, in Brandenburg, and in a part of Saxony and Austria; so that no such combination as took place in France was possible.” “After the interregnum the Count of Hapsburg was elected Emperor, and the House of Hapsburg continued to fill the imperial throne with but little interruption.”

IN THE HORIZON, THERE SHE IS, ALWAYS – CHINA! “The aim of all these confederations was resistance to the feudal lords; and even princes united with the cities, with a view to the subversion of the feudal condition and the restoration of a peaceful state of things throughout the country. What the state of society was under feudal sovereignty is evident from the notorious association formed for executing criminal justice: it was a private tribunal, which, under the name of the Vehmgericht, held secret sittings; its chief seat was the northwest of Germany. A peculiar peasant association was also formed. In Germany the peasants were bondmen; many of them took refuge in the towns, or settled down as freemen in the neighborhood of the towns (Pfahlbürger); but in Switzerland a peasant fraternity was established. The peasants of Uri, Schwyz, and Unterwalden were under imperial governors; for the Swiss governments were not the property of private possessors, but were official appointments of the Empire. These the sovereigns of the Hapsburg line wished to secure to their own house. The peasants, with club and iron-studded mace (Morgenstern), returned victorious from a contest with the haughty steel-clad nobles, armed with spear and sword, and practised in the chivalric encounters of the tournament. Another invention also tended to deprive the nobility of the ascendancy which they owed to their accoutrements — that of gunpowder.”

In that country, warfare in the hand of the Condottieri became a regular business.”

This book [O Príncipe] has often been thrown aside in disgust, as replete with the maxims of the most revolting tyranny; but nothing worse can be urged against it than that the writer, having the profound consciousness of the necessity for the formation of a State, has here exhibited the principles on which alone States could be founded in the circumstances of the times.”

MARX É MERAMENTE O MAQUIAVEL DOS NOVOS TEMPOS: “we must nevertheless confess that the feudal nobility, whose power was to be subdued, were assailable in no other way, since an indomitable contempt for principle, and an utter depravity of morals, were thoroughly engrained in them.”

In France we find the converse of that which occurred in Germany and Italy. For many centuries the Kings of France possessed only a very small domain, so that many of their vassals were more powerful than themselves: but it was a great advantage to the royal dignity in France that the principle of hereditary monarchy was firmly established there.”

—“The Dukes of Normandy had, however, become Kings of England; and thus a formidable power confronted France, whose interior lay open to it by way of Normandy. Besides this there were powerful Duchies still remaining; nevertheless, the King was not a mere feudal suzerain (Lehnsherr) like the German Emperors, but had become a territorial possessor (Landesherr): he had a number of barons and cities under him, who were subject to his immediate jurisdiction; and Louis IX succeeded in rendering appeals to the royal tribunal common throughout his kingdom. The towns attained a position of greater importance in the State. For when the king needed money, and all his usual resources — such as taxes and forced contributions of all kinds — were exhausted, he made application to the towns and entered into separate negotiations with them. It was Philip the Fair who, in the year 1302, first convoked the deputies of the towns as a Third Estate in conjunction with the clergy and the barons.” poderes espiritual + secular + da massa (burgos)

In the way we have indicated the kings of France very soon attained great power; while the flourishing state of the poetic art in the hands of the Troubadours, and the growth of the scholastic theology, whose especial centre was Paris, gave France a culture superior to that of the other European States”

When the oppressive rule and fiscal exactions of the Kings became intolerable, contentions and even war ensued: the barons compelled King John to swear to Magna Charta, the basis of English liberty, i.e., more particularly of the privileges of the nobility. [Second State]” Hegel foi um bom leitor de Montesquieu, i.e., fez o dever de casa.

The towns, also, favored by the Kings in opposition to the barons, soon elevated themselves into a Third Estate and to representation in the Commons’ House of Parliament.”

NÃO MAIS SENHORES DO QUE JÁ SÃO SERÃO: “We shall not pursue the minute and specifically historic details that concern the incorporation of principalities with States, or the dissensions and contests that accompanied such incorporations. We have only to add that the kings, when by weakening the feudal constitution, they had attained a higher degree of power, began to use that power against each other in the undisguised interest of their own dominion. Thus France and England carried on wars with each other for a century.”

AWOKE FROM THE LONG SLUMBER: “Princes and peoples were indifferent to papal clamor urging them to new crusades. The Emperor Louis set to work to deduce from Aristotle, the Bible, and the Roman Law a refutation of the assumptions of the Papal See; and the electors declared at the Diet held at Rense in 1338, and afterwards still more decidedly at the Imperial Diet held at Frankfort, that they would defend the liberties and hereditary rights of the Empire, and that to make the choice of a Roman Emperor or King valid, no papal confirmation was needed. So, at an earlier date, 1302, on occasion of a contest between Pope Boniface and Philip the Fair, the Assembly of the States convoked by the latter had offered opposition to the Pope.”

It was not so much from slavery as through slavery that humanity was emancipated. For barbarism, lust, injustice constitute evil: man, bound fast in its fetters, is unfit for morality and religiousness; and it is from this intemperate and ungovernable state of volition that the discipline in question emancipated him.”

Virgil was thought to be a great magician (in Dante he appears as the guide in Hell and Purgatory).”

We have now arrived at the 3rd period of the German World, and thus enter upon the period of Spirit conscious that it is free” “First, we have to consider the Reformation in itself — the all-enlightening Sun, following on that blush of dawn which we observed at the termination of the mediaeval period; next, the unfolding of that state of things which succeeded the Reformation; and lastly, the Modern Times, dating from the end of the last century.”

PELO MENOS, EM HEGEL, GANHA-SE JÁ EM IMORALIDADE” (reconhecer o mal no mundo contemporâneo como sintoma necessário do êxito do Cristianismo, e não a causa de sua ruína): “The Reformation resulted from the corruption of the Church. That corruption was not an accidental phenomenon; it was not the mere abuse of power and dominion. A corrupt state of things is very frequently represented as an ‘abuse’; it is taken for granted that the foundation was good — the system, the institution itself faultless — but that the passion, the subjective interest, in short the arbitrary volition of men has made use of that which in itself was good to further its own selfish ends, and that all that is required to be done is to remove these adventitious elements. On this showing the institute in question escapes obloquy, and the evil that disfigures it appears something foreign to it. But when accidental abuse of a good thing really occurs, it is limited to particularity. A great and general corruption affecting a body of such large and comprehensive scope as a Church, is quite another thing. — The corruption of the Church was a native growth; the principle of that corruption is to be looked for in the fact that the specific and definite embodiment of Deity which it recognizes, is sensuous“The element in question which is innate in the Ecclesiastical principle only reveals itself as a corrupting one when the Church has no longer any opposition to contend with” [TRIUNFOU, E POR ISSO MORREU] “Thus it is that externality in the Church itself which becomes evil and corruption, and develops itself as a negative principle in its own bosom. — The forms which this corruption assumes are coextensive with the relations which the Church itself sustains, into which consequently this vitiating element enters.”

a credulity of the most absurd and childish character in regard to Miracles, for the Divine is supposed to manifest itself in a perfectly disconnected and limited way, for purely finite and particular purposes”

But as that paragon of works of art, the Athene and her temple-citadel at Athens, was built with the money of the allies and issued in the loss of both allies and power; so the completion of this Church of St. Peter and Michael Angelo’s Last Judgment in the Sistine Chapel, were the Doomsday and the ruin of this proud spiritual edifice.”

Nor could Luther concede to the Calvinistic Church that Christ is a mere commemoration, a mere reminiscence”

At its commencement, the Reformation concerned itself only with particular aspects of the Catholic Church: Luther wished to act in union with the whole Catholic world, and expressed a desire that Councils should be convened. His theses found supporters in every country. In answer to the charge brought against Luther and the Protestants, of exaggeration — nay, even of calumnious misrepresentation in their descriptions of the corruption of the Church, we may refer to the statements of Catholics themselves, bearing upon this point, and particularly to those contained in the official documents of Ecclesiastical Councils. But Luther’s onslaught, which was at first limited to particular points, was soon extended to the doctrines of the Church; and leaving individuals, he attacked institutions at large — conventual life, the secular lordships of the bishops, etc. His writings now controverted not merely isolated dicta of the Pope and the Councils, but the very principle on which such a mode of deciding points in dispute was based — in fact, the Authority of the Church. Luther repudiated that authority, and set up in its stead the Bible and the testimony of the Human Spirit.”

the existence of a People’s Book presupposes as its primary condition an ability to read on the part of the People; an ability which in Catholic countries is not very commonly to be met with.” HAHAHAHAHA

Leibniz at a later time discussed with bishop Bossuet the question of the union of the Churches; but the Council of Trent remains the insurmountable obstacle.”

the fasts and holy days were abolished. Thus there was also a secular reform — a change affecting the state of things outside the sphere of ecclesiastical relations: in many places a rebellion was raised against the temporal authorities.” “But the world was not yet ripe for a transformation of its political condition as a consequence of ecclesiastical reformation.”

JESUÍTICAS CASUÍSTICAS: “Education was entrusted to the Jesuits. Thus does the Spirit of the Catholic world in general sink behind the Spirit of the Age.”

TUDO SE EXPLICA, EM HEGEL, POR UM PROFUNDO C[H]AUVINISMO: “The Reformation originated in Germany, and struck firm root only in the purely German nations; outside of Germany it established itself in Scandinavia and England.”

In Swabia, Franconia, and the Rhine countries there were many convents and bishoprics, as also many free imperial towns; and the reception or rejection of the Reformation very much depended on the influences which these ecclesiastical and civil bodies respectively exercised” “In Austria, in Bavaria, in Bohemia, the Reformation had already made great progress; and though it is commonly said that when truth has once penetrated men’s souls, it cannot be rooted out again, it was indisputably stifled in the countries in question, by force of arms, by stratagem or persuasion.”

The French call the Germans entiers, entire — i.e., stubborn”

the Psalms of David which exhibit a similar character were then introduced as hymns into the ritual of Protestant Churches. Protestantism took this turn of minute and painful introspection, possessed with the conviction of the importance of the exercise, and was for a long time characterized by a self-tormenting disposition and an aspect of spiritual wretchedness; which in the present day has induced many persons to enter the Catholic pale, that they might exchange this inward uncertainty for a formal broad certainty based on the imposing totality of the Church.” Para isso hoje existe a filosofia – para o auto-exame, quero dizer –; já para a Igreja temos sua gêmea, a Academia (aquela que dá uma segurança formal).

The Jesuits analyzed the first rudiments of volition (velleitas) with as painful minuteness as was displayed in the pious exercises of Protestantism; but they had a science of casuistry which enabled them to discover a good reason for everything, and so get rid of the burden of guilt which this rigid investigation seemed to aggravate.” Não muito distante do seu próprio panteísmo, H.!

Thus arose that famous legend of Faust, who in disgust at the unsatisfactory character of speculative science, is said to have plunged into the world and purchased all its glory at the expense of his salvation.” Realmente um católico faria o contrário!

Faust, if we may trust the poet, had the enjoyment of all that the world could give, in exchange for his soul’s weal; but those poor women who were called Witches were reputed to get nothing more by the bargain than the gratification of a petty revenge by making a neighbor’s cow go dry or giving a child the measles.”

OS DOIS SÃO UMA MERDA (SPOILER DO FINAL): “The belief in this abstract, special power whose dominion is the world — in the Devil and his devices — occasioned an incalculable number of trials for witchcraft both in Catholic and Protestant countries

The main impulse was suspicion. The principle of suspicion assumes a similarly terrible shape during the sway of the Roman Emperors, and under Robespierre’s Reign of Terror; when mere disposition, unaccompanied by any overt act or expression, was made an object of punishment.”

Among the Catholics, it was the Dominicans to whom (as was the Inquisition in all its branches) the trials for witchcraft were entrusted. Father Spee/Spec [o livro cita o nome duas vezes, uma delas é erro tipográfico], a noble Jesuit, wrote a treatise against them (he is also the author of a collection of fine poems bearing the title of Trutznachtigall)”

If the accused fainted under the torture it was averred that the Devil was giving them sleep: if convulsions supervened, it was said that the Devil was laughing in them; if they held out steadfastly, the Devil was supposed to give them power.” “But it was Thomasius, a Professor of Halle, who first opposed this prevalent superstition with very decided success. The entire phenomenon is in itself most remarkable when we reflect that we have not long been quit of this frightful barbarity (even as late as the year 1780 a witch was publicly burned at Glarus in Switzerland).” Ah, se os bolsominions pudessem erigir fogueiras e escapar a devidos processos legais… Muito homem – eu! – estaria condenado como bruxo!

[In Spain] The Grandees were no longer allowed to maintain troops of their own, and were also withdrawn from the command of the armies; destitute of power they had to content themselves as private persons with an empty title.”

Thus the Inquisition confirmed the despotic power of the King: it claimed supremacy even over bishops and archbishops, and could cite them before its tribunal. The frequent confiscation of property — one of the most customary penalties — tended to enrich the treasury of the State. Moreover, the Inquisition was a tribunal which took cognizance of mere suspicion; and while it consequently exercised a fearful authority over the clergy, it had a peculiar support in the national pride. For every Spaniard wished to be considered Christian by descent, and this species of vanity fell in with the views and tendency of the Inquisition. Particular provinces of the Spanish monarchy, as e.g., Aragon, still retained many peculiar rights and privileges; but the Spanish Kings from Philip II downwards proceeded to suppress them altogether.”

Polish Liberty too, meant nothing more than the freedom of the barons in contraposition to the King, the nation being reduced to a state of absolute serfdom.”

Italy especially had become such an object of desire, and was a prey to the rapacity of the French, the Spaniards, and at a later date, of the Austrians. In fact absolute disintegration and dismemberment has always been an essential feature in the national character of the inhabitants of Italy, in ancient as well as in modern times.”

But we have to observe also that the wars in which Germany engaged were not particularly honorable to it: it allowed Burgundy, Lorraine, Alsace, and other parts of the empire to be wrested from it.”

When this combination of States was just commencing, Charles V was aiming at universal monarchy; for he was Emperor of Germany and King of Spain to boot: the Netherlands and Italy acknowledged his sway, and the whole wealth of America flowed into his coffers. With this enormous power, which, like the contingencies of fortune in the case of private property, had been accumulated by the most felicitous combinations of political dexterity — among other things by marriage, — but which was destitute of an internal and reliable bond, he was nevertheless unable to gain any advantage over France, or even over the German princes; nay, he was even compelled to a peace by Maurice of Saxony.” “The balance of power in Europe was similarly threatened by Louis XIV.” “France, too, had the consciousness of its intellectual superiority in a refinement of culture surpassing anything of which the rest of Europe could boast. The pretensions of Louis were founded not on extent of dominion, (as was the case with Charles V) so much as on that culture which distinguished his people, and which at that time made its way everywhere with the language that embodied it, and was the object of universal admiration: they could therefore plead a higher justification than those of the German Emperor. But the very rock on which the vast military resources of Philip II had already foundered — the heroic resistance of the Dutch — proved fatal also to the ambitious schemes of Louis.”

An external relation in which the States of Europe had an interest in common was that sustained to the Turks — the terrible power which threatened to overwhelm Europe from the East. The Turks of that day had still a sound and vigorous nationality, whose power was based on conquest, and which was therefore engaged in constant warfare, or at least admitted only a temporary suspension of arms. As was the case among the Franks, the conquered territories were divided among their warriors as personal, not heritable possessions; when in later times the principle of hereditary succession was adopted, the national vigor was shattered. The flower of the Osman force, the Janizaries, were the terror of the Europeans. Their ranks were recruited from a body of Christian boys of handsome and vigorous proportions, brought together chiefly by means of annual conscriptions among the Greek subjects of the Porte, strictly educated in the Moslem faith, and exercised in arms from early youth. Without parents, without brothers or sisters, without wives, they were, like the monks, an altogether isolated and terrible corps. The Eastern European powers were obliged to make common cause against the Turks — viz.: Austria, Hungary, Venice and Poland. The battle of Lepanto saved Italy, and perhaps all Europe, from a barbarian inundation.”

in the State there must be government, and Cromwell knew what governing is. He, therefore, made himself ruler, and sent that praying parliament about their business.”

Through the Peace of Westphalia the Protestant Church had been acknowledged as an independent one — to the great confusion and humiliation of Catholicism.”

Bogislav Philipp von Chemnitz, Hippolytus à lapide

QUANTA MÁGOA, H.! “This constitution, which completely terminated the career of Germany as an Empire, was chiefly the work of Richelieu, by whose assistance — Romish Cardinal though he was — religious freedom in Germany was preserved. (…) His fate has consequently resembled that of many great statesmen, inasmuch as he has been cursed by his countrymen, while his enemies have looked upon the work by which he ruined them as the most sacred goal of their desires — the consummation of their rights and liberties.” Censura Richelieu porque, apesar de ter sido esta carta garantidora de uma liberdade civil importante, ela enfraqueceu politicamente a Alemanha, que seguiu por muito tempo ainda separada do Império Austro-Húngaro. A esse respeito, a propósito, procurar a biografia do Père Joseph, o braço direito de R., livro recomendado por Zizek como exemplificando a personalidade que mais parece ter antecipado, espiritualmente, Hitler (o cume da tirania e arbitrariedade). Porém, ao simples cidadão que só queria direitos individuais, o que lhe interessava que se ele “pensasse a longo prazo” seus netos poderiam viver num “grande império” (hipoteticamente)?! Reflexão hegeliana completamente disparatada.

Frederick II demonstrated the independent vigor of his power by resisting that of almost all Europe — the union of its leading states. He appeared as the hero of Protestantism, and that not individually merely, like Gustavus Adolphus, but as the ruler of a State. The Seven Years’ War was indeed in itself not a war of religion; but it was so in view of its ultimate issues, and in the disposition of the soldiers as well as of the potentates under whose banner they fought.” Não à toa um monarca detonado por Nietzsche.

It seemed to men as if God had but just created the moon and stars, plants and animals, as if the laws of the universe were now established for the first time; for only then did they feel a real interest in the universe”

What the nations acknowledge as international Right was deduced empirically from observation (as in the work of Grotius); then the source of the existing civil and political law was looked for, after Cicero’s fashion, in those instincts of men which Nature has planted in their hearts — e.g., the social instinct; next the principle of security for the person and property of the citizens, and of the advantage of the commonwealth — that which belongs to the class of <reasons of State>.”

The results of thought are thus posited as finite, and the Éclaircissement utterly banished and extirpated all that was speculative from things human and divine.” Já H. pecou pelo lado oposto…

O HOMEM-ESTANQUE: “we must know what the Will is in itself.” “What the Will is in itself can be known only when these specific and contradictory forms of volition have been eliminated. Then Will appears as Will, in its abstract essence.” “This is absolute Will — the volition to be free. Will making itself its own object is the basis of all Right and Obligation — consequently of all statutory determinations of Right, categorical imperatives, and enjoined obligations.” “nay, it is even that by which Man becomes Man, and is therefore the fundamental principle of Spirit. But the next question is: How does Will assume a definite form?” “But the metaphysical process by which this abstract Will develops itself, so as to attain a definite form of Freedom, and how Rights and Duties are evolved therefrom, this is not the place to discuss. It may however be remarked that the same principle obtained speculative recognition in Germany, in the Kantian Philosophy.” “Right purely for the sake of Right, Duty purely for the sake of Duty.” “Why did this principle of Freedom remain merely formal? and why did the French alone, and not the Germans, set about realizing it?” “As yet, nothing further is developed from it, for it still maintains an adverse position to Religion, i.e. to the concrete absolute substance of the Universe.” “the French are hot-headed”¹ HAHAHAHAHAA!

¹ Em francês essa expressão é traduzida literalmente assim: eles têm a cabeça muito perto do chapéu!

Cada século é um cavalo de pau que se dá!

TOCQUEVILLE NÃO DIRIA MELHOR: “Before the French Revolution, it must be allowed, the power of the Grandees had been diminished by Richelieu, and they had been deprived of privileges; but, like the clergy, they retained all the prerogatives which gave them an advantage over the lower class. The political condition of France at that time presents nothing but a confused mass of privileges altogether contravening Thought and Reason — an utterly irrational state of things, and one with which the greatest corruption of morals, of Spirit was associated — an empire characterized by Destitution of Right, and which, when its real state begins to be recognized, becomes shameless destitution of Right.”

a spiritual enthusiasm thrilled through the world, as if the reconciliation between the Divine and the Secular was now first accomplished.”

Plato in his Republic makes everything depend upon the Government, and makes Disposition the principle of the State; on which account he lays the chief stress on Education. The modern theory is diametrically opposed to this, referring everything to the individual will. But here we have no guarantee that the will in question has that right disposition which is essential to the stability of the State.”

The budget however is in its nature something diverse from law, for it is annually renewed, and the power to which it properly belongs is that of the Government. (…) The government was thus transferred to the Legislative Chamber, as in England to the Parliament. This constitution was also vitiated by the existence of absolute mistrust; the dynasty lay under suspicion, because it had lost the power it formerly enjoyed, and the priests refused the oath. Neither government nor constitution could be maintained on this footing, and the ruin of both was the result.”

This Virtue has now to conduct the government in opposition to the Many, whom their corruption and attachment to old interests, or a liberty that has degenerated into license, and the violence of their passions, render unfaithful to virtue. Virtue is here a simple abstract principle and distinguishes the citizens into 2 classes only — those who are favorably disposed and those who are not. But disposition can only be recognized and judged of by disposition. Suspicion therefore is in the ascendant; but virtue, as soon as it becomes liable to suspicion, is already condemned. Suspicion attained a terrible power and brought to the scaffold the Monarch, whose subjective will was in fact the religious conscience of a Catholic. Robespierre set up the principle of Virtue as supreme, and it may be said that with this man Virtue was an earnest matter. Virtue and Terror are the order of the day; for Subjective Virtue, whose sway is based on disposition only, brings with it the most fearful tyranny. It exercises its power without legal formalities, and the punishment it inflicts is equally simple — Death.

An organized government is introduced, analogous to the one that had been displaced; only that its chief and monarch is now a mutable Directory of Five, who may form a moral, but have not an individual unity (…) this constitution therefore experienced the same fate as its predecessor, for it had proved to itself the absolute necessity of a governmental power. Napoleon restored it as a military power, and followed up this step by establishing himself as an individual will at the head of the State: he knew how to rule, and soon settled the internal affairs of France.” Em momentos assim, basta alguém que saiba como governar. Situação análoga à nossa. O problema é quando o líder morre. Nós, por outro lado, não estamos aproveitando este potencial nem durante a curta vida de nosso maior político.

the sway of mistrust was exchanged for that of respect and fear. He then, with the vast might of his character turned his attention to foreign relations, subjected all Europe, and diffused his liberal institutions in every quarter. Greater victories were never gained, expeditions displaying greater genius were never conducted: but never was the powerlessness of Victory exhibited in a clearer light than then.” “and in France constitutional monarchy, with the Charte as its basis, was restored. But here again the antithesis of Disposition (good feeling) and Mistrust made its appearance.” “A 15 years’ farce was played. For although the Charte was the standard under which all were enrolled, and though both parties had sworn to it, yet on the one side the ruling disposition was a Catholic one, which regarded it as a matter of conscience to destroy the existing institutions.” O problema do rei: católico demais! Hahaha! Napoleão, com efeito, era muito mais realista: um überprotestante!

At length, after 40 years of war and confusion indescribable, [1780-1820?] a weary heart might fain congratulate itself on seeing a termination and tranquillization of all these disturbances.” “The will of the Many expels the Ministry from power, and those who had formed the Opposition fill the vacant places; but the latter having now become the Government, meet with hostility from the Many, and share the same fate. Thus agitation and unrest are perpetuated. This collision, this nodus, this problem is that with which history is now occupied, and whose solution it has to work out in the future.” Achava que esta aula iria desembocar direto no XVIII Brumário!

PELO MENOS ENSINA AO SÉC. XXI TODA A ILUSÃO DA CONCEPÇÃO ‘LIBERTÁRIA’ DO HOMEM MÉDIO: “Not satisfied with the establishment of rational rights, with freedom of person and property, with the existence of a political organization in which are to be found various circles of civil life each having its own functions to perform, and with that influence over the people which is exercised by the intelligent members of the community, and the confidence that is felt in them, <Liberalism> sets up in opposition to all this the atomistic principle, that which insists upon the sway of individual wills; maintaining that all government should emanate from their express power, and have their express sanction. Asserting this formal side of Freedom — this abstraction — the party in question allows no political organization to be firmly established. The particular arrangements of the government are forthwith opposed by the advocates of Liberty as the mandates of a particular will, and branded as displays of arbitrary power.”

ALWAYS HAS BEEN: “Particularly all the Romanic nations, and the Roman Catholic World in special — France, Italy, Spain — were subjected to the dominion of Liberalism.” Aqui, sem aspas, no sentido de Iluminismo ou Revolução Francesa, apenas! Política laica não-bávara, para os leigos em H.. Ou simplesmente quando o homem decide governar a si próprio, i.e., arranca a Coroa da cabeça de um dos seus: todos os países hoje, na prática – ah, como é difícil! –; muitos e muitos países hoje, nominalmente.

For it is a false principle that the fetters which bind Right and Freedom can be broken without the emancipation of conscience — that there can be a Revolution without a Reformation.” “Venice and Genoa, those ancient aristocracies, which could at least boast of legitimacy, vanished as rotten despotisms. Material superiority in power can achieve no enduring results: Napoleon could not coerce Spain into freedom any more than Philip II could force Holland into slavery.”

Austria and England were not drawn within the vortex of internal agitation, and exhibited great, immense proofs of their internal solidity. Austria is not a Kingdom, but an Empire, i.e., an aggregate of many political organizations. The inhabitants of its chief provinces are not German in origin and character, and have remained unaffected by ‘ideas’. Elevated neither by education nor religion, the lower classes in some districts have remained in a condition of serfdom, and the nobility have been kept down, as in Bohemia; in other quarters, while the former have continued the same, the barons have maintained their despotism, as in Hungary. Austria has surrendered that more intimate connection with Germany which was derived from the imperial dignity, and renounced its numerous possessions and rights in Germany and the Netherlands. It now takes its place in Europe as a distinct power, involved with no other.” A Áustria foi um verdadeiro Jurassic Park até o fim da II Guerra.

A OPACIDADE DA TRANSPARÊNCIA EXCESSIVA: “the English Constitution kept its ground amid the general convulsion, though it seemed so much the more liable to be affected by it, as a public Parliament, that habit of assembling in public meeting which was common to all orders of the State, and a free press, offered singular facilities for introducing the French principles of Liberty and Equality among all classes of the people.” Creio que Hegel, se é que não o fez em algum lugar, deveria ter chamado os ingleses, para manter os seus critérios, de criptoliberais, i.e., liberais inconscientes, já que, para ele, o Liberalismo foi uma invenção francesa. Os liberais políticos à revelia de si próprios calcados na mais elevada tirania despótica econômica (de si mesma sobre o mundo).

ANY FREEDOM, EXCEPT YOURS! “Or was the English constitution so entirely a Free Constitution — had those principles been already so completely realized in it, that they could no longer excite opposition or even interest? The English nation may be said to have approved of the emancipation of France; but it was proudly reliant on its own constitution and freedom, and instead of imitating the example of the foreigner it displayed its ancient hostility to its rival, and was soon involved in a popular war with France.”

the Government is essentially administrative — that is, conservative of the interests of all particular orders and classes; and each particular Church, parochial district, county, society, takes care of itself, so that the Government, strictly speaking, has nowhere less to do than in

England.” “Nowhere can people less tolerate free action on the part of others than in France: there the Ministry combines in itself all administrative power, to which, on the other hand, the Chamber of Deputies lays claim.”

By an inconsistency of the most startling kind, we find them contravening equity most grossly; and of institutions characterized by real freedom there are nowhere fewer than in England. In point of private right and freedom of possession they present an incredible deficiency: sufficient proof of which is afforded in the rights of primogeniture, involving the necessity of purchasing or otherwise providing military or ecclesiastical appointments for the younger sons of the aristocracy.

The Parliament governs, although Englishmen are unwilling to allow that such is the case. It is worthy of remark, that what has been always regarded as the period of the corruption of a republican people presents itself here; viz. election to seats in parliament by means of bribery. But this also they call freedom — the power to sell one’s vote, and to purchase a seat in parliament.

But this utterly inconsistent and corrupt state of things has nevertheless one advantage, that it provides for the possibility of a government — that it introduces a majority of men into parliament who are statesmen, who from their very youth have devoted themselves to political business and have worked and lived in it.” No new politics here, ma’am.

This is quite opposed to the appreciation of principles and abstract views which everyone can understand at once, and which are besides to be found in all Constitutions and Charters. It is a question whether the Reform in Parliament now on the tapis, consistently carried out, will leave the possibility of a Government.” Nada temesse, ó H.: a prosperidade britânica ainda duraria um século inteiro!

The material existence of England is based on commerce and industry, and the English have undertaken the weighty responsibility of being the missionaries of civilization to the world” Agora eles são nulidades mesmo em pautas consensuais como o aquecimento global.

A RODA COMEÇOU A GIRAR NA ALEMANHA LOGO QUE H. MORREU, QUE IRONIA! “The fiction of an Empire has utterly vanished. It is broken up into sovereign States. Feudal obligations are abolished, for freedom of property and of person have been recognized as fundamental principles. Offices of State are open to every citizen, talent and adaptation being of course the necessary conditions.”

It is certainly a very fortunate circumstance for a nation when a sovereign of noble character falls to its lot; yet in a great State even this is of small moment, since its strength lies in the Reason incorporated in it. Minor States have their existence and tranquility secured to them more or less by their neighbors: they are therefore, properly speaking, not independent, and have not the fiery trial of war to endure. [a Suíça é a prova viva] As has been remarked, a share in the government may be obtained by everyone who has a competent knowledge, experience, and a morally regulated will.”

BASICAMENTE UM EPÍLOGO: “We have confined ourselves to the consideration of that progress of the Idea (which has led to this consummation), and have been obliged to forego the pleasure of giving a detailed picture of the prosperity, the periods of glory that have distinguished the career of peoples, the beauty and grandeur of the character of individuals, and the interest attaching to their fate in weal or woe. Philosophy concerns itself only with the glory of the Idea mirroring itself in the History of the World. Philosophy escapes from the weary strife of passions that agitate the surface of society into the calm region of contemplation; that which interests it is the recognition of the process of development which the Idea has passed through in realizing itself”

Notas dos extravagantes editores e do tradutor

An incapacity for conspiracy has been remarked as a characteristic feature of the Teutonic portion of the inhabitants of the British Isles, as compared with their Celtic countrymen.”

The term CATHARI (grego). Purists [puritanos, hoje generalizado para todos os crentes] was one of the most general designations of the dissident sects in question. The German word Ketzer = heretic is by some derived from it.”

The primary meaning of the word IDEA and of the related terms EIDOS and species is <form>.”

There is no current term in English denoting that great intellectual movement which dates from the first quarter of the 18th century, [!!!] and which, if not the chief cause, was certainly the guiding genius of the French Revolution. The word Illuminati (signifying the members of an imaginary confederacy for propagating the open secret of the day), [HAHA] might suggest Illumination, as an equivalent for the German Aufklärung; but the French Éclaircissement conveys a more specific idea.” J. Sibree

The sensational conclusions of the ‘materialistic’ school of the 18th century are reached by the ‘axiom of Contradiction and Identity’, as applied in this simple dilemma: ‘In cognition, Man is either active or passive; he is not active (unless he is grossly deceiving himself), therefore he is passive; therefore all knowledge is derived ab extra. What this external objective being is of which this knowledge is the cognition, remains an eternal mystery — i.e., as Hegel says: ‘The results of thought are posited as finite.’ — J.S.

Language, the faithful conservator of metaphysical genealogies” J.S.

The radical correspondence of Gleichheit and Vergleichung is attempted to be rendered in English by the terms parity and comparison, and perhaps etymology may justify the expedient. The meaning of the derivative comparatio seems to point to the connection of its root paro with par.”

NOMES-DO-PAI OU OS NÃO-TOLOS ERRAM – Trad. André Telles (Jorge Zahar, 2005)

Les Noms-du-Perre et Les non-dupe errent

Sistema SIR (na verdade R.S.I.)

O SIMBÓLICO, O IMAGINÁRIO E O REAL

Ensaio de preposições e predisposições

Saussure

Lorenz

Mallarmé

Reich

eu resisto!”

a resistência política

metabol

metanfet

mais en effet!

plus1

+ena

falogo

ergo ergo caio

sem tregar

Leenhardt

Não é um livro que mereça todas as recomendações”

Lévi-Strauss

proibido acertar a tabuada

Masserman

contraretratação

ele se tratou de novo

com-sem-tração

expansão social

ex-premido

tava demorando:

APARÊNCIA DA IDÉIA: “Ora, encontramos ali ilustrado algo que parece bem obscuro quando o lemos em Hegel, isto é, que o conceito é o tempo. Seria preciso uma conferência de uma hora para fazer a demonstração de que o conceito é o tempo. Coisa curiosa, o sr. Hyppolite, em sua tradução da Fenomenologia do espírito, contentou-se em colocar uma nota dizendo que esse era um dos pontos mais obscuros da teoria de Hegel.”

tô-aí

tô à toa qui

sempre compre

pre-dador

diz-posição

dur-ação

sem espaço, irmão

com-servo

pré-servo

sem-ciente

com-siso

Chamo símbolo tudo o que tentei mostrar com a fenomenologia.”

assim-inalo

malo es

ano malo

o-clusão

C

cluster

clister

crista de galo

ESPERTINHO: “É preciso sempre apresentar uma pequena ilustração para o que se conta.” quadratura do círculo

Tudo começa com uma risada (Rs).

SR – sem rendimento volte mais tarde ou não

Como dizia Chaves quando leu Hegel (tríade): Isso-Isso-Isso!

Daí ser preferível e necessário que o analista tenha uma formação tão completa quanto possível na ordem cultural.”

O rR é seu trabalho, impropriamente designado pela famosa expressão ‘neutralidade benevolente’, [o finito mal] da qual se fala a torto e a direito, e que quer simplesmente dizer que, para um analista, todas as realidades são, em suma, equivalentes, que todas são realidades. Isso parte da idéia de que tudo o que é real é racional, e vice-versa.” VV amigo

Hegel está errado, logo a análise é uma fraude. Pseudanálise.

Era marxista da terapia – ainda não chegou – nem com Deleuze.

Mas Marx também erra (geografia geóide)

psicologia dos fudidos

AA arx

xra VV

o círculo sendo tragado

o círculo sendo comido

o círculo enquanto quadrado

o círculo qua quadrado

Deus está torto (é um quadro na parede).

com-forto

axial

Lagache

sra. Marcus-Blajan

Ironicamente, o agorafóbico é o ansioso do espaço; e o ansioso o agorafóbico do tempo (agora).

Vie et Nam

Rien – Nein!

O Resgate do Soldado Nada

Spielberg the bloooooood

Portanto, a ansiedade é normal. Segue o gozojogo!

não estou mais tão sozinho, pois a culpa está Aguiar meus atos compulsórios.

Jeff Bezos circula fora do tempo terrestre, no espaço, o que quer dizer que ele não é um fudido pelo capitalismo (transcendeu a questão do paciente que não tem paciência, não precisa ser tratado, é dono dos meios de tratamento e produção)

é um sujeito realmente associal e exorbitante!

– Eu não sei do que chamar a interseção de duas retas, alguém pode me ajudar?

– Esse é um bom ponto!

– Acho que vou arranjar um nome para um dos lados do cubo!

– Esse é um bom plano!

– Vou comer a Terra!

– Esse não é um bom prato!

dr. Gessain

dr. Guest-alt

Para a criança, os adultos são transcendentes na medida em que são iniciados. O mais curioso é que as crianças não são menos transcendentes para os adultos.”

Serge Leclaire: SL: sujeito-lacan: Symbh0lyk0-l’Imaginaire

Leal-ao-maistre

Tomo um exemplo totalmente concreto, o dos sonhos” Tá de sacanagem, porra!

Um ser completamente engaiolado na realidade, como o animal, não tem nenhuma idéia disso.” Hohohoho!

embasamento embaçado

embaçamento embasado

Octave Mannoni

Wladimir Granoff

Todos do encontro se tornaram grandes analistas, que coincidência!

porque estavam ali, e não por que estavam ali

dr. Pidoux

Didier Anzieu (não é doutor, mas Dr. Anzieu mesmo assim)

Françoise Dolto: “Mas você é um mestre tão extraordinário que podemos acompanhá-lo mesmo só o compreendendo depois.”

podemos apanhá-lo mesmo só prendendo-o depois

Club do Zinco

Club do Porrete

Hegel é um Kant sublimado que não sente. Nem pouco nem muito. Que mal educado!

Entra no olvido. Sai pelo outro. Que Outro?

8vio: “O problema é saber se a imagem é símbolo ou realidade. Isso é extremamente difícil.”

INTRODUÇÃO AOS NOMES-DO-PAI

Tá me tirano, L.? “Peço que mantenham silêncio absoluto durante esta sessão.”

empata fodida, quero dizer…

preten-dia um dia

Angústia era do que Hegel era incapaz.

O que é o objeto a?” Me diz você!

Eu sou Engels e Lacan é o Sr. Dãring: “Fico tentado, no momento de deixá-los, a lembrar-lhes o caráter radical, totalmente reestruturante…”

Isso justifica essa psicologia de cartomante, que pode ser desenvolvida em lugares aparentemente os mais isentos, do alto das cátedras universitárias.” Do alto das associações psicanalíticas é possível ser também cartomante. Jogador de pôquer!

Isto é para fazê-los perceber sentir que os primeiros passos do meu ensino caminharam nas vias da dialética hegeliana. Era uma etapa necessária para investir contra o mundo dito da positividade.” O ruim da ‘dialética hegeliana’ é que uma vez dentro não se consegue sair dela – percebo sinto isso em você!

escansão é quando o poema perde a graça porque seu autor deixou de cantá-lo: ex-canção!

prestigiosa transmutação” de H.

a dialética hegeliana é falsa. É contradita tanto pela atestação das ciências da natureza quanto pelo progresso histórico da ciência fundamental, ou seja, a matemática.” É falsa sim, mas não por isso, seu nó cego!

Kierkegaard

DUHRINGUISMOS: “eis a falha que não nos permite tratar do desejo na imanência lógica exclusiva da violência como dimensão a forçar os impasses da lógica.”

os Padres da Igreja – permitam-me dizer-lhes que não os achei suficientes.”

Alguns sabem que pratico a leitura de santo Agostinho desde a idade pubertária. (…) Soube nos falar, claro, do Filho, e muito do Espírito Santo, porém temos, não diria a ilusão, mas a sensação de que uma espécie de fuga se produz sob sua pluma, por uma espécie de automaton, quando se trato do Pai.” Bom, pelo menos ele soube fazer música!!

seu protesto radical”

O Sou aquele que sou com que D. afirma-se idêntico ao Ser motiva um puro absurdo quando se trata do D. que fala a Moisés na sarça ardente.”

Na angústia, o objeto pequeno a cai. Essa queda é primitiva.” É o pinto de Adão depois da transa. Mas é apenas um levantamento (suspensão hegeliana), i.e., é temporário!!

Esse ato em que a criança, de certa maneira espantada, vira a cabeça ao se afastar do seio, mostra que apenas aparentemente esse seio pertence à mãe.”

Acredito que o homem sofre porque perdeu o seu seio!!

Com efeito, o seio é parte do complexo nutricional, que se estrutura diferentemente em outras espécies animais. No caso, ele tem uma parte profunda e uma parte chapada no tórax da mãe.”

objeto anal” “fenomenologia do presente” HÁ-HÁ-HÁ! “dom na efusão”

Ensaio sobre a dádiva ou ensaio sobre a borra de café.

A criança, ao soltar as fezes, concede-as ao que aparece pela 1ª vez como dominando a demanda do Outro”

Ovídio

Conrad Stein

Robertson Smith

Andrew Lang

Miticamente – e é o que quer dizer mítica mente –, o pai pode ser um animal.”

Prova disso é que Bertrand Russel se enganou quanto a isso” Conhecemos estranhas cabriolas de Bertrand Russell”

a cerâmica nunca teve oportunidade de tomar a palavra”

cocô-conformidade

se posso me permitir duplicar assim o prefixo”

O misticismo está em todas as tradições, exceto na que vou introduzir”

Eu tinha estudado um pouco de hebraico o ano passado pensando em vocês, as férias que lhes dou evitarão que tenham de fazer esse mesmo esforço.”

Pascal

Os gregos, que fizeram a tradução da Septuaginta, estavam muito mais bem-informados que nós.¹ Eles não traduziram Ehyeh acher ehyeh por ‘Eu sou aquele que sou’, como santo Agostinho, mas por ‘Eu sou aquele que é’, como’ – designando o ente, Emi to on, ‘Eu sou o Ente’, e não o Ser, einai.

¹ Eles eram bons tradutores, não é, L.?

Antes de nos emocionarmos como é praxe em ocasiões assim, poderíamos lembrar que sacrificar seu filhinho ao Eloim da esquina era corrente, e não apenas na época, pois isso continuou até tão tarde que foi preciso incessantemente que o anjo do Nome ou o profeta que fala em nome do Nome detivessem os israelitas prestes a recomeçar.” Dificilmente esse tarde era mesmo ‘tão tarde’ a ponto de ter qualquer coisa a ver com o Antigo Testamento, já muito posterior a essas práticas. Péssima antropologia, sr. Lacan!

Como Sem tinha tido seus filhos à idade de 30 anos, e viveu 500 anos, e, em toda a linhagem, eles tiveram filhos aos 30 anos, tinha-se tão-somente chegado próximo dos 400 anos de Sem no momento do nascimento de Isaac. Enfim, nem todos gostam da leitura como eu.”

É claro que a menopausa existia naquela época.” Na do ‘Era uma vez…’? Ali não existia, não!

Não me recriminem por ter feito pouco caso da sensibilidade de Abraão, pois ao abrirem um livrinho que data do final do século XI, do chamado Rachi, em outras palavras Rabbi Salomon ben Isaac, de Troyes, que é um asquenaze da França, vocês lerão estranhos comentários. Quando Abraão fica sabendo pelo anjo que ele não está ali para imolar Isaac, Rachi faz-lhe dizer: ‘E então? Quer dizer que eu vim para nada? Vou, mesmo assim, lhe fazer ao menos um leve ferimento, para sair um pouco de sangue. Isso te dará prazer, Eloim?’ Não sou eu quem está inventando, é um judeu devotíssimo, e cujos comentários são bastante estimados na tradição da Mishnah.”

Não lhes direi as passagens que consultei, seja na Mishnah, nomeadamente nos Pirké Avot, que são as sentenças, ou máximas, ou capítulos dos Pais – digo isso para aqueles a quem isso possa interessar, não é grande como o Talmude, podem se remeter a ele, foi traduzido em francês”

O hebraico odeia a prática dos ritos metafísico-sexuais que, na festa, unem a comunidade ao gozo de Deus. Valoriza, ao contrário, a hiância que separa desejo e gozo.”

AZEDUME INFANTIL DO CHEFINHO OU APÓSTOLO

Num desses debates confusos durante os quais um grupo, o nosso, mostrou-se verdadeiramente em sua função de grupo, [horda caótica e burra, bestial] arrastado, daqui, dali, por turbilhões cegos, um de meus alunos¹ – peço-lhe desculpas por ter depreciado seu esforço, que seguramente teria sido capaz de carregar um eco e reconduzir a discussão a um nível analítico – achou por bem dever dizer que o sentido do meu ensino seria que a verdade, sua verdadeira apreensão, é que não a agarraremos jamais. Inacreditável contra-senso! No melhor dos casos, que impaciência infantil! É preciso que eu tenha pessoas consideradas cultas não sei por que entre aqueles que estão mais imediatamente ao alcance de me seguir! Onde já se viu uma ciência, ainda que matemática, [caminhão de merda] em que cada capítulo não remeta ao capítulo seguinte?”(*)

¹ Dá nome ao cordeiro, vamos! Sê macho! Se tu não dizes, te cagüetam…

(*) “A declaração de um aluno (J.B. Pontalis, então membro do comitê de redação da revista de Jean-Paul Sartre) é estigmatizada no fim da lição”

Não vêem que, à medida que eu avançava, continuava a me aproximar de certo ponto de densidade¹ aonde vocês não poderiam chegar sem os passos precedentes?” Muito bem, oráculo de Delfos! Felizmente, para você e sua turba, a IPA possibilitou que você fugisse com o rabinho entre as pernas antes de recorrer a algum ilusionismo barato e que caísse em descrédito…

¹ No máximo uma flecha de Zenão.

Ouvindo uma réplica dessas, não dá vontade de invocar os atributos da vaidade e da tolice, espécie de espírito em forma de casca, que recolhemos em operação nos comitês de redação?” Ouvindo isso do seu perspicaz aluno, não dá vontade de mandar tomar no cu? – tradução do empolado.

Então, se minha marcha é progressiva, se é até mesmo prudente, não será porque devo lhes alertar contra o declive onde a análise arrisca-se sempre a escorregar, quer dizer, a via da impostura?” Definição de desonestidade intelectual.

Não estou aqui num libelo a meu favor. No entanto, devo dizer que, ao ter confiado a outros há dois anos o manejo, no seio do grupo, de uma política – para preservar o espaço e a pureza do que tenho a lhes dizer –, nunca, em momento algum, dei-lhes pretexto para acreditar que para mim não havia diferença entre o sim e o não.” Patético epílogo!

GENEALOGIA DA EXPRESSÃO LACRE ENTRE OS POSMOD NEOCON: “Nunca mais retomarei esse tema, vendo nisso o sinal de que esse lacre ainda não pode ser retirado para a psicanálise.” É bem costumeiro dos psicanalistas colocar suas ‘coisinhas’ em arquivos sigilosos por décadas, ou até mesmo séculos, não é?

DREAM YOGA: Illuminating your life through lucid dreaming and the Tibetan Yoga of sleep – Andrew Holecek

FOREWORD BY STEPHEN LA BERGE

I have devoted my scientific career to the exploration of this extraordinary state of consciousness. Research done by my colleagues and me at Stanford University has proven the objective reality of lucid dreams, delineated their basic types and psychophysiological characteristics, and led to the development of new techniques and technology for more effectively inducing them. I have also learned how to voluntarily access lucid dreams and have found them wonderfully educational in the deepest sense. That is, as a means of bringing forth what is within.”

This process of integration is a form of dream yoga, and its practice leads to experiences of transcendence, which might be recognized as having similarities with the Tibetan dream yoga that is the subject of this book. That is no accident. I have had significant contacts with the Tibetan Buddhist tradition, starting with a workshop with Tibetan lama Tarthang Tulku at Esalen in 1972.”

Remember the story in which the character Nasrudin is under a streetlight outside his house searching for his lost key? A neighbor helps him look for a while — fruitlessly — then asks, ‘Where, exactly, did you lose your key?’ Nasrudin answers, ‘In my house.’ The neighbor exclaims, ‘Then why in the world are we looking out here!’ Coolly logical, Nasrudin replies, ‘Because there’s more light here.’”

PROLOGUE

I started a dream diary and within those 2 weeks had filled several notebooks. It was as if my deepest unconscious mind erupted and a volcano of dreams burst forth. Some of those dreams still guide my life today.” “I started reading everything I could about dreams. I read Sigmund Freud, Carl Jung, and countless books from psychologists, scientists, mystics, and quacks.(*) They were helpful but also incomplete. I still couldn’t understand what happened. One day I started reading about Buddhism and was immediately struck that ‘buddha’ literally means ‘the awakened one’. What does that mean? Awake as opposed to what? What did the Buddha awaken from, and what did he awaken to?

(*) While Freud and Jung spent a great deal of time with dreams, they spent very little with lucid dreaming. The 1st edition of Freud’s The Interpretation of Dreams (1899) has no overt reference to lucid dreaming, but the 2nd edition does. Jung had little interest in the topic, at least as we are defining it. However, Jung did work with dreams in very creative ways. Jung said that he did not dream, but was dreamed.”

INTRODUCTION

Lucid dreaming is the ultimate in home entertainment. Your mind becomes the theater, and you are the producer, director, writer, and main actor.” “Going deeper, lucid dreaming can develop into dream yoga, and become a spiritual practice. This is not to say that lucid dreaming isn’t spiritual. It can be. But as a practice, and in contrast to dream yoga, lucid dreaming doesn’t have as many spiritually oriented methods. ‘Yoga’ is that which yokes, or unites. Dream yoga unites you with deeper aspects of your being; it is more concerned with self-transcendence.

Other traditions work with sleep and dreams for spiritual purposes, including Sufi and Taoist dream practice, aspects of Transcendental Meditation, and Yoga Nidra. I will focus principally on Tibetan Buddhist dream yoga because this is a specialty of this branch of Buddhism.” O prelúdio para o inútil só pode ser, por extensão, inútil.

The exact origin of dream yoga is opaque in Buddhism. Some scholars trace dream yoga back to the Buddha. Namkhai Norbu, a master of the Nyingma school of Tibetan Buddhism, says it originated in the tantras (especially the Mahamaya Tantra), which are shrouded in mystery and authorship. [Não diga! Por que os 100% acordados não conseguiram traçar essa genealogia? Porque ela é um conto de fadas…] There are 4 main schools of Tibetan Buddhism. In order of emergence, they are the Nyingma, Kagyu, Sakya and Gelugpa traditions. Guru Rinpoche, the founder of the Nyingma tradition who brought Buddhism from India to Tibet, taught dream yoga as part of his cycle of teachings. In the Kagyu and Gelugpa traditions, dream yoga is taught mostly in the 6 Yogas of Naropa, which is perhaps the oldest certain source. Naropa gathered the 6 Yogas but was not their author. Lama Thubten Yeshe says, ‘The 6 Yogas of Naropa were not discovered by Naropa. They originated in the teachings of Lord Buddha, and were eventually transmitted to the great 11th-century Indian yogi Tilopa, who in turn transmitted them to his disciple Naropa.’ But the Indian master Lawapa (‘master of the blanket’, also known as Kambala) is the author of dream yoga as presented in the 6 Yogas. He passed the teachings on to Jalandhara, who passed them to Krishnacharya, who taught them to Naropa. Tilopa, who is the founder of the Kagyu tradition, attributes dream yoga specifically to Lawapa.”

Four of the 6 Yogas will be central to our journey in this book: illusory form yoga, dream yoga, sleep yoga, and bardo yoga. The other 2 yogas are chandali (inner heat) yoga and phowa (ejection of consciousness) yoga, which are beyond the scope of this book.”

Taking this practice further, dream yoga can develop into ‘sleep yoga’, an advanced meditation in which awareness spreads not only into dreams but into deep dreamless sleep. Staying awake during dreamless sleep is an age-old practice in Tibetan Buddhism. With sleep yoga, your body goes into sleep mode, but your mind stays awake. You drop consciously into the very core of your being, the most subtle formless awareness — into who you truly are.

If you want to go even further, there’s one final destination of the night. Dream yoga and sleep yoga can develop into ‘bardo yoga’, the famous Tibetan practices that use the darkness of the night to prepare for the darkness of death. ‘Bardo’ is a Tibetan word that means ‘gap, interval, transitional state, or in between’, and in this case it refers to the gap between lives. If you believe in rebirth and want to know what to do after you die, bardo yoga is for you.”

While I’ve never seen anyone get into trouble with dream yoga, as with any discipline it may not be for everyone. People with dissociation or depersonalization tendencies should consult with a mental health professional before undertaking lucid dreaming or dream yoga. Those with psychotic predispositions, or anyone suffering from a loss of a stable sense of reality, could potentially worsen those dissociative states of mind. As with any meditation, it’s always good to check your motivation. If you’re looking to escape from reality, the nighttime meditations are probably not for you.”

While lucid dreaming is more of a Western phenomenon, dream yoga, sleep yoga, and bardo yoga come mostly from Tibetan Buddhism. Our journey will unite both worlds, the best of the East and West. The Indian philosopher Mahadevan said that the main difference between Eastern and Western philosophy is that the West develops its view of reality from a single state of consciousness (the waking state), while the East draws from all states of consciousness, including that of dream and sleep.” “Like any good yoga, this book will stretch and then relax. And as with physical yoga, the best way to expand and grow is to feel the stretch, and let it work on you as you gently lean into it.”

Three Wisdom Tools

The Upanishads (arguably the first written map of the mind) articulate 4 states of consciousness: vaishvarana, the waking state; taijasa, the dream state; prajna, deep dreamless sleep; and turiya (‘the 4th), the super conscious state of illumination. It’s called ‘the 4th because it transcends the other 3. [George Lucas Productions] From a psychological point of view, it’s called turiya; from a philosophical point of view it’s called brahman. So turiya and brahman are Hindu correlates for the clear-light mind. In Buddhism, ‘the 4th is connected to ‘the 4th moment’, which is the timeless dimension that is beyond the other 3 moments of past, present, and future. In other words, the 4th moment refers to the experience of the clear-light mind.”

By reading and thinking about this material, you will be engaging the first 2 wisdom tools. In our voyage this is like filling the gas tank, getting a good map, and stocking up on all the necessities for a big trip. But the journey truly begins when you start to meditate, when you actually turn the ignition on and engage the yogas that take you within. This is when you’ll replace the map with the territory” Jamais o farei.

The 3 wisdom tools are the way we ingest, digest, and metabolize the teachings until they literally become us. If we remain at the level of hearing and contemplating alone, we’ll remain at the level of mere philosophy. The teachings may tickle your intellect or entertain you, but they won’t fundamentally change you.” I’m a mere philosopher!

I have had the good fortune of being around some of the most intelligent people on this planet, from famous scientists to world-renowned philosophers. I find them infinitely fascinating. But the ones who really touch me, who truly move me, who inspire me to change, are the most meditative people on this planet.” Na hora que filósofos e cientistas são úteis, você os utiliza – interessante!

The Tibetan word for ‘meditation’ is gom, which means ‘to become familiar with’. It is through meditation that you will become familiar with previously unfamiliar inner states of mind and body.”

1. WHAT IS A LUCID DREAM?

“‘LUCID DREAM’ IS a term hinted at by the scholar Marquis d’Hervey de Saint-Denys (1822–1892), but which was coined by the Dutch psychiatrist Frederik van Eeden (1860–1932).” “Some scholars look at the popular definition of lucid dreaming as a Western term, because it assumes a (monophasic) culture where waking and dreaming are distinctly different states, an assumption that is not held by many indigenous (polyphasic) cultures.”

In the West, lucid dream accounts go back as far as Aristotle, with the first Western lucid dream report written in 415 by Saint Augustine. A lucid dream is when you wake up to the fact that you’re dreaming, but you still remain in the dream — that is, you’re dreaming and you know it.”

The 3 principal states of waking, sleeping, and dreaming are not mutually exclusive. Like everything else in reality, they interpenetrate. When you’re having a daydream, you’re dreaming in the waking state; when you’re awake in a dream, you’re lucid dreaming; when you’re awake in dreamless sleep, you’re lucid sleeping;¹ and of course from a spiritual perspective, when you’re ‘sleeping’ in waking life you’re a normal confused sentient being. Buddhas are simply those who remain awake in all states.”

¹ What the ACTUAL fuck?!

The validity of lucid dreaming was scientifically proven in 1975 by the psychologist Keith Hearne at Hull University, and then independently by Stephen LaBerge in l977 at Stanford.”

You can do whatever you want, and no one can see you. You can fly, have sex with a movie star, or rob Fort Knox.”

Flying and having sex are indeed the two most frequently engaged-in activities for lucid dreamers. See Bahar Gholipour, ‘What People Choose to Dream About: Sex and Flying’, LiveScience.com, July 10, 2014, livescience.com/46755-flying-sex-lucid-dream-content.html. Other common adventures are doing things that are impossible in waking life: breathing underwater, talking with animals, time travel, and being someone else.”

One reason adolescents and young adults get into trouble is because the prefrontal cortex isn’t fully developed until age 25, which leads to bad decisions and poor social control.”

Lucid dreaming gives you a chance to live the myth of Gyges, and to learn from it.” Would there be a quota for evilness?

being barely lucid might involve acknowledging on some level that you’re having a dream, but not acting with full comprehension. You might still flee from perceived danger, or treat dream characters as if they were real. Hyper-lucid dreaming would be full comprehension of the dreamlike nature of your experience in the dream, recognizing that even the sense of self in the dream is being dreamt. Hyper-lucidity could also refer to colors and forms in the dream that seem more vibrant and real than anything in waking experience.”

Young children tend to have lucid dreams more frequently, an occurrence that drops off around age 16. Younger people in general are more likely to have lucid dreams than older folks. Lucidity occurs as early as age 3, but it seems most likely to happen around ages 12 to 14. On average, lucid dreamers have 3 to 4 lucid dreams each month, with the average length of lucidity being about 14 minutes. [Não faz qualquer sentido terem conseguido medir isso!] Some 58% to 70% of people will have at least one lucid dream during their life.”

Lucid dreaming is becoming the latest rage. People are using it to get an edge on their competition. Researchers are working with it to treat PTSD. Sleep scientists in Germany are using it to enhance focus and performance in athletes. Actors, inventors, artists, writers, and musicians are increasingly practicing lucid dreaming to enhance creativity.” Me pergunto se qualquer coisa (mesmo “budismo profundo”, como vou chamar provisoriamente) ainda tem qualquer valor se passa a ser idolatrado pelo Ocidente!

MINHA DUNGEON DE GELO: “Dreaming in general has been connected to creativity for eons, and the literature is replete with examples. The German chemist Friedrich Kekule discovered the molecular structure of benzene in a dream, James Cameron’s dream of a robot-man eventually became the movie The Terminator, Robert Louis Stevenson came up with the plot for his novella The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde in a dream, and Paul McCartney’s song Yesterday came to him in a dream.”

Relaxa o sphincter and just lerigo uidaflô

The current popularity of lucid dreaming is both a blessing and a curse. We’ll explore the blessings throughout this book. The curse is that dreams, as being unreal, are often not taken seriously. Cultures that honor dreams are often dismissed as primitive.”

2. A MAP FOR PRACTICES OF THE NIGHT

Fear in a dream doesn’t always disappear at the onset of lucidity. It’s more the realization that no physical harm can come to us in that realm that provides an opportunity to continue exploring the dream despite a fearful reaction to its contents.”

In Buddhism, entire volumes (like the Dasabhumika Sutra) are devoted to the stages of awakening, and each of the 3 Turnings has its own description, as well as varying articulations of the stages. A common classification is the 10 bhumis (‘levels’ or ‘grounds’) of spiritual development.”

“‘Fear’ is etymologically connected to ‘fare’ [tax]. Fear is the fare, or toll, that must be paid in order to grow. If we really want to wake up, we need to follow our fear into and through the darkest aspects of our being, for that is where the brightest light abides.

When Joseph Campbell uttered his famous maxim, ‘Follow your bliss’, he was speaking a partial truth. It is important to follow your bliss, and it can take courage, but if that’s all you do, you’ll just get blissed out. From a spiritual perspective, it can be more valid to say, ‘Follow your fear’. But similarly, if that’s all you do, you’ll just get freaked out. The Buddhist concept of the ‘middle way’, or ‘not too tight, not too loose’, is the ideal guide. Don’t become an extremist and lose your way by getting either snared in bliss or scared away by fear.” A filosofia do pequeno-burguês.

In my spiritual community we talk about ‘klesha attacks’, where the Sanskrit word klesha means ‘emotional upheaval’. It’s basically when someone loses it. It’s easy to identify klesha attacks of passion, aggression, jealousy, or pride, for example, but I’ve never been able to say, ‘I’m having an ignorance attack’. This is an irony, because if I see the world as solid, lasting, and independent (dualistically), I’m under attack. It means I’m under attack right now, I just don’t see it. This blindness is particularly damaging because every other visible klesha, and therefore all our suffering, arises from this one, the stealth bomber of ignorance.”

Dark retreat is a specific practice associated with thögal, one of the most advanced practices of Dzogchen. This retreat is also associated with the bardo teachings, and is sometimes referred to as ‘the bardo retreat’. Traditionally (and only under the strict supervision of a meditation master), a meditator goes into total darkness for 49 days. [???] During this period the shine of the clear-light mind manifests in various ‘visions’, akin to what happens during the second phase of the luminous bardo of dharmata after death. […] If you take these visions to be real, instead of attaining enlightenment, you attain insanity. It’s a potentially dangerous retreat. To a lesser degree, we suffer from varying levels of insanity when we take our daily ‘visions’, the appearances of waking life, to be real. Dark retreat shows the meditator the roots of all this madness. See Chögyam Trungpa’s introduction to his translation of The Tibetan Book of the Dead (Boston: Shambhala, 1975); Tenzin Wangyal’s Wonders of the Natural Mind: The Essence of Dzogchen in the Native Bon Tradition of Tibet (Barrytown, NY: Station Hill Press, 1993); and Christopher Hatchell’s Naked Seeing: The Great Perfection, the Wheel of Time, and Visionary Buddhism in Renaissance Tibet (Oxford: Oxford University Press, 2014).”

3. UNDERSTANDING SLEEP CYCLES

WE TAKE SLEEP for granted, but it’s literally a lifesaver. Without sleep you would die. There’s a rare genetic disorder called ‘fatal familial insomnia’ that usually occurs in middle age, lasts about a year, and always ends in death. There is no cure” “Those suffering from sleep apnea have a significantly higher risk for heart disease, stroke, and a host of other illnesses. It’s a silent killer.” “there are over 70 sleep disorders” “Even if you don’t suffer from sleep apnea, sleep problems contribute to diabetes, obesity, anxiety, depression, immune suppression, substance abuse, strokes, heart disease, accidents, mood disorders and death.”

In a New York Times op-ed column titled ‘To Dream in Different Cultures’ (May 13, 2014), the anthropologist Tanya Luhrmann remarks on how our obsession with 8 hours of continuous sleep is a product of our electrified age, and artificial light. In pre-modern times, she says, people engaged in ‘punctuated sleep’, which is more akin to how our kindred animals sleep. She quotes Roger Ekrich, author of At Day’s Close: Night in Times Past, who writes that people went to bed for the ‘first sleep’ as the sun set, but then woke up throughout the night: ‘There is every reason to believe that segmented sleep, such as many wild animals exhibit, had long been the natural pattern of our slumber before the modern age, with a provenance as old as humankind’, says Ekrich. In many ancient societies, what happened during the night was important, and because people woke up frequently, they remembered more of their dreams. Luhrmann goes on to quote the anthropologist Eduardo Kohn, who writes, ‘Thanks to these continuous disruptions, dreams spill into wakefulness and wakefulness into dreams in a way that entangles them both.’

scientist William Dement says, ‘Sleep is one of the most important predictors of how long you will live — as important as whether you smoke, exercise, or have high blood pressure or cholesterol.’” K. já nos acréscimos.

Dream yoga may or may not help with sleep disorders. It’s not meant to be a medical treatment. But it can help people relate to their disorders in a new way”

To sleep well you must literally do nothing. For many of us that’s not easy. But doing nothing, and doing it well, is one aspect of meditation. So the preparatory meditations for dream yoga that we will introduce can help with things like insomnia.”

unwind: relaxar ou: tirar o vento da cabeça…

One way to work with insomnia, via the inner yogas, is to engage what the Mahamudra tradition evocatively calls ‘subterranean samadhi’. With this practice you visualize 2 black pearls at the soles of your feet, one on each sole. By bringing your mind so far down with the visualization, the winds and bindus that have gathered at the head chakra (resulting in the insomnia) are also pulled down, and your mind is seduced toward the heart chakra where sleep occurs. (Bindus are like drops of consciousness, and chakras are energy centers where bindus gather to create states of consciousness, as we will see in chapter 5.) It’s an application of the ‘extreme path to the middle’ approach, where the middle is your heart center, and the extreme is the bottom of your feet. I’ve tried this with mixed success.” “When I’m stressed and ‘windy’, I invariably get a cold and have to sleep. In Buddhism, wind is considered the most powerful element.”

Biographers state that the Buddha slept very little—one hour a night—and took the occasional nap. I have asked several meditation masters, including Khenpo Tsültrim Gyamtso Rinpoche, Sokse Rinpoche, and Choje Rinpoche, about buddhas and sleep, and they assert that buddhas do not sleep.” ???

Their body may go into sleep mode (they lie down at night), but their minds never black out.” Sei.

Meditar, numa palavra, seria como descansar após a idade adulta. Utopia?

SOCIALIZAÇÃO: “The first split is toward the truth of our experience, refusing to accept our immediate experience as it is. The second split is when we add a disconnect from our immediate embodied experience, which is an ongoing dissociation from the truth that we’re embodied beings. The third split is when we add a continuous stream of self-referential commentary to our experience; we have an experience and we instantly make up a story about how it has to do with us.¹ The fourth level of disconnection is when we link moments of experience to one another, creating an illusion of continuity.² And the fifth level of disconnect is when we work to ‘stabilize a state of chronic struggle by maintaining the claim that there’s something really important that has to be fixed³ about us or about life’.”4

¹ Consolidação normal do ego?

² Maturação – estágio “kantiano” – diagnóstico consciente da lei de causa-efeito e conceituação das percepções de espaço-tempo.

³ Jack Shepherd Syndrome; communism?

4 Há uma hipérbole das “barreiras que o praticante de meditação” precisa transcender ou, senão, essas ‘cisões’ não estão em ordem cronológica… Dissociações do corpo ou da experiência imediata têm mais a ver com o filosofar ocidental ou o uso de narcóticos ou a ocorrência de episódios místicos que com processos de socialização infantis que viessem antes da third, fourth e fifth splits!

spiritual chronic fatigue syndrome” – se ter sonhos ansiosos é o critério para tornar-se um paciente desta síndrome, entrei nessa aos 20…

According to the Dalai Lama, and every resource I could find, there is no explanation within Buddhism for why we dream. [Idiota!] Perhaps it’s purely soteriological, or ‘pertaining to deliverance’. Perhaps we dream, and wake up from our dreams, to show us how we can deliver ourselves from samsara.” Isso já é mais do que a neurofisiologia contemporânea permite concluir.

There are 2 main kinds of sleep: non-REM, or quiet sleep, and REM, or paradoxical sleep. REM sleep is called ‘paradoxical sleep’ because while the brain becomes more active during this stage, muscles become more relaxed. Non-REM sleep is associated with restoration, deep relaxation, and an idling brain. People who suffer from sleep apnea don’t spend enough time in non-REM sleep, and therefore don’t get the needed restoration. (REM sleep is the sleep stage used in lucid dreaming and dream yoga. Non-REM sleep is used in the stage associated with sleep yoga.)

REM sleep, which accounts for about 25% of sleep in most people, is associated with rapid eye movement (REM), muscle twitches, sleep paralysis, an active brain, and dreaming. Sleep paralysis (atonia), which is when voluntary muscles become temporarily paralyzed, usually goes unrecognized, but sometimes we can be aware of it. The awareness of sleep paralysis results from an ‘out of sequence’ REM state. We’re not supposed to be conscious of our body in REM sleep.” “In recognized sleep paralysis, REM encroaches into wakefulness; in lucid dreaming, wakefulness encroaches into REM.” Hm, me parece perigoso!

With certain disorders, such as REM sleep behavior disorder (RBD), sleep paralysis doesn’t work, and folks do things like beat up their sleeping partners, completely unaware of doing so. People have been arrested and prosecuted for this bizarre form of domestic violence. When my dog is dreaming, I often see him twitching and semi-barking, and I wonder what he might be chasing in his dream.” “Sleepwalking and sleep talking are different, and occur in non-REM sleep when there is no paralysis.”

Until recent improvements in technology refined our understanding, scientists measured 4 principal brain-wave states — beta, alpha, theta, and delta — as determined by an EEG, or electroencephalogram. Waking consciousness is associated with beta and alpha, and sleep with theta and delta. With refined instruments come refined measurements. Two new states have been added to these classic 4. At the very low end, epsilon 0–05 hertz has been associated with intense meditative states. At the very high end, gamma 30–100+ hertz is associated with the coordination of signals across longer distances in the brain, and is connected to complex actions or associations that require the simultaneous use of multiple brain areas. Research is moving away from these fixed stages as more sophisticated measurements of the sleeping brain are developed. With neuroimaging techniques (fMRI, PET scans), high-density EEG, and spectral analysis (which measures the amplitude and phase of electrical activity over wider frequencies and time scales), new models are emerging.” O EEG clássico não serve pra porra nenhuma – nem pra determinar insônia no paciente!

As brain waves settle from beta into alpha, we enter a pre-sleep stage called the ‘hypnagogic’ phase, which is a kind of gap (bardo) between waking and sleeping (from the roots hypnos, ‘god of sleep’, and agogia, ‘leading to’ — a lovely image). During this stage it’s common to have feelings of falling, or hearing someone call your name, experiences called ‘hypnagogic hallucinations’.” “This sensation of falling is interesting from the point of view of the inner yogas, as we will see, because falling asleep is when the bindus (drops of consciousness) fall from the head chakra into the heart chakra. It’s also suggestive that ‘contraction’ is associated with this stage, which could be a defensive response against falling into space. For a thorough look at the hypnagogic state, see Thompson, Waking, Dreaming, Being, 107–138.”

The psychologist Matthew Walker at the University of California at Berkeley, who led one study, says, ‘It’s as though the email inbox in your hippocampus is full and, until you sleep and clear out those fact emails, you’re not going to receive any more mail. It’s just going to bounce until you sleep and move it into another folder. Sleep is sophisticated, it acts locally to give us what we need.’ See Yasmin Anwar, ‘An Afternoon Nap Markedly Boosts the Brain’s Learning Capacity’, Berkeley News, 02/22/10,

newscenter.berkeley.edu/2010/02/22/naps_boost_learning_capacity.” K. deve estar presa em 2015 ou até antes!

Stage 4 is our deepest sleep and lasts about 30min in the 1st sleep cycle. (We cycle through these 5 stages 4-5 times each night, as described below.) It’s characterized by profound muscle relaxation and rhythmic breathing. This is where we’re fully offline.” “We spend about 12-15% of total sleep at stage 4, but that percentage decreases dramatically as we age (from up to 20% as a young adult to 3% by midlife), and by age 65 this ‘slow wave’ sleep can disappear altogether.” Isso se chama ‘preparação para o sono da morte’, amiguinho!

The sleep scientist Penny Lewis at the University of Manchester talks about sleep engineering, which is designed to optimize sleep, and sustain slow wave sleep as we age. The aspiration of sleep engineering is to therefore sustain cognitive function, reduce the effects of aging, enhance creativity, and facilitate problem-solving abilities.”

After resting in deep dreamless sleep for about 30min, we briefly come back up to stage 2, but instead of coming all the way back up to stage 1, we enter a new stage, REM sleep, or stage 5. In other words, stage 1 is replaced with REM sleep. After REM, we go back down through the stages again. REM sleep is when we dream the most.”

You actually consume more oxygen during REM sleep than you do when awake, unless you’re doing something aerobic. People often worry that lucid dreaming and dream yoga could make them less rested. Since most of our restorative sleep occurs in delta wave sleep, and dreams mostly occur during REM sleep when the brain isn’t resting anyway, this worry is unfounded.”

We go through these 5 stages 4-5 times each night, in about 90min cycles. After each REM period, we have brief moments of awakening, up to 15 times a night, when we toss and turn. This creates an opportunity to bring awareness to our dreams before cycling back into stage 2 sleep”

Just before awakening we can be in REM sleep for 45-60min, which is why we mostly remember our morning dreams. This is prime-time dreamtime.”

Don’t waste your time trying to have lucid dreams in the early part of the night. Get your restorative sleep. Wait until REM sleep is at its peak. When I do dream yoga retreats and have the luxury of taking naps during the day, I often practice lucid dream induction techniques throughout the night. This means I set my alarm to go off every 90min, which is when I’m most likely to be in REM sleep. I don’t recommend this as a regular practice, unless you can take naps during the day.”

This is all we need to know about the science of sleep to launch us into the nighttime practices.” nightmare of practices

4. WESTERN LUCID DREAM INDUCTION TECHNIQUES

Dream yoga itself hasn’t changed much in hundreds of years. It was designed by beings so awake that perhaps they didn’t realize that mere mortals like ourselves might need some baby steps. The classic practice texts are pithy, and therefore steep. The great contribution of modern lucid dreaming is to provide a gradual on-ramp. Lucid dreaming has much to offer for practitioners of dream yoga, and dream yoga has a great deal to contribute to lucid dreaming. Together they make fantastic sleeping partners. In these 2 chapters I will introduce a variety of induction techniques. There is no need to master them all. Triggering lucidity is the point, not the technique that gets you there.”

The point in presenting all these techniques is that you will eventually find one that works for you. When you do, stick with that. No need to do any other unless you wish to explore more possibilities. The only danger in presenting so many methods is that you might try one for a night or 2, give up, and then skip to the next. I recommend staying with a technique for at least several weeks.”

If you find it’s too disruptive to practice lucid dreaming during the week, then just do it on weekends. While it’s helpful at first to do a technique the way it’s presented, don’t be afraid to play around with it. Maybe a blending of techniques works for you, or your own method. Experiment, and have fun. If you don’t enjoy lucid dreaming, you won’t do it. While motivation and ambition are important, don’t be hard on yourself.”

A central teaching in any meditation is ‘not too tight, not too loose’. If you’re too tight, or try too hard, you’ll tie yourself into knots and won’t fall asleep. If you don’t try enough, you’re too loose, and you’re not practicing dream yoga. The ‘middle way’ approach is always best. It’s like tuning a guitar. Tune it too tight and the strings snap; tune it too loose and it makes a saggy sound. With balance, perseverance, and humor, you will learn how to tune your mind to make beautiful night music.”

Have you ever had to get up early and not had an alarm clock? By setting a strong intention to get up at a certain time, we often wake up at that time despite not having an alarm. In the same way, we can set an internal alarm to wake us up within a dream by setting a strong intention.”

In the East, intention is referred to as ‘the power of resolution’, and refers to the power of karma. Karma is basically the law of cause and effect. In Tibetan, ‘karma’ is translated by the word leh, which means ‘action’, and action is all about cause and effect. Fully constituted karma has 4 aspects: intention, action, successful completion and rejoicing. These refer to the intention behind an action, the action itself, successful completion of the action, and a sense of satisfaction in having completed the act. (…) The point with dream yoga is that through the power of resolution, we’re planting karmic seeds that can ripen in the dream and spark lucidity.”

Luz não é nada sem trevas.

If you’re reading this book, you’ve already started to set your intent. Studying the view, or philosophy, behind lucid dreaming and dream yoga strengthens it. To actually practice intention, say to yourself throughout the day, ‘Tonight I will remember my dreams. I will have many dreams. I will have good dreams. I will wake up within my dreams.’

In lucid dreaming workshops, people often say, ‘My goal is to become lucid in my dreams!’ When they do, they often immediately wake up and feel disappointed because the lucid dream didn’t last.” “They got what they asked for, so the key is to ask for more. It’s therefore important to set a goal beyond becoming lucid, so that lucidity eventually becomes the natural state, the platform, that’s required to accomplish even higher goals.” “A second essential ingredient for lucid dreaming is good dream recall. Even though we have at least 6 dreams each night, many people don’t remember any of them. LaBerge says that until you can remember at least 2 dreams each night, it’s better not to try the lucidity techniques.” “Because Western society tends to dismiss dreams, we also dismiss the importance of good dream recall. Other cultures that support dream recall also support what occurs in the night. The Stanford anthropologist Tanya Luhrmann (‘To Dream in Different Cultures’, op. cit.) spent time in evangelical churches in Accra, Ghana, and Chennai, India, and writes, ‘One of the more startling differences is that Christians in Accra and Chennai say that God talks to them when they sleep, and in their dreams. He wakes them up by calling their names. American subjects, asked about odd events in the night, were more likely to say things like this: I see things, but it’s just sleep deprivation. It seems likely that the way our culture invites us to pay attention to that delicate space in which one trembles on the edge of sleep changes what we remember of it’.”

Pelo visto, essa prática não é mesmo pra mim!

5. EASTERN LUCID DREAM INDUCTION TECHNIQUES

Many of the methods in this chapter come from Vajrayana Buddhism, which is largely a Tibetan tradition. Vajrayana (‘diamond vehicle’) is the last of the 3 main schools of Buddhism, the other 2 being the Mahayana (‘great vehicle’) and Hinayana (‘narrow vehicle’). The Vajrayana methods are meditative techniques that can be learned, practiced, and developed. If you don’t have success with them initially, as your practice matures so will your success”

Countless books are available on the inner body. From a Kagyu perspective, Rangjung Dorje, The Profound Inner Principles, translated by Elizabeth Callahan (Boston: Shambhala, 2013), remains the classic. [Um clássico de menos de 10 anos? No way!] For East-West perspectives, see Anodea Judith, Eastern Body Western Mind: Psychology and the Chakra System as a Path to the Self (New York: Celestial Arts, 2004) and Maureen Lockhart, The Subtle Energy Body: The Complete Guide (Rochester, NY: Inner Traditions, 2010).”

LIBERAR OS NÓDULOS DO CHAKRA E DO NEN: “The intermediate level of the inner subtle body is targeted in Chinese medicine, Indian Ayurveda, and other Eastern medical systems (via techniques such as acupuncture, acupressure, and moxibustion) for physical health.”

And just as there are outer yogas that work with the outer gross body, there are inner yogas that work with the inner subtle body. The dream induction techniques from Tibetan Buddhism engage these inner yogas.”

QUADRIPARTITE: “The subtle body has a sophisticated anatomy and physiology; our discussion here will address the 4 main constituents — referred to as the channels, winds, drops, and wheels. These are called nadi, prana, bindu and chakra in Sanskrit, and tsa, lung, tigle and khorwa in Tibetan. Each of these 4 inner aspects has outer-body correlates that can help us understand them.”

Although the subtle body isn’t a material body like the outer gross body, that doesn’t make it less real. In a sense it’s more real, because it’s the foundation for the outer body. In the Tibetan Buddhist view, the outer is an expression of the inner. The best way to explore the subtle body, and discover the 4 main constituents for yourself is through the inner yogas. That’s when you can prove to yourself that the channels, winds, drops and wheels are real, because you feel them, and feeling is even more convincing than seeing.”

1. Channels. The channels are the easiest elements of the subtle body to understand. Depending on which system you use, there are around 72,000 channels in our subtle body. These are like arteries, veins or even nerves. For our purposes we only need to know about 3: the central channel (avadhuti in Sanskrit, uma in Tibetan), the right channel (pingala/rasana), and the left channel (ida/lalana). The central channel runs from the top of the head to the base of the spine. The left and right channels begin at the nostrils, curve up to meet the central channel near the top of the head, then run parallel to it to a distance about 4-finger widths below the navel, where they merge with the central channel.”

The current rage in neuroscience is neuroplasticity, which is the discovery that the circuits in our brains are not hardwired. By changing our mind, we can literally change our brain. In a similar fashion, by changing our mind we can change our nadis, what we could call nadiplasticity. Meditation changes the configuration and texture of our nadis. The inner yogas simply target this process more directly.” “the configuration of our nadis dictates our talent for lucidity. Some people are just hardwired for lucidity.”

2. Winds. Within the channels flow the subtle winds, or prana, also known as chi, life force energy, psycho-physical energy, subtle bioenergy, even Holy Spirit in esoteric Christianity. The outer body correlate is most obviously respiration, but other parallels would include the flow of blood or the conduction of nerve impulses. The wind that flows through the right channel is called the ‘sun poison prana’, which is a masculine, extroverted, ‘in the world’, and very active energy. The wind that flows through the left channel is called the ‘moon nectar prana’, which is more feminine, introverted, and receptive. The wind that flows through the central channel is called ‘wisdom wind’, and it only ‘breathes’ when the 2 outer channels, which carry confused or dualistic wind, stop breathing. This occurs in very deep meditation or death.” Cabeça aberta é uma coisa, mas isso…

3. Drops. The 3rd aspect of the subtle body are the drops (bindus), sometimes called ‘mind pearls’. These can be the hardest to understand. Outer body correlates would include sperm and ovum, neurotransmitters, hormones, or anything that represents the concentration of life force energy. In spiritual practice, the drops are often visualized as shimmering beads of light, the size of a sesame seed. [Isso são resquícios de luz na retina e há um nome específico para esse fenômeno…] (…) Think of them as drops of consciousness.”

4. Wheels. The final aspect of the subtle body is also the most famous — the wheels, or chakras. Chakras are energy distribution centers. Depending on the system, there are usually 5 or 7 chakras situated along the central channel: base of the spine, genitals, solar plexus, heart, throat, forehead, and top of the head. Outer body correlates are the endocrine centers, which are, respectively, the adrenal glands, the testes or ovaries, and the pancreas, thymus, thyroid, pituitary, and pineal glands.”

If you don’t do inner yoga, you can still get a feel for the subtle body when you’re touched by sound or music.” “The next time you’re really touched by music, it’s your subtle body that’s being touched.” Eu tenho um corpo sutil muito desenvolvido!

Mantra, which is obviously connected to sound, also works on the subtle body. Mantras work in a number of ways, but in terms of the subtle body they serve to ‘straighten out’ the channels through which prana flows.”

First calm your mind with 10 minutes or so of meditation (next chapter). Second, you can do a brief prana purification exercise, which removes the stale winds and energizes the subtle body.” “take 3 slow and deep cleansing breaths. As you inhale, imagine pure life force energy flooding your subtle body. As you exhale, imagine that all the stagnant winds are blown out. You can do a final vigorous push at the end of your exhalation, as a respiratory exclamation point, with the sense that every last wisp of stale air is being expelled.”

(…)

6. A FUNDAMENTAL MEDITATION: MINDFULNESS

Mindfulness is the art of keeping your mind on the present moment. It’s set in contrast to mindlessness, which is when your mind drifts away from what’s happening. Mindlessness is virtually synonymous with distraction, and mindfulness is a synonym for non-distraction.”

We start with effortful mindfulness, which is a relatively coarse level of mindfulness that dissolves as we fall asleep. But with practice, this level refines into effortless and then spontaneous mindfulness, which do not dissolve at sleep. This means that these more advanced levels are qualities of mind that you can hold on to when you go to sleep, and that keep you aware of what’s happening with your mind (phenomenologically).”

If we just go along with the usual stream of mindlessness, which most people unwittingly do, we don’t feel its enormous pull. We’re going with the flow. But the minute we sit down and begin to practice mindfulness meditation, the torrent of mindlessness is finally felt.” “It may seem like we’re training the mind, redirecting the flow of our attention from mindlessness into mindfulness. This is provisionally true. But on a deeper level, mindfulness is the natural state of the mind. If we just left the mind alone, it would always be mindful.” “This means that the only thing we have to do to realize effortless and spontaneous mindfulness is simply relax.” !!!

Scientists talk about ‘inattentional blindness’, which is when you fail to notice something that is fully visible because your attention has been directed elsewhere. Inattentional blindness is a more intense form of distraction, or mindlessness, that can literally kill. How many times have you been distracted by something, and then bumped, or even crashed, into an object? Studies of inattentional blindness reveal that visual perception is more than just photons hitting your eyes and activating your brain.”

Distraction, as the expression of ignorance, is the sustenance of samsara. When we get lost in the sleep of ignorance — lost in thought, distraction, or dreams — our samsaric lives are fed. We’ve hit the refresh button on confusion.” Estou caindo de sono lendo isso. E não é tarde da noite nem nada do tipo.

Unrecognized (discursive) thought is just the way we go to sleep moment-to-moment. Estimates put the number of these thoughts at around 70,000 per day. A 16-hour day has 57,600 seconds. Look at your mind to see if you have one or more distracting thoughts each second. LONI website, ‘Brain Trivia’, loni.usc.edu/about_loni/education/brain_trivia.php.” error 404

The basis of samsara is this: we just forgot.” “Sentient beings have forgotten that they’re buddhas; buddhas never forget. It’s a Zen-like conclusion — all this effort to learn, when all we really have to do is remember.” “This simple practice therefore has monumental repercussions. The spirit of re-membering starts with mindfulness, but ends with Buddhahood.”

With all our electronic gadgets, these clever weapons of mass distraction [destruction] (smartphones, tablets, and so forth), we only need to look at the world to see the truth of this maxim. Many traditions speak of our time as the ‘Dark Age’ (kali yuga in Hinduism), or in our terms, ‘The Age of Sleep’. This is the darkness of ignorance in its moment-to-moment expression as distraction. People often associate the darkness of this age with climate change, environmental destruction, religious and political chaos, and the like. But these are just overt manifestations of the covert origin of this darkness. Distraction is the real stealth bomber of our age. Technology is not the issue. Inappropriate relationship to technology is the issue.”

The return to Christ, or the Buddha within, begins when we return to the present moment. We start to heal the primordial dismemberment, the fracturing away of the psyche from the clear-light mind that results in duality, every time we come back to nowness.”

Every time you come back to your breath in mindfulness practice, or to the present moment in daily life, you are practicing enlightenment, and healing the primordial dismemberment that continues to reverberate in the mini-dismemberments that we call mindlessness.”

Detailed instructions and resources can be found in my book Meditation in the iGeneration: How to Meditate in a World of Speed and Stress (Lafayette, CO: Maitri, 2014). Pema Chödrön’s How to Meditate: A Practical Guide to Making Friends with Your Mind (Boulder, CO: Sounds True, 2013) is another valuable resource.” Tudo engodo. Se quiser leia, mas faça o favor de piratear!

There are 3 phases to the instruction: body, breath and mind. These 3 phases interpenetrate and therefore support each other. Together they create a stable tripod that reinforces lucidity.”

It is taught that simply by taking the proper posture, sooner or later you will find yourself meditating. An attentive posture invokes an attentive quality of mind. The posture itself is supported by an attitude (or mental posture) of dignity, nobility, even regality”

Sit in the middle of a meditation cushion, or a chair. If you’re sitting on a chair, don’t lean against the back. Cross your legs if you’re on a cushion, or plant your feet squarely on the ground if you’re on a chair. Feel your connection to the stability of the earth. Rest your hands on top of your thighs and keep your back firm, but not stiff. A stable back represents the quality of fearlessness, but it’s balanced with an open and receptive front, which represents gentleness. Fearless and gentleness are two key ingredients in good meditation, and your posture literally embodies that. Pull your shoulders back and expose your heart, which is perhaps the central instruction with posture. All the other physical aspects of posture hinge around opening your heart.

Align your head above your spine, which usually means tucking it back in. We’re often ‘heading’ out in the wrong direction, and this inclination is represented in bad posture. Rest your tongue on the back of your upper teeth, and part your lips as if you are whispering ‘ah’. Later we’ll discuss how to extend this practice into a lying down posture, which is when you close your eyes, but for now it’s best to practice lucidity with your eyes open. Keep your gaze down at a point about six feet in front of you, but don’t focus on anything. Let your visual field be open and receptive, like your mind and heart.”

Physical movement is like camouflage. It decreases the contrast that would otherwise allow you to detect the movement of your mind.” Sacrilégio contra o corpo!

(…)

19. THE FRUITION OF DREAM AND SLEEP YOGA

frequent lucid dreamers were less tense, anxious, and neurotic, and more likely to have more ego strength, emotional and physical balance, creativity and risk taking ability.” Tholey, ‘A Model for Lucidity Training as a Means of Self-Healing and Psychological Growth’, in: Gackenbach and LaBerge, Conscious Mind, Sleeping Brain, 276–277.

Further advantages: “banish nightmares”, “test alternate behaviors in a safe environment”, “accelerate activity of the immune system”, “synthesize the personality” (Patricia Garfield).

See Mayer, Extraordinary Knowing: Science, Skepticism, and the Inexplicable Powers of the Human Mind, for an elegant discussion on relative siddhi (sadharanasiddhi in Sanskrit). [poderes psíquicos!!!] Ramana Maharshi, and many other masters, warned people repeatedly against attachment to relative siddhi. Vajrayana Buddhism lists 8 ordinary siddhis: (1) the sword that renders unconquerable, (2) the elixir for the eyes that make gods visible, (3) fleetness in running, (4) invisibility, (5) the life-essence that preserves youth, (6) the ability to fly, (7) the ability to make certain pills, (8) power over the world of spirits and demons. (Ingrid Fischer-Schreiber et al., eds., The Encyclopedia of Eastern Philosophy and Religion (Boston: Shambhala, 1989). Many other powers are listed informally in the literature, things like clairvoyance, clairaudience, and the ability to read minds.”

It is possible to trust such accounts if you understand that the nature of samsara is indivisible appearance and emptiness like a dream or a magical illusion. Without such understanding, it will be hard to believe them.”

SENECÃO: “If we’re not careful, psychic mastery over the physical world can become a sorcerer’s trap. Many people get stuck at the level of relative siddhi, thinking that’s the point. The real point, however, is absolute siddhi — which is when the world no longer has power over you.”

Humor comes from a root that means ‘liquid’, as in the humors (fluids) of the body.”

DL: “The dream has no dreamer.” “Thoughts have no thinker.”

(…)

LECCIONES SOBRE LA HISTORIA DE LA FILOSOFÍA Vol. III/III – Hegel (trad. Wenceslao Roces ed. Elsa Cecilia Frost), Fondo de Cultura Económica (1833, 1955, México) /ePub r1.0 Titivillus 22.09.16

En este último tomo de las Lecciones sobre la historia de la filosofía se concentra el final de la filosofía griega, que unida a la revolución operada en el mundo por el cristianismo abre una época totalmente nueva, la filosofía medieval —cuyo espíritu, hay que reconocerlo, no fue comprendido por Hegel— [HAHAHA] y, por último, la filosofía moderna, que cierran las magníficas exposiciones¹ de Kant, Fichte y Schelling.

[¹ Assim espero – não me desaponte!…]

De acuerdo con la idea hegeliana que rige estas Lecciones, todos los milenios transcurridos desde el inicio de la filosofía con Tales de Mileto hasta el momento mismo en que Hegel dicta su curso, han sido necesarios para que pudiera llegar a producirse la filosofía alemana de esta época, pues el Espíritu del Mundo marcha siempre con paso lento y perezoso hacia su meta.”

PRIMERA PARTE:

LA FILOSOFÍA GRIEGA (cont.)

SECCIÓN TERCERA:

TERCER PERÍODO: LOS NEOPLATÓNICOS

La última fase con que nos habíamos encontrado —la que representaba el abandono de todo lo firme y objetivo, la huida a la abstracción pura e infinita de suyo, la absoluta pobreza de contenido determinado, con la consiguiente satisfacción subjetiva y el retorno a sí misma de la conciencia de sí— había encontrado su coronación y remate en el escepticismo, aunque ya el sistema estoico y el epicúreo marchasen hacia la misma meta.”

Esta idea inculcada en el hombre de que la esencia absoluta no es nada extraño para la conciencia de sí, de que para él no significa nada la esencia en que no vive su conciencia de sí inmediata, este principio se revela ahora como el principio general del Espíritu del Mundo, como la creencia y el saber generales de todos los hombres; con él se transforma de golpe todo el aspecto del universo, se destruye todo lo anterior y se produce un renacimiento del mundo.”

Cicerón pone de manifiesto como pocos filósofos un desconocimiento completo acerca de la naturaleza de su Estado y de la situación en que se encontraba”

El poder romano es el escepticismo verdadero. Pues bien, este carácter de la generalidad abstracta como despotismo absoluto, que va directamente unido en la desaparición de la vida del pueblo a la individualización de la atomística, como el retraimiento a los fines e intereses de la vida privada, es el que vemos llevarse a cabo con una correspondencia perfecta en el campo del pensamiento.”

En el mundo griego, sobre todo, vemos cómo se esfuma la alegría de la vida espiritual para dejar paso al dolor y la angustia producidos por esta ruptura.”

Esta fe en el milagro, que es al mismo tiempo la falta de fe en la naturaleza presente, lleva aparejada asimismo la incredulidad en cuanto al pasado o en cuanto al hecho de que la historia sólo haya sido lo que realmente fue. Toda la historia y la mitología verdaderas de los romanos, los griegos y los judíos, y hasta las palabras y las letras sueltas, cobran ahora otra significación: son algo roto de suyo, encierran un sentido interior que es su esencia y se manifiesta en forma de letras y signos vacíos de contenido, que son su fenómeno.” Não está exagerando?

Dios, el ser simple de los judíos, vivía para ellos fuera de la conciencia de sí; semejante Dios piensa, indudablemente, pero no es el pensamiento; se halla más allá de la realidad, es solamente la alteridad del mundo intuido a través de los sentidos.”

La idea en el pensamiento puro —la idea de que Dios no hace esto exteriormente como un sujeto, de que todo esto, por tanto, no acaece como una resolución casual de Dios y como producto de una ocurrencia suya, sino de que Dios produce este movimiento como una sucesión de momentos de su esencia que se manifiestan así como su eterna necesidad en sí mismo, que no forma parte para nada de las condiciones del acaecer— la encontramos expresada en algunos judíos filosofantes o platónicos determinados.”

Ya en la filosofía pitagórica se manifestaba la diferencia en forma de tríada; en Platón veíamos, después, la idea simple del espíritu como la unidad de la sustancia indivisible y de la alteridad, aunque solamente como una mezcla de ambas.”

FOSSILIZAÇÃO DO MUNDO-VERDADE CUJO AUGE SE DEU EM PLATÃO: “El punto de vista general de la filosofía neoplatónica o alejandrina consiste, por tanto, en crearse a base de la pérdida del universo un universo que sea, dentro de su exterioridad, un mundo interior y, por tanto, un mundo reconciliado; y este mundo es el de la espiritualidad, que comienza aquí.”

La misma libertad, bienaventuranza, imperturbabilidad que perseguían como fin el epicureísmo, el estoicismo y el escepticismo, sigue siendo ahora, es verdad, una aspiración para el sujeto; pero facilitadas esencialmente por la orientación hacia Dios, del interés por lo verdadero en y para sí, y no de la evasión de lo objetivo” Eis o maior erro: pressupor que as massas podem cumprir esse designio sábio imanente!

Ahora bien, en cuanto que la voluntad humana se determina como algo negativo frente a lo objetivo, surge el mal por oposición a lo afirmativo absoluto.”

La desventura del mundo romano estaba en abstraerse de aquello en que el hombre venía encontrando su satisfacción; esta satisfacción nacía precisamente de aquel panteísmo por virtud del cual el hombre veía la verdad y lo supremo en las cosas naturales, en el aire, el fuego, el agua, etc., y en sus propios deberes, en la vida política del Estado. Ahora, en cambio, sobreviene la desesperación en el dolor del mundo acerca de su presente, aparece la falta de fe en estas formas y manifestaciones del mundo natural finito y en el mundo moral de la vida del Estado”

Es falso lo que suele decirse de que no es necesario conocer a Dios para concebir esta relación. Por cuanto que Dios es lo primero, es Él quien determina la relación; por tanto, para llegar a saber qué es lo verdadero de la relación es necesario conocer a Dios.” Supondo que isso estivesse correto, também estaria correto que matar Deus é igualmente necessário ao final do processo…

diremos algunas palabras acerca de Filón, el judío, y señalaremos algunos momentos interesantes que se presentan en la historia de la Iglesia.”

Bajo el reinado de Calígula, Apión atacó duramente por escrito a los judíos, y Filón fue enviado a Roma como embajador de su pueblo, con la misión de inculcar a los romanos un concepto mejor del que de él tenían.”

Filón compuso una larga serie de obras, de las cuales se conservan todavía muchas, por ejemplo las que llevan por título Sobre la estructura del universo, Sobre las recompensas y los castigos, Sobre los sacrificios, Sobre la ley de las alegorías, Sobre los sueños, Sobre la inmutabilidad de Dios; las obras que de Filón se han conservado aparecieron en folio en 1691, en Francfort, y reeditadas más tarde por Pfeiffer en Erlangen. Filón era famoso por su multifacético saber y se hallaba muy familiarizado con los filósofos griegos.

Los dos rasgos que caracterizan a este pensador son: la asimilación de la filosofía platónica y su esfuerzo por poner de manifiesto la filosofía de las Sagradas Escrituras judaicas. Los relatos y descripciones de su historia del pueblo judío se distinguen porque en ellas el autor pierde todo el sentido inmediato de la realidad. A todo atribuye un significado mítico y alegórico, empeñándose por descubrir a Platón en Moisés.”

El espíritu de la filosofía obliga a los judíos a buscar en sus libros sagrados, como obligó a los paganos a buscar en Homero y en la religión popular, un profundo significado especulativo, y a presentar sus escritos religiosos como un sistema perfecto de sabiduría divina.”

En la historia, en el arte, en la filosofía, etc., lo importante es siempre que aparezca expresado lo que se quiere expresar”

Lo prosaico ha desaparecido; por eso, en los autores del siguiente período los milagros son algo usual y corriente”

Filón, De mundi opificio

como cuando decimos: «Dios Padre», es decir, este Uno no revelado, indeterminado de suyo, que aún no ha creado nada; lo otro es la determinación y la distinción con respecto a sí mismo, la creación. Lo creado es su otro, lo que a un tiempo es en él, lo que también le pertenece como suyo y es, por tanto, un momento de sí mismo, siempre y cuando concibamos a Dios como concreto y vivo”

La palabra ha sido considerada siempre como una manifestación de Dios, porque no es corporal; en cuanto sonido, desaparece inmediatamente; su existencia es pues inmaterial.” A música e a palavra como símiles eternos de Hegel para a transitoriedade e o efêmero, como a chave para entender, ao menos, sua Estética.

en realidad, cuando establecemos el ser, la nada del ser es el pensamiento, algo muy positivo.”Por mais boba e trivial que soe, esta frase é fundamental para compreender H..

Llámase cábala a la sabiduría secreta de los judíos, en la que se deslizan, sin embargo, muchos elementos turbios; y también sus orígenes aparecen envueltos entre nubes de fábula. Dícese que esta sabiduría se contenía en dos libros: el Jezirah (Creación) y el Zohar (Resplandor). El primero de estos dos libros, considerado como el principal y atribuido a un rabí llamado Akiba, espera en la actualidad una edición más completa que prepara el Sr. v. Mayer, en Francfort.(*)

(*) Apareció en 1894, traducido y anotado por Goldschmidt [E.].” E no entanto é basicamente só o segundo (e falo de pequenos trechos) que se encontra por aí hoje.

La cábala no tiene evidentemente un origen tan antiguo como el que sus adoradores le atribuyen, pues según ellos este libro divino le fue entregado a Adán para consolarlo del pecado original. Es una mescolanza de preceptos de astronomía, de magia, de medicina y de profecía. El rastro histórico revela que estas ciencias y estas prácticas eran cultivadas en Egipto. Akiba vivió poco después de la destrucción de Jerusalén y tomó parte en la revuelta de los judíos contra el emperador Adriano, en la que aquéllos lograron levantar un ejército de 200 mil hombres para proclamar como Mesías a Barcoquebas; pero la rebelión fue sofocada y el rabino desollado vivo. El segundo libro fue compuesto, al parecer, por un discípulo suyo, el rabí Simeón Ben Joachi, llamado la Gran Luz, la chispa de Moisés. (Brucker) Ambos libros fueron traducidos al latín en el siglo XVII. Un israelita especulativo, el rabí Abraham Cohen Irira, escribió también un libro titulado La puerta del cielo (Porta coelorum), pero éste es posterior, del siglo XV, y denota ya relaciones con los árabes y los escolásticos.”

Antiguamente, no se encontraba en los judíos nada que guarde relación con esas ideas en que se representa a Dios como una luz, en perpetua lucha con un ser hecho de sombra y que encarna el mal, nada de ángeles buenos y malos, de la caída de los ángeles malos, de su condenación, de su estancia en los infiernos, del juicio final en que habrán de ser juzgados los buenos y los malos y de la corrupción de la carne. En estos libros, los judíos empiezan a remontar sus pensamientos por encima de la realidad. Empieza a abrirse ante ellos un mundo espiritual o, por lo menos, un mundo de espíritus, ya que hasta ahora estos judíos no veían más allá de los horizontes de su propia vida, hundidos en la basura y las pretensiones de su existencia y entregados por entero a la conservación de su pueblo y de sus generaciones.

La cábala viene a ser, sobre poco más o menos, lo siguiente. Lo Uno aparece proclamado como el principio de todas las cosas, es también la fuente primigenia de todos los números. Pero, así como la unidad no es un número de tantos, otro tanto acontece con Dios, fundamento de todas las cosas, el Ensoph. La emanación relacionada con ello es el efecto de la primera causa, logrado mediante la restricción de aquel primer fundamento infinito al que aquélla sirve de límite.” “Primeramente se producen 10 emanaciones de éstas, Sephiroth, que forman el mundo puro, azilútico, a cuyo ser es ajeno todo cambio. Viene después el mundo briáhtico, sujeto a mudanzas. El tercer mundo es el mundo formado o jezirático (…) Viene, en cuarto lugar, el mundo hecho o asiáhtico, que es el mundo más bajo de todos, el mundo sensible y vegetativo.” Somos todos Asiáhticos!

Los gnósticos, que aparecen divididos en muchas sectas, tienen como fundamento determinaciones semejantes a las que ya hemos expuesto. El profesor Neander las ha reunido con gran acopio de erudición y las ha estudiado en detalle; algunas formas corresponden a las que hemos señalado más arriba. Su orientación era el conocimiento (γνῶσις), de donde esta corriente toma, además, el nombre.” TAL, Neander. Conhecimento primitivo, 120.000.000 a.C..

Uno de los gnósticos más destacados es Basílides. También él considera como lo primero al Dios indecible (θεὸἄς άρρητος), que es el Ensoph de la cábala”

Neander, Genetische Entwicklung der vornehmsten gnostischen Systeme «Evolución genética de los sistemas gnósticos más importantes»

La ciudad de Alejandría habíase convertido, en efecto, desde hacía mucho tiempo, sobre todo gracias a los Tolomeos, en la sede principal de las ciencias. Aquí entraban en contacto, se influían mutuamente y se entremezclaban, como en su verdadero centro, todas las religiones y mitologías de los pueblos de Oriente y Occidente, lo mismo que su historia, bajo las más diversas formas y manifestaciones. Las religiones eran comparadas las unas con las otras: en cada una de ellas se buscaba y acoplaba lo que contenían las otras; y, sobre todo, se atribuía a las representaciones religiosas un profundo significado y un sentido alegórico general.

Estas tendencias engendraron y tenían, evidentemente, que engendrar oscuros abortos, el más puro de los cuales es la filosofía alejandrina, ya que la fusión de las filosofías tenía que resultar más fácil que aquellas otras combinaciones de tipo religioso que no son sino turbios engendros de una razón que aún no ha llegado a comprenderse a sí misma.”

La modalidad de la filosofía cultivada en Alejandría no seguía, por tanto, las huellas de ninguna escuela filosófica anterior determinada, sino que en sus manifestaciones reconocía como una unidad los diversos sistemas de la filosofía, principalmente el pitagórico, el platónico y el aristotélico, lo cual hace que se la presente, muchas veces, como eclecticismo. Brucker (Hist. crit. phil. t. II, p. 193) es, según lo que yo he podido ver, el primero que ha emitido este juicio; le dio pie para ello, sin embargo, Diógenes Laercio” “Por otra parte, Diógenes es anterior a la escuela de Alejandría, y Pótamo fue, según Suidas (s.v. Ποταμών, t. III, p. 161), preceptor de los hijastros de Augusto: para un maestro de príncipes, hay que reconocer que el eclecticismo es una doctrina muy adecuada. [ironia?] Y como este Pótamo era alejandrino, Brucker se cree autorizado a extender la calificación de ecléctica a la filosofía alejandrina en su conjunto, lo cual ni es justo en cuanto a la cosa misma, ni refleja tampoco la verdad histórica.

El eclecticismo es algo muy malo si se le toma en el sentido de una mescolanza que se forma inconsecuentemente, tomando unas cosas de una filosofía y otras de otra, como esos vestidos hechos con retazos de distintas telas y diversos colores.” “las gentes listas que proceden así conscientemente, creen lograr lo mejor tomando lo bueno de cada sistema, como lo llaman, para formarse de este modo un acervo con los mejores pensamientos; con lo que reúnen indudablemente todo lo bueno, pero nunca la consecuencia del pensamiento ni, por tanto, el pensamiento mismo.” “En este sentido, también fue ecléctico Platón, ya que en su filosofía se unifican los principios de Pitágoras, Heráclito y Parménides; como son eclécticos los filósofos de Alejandría, en cuanto que tienen tanto de pitagóricos como de platónicos y aristotélicos. Lo que ocurre es que este calificativo de «ecléctico» lleva siempre consigo la idea de la mescolanza y la selección.”

La filosofía neoplatónica no formaba, pues, una escuela filosófica propia y especial como las anteriores, sino que las reunía y unificaba todas, aunque consagrándose de un modo muy especial al estudio de Platón, Aristóteles y los pitagóricos.” “Estos comentarios de los filósofos antiguos se ofrecían en forma de cursos o por escrito; se han conservado muchos de ellos, algunos de los cuales son, hay que reconocerlo, excelentes.” “Los mejores comentarios proceden de esta época; la mayoría de las obras de Proclo son comentarios acerca de diálogos sueltos de Platón”

Ammonio Saccas, que quiere decir «cargador de sacos», aparece citado como uno de los primeros o más famosos maestros de esta escuela; murió el año 243 d.C.. Pero no poseemos ninguna obra de él, ni ha llegado tampoco a nosotros la menor noticia acerca de su filosofía. Entre los numerosos discípulos de Ammonio figuraban muchos hombres famosos en otras ciencias, por ejemplo Longino y más tarde Orígenes, aunque no se sabe con seguridad si sería éste, realmente, el famoso Padre de la Iglesia. Pero el más célebre de los discípulos de Ammonio, como filósofo, fue Plotino, cuyas obras son las que más han contribuido a dar a conocer la filosofía neoplatónica. La posteridad atribuye a Plotino, en realidad, todo el conjunto coherente de esta filosofía, considerándola, en rigor, como suya.

Los discípulos de Ammonio juramentábanse, según los deseos de su maestro, para no poner por escrito su filosofía en ninguna clase de obras; así se explica por qué Plotino no empezó a escribir hasta muy tarde; en realidad, las obras que de él se han conservado no fueron editadas sino hasta después de su muerte por uno de sus discípulos, Porfirio.”

Plotino era egipcio y nació hacia el año 205 d.C., en Licópolis, bajo el gobierno de Septimio Severo. Después de haber estudiado con muchos maestros filosóficos, fue formándose en él un carácter melancólico y cavilador; a los 28 años, conoció a Ammonio, en cuya enseñanza encontró, por fin, su espíritu la paz y la satisfacción que buscaba, habiendo permanecido por espacio de 11 años al lado del nuevo maestro.

Como por aquel entonces estaba en gran predicamento la sabiduría india y brahmánica, Plotino se enroló en el ejército del emperador Gordiano que había de tomar parte en la campaña de Persia, pero el fracaso de esta expedición hizo que se frustrase el propósito de Plotino, el cual sólo a duras penas logró salvar la vida. Cumplidos ya los 40 años, se trasladó a Roma, donde permaneció por espacio de 26, hasta que le sorprendió la muerte.” Nada acontecia, porcada (antes de inventarem a feijoada!).

POR FALAR EM CARNE, ALIÁS: “En Roma llevó una vida bastante singular, absteniéndose de comer carne, a la manera de los pitagóricos, sometiéndose a frecuentes ayunos y vistiendo, además, el traje de los pitagóricos antiguos.” Por isso morreu antes dos 70, tsc.

El emperador Galiano que ocupaba a la sazón el trono y que le tenía en gran estima, lo mismo que la emperatriz, estaba inclinado, según se cuenta, a conceder al filósofo una ciudad de la Campania para que instaurase en ella la república platónica. Los ministros impidieron, sin embargo, la realización de este plan y no cabe duda de que obraron muy cuerdamente, pues dada la situación exterior del imperio romano y el completo cambio operado en el espíritu de los hombres desde los tiempos de Platón, es indudable que una empresa como ésta, de haber llegado a realizarse, no habría servido, ni mucho menos, para honrar a la república platónica — menos aún que en tiempos del propio Platón. Y suponiendo que semejante plan hubiese sido concebido por el mismo Plotino, no dice mucho ciertamente en su favor; sin embargo, no es posible saber a ciencia cierta si su plan se refería exclusivamente a la república platónica o contenía ciertas ampliaciones o modificaciones. La implantación de un verdadero estado platónico habría sido ciertamente, en tales circunstancias, contrario a la naturaleza de las cosas, ya que la república imaginada por Platón era un Estado libre e independiente, cosa que en modo alguno podía ser evidentemente la república que se proyectaba instaurar dentro del marco del imperio romano.”

Las obras de Plotino fueron reunidas bajo el título general de Enéadas, 6 en total, cada una de las cuales contiene 9 estudios sueltos. Poseemos, por tanto, en conjunto, 54 estudios o libros de éstos, cada uno de los cuales se divide, a su vez, en numerosos capítulos; trátase, pues, de una obra muy extensa y ramificada. Sin embargo, el conjunto de estos libros no forma un todo coherente, sino que, realmente, cada uno de ellos aborda y trata filosóficamente una materia distinta, lo que hace que sean verdaderamente fatigosos la lectura o el estudio de toda la obra.” Como se Aristóteles tivesse decidido deixar por escrito o que fôra o Platonismo, portanto…

hay algunos libros en los que pueden captarse bastante bien sus ideas, sin que la lectura de los demás represente un gran progreso. En Plotino predominan especialmente las ideas y las expresiones de Platón, aunque nos encontramos también en él con muchas prolijas exposiciones al modo aristotélico: las formas de la dínamis, la energía, etc., señaladas por Aristóteles son muy familiares a Plotino y su exposición y sus combinaciones constituyen uno de los temas predilectos de su estudio.”

Ahora bien, si entramos a examinar más de cerca lo que esta filosofía es, vemos que en ella no se habla ya para nada de criterio, como en los estoicos y los epicúreos, sino que la tendencia de Plotino es a situarse en el centro, en la pura intuición, en el pensamiento puro. Por tanto, lo que constituye la meta para los estoicos y los epicúreos, la unidad del alma consigo misma en la ataraxia, es aquí el punto de partida: Plotino se coloca en el punto de vista que consiste en provocar este estado dentro de sí mismo como un estado de arrobamiento (ἔκστασις), así lo llama, como un estado de entusiasmo. Basándose, en parte, en este nombre mismo y, en parte, en la propia cosa se ha encontrado la razón para calificar a Plotino de místico y de estrafalario; y tal es en efecto la fama general de que aparece rodeada esta filosofía, con lo que, por otra parte, no deja de contrastar bastante el hecho de que cifre la verdad única y exclusivamente en la razón y en la comprensión.

Por lo que se refiere, en primer lugar, al nombre mismo de éxtasis, quienes califican a Plotino de místico ven en esto algo muy semejante al estado a que se transportan en su espíritu los indios, los brahmanes y los monjes y monjas locos que, para recogerse por entero dentro de sí mismos, se esfuerzan por sustraerse a todas las representaciones y a todas las sensaciones de la realidad que los rodea, hundiéndose en este estado de arrobamiento de un modo permanente y entregándose por entero a esta contemplación del vacío, ya vean en él una claridad o un reino de sombras, y sobreponiéndose a todo movimiento, a toda diferencia y, en general, a todo pensamiento. La mística cifra la verdad en un ser que ocupa un lugar intermedio entre la realidad y el concepto, en algo que no es realidad, pero que tampoco puede ser concebido, que no es, por tanto, sino un ente de la imaginación. Pues bien, Plotino se halla extraordinariamente alejado de todo esto.

Sin embargo, lo que le ha dado esta fama, por lo que se refiere a la cosa misma es, en parte, el hecho de que se rienda frecuentemente a llamar misticismo a todo aquello que trasciende la conciencia sensible o los conceptos determinados del entendimiento, considerados en su limitación como esencias; y, en parte, también su manera que consiste en hablar en general de conceptos, de momentos espirituales como si se tratase de verdaderas sustancias.”

en las biografías de los grandes maestros de esta escuela, de un Plotino, un Porfirio y un Jámblico, encontramos, lo mismo que en la de Pitágoras, algunos rasgos de magia y milagrería. Y como, además, seguían conservando la fe en los dioses paganos, afirmaban con respecto a la adoración de las imágenes de los dioses que éstas se hallaban llenas, en efecto, de virtud y presencia divinas. (…) respecto a las imágenes de los dioses, no encontramos en las obras de Plotino nada semejante.”

Es evidente que si llamamos misticismo a todo lo que sea elevarse al plano de las verdades especulativas que se hallan en contradicción con las categorías del entendimiento finito, tendremos que acusar también a los alejandrinos de esta culpa; pero con la misma razón podríamos, entonces, llamar mística a la filosofía de Platón o de Aristóteles. Es indudable que Plotino habla con entusiasmo de la exaltación del espíritu en el pensamiento; pero éste es, en realidad, el auténtico entusiasmo platónico, el elevarse a la órbita del movimiento del pensamiento.”

Así concebido, es evidente que Dios es un más allá de la conciencia individual de sí mismo: de una parte, en cuanto esencia o pensamiento puro; de otra parte, en cuanto que Dios, como algo real y concreto, es la naturaleza misma, la cual se halla más allá del pensamiento. Pero precisamente esta modalidad objetiva retorna por sí misma a la esencia; o, dicho de otro modo, la individualidad de la conciencia es superada.” “La idea de la filosofía de Plotino es, por tanto, un intelectualismo o un elevado idealismo, el cual, sin embargo, por el lado del concepto, no es aún un idealismo acabado: pero aquello de que Plotino cobra conciencia en su éxtasis son, en realidad, pensamientos filosóficos, conceptos e ideas de carácter especulativo.”

La revelación de lo infinito cabe representarse, en efecto, de muy diversos modos, y en los tiempos modernos se ha hablado mucho de lo que se produce partiendo de Dios, pero esto es siempre una representación sensible o algo inmediato. No se expresa con ello la necesidad del revelarse a sí mismo, sino que se establece simplemente un acaecer. Para la representación basta con que el Padre engendre al Hijo eterno; como aquella Trinidad aparece certeramente concebida la idea en lo que se refiere también al contenido, lo cual merece tenerse en alta estima. Pero el que estas determinaciones sean verdaderas no quiere decir que sea suficiente y satisfactoria, por ese solo hecho, la forma de la inmediatidad del movimiento para el concepto. Sino que, como el devenir de la unidad simple, en cuanto aquel levantamiento de todos los predicados, es precisamente esta misma negatividad absoluta que es en sí el producirse mismo, resulta que no se debe partir de la unidad para pasar luego a la dualidad, sino concebir ambas cosas como una sola.”

la luz de la luz”

«La materia es un verdadero no-ser, como el movimiento que se destruye a sí mismo: la inquietud absoluta, pero quieta de suyo, es decir, lo contrario de lo que en sí misma es; es lo grande pequeño, lo pequeño grande, lo más que es menos y lo menos que es más. Así determinada, la materia es más bien lo contrario de lo que es; en efecto, intuida o establecida es como algo que huye; o no establecida, es algo establecido, lo simplemente engañoso.»

También el mal, como lo contrapuesto al bien, comienza a ser ahora objeto de consideración, pues el problema del origen del mal necesariamente tiene que interesar a la conciencia del hombre de un modo general. Lo negativo frente al pensar es estatuido por los filósofos alejandrinos como materia; ahora bien, en cuanto que se presenta la conciencia del espíritu concreto, también lo negativo abstracto es concebido de este modo concreto como dentro del espíritu mismo y, por tanto, como lo espiritual negativo.”

«Ahora bien, ¿cómo se conoce el mal? En cuanto que el pensar se vuelve de espaldas a sí mismo, nace la materia; ésta sólo nace mediante la abstracción de lo otro. Lo que queda cuando retiramos las ideas es, decimos, la materia; el pensamiento se convierte, por tanto, en otra cosa, en un no-pensamiento, en cuanto que se atreve a proyectarse sobre lo que no es lo suyo. Así como el ojo se desvía de la luz para mirar a las tinieblas, en las que no puede ver —he aquí, precisamente, un ver que es un no-ver—, así también el pensamiento sufre lo contrario de lo que es para poder ver lo contrario a él.»

No existiría el mal si no existiese la materia; la naturaleza del universo es una mezcla hecha de νοῦς y de necesidad. Ser entre los dioses quiere decir ser en el pensamiento, pues los dioses son inmortales. También podríamos concebir la necesidad del mal del modo siguiente: como el bien no puede existir solo, la materia es necesaria como contrapartida de él. O cabría decir, asimismo, que el mal es lo extremo mediante la continua degradación y la caída, lo que por este camino no puede llegar ya a ser; de todos modos, es necesario que exista algo después de lo primero, como lo extremo. Y esto es, en efecto, la materia, que no tiene ya nada de ello; en esto reside precisamente la necesidad del mal.»

Los gnósticos convierten lo espiritual, lo intelectual, en lo único verdadero; pues bien, Plotino se declara rotundamente contrario a esta pura intelectualidad y mantiene como esencial la coordinación de lo real con lo inteligible. Plotino honraba a los dioses paganos, atribuyéndoles un sentido profundo y una profunda efectividad. Y así vemos que dice, en el mismo estudio (cap. 16): «No es despreciando al mundo y a los dioses en él y a las demás cosas bellas como puede el hombre alcanzar el bien. El malo desprecia a los dioses, y cuando lo hace es verdaderamente malo. La supuesta adoración de los dioses inteligibles (νοητοὺς θεούς) por los gnósticos no envuelve nada semejante (ἀσυμπαθὴς ἂν γένοιτο)», es decir, no puede darse una armonía en los pensamientos y en el mundo real, cuando el espíritu se mantiene exclusivamente dentro de lo pensado.”

Desdoblamiento, emanación, producción, alumbramiento, desprendimiento: son todas palabras muy empleadas también en los tiempos modernos, pero que no dicen nada. El escepticismo y el dogmatismo, como conciencia, como conocimiento, entrañan la contraposición de subjetividad y objetividad. Plotino desecha este antagonismo y se lanza a la región más alta, al pensamiento del pensamiento aristotélico; toma mucho más de Aristóteles que de Platón y, al hacerlo así, no procede dialécticamente, ni trascendiendo de sí mismo, ni retrotrayéndose de sí a sí mismo como conciencia.”

De Porfirio se ha conservado también, entre otras obras, una «Introducción» al Organon de Aristóteles acerca de los géneros, las especies y los juicios, que son los momentos fundamentales en que el discípulo de Plotino expone la lógica del Estagirita. Esta obra ha sido utilizada en todos los tiempos como manual para exponer la lógica de Aristóteles y una de las fuentes de que disponemos para estudiar su forma; en realidad, nuestros tratados usuales de lógica contienen sólo poco más de lo que nos ofrece esta exposición de Porfirio.”

Con Jámblico, desciende el pensamiento al rango de lo imaginativo y el universo intelectual se convierte en un mundo de ángeles y demonios, perfectamente clasificados, al paso que la especulación degenera en magia. Los neoplatónicos llamaban a esto teurgia (θεουργία)” “No se sabe con seguridad si la obra De mysteriis Aegyptiorum, atribuida a Jámblico, es realmente suya. Proclo habrá de asignar a esta obra, más tarde, una gran importancia, asegurando que de ella procede su idea fundamental.”

Proclo marca la culminación de la filosofía neoplatónica; ahora bien, esta filosofía sigue manifestándose hasta una época muy tardía, incluso a través de toda la Edad Media.” Período nulo em termos de filosofia. Não perder nenhum segundo com estes autores.

La Academia, el año 529 d.C., fue ordenada a la clausura junto con la escuela, por el emperador Justiniano, quien, además, expulsó de su reino a todos los filósofos paganos; entre ellos se encontraba Simplicio, famoso comentador de Aristóteles de cuyos comentarios hay algunos que no han sido publicados aún.”

Se ha dicho: «lo que tenemos entre nosotros cuando, en nuestro gabinete, vemos cómo los filósofos disputan y se van a las manos, llegando a tales o cuales soluciones, no son más que abstracciones hechas de palabras». Pero esto es falso; completamente falso. No son tales abstracciones, sino hechos del Espíritu del Mundo y, por tanto, del destino.”

Um paradoxo: chama os gregos de incompletos e ingênuos, mas a primeira parte ocupa 75% de sua obra… Agora a marcha do Espírito mal tem o que fazer (e veremos que rodopia ainda muito vanamente quando o assunto é Filosofia Alemã!)…

SEGUNDA PARTE:

LA FILOSOFÍA DE LA EDAD MEDIA

INTRODUCCIÓN

El segundo período llega hasta el siglo XVI, abarcando, por tanto, otros mil años, que procuraremos recorrer aquí con botas de 7 leguas.”

Se ha llamado al conocimiento de esta necesidad una construcción de la historia a priori; pero de nada sirve tratar de desacreditar este método como inadmisible e incluso como un alarde de soberbia. Unos se empeñan en ver en la historia una evolución puramente contingente. Otros, tomando más en serio la providencia y el gobierno universal de Dios, se representan la cosa como si el cristianismo fuese algo ya preexistente y perfecto dentro de la cabeza de Dios, siendo lo contingente únicamente el momento en que aparece en el mundo.”

Lo que se dice del hombre como tal, lo que es en general cada hombre en sí, es lo que aquí se representa bajo la forma del primer hombre, de Adán”

MÁ-FEZES: “Pues la idea filosófica es la idea de Dios, y el pensamiento tiene un derecho absoluto a ser reconciliado o, para decirlo de otro modo, a que el principio cristiano corresponda al pensamiento.”

Y lo que la Reforma hace no es levantar un edificio doctrinal nuevo, sino limpiar el antiguo de sus aditamentos posteriores.” O lerdo Espírito do Mundo vacilou 1500 anos… Isso se tomarmos o ponto de vista protestante!!

Con ello se abandona el desarrollo de los conceptos que forman la doctrina del cristianismo basada en la idea y obtenida a través de ella, para volver a la modalidad de su primera manifestación (…) de tal modo que hoy [NA ALEMANHA] sólo se considera como base del cristianismo lo que las fuentes narran acerca de su primera manifestación.”

Claro está que, cuando del espíritu se trata, será necesario ver qué clase de espíritu es, pues los espíritus no son todos iguales, ni mucho menos.” HAHAHAHA!

Se encuentra lo que se busca” HM

Casi podría decirse que, de este modo, se ha querido hacer de la Biblia una especie de molde: el uno encuentra en ella esto y el otro aquello, y es que lo firme pierde en seguida su firmeza cuando se lo enfoca con espíritu subjetivo.”

Jesus, o primeiro teleólogo da Terra.

Los gnósticos eran, pues, contrarios a la Iglesia de Occidente y ésta, al igual que Plotino y los neoplatónicos, combatió muchas veces y desde distintos puntos de vista al gnosticismo, precisamente porque estas doctrinas se atenían exclusivamente a lo general, concebían la representación bajo la forma de la capacidad imaginativa y oponían estas representaciones al Cristo encarnado (Χριστὸς ἐν σαρκί).”

Esta alma prisionera es llamada también por Manes el «hijo del hombre», o sea del hombre primigenio, del hombre celestial, de Adán Cadmón.” Prisioneira da matéria. Da carne e do pecado.

los seres luminosos prisioneros hubieron de elevarse del ciclo de la metempsicosis a la unión directa y restaurada con el reino de la luz.” Tudo isso está na bíblia? Mas então temos que ter olhos de águia para ler essa porra e tirar algum proveito!

Los arrianos consideran a Cristo como un hombre, lo exaltan al plano de una naturaleza superior, pero sin ver en Él un momento de Dios, un momento del Espíritu mismo. Es cierto que los arrianos no van tan allá como los socinianos, quienes ven en Cristo simplemente a un hombre extraordinario, a un maestro, etc., razón por la cual esta secta no formaba parte de la Iglesia, sino que se hallaba aún dentro del paganismo.” A descrição que se faz da crença arriana já dá a impressão de que eles afirmam isso que os socinianos afirmam… Bom, tanto faz, todos esses sectários eram queimados na fogueira igual nos tempos inquisitoriais! Eu sou a metempsicose destes meus pais azarados…

De este modo, la Iglesia se halla gobernada por el Espíritu para poder atenerse a las determinaciones de la idea, pero siempre de un modo histórico. Tal es la filosofía de los Padres de la Iglesia” Em outras palabras: os Padres da Igreja estavam certos até serem abandonados pelo Espírito, que se alojou em Luteros e Calvinos! Pra onde ele foi? Onde está agora?!

y no puede imaginase nada más torpe que la aspiración o el anhelo de algunos modernos de retrotraer la Iglesia a su forma primitiva.” Quem te viu, quem te vê! Já se olhou no espelho?

Lo judaico se halla formado desde el primer momento por este sentimiento de su propia nulidad: es una miseria, una vileza, en que no hay nada que tenga vida y conciencia. Este punto concreto cobrará más tarde, en su tiempo, valor histórico-universal; y en este elemento de la nada de la realidad se eleva el universo entero, partiendo precisamente de este principio, al reino del pensamiento, en cuanto que aquella nada se trueca en lo positivo reconciliado.”

sólo el nórdico ser-dentro-de-sí constituye el principio inmediato de esta nueva conciencia del mundo.” “Es como si tratase de apagar el sol para alumbrarse con bujías y arreglarse simplemente con imágenes; se reconcilia simplemente en sí, en su interior, y no para la conciencia: para la conciencia de sí existe solamente un mundo malo, pecaminoso.” “El Espíritu del Mundo había confiado a las naciones germánicas la misión de desarrollar el embrión, convirtiéndolo en la forma del hombre pensante.” Isso adquire cada vez mais os ares de uma saga d’Os Cavaleiros do Zodíaco em Asgard

Digamos, en líneas generales, algo acerca de estos fenómenos que no es posible calificar ciertamente de agradables.” Fala do mundo-verdade divorciado.

La filosofía, al igual que las ciencias y las artes, obligadas a enmudecer en el Occidente bajo el imperio de los bárbaros germánicos, van a refugiarse entre los árabes, donde acusan un espléndido florecimiento; y de aquí refluyen luego al Occidente.” A solução mundial deveria consistir em vedar qualquer trânsito e comunicação entre ocidente e oriente. Cultural ou de ogivas nucleares. Tudo que for cultura ocidental e bomba atômica fica do lado do Tio Sam. A nós, orientalistas, nossos nirvanas sutis, mil odores de rosas que aprendemos a distinguir… E então chega-se à Unidade do Mundo verdadeira, já que o Ocidente – para lá – é só um além, nem é mais mundo

Dentro de este período habremos de estudiar primeramente, por tanto, la filosofía oriental, y en segundo lugar, la filosofía occidental; es decir, primero la filosofía de los árabes y después la filosofía escolástica. Los escolásticos son los principales personajes de este período en que ahora entramos: la escolástica es la filosofía europea de la Europa medieval. La tercera fase nos revela la disolución de los resultados establecidos por la filosofía escolástica”

SECCIÓN PRIMERA:

LA FILOSOFÍA DE LOS ÁRABES

En Siria, que era un reino griego, en las ciudades de Antioquía y especialmente en las de Berito y Edesa, funcionaban importantes centros de enseñanza; de este modo, los sirios vinieron a ser el puente entre los árabes y la filosofía griega. El sirio era lengua popular incluso en Bagdad.”

Una descripción especial de la filosofía árabe ofrece poco interés y, por otra parte, resultaría superflua, ya que lo fundamental de ella es común también a la filosofía escolástica.”

Este panteísmo o, si se quiere, spinozismo es, así, la concepción general de los poetas, historiadores y filósofos orientales.”

Por tanto, la actividad de Dios se representa como algo perfectamente irracional. Esta negatividad abstracta, combinada con lo uno que permanece, es uno de los conceptos fundamentales de la manera oriental de concebir el universo.”

Alfarabi (…) De él se cuenta que había leído 40x el tratado Del oído, de Aristóteles, y 200x su Retórica, sin llegar a cansarse nunca; se ve que tenía un buen estómago.”

Durante mucho tiempo, los occidentales no conocieron otra cosa de Aristóteles que estas retraducciones de sus obras y las traducciones de los comentarios de los árabes en torno a ellas.”

Tras los árabes vienen los filósofos judíos, entre los que se destaca Moisés Maimónides. Maimónides nació en Córdoba de España el año 1131 (año del mundo de 4891 y, según otros, el 4895) y vivió en Egipto.” “En la filosofía de estos autores penetra, en gran parte, lo cabalístico en la astrología, la geomancia, etc.; en cambio, en las obras de Maimónides se toma como base la historia, lo mismo que en los escritos de los Padres de la Iglesia; el método seguido es el de una metafísica rigurosamente abstracta, entrelazada, al modo de los escritos de Filón, con los libros mosaicos y su explicación.”

SECCIÓN SEGUNDA:

LA FILOSOFÍA ESCOLÁSTICA

Primeiro grande equívoco: veremos que H. sequer cita Cidade de Deus.

De categoriis, atribuidos a San Agustín (…) es una paráfrasis de la obra de Aristóteles sobre las categorías.”

La filosofía escolástica presenta, en su conjunto, una apariencia unicolor. En vano se han esforzado hasta ahora algunos autores en introducir algunas diferencias y gradaciones en la dominación de esta teología, durante el período que va desde el siglo VIII y hasta desde el VI hasta casi el XVI. La filosofía escolástica, al igual que la arábiga, se desarrolla al margen del tiempo y, aunque así no fuera, la naturaleza misma de la cosa no permite clasificarla en diversos sistemas o manifestaciones, sino simplemente dar una caracterización y una indicación fundamental de los momentos que acusa realmente en la trayectoria del pensamiento.

Esta filosofía no es interesante por su contenido, ya que no es posible detenerse en él. No es en rigor tal filosofía; este nombre designa aquí en realidad más bien una manera general que un sistema, si es que cabe hablar, propiamente, de sistemas filosóficos. La escolástica no es una doctrina fija, al modo como lo es, por ejemplo, la filosofía platónica o la escéptica, sino un nombre muy vago, muy impreciso, que agrupa las diversas corrientes filosóficas producidas en el seno del cristianismo durante casi un milenio.”

El estudio de la filosofía escolástica es difícil, ya por el lenguaje mismo. Las expresiones empleadas por los escolásticos son evidentemente un latín bárbaro; sin embargo, ésta no es una falta imputable a los escolásticos mismos, sino más bien a la cultura latina de su tiempo. El latín es indudablemente un instrumento de expresión poco adecuado para estas categorías filosóficas, ya que los criterios de la nueva dirección espiritual sólo podían ser expresados por medio del lenguaje a costa de violentarlo; el bello latín ciceroniano no se presta tampoco para hundirse en profundas especulaciones. Pues bien, a nadie se le puede pedir que conozca directamente esta filosofía de la Edad Media, tan extensa y voluminosa como pobre y aterradora por el modo como se hallan escritas las obras que la contienen.

Poseemos aún muchas obras de los grandes escolásticos, obras casi todas ellas muy extensas y prolijas, lo que hace de su estudio una faena nada fácil; además, estas obras son más formales cuanto más posteriores. Los escolásticos no se limitaron, ni mucho menos, a escribir compendios; las obras de Duns Escoto, por ejemplo, forman 12 infolios y las de Tomás de Aquino 18. Se encuentran extractos de ellas en diversos lugares.”

Kramer, su continuación de la Historia universal de Bossuet, en los 2 últimos volúmenes

El nombre de escolasticismo proviene del hecho de que, desde los tiempos de Carlomagno, se daba el nombre de scholasticus, en las grandes escuelas anejas a las grandes iglesias-catedrales y a los monasterios importantes, al canónigo a quien estaba encomendada la inspección de los profesores (informatores) y que probablemente pronunciaba también, personalmente, lecciones acerca de la ciencia más importante de la época, que era la teología.”

la teología es, en rigor, la ciencia de los conceptos doctrinales que todo cristiano, sea campesino o lo que fuere, debe abrigar. A veces, con frecuencia, la cientificidad de la teología se cifra en el contenido histórico externo, en lo crítico: en el hecho, por ejemplo, de que existan tantos o cuantos códices del Nuevo Testamento, en que estos códices aparezcan escritos sobre pergamino, sobre tela o sobre papel, en que presenten el tipo uncial de escritura, procedente de tal o cual siglo, etc.; y además en lo que se refiere a la historia de los judíos, a la historia de los papas, de los obispos y Padres de la Iglesia, a lo ocurrido en los concilios y asambleas eclesiásticas, etc.” “El tema esencial y único de la teología, como teoría de lo divino, es la naturaleza de Dios; y este contenido es, por su naturaleza, esencialmente especulativo, por lo cual los teólogos que de él se ocupen tienen que ser necesariamente filósofos.”

La naturaleza, aquí, ya no es lo bueno, sino solamente lo negativo; la conciencia de sí, el pensamiento del hombre, su «sí mismo» puro: todo esto ocupa una posición puramente negativa, dentro del cristianismo.” “En esta ausencia de la racionalidad de lo real o de la racionalidad que tiene su realidad en la existencia misma consistía la barbarie de un pensamiento como éste, que se aferraba a otro mundo y se empeñaba en no poseer el concepto de la razón, es decir, el concepto de que la certeza de sí mismo es toda la verdad.”

De aquí que los escolásticos se hayan hecho célebres por sus interminables distinciones. En función de estas determinaciones por medio del concepto abstracto seguía imperando la filosofía aristotélica, pero no en toda su extensión, sino solamente en la parte recogida en el Organon, y tanto en cuanto a sus leyes del pensamiento como en lo tocante a los conceptos metafísicos, a las categorías.”

Así como los sofistas griegos, en función de la realidad, daban vueltas y más vueltas a los conceptos abstractos, los escolásticos hacían lo mismo en función de su mundo intelectual. § La forma general de la filosofía escolástica consiste, pues, en sentar una tesis, en alegar una serie de objeciones contra ella y en ir refutando estas objeciones por medio de distinciones y contra-silogismos. El escolasticismo, por tanto, no separa la filosofía de la teología”

los individuos cristianos, en el mundo, eran simplemente mártires o renunciaban a él. Pero la Iglesia acabó imponiéndose; los emperadores romanos de Oriente y Occidente se hicieron cristianos y la Iglesia conquistó, así, una existencia pública y una autoridad sin menoscabo, que acabó influyendo extraordinariamente sobre las cosas del mundo.”

Vemos a pueblos que dominaron en una etapa anterior, vemos a un mundo perteneciente ya al pasado, pero que ha legado, como patrimonio vivo, su lengua, sus artes y sus ciencias; y sobre el suelo de esta cultura extraña a ellas se asientan las nuevas naciones, que aparecen así ante la historia, en el momento mismo de nacer, con una vida rota y precaria. Esta historia no nos revela, pues, la trayectoria de una nación que se desarrolle a base de sí misma, sino la de una nación que parte, en cierto modo, de su propia negación y que nace llevando esta contradicción en su entraña y con la misión de asimilársela o superarla.”

Por eso, aun habiendo llegado a triunfar el cristianismo como Iglesia lo mismo en el mundo romano que en el bizantino, nos encontramos con que ninguno de estos 2 mundos fue capaz de desarrollar en su seno la nueva religión y de crear un nuevo mundo a base de este principio. La razón de ello está en que en ambos existía ya, cuando el cristianismo apareció, un carácter fijo y plasmado: costumbres, leyes, estado jurídico, organización del Estado (si es que a aquello se le puede llamar organización), estructura política, dotes y habilidades, arte, ciencia, cultura espiritual: todo se hallaba ya hecho. Y la naturaleza del espíritu lleva inherente, por el contrario, el que este mundo así formado se engendre de su propio seno y el que esta creación se desarrolle por la fuerza de la reacción, por medio de la asimilación de lo que le precede. De aquí que los nuevos conquistadores se asentasen e hiciesen fuertes sobre un terreno extraño, llegando a imponerse a él; pero, al mismo tiempo, caían bajo el poder de un nuevo espíritu a cuya imposición no podían escapar. Dominadores por una parte, convirtiéronse en dominados por lo espiritual, ya que se mantuvieron en una actitud pasiva ante estas fuerzas.”

se enciende así en estos bárbaros un tormento infinito, una pasión interminable, que hace de ellos figuras parecidas a la de Cristo crucificado. Fue esta la lucha que los bárbaros vencedores tuvieron que afrontar” “La cultura arranca, aquí, de la más monstruosa contradicción, que se ve obligada a resolver. Pero estos tormentos son los del purgatorio, pues el ser atormentado es el espíritu y no un animal: y el espíritu no muere, sino que emerge de su tumba.” “Lo general consiste, pues, en la contradicción en la que lo uno sólo puede imponerse y conquistar el poder mediante la sumisión de lo otro, pero una contradicción que lleva ya dentro de sí el principio para poder resolverse, el cual no es otro que el imperio del espíritu; por eso, la trayectoria que aquí se abre tiende, en efecto, a que el espíritu se imponga como la reconciliación.” Esse módulo do curso de H. é puro engodo.

Así, en la revolución francesa vemos cómo se abre paso el postulado del imperio del pensamiento abstracto: a él deben ajustarse la organización del Estado y las leyes y él, el pensamiento abstracto, debe servir de unión entre los hombres.” Estar falando disso antes de sequer mencionar Descartes significa que não tinha o que dizer!

Las doctrinas de la religión cristiana ocupan así, igualmente, la posición de algo ajeno a nosotros, de algo perteneciente a un determinado tiempo y en torno a lo cual se han esforzado aquellos hombres. Lo de que la idea es concreta en y para sí y guarda, en cuanto espíritu, una relación de contradicción con el sujeto ha desaparecido y se manifiesta sólo como algo pasado. En este sentido, lo que hemos dicho acerca del principio del concepto de la doctrina cristiana y lo que aún diremos con respecto a los escolásticos sólo ofrece interés desde el punto de vista señalado por nosotros, en que la idea interesa en su determinación concreta”

LA SANTA IGLESIA: “Todas las pasiones, el afán de poder, la codicia, la violencia, el engaño, el robo, el asesinato, la envidia, el odio: todos estos vicios de la brutalidad arraigarán en ella, pasando a formar parte integrante de su régimen.”

Por eso vemos cómo los más valerosos y nobles emperadores son excomulgados y anatematizados por los papas, los cardenales, los legados pontificios y hasta por los arzobispos y los obispos, sin que esté en sus manos sustraerse a la acción de este otro poder exterior, siendo siempre los vencidos y los obligados a ceder.”

vemos, de una parte, cómo la religión, en este estado de cosas, sólo presenta su faz verdaderamente noble y bella en unos cuantos individuos aislados, que son precisamente aquellos espíritus que han muerto para el mundo y se separan de él para retraerse a un pequeño círculo de hombres y vivir allí entregados a los afanes religiosos”

Los individuos caen de un extremo en otro, del extremo del más brutal desenfreno y barbarie, de la obstinación y la terquedad, en el extremo de la renuncia a todo, del triunfo sobre todos los apetitos, etc.” “Ningún ejemplo más patente de esto que decimos que el del ejército de las Cruzadas. Estos soldados de la Cruz se pusieron en marcha atraídos por los fines más nobles y más sagrados, pero en el transcurso de su expedición se dejaron arrastrar a todas las pasiones humanas, siendo precisamente los jefes los que daban el ejemplo; imposible describir los extremos de violencia y brutalidad a que llegaron aquellas gentes. Después de haber conducido la expedición del modo más irracional que imaginarse pueda, absurdamente, habiendo sacrificado sin necesidad alguna a miles de hombres, llegaron por fin a las puertas de Jerusalén. Fue un espectáculo muy bello el de aquellos hombres que, a la vista de la ciudad sagrada, se entregaron devotamente a la oración y a la penitencia, sintiendo desgarrarse sus corazones, tocando el suelo con la frente y dando toda clase de pruebas de piedad y de unción. Pero esto no fue más que un momento después de largos meses de locuras, de necedades, de vilezas y de horrores, que fueron sembrando el camino de la Cruzada. Sintiéndose animados por un entusiasmo y una valentía sin límites, toman por asalto la ciudad santa y la conquistan; y, una vez dentro, se bañan en ríos de sangre, dan pruebas de una crueldad infinita y de una furia verdaderamente bestial. Y nuevamente sobreviene una reacción de arrepentimiento y penitencia; se postran de hinojos, sintiéndose reconciliados con Dios, y en seguida se entregan de nuevo a todas las mezquindades e infamias de las más míseras pasiones; del egoísmo y de la envidia, de la codicia y la avaricia: dan rienda suelta a toda su lujuria y echan a perder así la conquista lograda por su heroísmo. La explicación de todo esto está en que el principio sólo vivía en ellos, en su interior, como principio abstracto, sin que llegara a conformar espiritualmente la realidad del hombre.”

ABOLIÇÃO DA HÓSTIA: “Lutero cambió este rito: mantuvo en la llamada Cena el punto místico consistente en que el sujeto reciba dentro de sí lo divino, pero afirmando que esto sólo es divino en cuanto se disfrute en esta espiritualidad subjetiva de la fe y deje de ser un objeto externo.”

Pero en la Iglesia de la Edad Media y en la Iglesia católica en general la hostia es adorada también como un objeto puramente externo, de tal modo que cuando una hostia consagrada sea devorada por un ratón deberá adorarse a éste y a sus excrementos” HAHAHAHA!

Pues a la brutalidad y al espantoso salvajismo de esos pueblos sólo podía oponerse la servidumbre, llevándose a cabo la educación por esta vía. Bajo este yugo sirve la humanidad; no tuvo más remedio que pasar por esta cruel disciplina para elevar al plano del espíritu a las naciones germánicas.” “También los hindúes se hallan sujetos a esta servidumbre, pero ellos están irremisiblemente perdidos, sujetos a la naturaleza, identificados con la naturaleza, pero contrarios a ella de suyo.”

Generalmente, se hace arrancar la filosofía escolástica de la figura de Juan Escoto Erigena, que floreció hacia el año 860 y que no debe confundirse con Duns Escoto, que es posterior. No ha sido posible determinar con certeza la patria de Erigena: no se sabe si nació en Escocia o en Irlanda, pues si el nombre de Escoto es característico del primer país el de Erigena señala hacia el segundo. Es el primer pensador con quien se inicia ahora una verdadera filosofía, basada principalmente en las ideas de los neoplatónicos.”

En Escoto, la teología no aparece aún basada en la exégesis y la autoridad de los Padres de la Iglesia; por eso la Iglesia rechazó muchas veces sus obras. Así, un concilio eclesiástico en Lyon puso el veto a las doctrinas de Erigena, diciendo: «Han llegado a nosotros las obras de un hombre charlatán y jactancioso que disputa acerca de la Providencia divina y la predestinación de una manera humana o, según él mismo se vanagloria, con argumentos filosóficos, sin apoyarse en las Sagradas Escrituras ni invocar la autoridad de los Padres de la Iglesia, sino atreviérndose a defender sus doctrinas por sí mismo y a fundamentarlas en sus propias leyes, sin someterse a los libros divinos ni a la autoridad de los Padres.» (Buleo)

De aquí que ya Escoto Erigena dijese: «La verdadera filosofía es la verdadera religión, y la verdadera religión la verdadera filosofía.»” É desses despeitados que eu gosto!

Anselmo. Se trata de una figura muy honrada y prestigiosa entre quienes creen que las doctrinas de la Iglesia deben ser demostradas también en el campo del pensamiento. Nació en Aosta (Piamonte) hacia 1034, profesó como fraile en Bec, en 1060 y ya en 1093 lo vemos convertido en arzobispo de Cantorbery; murió en 1109. (Tennemann)”

El cristiano debe llegar a la razón por la fe, y no a la fe por la razón; y menos aún si no acierta a comprender que la fe debe ser su punto de partida. Si acierta a penetrar en el conocimiento, se alegrará con ello; en otro caso, no hará sino adorar.” Grande BUESTA!

Nos referimos a la llamada prueba ontológica de la existencia de Dios, establecida por Anselmo y que tan famoso había de hacerle. Esta prueba era mencionada hasta los tiempos de Kant en la serie de las pruebas, y lo es todavía hoy por parte de quienes no han llegado a situarse aún en el punto de vista kantiano.” “Sin embargo, mientras que hasta él se consideraba a Dios como el ser absoluto, atribuyéndosele lo general como un predicado, con Anselmo comienza la trayectoria contraria: la del ser como predicado, en que la idea absoluta empieza estableciéndose como el sujeto, pero como el sujeto del pensamiento.”

Kant, por el contrario, combate y rechaza la prueba anselmiana de la existencia de Dios —y el mundo entero ha acabado siguiendo sus huellas, en esto— por partir de la premisa de que la unidad del ser y el pensar es lo más perfecto.” “Por tanto, a la prueba que Kant critica y que, por su modo de ser, sigue siendo usual todavía hoy, sólo le falta una cosa: esta conciencia de la unidad del pensar y el ser en lo infinito, la cual tiene necesariamente que constituir el punto de partida.”

Pedro Abelardo [s]e hizo famoso por su erudición, pero alcanzó todavía mayor celebridad en el mundo sentimental por sus amores con Eloísa y las vicisitudes de su vida. (Tiedemann)”

Como Bolonia para los juristas, París era, en aquel tiempo, el centro de las ciencias y de los estudios para los teólogos, la sede de la teología filosofante de la época. Abelardo llegó a ver en su aula más de mil oyentes. La ciencia teológica y las especulaciones filosóficas en torno a ella era, en Francia (como la jurisprudencia en Italia), un momento fundamental de extraordinaria importancia para el desarrollo espiritual del país y que, hasta ahora, no ha sido tenido en cuenta como se merece.”

Al establecerse en 1270, en la universidad de París, la separación de las 4 facultades, desglosando la filosofía de la teología, se ordenó a los maestros universitarios, al mismo tiempo, que se abstuvieran de poner en tela de juicio o de someter a sus disputas los principios teológicos de la fe.”

la teología se convierte en un sistema científico.” “Pedro Lombardo. Los hombres que llevaron a cabo esta obra fueron, en primer lugar, Pedro de Novara, en Lombardía, que vivió a mediados del siglo XII y a quien podemos considerar como el fundador de este método (…) Pedro Lombardo levantó un edificio sistemático de teología escolástica que se mantuvo en pie durante varios siglos, sirviendo de fundamento a la dogmática de la Iglesia.”

Pedro Lombardo compiló las determinaciones fundamentales de la doctrina eclesiástica tomándolas de los concilios y los Padres de la Iglesia, y añadiendo una serie de preguntas y discusiones sutiles en torno a circunstancias particulares que ocupaban a la escuela y eran, por aquel entonces, objeto de polémicas y disputas. Él mismo se ocupaba de dar respuesta a estas preguntas, pero oponiendo otros fundamentos en contrario; y sus respuestas dejan, con frecuencia, la cosa envuelta en las nubes de lo problemático, sin disipar las dudas, en realidad.” “Estos doctores a que nos referimos gozaban de gran autoridad, celebraban sínodos, criticaban y condenaban como heréticas éstas y aquellas doctrinas, éstos y aquellos libros, etc., en dichos sínodos o en la Sorbona, una sociedad que, integrada por doctores de éstos, funcionaba en la universidad de París.”

El segundo de los autores de este grupo, tan famoso por lo menos como Pedro Lombardo, es Tomás de Aquino, descendiente de la familia condal de los Aquinos y que nació en 1224, en el castillo paterno de Roccasecca, del reino de Ñapóles. Ingresó en la orden de los dominicos y murió en 1274, durante un viaje para asistir a un concilio en Lyon. Poseía un conocimiento extensísimo de la teología y de Aristóteles y se le conocía con los nombres de Doctor angelicus y Doctor communis, considerándosele como a un segundo San Agustín.” “compuso también una Summa theologica (es decir, un estudio sistemático), que le dio una fama extraordinaria, al igual que sus otros escritos, convirtiéndose en un libro fundamental de toda la teología escolástica.” “Tomás de Aquino formula también preguntas, respuestas y dudas y señala el punto en torno al cual gira la solución de los problemas. En lo fundamental, la teología escolástica se dedica, desde entonces, a citar la Summa del Aquinatense.”

Juan Duns Escoto. El tercero de los pensadores a que nos referíamos más arriba, famoso por haber desarrollado de un modo formal la teología filosófica, es Duns Escoto, llamado el Doctor subtilis, miembro de la orden franciscana; había nacido en Dunston, condado de Northumberland, y llegó a tener, sucesivamente, hasta 30 mil oyentes. Se trasladó a París en 1304 y en 1308 cambió su residencia a Colonia, como doctor de la nueva universidad fundada allí. Fue recibido con gran solemnidad, pero murió en esta ciudad, a poco de instalarse en ella, de un ataque de apoplejía, sin embargo, según se refiere, fue enterrado vivo. Dícese que vivió solamente 34 años, según otros 43 y según algunos 63, pues no se conoce el año de su nacimiento.

Escribió algunos comentarios sobre el Magister sententiarum [Anselmo] que le valieron fama de sutilísimo pensador; comienza por la prueba de la necesidad de una revelación sobrenatural frente a la simple luz de la razón. Se le llegó a llamar, por razón de su sutileza, el deus inter philosophos.”

Llamábanse Quodlibeta a las colecciones de estudios mezclados sobre diversos temas sueltos, examinados por el procedimiento corriente de la disputa, que consiste en hablar acerca de todo, sin ningún orden sistemático y sin llegar a construir ningún todo armónico; los otros escribían, por el contrario, summas, es decir, estudios sistemáticos. El latín de Duns Escoto es muy bárbaro, pero se presta bastante bien para la claridad filosófica” El Doctor Mescolanza

Debemos señalar ahora una tercera tendencia, nacida de la circunstancia histórica puramente externa de que, a fines del siglo XII y comienzos del XIII, los teólogos occidentales empezaron a adquirir, de un modo más general, a través de las traducciones del arábigo al latín, el conocimiento de las obras de Aristóteles y de sus comentadores griegos y árabes, obras y comentarios que, a partir de ahora, utilizan desde muchos puntos de vista y comentan a su vez. La adoración, la admiración por Aristóteles y el prestigio de este pensador antiguo llegan ahora a su punto culminante.”

España, bajo los árabes, conoció un florecimiento extraordinario de las ciencias, y la universidad de Córdoba, sobre todo, se convirtió en el centro de la erudición de aquel tiempo; muchos estudiosos del Occidente hacían el viaje a aquella ciudad española”

La lógica y la metafísica aristotélicas fueron desarrolladas ahora hasta el máximo, en interminables distinciones, y reducidas a peculiares formas intelectivas silogísticas, que servían principalmente de base para el tratamiento de las materias estudiadas; esto contribuyó a que se acentuase todavía más la sutileza dialéctica, al paso que lo verdaderamente especulativo de Aristóteles era relegado a último plano por el espíritu de la exterioridad, que era también, por tanto, el de la ausencia de razón.”

Es cierto que, al principio, cuando aparecieron las obras de Aristóteles, la Iglesia opuso cierta resistencia; en un sínodo eclesiástico celebrado en París en 1209 fue prohibida la lectura de la Metafísica y la Física, así como de los extractos de estas obras, y toda lectura y explicación en torno a ellas.” “Pero más tarde, en 1366, nos encontramos con una manifestación de la tendencia contraria: con 2 cardenales que ordenan que nadie pueda llegar a ser magister sin haber estudiado los libros prescritos de Aristóteles, entre los que figura la Metafísica, y haber demostrado la capacidad necesaria para explicarlos.”

«Alberto dejó de ser un asno para convertirse rápidamente en un filósofo, y con la misma rapidez se convirtió de filósofo en asno.» Entre su ciencia se incluía especialmente la magia, pues, a pesar de ser completamente extraña a la verdadera escolástica, la cual se mantenía de espaldas a la naturaleza, Alberto Magno se ocupaba de las cosas naturales e inventó, entre otras cosas, una máquina parlante que infundía pavor a su discípulo Tomás de Aquino, quien intentó, incluso, destruirla, viendo en ella la mano del diablo.”

Entre los estoicos clasificaba Alberto, con un criterio ciertamente original, a pensadores como Espeusipo, Platón, Sócrates y Pitágoras. Estas anécdotas nos dan una idea bastante aproximada de cuál era el estado de la cultura en aquella época.”

Un cuarto aspecto que debe ser tenido en cuenta aquí es un punto de vista fundamental que interesó mucho a la Edad Media: el del peculiar problema filosófico cifrado en la polémica entre realistas y nominalistas y que llena casi toda la época del escolasticismo. En términos generales, podemos decir que esta disputa versa en torno a la antítesis metafísica de lo general y lo individual. Preocupó a la filosofía escolástica por espacio de varios siglos, y ello, hay que reconocerlo, honra mucho a estos pensadores. Se distingue entre los antiguos y los nuevos nominalistas y realistas, pero la historia de los realistas y los nominalistas es, por lo demás, bastante oscura”

El primer nominalista es Roscelino; y el famoso Abelardo, aunque aparezca como adversario suyo, puede ser considerado igualmente como nominalista. Roscelino escribió también en contra de la Trinidad y fue condenado por herético en una asamblea eclesiástica celebrada en Soissons en 1092; pero ya para aquel entonces era muy poca su influencia.

Trátase de lo general en términos absolutos (universale), del género, de la esencia de las cosas, de lo que Platón llamaba la idea, por ejemplo: el ser, la humanidad, el animal. Los sucesores de Platón afirmaban el ser de estos universales; aislando luego esto, se llegaba también, por ejemplo, al concepto o a la cualidad de mesa, como algo real.”

Pues bien, la disputa entre realistas y nominalistas giraba en torno a si estos universales eran, en efecto, algo real, algo en y para sí al margen del sujeto pensante e independientemente de las cosas aisladas existentes, de tal modo que existiesen en éstas independientemente de la individualidad de la cosa y de un modo sustantivo los unos con respecto a los otros, o si, por el contrario, lo universal era algo puramente nominal, algo que sólo existía en la representación subjetiva, un ente del pensamiento y nada más. § Quienes afirmaban que los universales eran, fuera del sujeto pensante y aparte de las cosas aisladas, un algo real y existente y que la esencia de las cosas era simplemente la idea, recibían el nombre de realistas, en una acepción que era, en rigor, la inversa de lo que hoy llamamos realismo.” “En cambio, los otros, los nominalistas o formalistas, afirmaban que los géneros, los universales, eran simples nombres, algo puramente formal, meras representaciones para nosotros, generalizaciones subjetivas nada más, un producto del espíritu pensante; según ellos, sólo lo individual era lo real.” “Contra esta afirmación se alegan razones por las que se ve hasta qué extremos de ridículo se llevaba a veces la polémica y cómo ésta giraba, en gran parte, en torno a las concepciones del cristianismo. Así vemos que Abelardo reprocha a Roscelino el que éste afirme que ninguna cosa tiene partes y que sólo las palabras que designan las cosas son divisibles. De donde Abelardo deduce que, según Roscelino, Cristo no ingirió una parte real del pez asado, sino solamente una parte de las palabras «pez asado»”

Gualterio de Montagne. Este filósofo (f. 1174) tendía a la combinación de lo individual y lo general: lo general, según él, tiene que ser individual, los universales tienen que aparecer unidos a los individuos, en cuanto a la esencia. Más tarde, ambos partidos se hicieron célebres bajo los nombres de tomistas, por el dominico Tomás de Aquino, y escotistas, por el franciscano Juan Duns Escoto.”

Suarez, Disputationes metaphysicae

La antítesis entre idealistas y realistas había surgido, sin duda alguna, ya muy temprano, pero sólo fue puesta de nuevo a la orden del día y desarrollada en el plano del interés general después de Abelardo, gracias al fraile franciscano Guillermo de Occam, de la aldea de este nombre, en el condado de Surrey (Inglaterra), conocido como el Doctor invincibilis, que florece en los primeros años del siglo XIV, sin que haya sido posible averiguar su año de nacimiento.”

La disputa entre nominalistas y realistas toma ahora caracteres de gran violencia y encono; todavía se conserva una cátedra que hubo de ser separada por un tabique de madera del sitio ocupado por el contrincante, para evitar que los adversarios, en el furor de la discusión, se fuesen a las manos.”

Además, las guerras intestinas que tenían dividida a Francia hacían que la política se insinuase también en las relaciones entre las órdenes monásticas, lo cual contribuía a acrecentar la importancia de esta disputa, avivada por los celos enconados de las partes contendientes. Occam y su orden apoyaban con la mayor energía las pretensiones de los príncipes, por ejemplo las del rey de Francia y las del emperador de Alemania Luis de Baviera, como lo hicieron en una reunión de su orden celebrada en 1322 y en otras partes, contra las extralimitaciones del papa. De Guillermo se cuenta que dijo una vez al emperador: «Defiéndeme tú con la espada, que yo te defenderé con la pluma.»

En 1340 se dictó este veto: «Ningún maestro deberá atreverse a declarar falsa cualquier tesis conocida de un escritor acerca del cual lea, ni de por sí ni en cuanto a su tenor literal, sino que deberá reconocerla o distinguir entre el sentido verdadero y el sentido falso que en ella se encierra, ya que de otro modo nos expondríamos a la peligrosa consecuencia de que también las verdades de la Biblia pudieran ser rechazadas del mismo modo. Ningún maestro debe afirmar que ninguna tesis pueda dejar margen a distinciones o ser investigada a fondo.»

Occam fue excomulgado en 1328 y murió en Munich, en 1343.” Sempre uma distinção no meu álbum.

Tennemann (t. VIII, secc. 2, p. 864) dice, a este propósito: «Una consecuencia de esta teoría fue el dar completamente de lado, como inútil, al principio de individuación, que tantos quebraderos de cabeza había costado a los escolásticos.»

HEGEL NÃO É, ESSENCIALMENTE (EM SI!) 1 FARSANTE, MAS 3 FARSANTES! “Pero como la religión cristiana es la religión revelada, tenemos que Dios, por una parte, no es ya lo inabordable, lo inefable, un algo recóndito, cerrado, sino que los distintos grados de lo que brota de él son su misma manifestación y lo Trino, por tanto, lo revelado, de tal modo que las tríadas y lo Uno no son algo distinto, sino que precisamente estas 3 personas distintas en Dios son los mismo y lo Uno, es decir, algo que es para lo otro, algo relativo de suyo.”

Buridán. Filósofo nominalista, que se inclina del lado de los deterministas (…) muere de hambre por no saber por cuál de los 2 lados decidirse.” ¿?!! AHAHAHA

Además, esta dialéctica puramente formal hace gala de una gran inventiva en la creación, para su tratamiento, de objetos, problemas y cuestiones carentes de todo interés religioso y filosófico.” A succubus realmente transa com o dorminhoco ou não?, etc.

Cabe, pues, afirmar que los escolásticos, de una parte, tratan de un modo profundo el concepto de la doctrina de la Iglesia, pero, por otra parte, lo secularizan por medio de relaciones externas totalmente inadecuadas, por donde se manifiesta aquí el peor de los sentidos que puede tener lo secular.” “Este aspecto fue captado por los escolásticos y tratado por ellos con una dialéctica finita; y en este aspecto habrá de hacerse, más tarde, hincapié para poner en ridículo incansablemente las doctrinas del escolasticismo. Aduciremos algunos ejemplos de este aspecto a que nos referimos.”

Así, vemos que Julián, Arzobispo de Toledo, trata de encontrar con la mayor seriedad, como si de ello dependiese la salvación del género humano, la respuesta a preguntas que parten de una premisa disparatada, incurriendo en una micrología por el estilo de la de los filólogos cuando se ponen a investigar los acentos, los metros y la división de los versos griegos. Tenemos, por ejemplo, una de estas preguntas acerca de los muertos. La doctrina de la Iglesia afirma que el hombre resucitará, pero si se añade que resucitará con el mismo cuerpo que tuvo, se entra en pleno mundo de los sentidos. He aquí algunas de las indagaciones hechas por los escolásticos en torno a la referida pregunta: «¿A qué edad resucitarán los muertos? ¿De niños, de jóvenes, de hombres adultos o de ancianos? ¿Y en qué forma? ¿Con qué constitución física? ¿Los flacos recobrarán su cuerpo de flacos y los gordos su cuerpo de gordos? ¿Persistirá en la otra vida la diferencia de sexos? ¿Recobrarán los muertos, al resucitar, la cantidad de uñas y de pelo que perdieron en esta vida?».”

una verdadera manía discutidora.” “La filosofía escolástica es, pues, exactamente lo contrario de la ciencia intelectiva empírica, que se caracteriza por una curiosidad proyectada simplemente sobre los hechos, sin relación alguna con el concepto.”

Pascasio Roberto compuso dos volúmenes con el título De partu beatae virginis, acerca de los cuales se escribió y disputó mucho. Llegó a hablarse, incluso, de un partero, y se formularon una serie de preguntas en las que hoy no se nos ocurriría ni siquiera pensar, a menos de querer entrar en los dominios de lo inconveniente.” A buceta da virgem era rosadinha?

He aquí otras preguntas formuladas por Pedro Lombardo: «¿Puede Dios saber más de lo que sabe?», como si, con respecto a Dios, pudiera distinguirse entre potencia y acto. «¿Puede Dios en todo tiempo todo lo que ha podido? ¿Dónde estaban los ángeles después de su creación? ¿Han existido siempre ángeles?»

«¿Qué edad tenía Adán cuando fue creado? ¿Por qué fue formada Eva de la costilla del hombre y no de otra parte cualquiera de su cuerpo? ¿Y por qué mientras el hombre dormía, y no estando despierto? ¿Por qué no se unió la primera pareja en el paraíso terrenal? ¿Cómo se habrían perpetuado los hombres, si no hubiesen pecado? Los niños en el paraíso, ¿habrían nacido con los miembros ya perfectamente desarrollados y con el pleno uso de los sentidos? ¿Por qué se convirtió en hombre el Hijo y no el Padre o el Espíritu Santo?» Isso que dá jejuar demais!

«¿Podrían existir en Cristo varias filiaciones (filiationes)? ¿Cabría afirmar que Dios Padre odia al Hijo? ¿Habría sido posible también suponer a Dios como mujer? ¿Habría podido Dios ocultarse en el cuerpo del demonio? ¿Habría podido revelarse en forma de asno o de calabaza [abóbora!]? ¿Y de qué modo habría predicado la calabaza? ¿Cómo habría obrado milagros? ¿Cómo se la habría crucificado?» Erasmo, ironicamente

Parece que H. nunca leu nenhum desses autores diretamente, mas só em citações dos historiadores da filosofia que ele tanto criticou no Vol. I!

Lo fundamental es saber que los escolásticos tomaban las cosas divinas como los bárbaros, reduciéndolas a criterios y relaciones propios de los sentidos. Una rigidez de concepción informada totalmente por los sentidos y estas formas totalmente externas de lo material se ven trasplantadas, así, a lo puramente espiritual, con lo cual esto aparece totalmente secularizado; es algo parecido a lo que hace Hans Sachs, cuando convierte la historia sagrada en la crónica local de Nuremberg.”

En estas exposiciones, como en la Biblia cuando habla de la cólera de Dios, de la historia de la creación, de que Dios ha hecho esto y aquello, vemos a Dios como a un ser humano, de carne y hueso. Y es cierto que a Dios no se le debe concebir como algo totalmente extraño a nosotros e inabordable, sino que hay que acercarse a él con el ánimo y con el corazón; pero una cosa es esto y otra cosa muy distinta introducirlo en los dominios del pensamiento y tomar en serio su conocimiento. Lo contrario a esto es aducir argumenta pro y contra, pues estos argumentos no resuelven nada ni ayudan en lo más mínimo; tampoco en cuanto premisas que son solamente determinaciones sensibles y finitas y que dan, por tanto, pie a infinitas distinciones. Esta barbarie intelectiva es completamente irracional; es algo así como si se quisiera adornar a los cerdos con collares de perlas. Lo Uno es la idea de la religión cristiana y, además, la filosofía del noble Aristóteles; no era posible haber pisoteado ambas cosas en el lodo más de lo que aquí se hace, ni los cristianos podían haber hecho caer más bajo su idea espiritual.”

Los místicos no participan tan de cerca ni tan de lleno en las disputas, las argumentaciones y las pruebas de los demás escolásticos, y procuran atenerse con la mayor pureza posible a la doctrina de la Iglesia y a la contemplación filosófica. Son, en parte, hombres piadosos y sutiles, que siguieron filosofando al modo de los neoplatónicos, como antes de ellos lo hiciera ya Escoto Erigena. Encontramos en ellos auténtica filosofía, aunque se presente bajo el nombre de misticismo; es una filosofía íntima y recatada, que guarda una gran semejanza con el spinozismo. Estos pensadores derivan, además, su ética, su religiosidad, de las verdaderas emociones, y en este sentido formulan sus consideraciones, sus preceptos, etc.”

Rogerio Bacon. Estudió principalmente cuestiones de física, pero sin llegar a alcanzar gran influencia; inventó la pólvora, el espejo y los anteojos de larga vista; murió en 1294.” É correto listá-lo como escolástico? Ou místico mesmo? Porque parece ter sido o ser humano ocidental mais útil daquele milênio…

wiki: “21st century re-evaluations emphasise that Bacon was essentially a medieval thinker, with much of his ‘experimental’ knowledge obtained from books in the scholastic tradition. He was, however, partially responsible for a revision of the medieval university curriculum, which saw the addition of optics to the traditional quadrivium.” “Although gunpowder was first invented and described in China, Bacon was the first in Europe to record its formula.”

O Bacon antes do Bacon (Rogério x Francisco)!

Raimundo Lulio. Llamado el Doctor illuminatus, llegó a ser muy famoso, sobre todo por el arte de pensar compuesto por él y al que dio el nombre de Ars magna. Nació en Mallorca, en 1234, y fue uno de esos hombres excéntricos e impulsivos que se meten en todo. Tenía marcada afición por la alquimia y un gran entusiasmo por las ciencias en general, así como una imaginación fogosa e inquieta. Llevó una juventud disipada y entregada a los placeres y las diversiones; más tarde, se retiró a un yermo y tuvo allí muchas visiones de Jesucristo. Llevado de su agitado temperamento, sintióse acuciado por el deseo de contribuir a la difusión de la doctrina cristiana entre los mahometanos de Asia y África, consagrando su vida a esta misión; para ello aprendió el árabe, viajó por toda Europa y Asia y buscó el apoyo del papa y de todos los monarcas de Europa, sin abandonar por ello el cultivo de su arte. Fue perseguido y hubo de soportar incontables penalidades, aventuras, peligros de muerte, prisiones y malos tratos. Vivió durante largo tiempo en París, a comienzos del siglo XIV, y compuso cerca de 400 escritos. Al cabo de una vida extraordinariamente agitada, murió venerado como santo y mártir, el año 1315, a consecuencia de los malos tratos sufridos en África. (Rixner, Lehrbuch der Geschichte der Philosophie; Tennemann)”

Raimundo Lulio es, pues, un pensador sistemático, aunque al mismo tiempo mecánico. Dejó trazada una tabla en círculos en los que se hallan inscritos triángulos cortados por otros círculos. Dentro de estos círculos ordenaba las determinaciones conceptuales, con pretensiones exhaustivas; una parte de los círculos es inmóvil, la otra tiene movimiento. Vemos, en efecto, 6 círculos, 2 de los cuales indican los sujetos, 3 los predicados y el 6º las posibles preguntas.”

el escolasticismo, visto en conjunto, es una bárbara filosofía del entendimiento sin ningún contenido real, una filosofía que no suscita en nosotros ningún interés verdadero y a la que, desde luego, no podemos retornar.”

La escolástica es ese extravío total del entendimiento escueto y seco en las rugosidades de la naturaleza nórdico-germánica. Ante nosotros se abren 2 mundos: el reino de la vida y el reino de la muerte. El reino intelectual, reino externo y situado en lo alto, aunque en la representación, se convierte de ese modo, aun siendo por su naturaleza algo puramente especulativo, en algo intelectivo y sensibilizado; pero no como en el arte, sino, por el contrario, como una relación de la realidad común.”

Es cierto que la existencia de la Iglesia, como el gobierno de Cristo sobre la tierra, se halla en un plano más elevado que la existencia exterior que con ella se enfrenta, pues la religión tiene necesariamente que imperar sobre lo temporal, y la sumisión del poder temporal convierte a la Iglesia en una teocracia.”

¿Para qué todo esto? Lo tenemos a nuestra espalda como un pasado, por sí mismo inútil para nosotros. Pero de nada sirve llamar a la Edad Media una época bárbara. Es, en realidad, un tipo muy peculiar de barbarie, no una barbarie espontánea y tosca, sino una barbarie a la que se llega por la vía del pensamiento, convirtiendo a la idea absoluta y a la suprema cultura en barbarie; lo que es, de una parte, la forma más atroz de ésta y de la perversión y, de otra parte, el punto infinito de que mana una más alta reconciliación.”

Un algo pensado cuyo contenido es el pensamiento mismo consiste precisamente en eso, en determinarse como ser. Tal es la intimidad, que es algo más que la consecuencia necesaria de las premisas de que se parte; pero aquí no es la naturaleza del pensamiento y del ser el objeto de la investigación, sino que se da por supuesto sencillamente lo que éstos son.”

Lo especulativo se halla presente, en Aristóteles, por el hecho de que tal pensamiento no se confía a la reflexión por sí misma, sino que tiene continuamente ante sí la naturaleza concreta del objeto; esta naturaleza es el concepto de la cosa, y esta esencia especulativa de la cosa el espíritu rector que no deja en libertad a las determinaciones reflexivas por sí mismas.

Pero los escolásticos plasman de un modo fijo las determinaciones intelectivas abstractas, siempre inadecuadas a su materia absoluta, y, al mismo tiempo, toman todos los ejemplos de la vida como materia; y como lo concreto contradice a su manera de pensar, sólo pueden retener estas determinaciones intelectivas por medio de precisiones, reservas y limitaciones, lo que los hace embrollarse en una serie interminable de distinciones, las cuales se mantienen también en el terreno de lo concreto y sólo de este modo salen a flote.

En estos manejos de la escolástica no hay, pues, ni asomo de sano sentido común; éste no debe mostrarse contrario a la especulación como tal, pero sí debe manifestarse en contra de todo lo que sea reflexión carente de base, en cuanto que encierra un substrato y una regla para las determinaciones intelectivas abstractas.”

La representación fija del mundo suprasensible, con sus ángeles, etc., era una materia que los escolásticos siguieron elaborando sin el menor juicio, de un modo bárbaro y con un entendimiento finito, enriqueciéndola y considerándola con los criterios finitos propios de este entendimiento. No existe en el pensamiento mismo ningún principio inmanente, sino que el entendimiento de los escolásticos recibe en sus manos una metafísica ya acabada, sin la necesidad de su proyección sobre lo concreto; esta metafísica fue muerta y sus partes descoyuntadas sin espíritu alguno. Podría decirse de los escolásticos que filosofaban sin representación, es decir, sin un algo concreto, convertían en sujetos el esse reale, el esse formale, el esse objetivum, la quidditas (τὸ τί ἦν εἶναι).”

En el caso de la manzana del paraíso, la inteligencia se pregunta a qué clase de manzanas pertenece.” HAHAHAHA

Entre los eruditos, manifestóse abiertamente la ignorancia acerca de lo racional, una ausencia de espíritu total y monstruosa; y esta misma ignorancia monstruosa y total se revelaba también en los demás, en los monjes. Esta corrupción del conocimiento hacía de la transición un cambio; y mientras que el cielo, lo divino, se degradaba de este modo, se levantaba sobre lo temporal la sublimidad y la superioridad espiritual de lo eclesiástico.” “Del mismo modo, la Iglesia existente, esta existencia del cielo sobre la tierra, veíase nivelada sobre el mismo plano de lo mundanal al abrazar el camino de la riqueza y de la posesión de territorios; de este modo, suprimíase la distinción entre los 2 poderes, pero no de un modo racional para la Iglesia, sino, al mismo tiempo, de un modo indignante, que supone una corrupción: era evidentemente una realidad, pero la realidad más bárbara y más cruel. Pues el Estado, el gobierno, el derecho, la propiedad, el orden civil: todo esto es lo religioso, en forma de diferencias racionales, es decir, de leyes fijas por sí mismas. La vigencia de los miembros, de los estamentos, de las secciones, sus distintas ocupaciones, las fases y los grados del mal, lo mismo que los del bien, representan una manifestación bajo la forma de la finitud, de la realidad, de la existencia de la voluntad subjetiva, mientras que lo religioso sólo se presenta bajo la forma de lo infinito.”

HEGEL PISTOLA: “El mal y sus penas se convierten ahora en algo infinito, y las opiniones discrepantes son castigadas incluso con la muerte, como ocurre con la herejía y con la heterodoxia contra las determinaciones más abstractas y más vacuas de una dogmática interminable. En el seno de la Iglesia se dan cita las costumbres más reprobables y las peores pasiones, la arbitrariedad desenfrenada, la voluptuosidad, la venalidad, la ociosidad, la codicia, los vicios más diversos, precisamente por no tropezar con el freno de ninguna ley; y en ella se instaura y prevalece el criterio de la dominación. (…) Esta ruina del mundo suprasensible, como representada en el conocer y como Iglesia presente, es la que necesariamente tenía que expulsar al hombre de semejante templo, es decir, del seno de lo más sagrado convertido en algo mundanal y finito.”

Impaciente por la realidad que echa de menos y por la carencia de lo sagrado, la cristiandad se echa a buscar la cabeza que le falta; no es otro, en efecto, el móvil determinante de las Cruzadas. La cristiandad busca la presencia exterior de Cristo en la tierra de Canaán, busca sus huellas, el monte en que oró y padeció, su tumba; conquista el Santo Sepulcro. Lo que se representa como algo real lo conquista también, en efecto, como algo real; pero la tumba es solamente eso, una tumba: lo único que encuentra es el Santo Sepulcro, que además le es arrebatado después. «Pero no le dejarás en su tumba, pues no quieres que un santo se pudra en su sepulcro.»” “Aquellos lugares sagrados, él Monte de los Olivos, el Jordán, Nazaret, como el presente sensible y exterior del espacio sin la presencia del tiempo, no son sino algo pasado, un simple recuerdo y no una contemplación del presente inmediato; lo único que los cruzados encontraron fue su pérdida, su tumba en este presente. Siendo como eran bárbaros, no buscaban lo general, la posición universal de Siria y de Egipto, este centro de la tierra, los nexos de unión para la libertad del comercio, como había de hacerlo Bonaparte, [¡!] cuando ya la humanidad hubo recobrado su razón.”

En cuanto que sus actos, sus fines y sus intereses, se convierten en algo jurídico y, por tanto, en algo general, el presente se torna racional.” “fundándose una independencia que no es ya meramente egoísta.” “Es cierto que el orden ahora vigente es el sistema feudal, con su secuela, la servidumbre de la gleba, pero todo dentro de él es, sin embargo, algo jurídicamente establecido. Y el derecho tiene su raíz en la libertad, por ser en ella donde el individuo cobra existencia y es reconocido como tal, aunque aquí aparezcan todavía convertidas en propiedad privada relaciones pertenecientes en realidad al Estado. § La monarquía feudal, que ahora se rebela contra el principio de la ausencia del «sí mismo» de la Iglesia determina los derechos esenciales del hombre, es verdad, con arreglo al nacimiento; pero los estamentos de la sociedad feudal no son castas, como en la India, sino que en la jerarquía eclesiástica cualquiera podía ascender desde las más bajas capas hasta los puestos más elevados. Por lo demás, también bajo el sistema feudal fueron manifestándose paulatinamente un derecho, un orden civil y una libertad amparada por la ley. En Italia y Alemania conquistaron su estatuto jurídico una serie de ciudades como repúblicas urbanas, siendo reconocidas por los poderes eclesiástico y temporal; la riqueza hizo su aparición en los Países Bajos, en Florencia y en las ciudades imperiales del Rin. Poco a poco y por estos caminos, los países empezaron a salir del régimen feudal, y una manifestación de ello la tenemos en los mismos capitani. Y también puede ser considerado como un levantamiento de la ausencia de «sí mismo» del espíritu el hecho de que la lengua de esta época se convierta en lingua volgare, por ejemplo en la Divina Comedia de Dante.” Hegel confunde atrozmente história puramente externa e filosofia…

THE LEAP OF THE CAT: “Mientras que la Iglesia creía hallarse antes en posesión de la verdad divina, ahora el régimen temporal, al cobrar dentro de sí orden y derecho y brotar de la dura disciplina del servicio, creíase fundado por Dios y, por tanto, considera presente en él lo divino y teníase por autorizado para manifestarse contra lo divino en la Iglesia, opuesto exclusivamente a todo lo laico.” “El poder de la Iglesia aparecía ahora como la tosquedad de la Iglesia, ya que no trataba de manifestarse en la realidad misma, sino de ser fuerte en el mundo del espíritu. Y surgía inmediatamente en la mundanidad la conciencia del llenarse los conceptos abstractos con la realidad del presente, de tal modo que éste dejaba de ser algo nulo de suyo, para adquirir también verdad.”

Las artes llevan consigo el que el hombre cree a partir de sí mismo lo divino; y como aquellos artistas eran lo suficientemente piadosos para abrazar como principio la ausencia de su «sí mismo», eran ellos los que con su capacidad subjetiva creaban estas representaciones. Con esto guarda una estrecha relación el que lo mundanal tenga dentro de sí la conciencia de ser tan legítimo como para retener las determinaciones basadas en la libertad subjetiva. En la industria, el individuo se ve obligado a atenerse a su propia actividad” “Así volvió el espíritu a sí mismo; así se recobró, y contempló como sus propias manos su propia razón.”

SECCIÓN TERCERA:

EL RENACIMIENTO DE LAS CIENCIAS

De aquí arrancan todas las aspiraciones e invenciones, de aquí parten el descubrimiento de América y de una ruta hacia las Indias orientales; y así se despertó principalmente el amor por las llamadas ciencias paganas de la antigüedad, ya que los eruditos de la época vuelven sus ojos a las obras de los antiguos, convertidas ahora en objeto de estudio, como studia humaniora, estudios en que el hombre es reconocido en su propio interés y en su propia actividad. Estos estudios, aunque aparezcan a primera vista como lo opuesto a lo divino, son más bien de suyo lo divino, pero lo divino que vive en la realidad del espíritu.”

De este modo, se generalizó la creencia de que el entendimiento podía reputar falso algo que la Iglesia afirmase como verdadero; y fue un paso de gran importancia éste que dio el entendimiento, al concebirse así, aun a trueque de encontrarse en oposición con todo lo positivo.”

El Occidente, por medio de las Cruzadas, e Italia en particular por medio del comercio mantenían frecuente trato con los griegos, aunque sin relaciones diplomáticas muy asiduas. Del Oriente vinieron, incluso, las leyes romanas, hasta que fue descubierto por casualidad un códice del Corpus iuris. Y el Occidente volvió a entrar en contacto con el Oriente griego, sobre todo, cuando la desdichada caída del imperio bizantino obligó a los más nobles y relevantes griegos a buscar refugio en Italia.” “Sería hacer demasiado honor a los monjes si aceptamos que fueron ellos quienes conservaron para nosotros los textos de la antigüedad; estas obras, por lo menos las griegas, vinieron de Constantinopla; las latinas conserváronse naturalmente en Occidente.”

Pomponacio [ao dizer simplesmente que a alma não é imortal] hubo de comparecer ante la Inquisición a responder de sus opiniones, aunque la protección que algunos cardenales le dispensaban le puso a cubierto de toda ulterior persecución. Había además muchos otros aristotélicos puros, y estas doctrinas se difundieron más tarde, sobre todo, entre los protestantes.”

Uno de los que más contribuyeron a la difusión de Platón en el Occidente fue el cardenal Bessarion de Trebisonda, que había sido Patriarca de Constantinopla. (Brucker)

Ficino, que nació en Florencia en 1433 y murió en 1499, se distinguió como traductor de Platón; fue él principalmente quien dio a conocer nuevamente la filosofía neoplatónica posterior a Proclo y a Plotino. Ficino escribió además una teología platónica.

Uno de los Médicis de Florencia, Cosme II, llegó incluso a fundar en el siglo XV una Academia platónica en aquella ciudad. Los miembros más relevantes de esta familia de los Médicis, los dos Cosmes, Lorenzo, León X y Clemente VII protegieron mucho el cultivo de las ciencias y las artes y atrajeron a sus cortes a los sabios clásicos griegos.”

Más tarde, fue resucitada la atomística epicúrea, principalmente por Gassendi contra Descartes, y de ella se conserva todavía en la física moderna la teoría de las moléculas.”

Reuchlin propúsose desarrollar de nuevo la auténtica filosofía pitagórica; pero todo aparece en él revuelto y turbio. En Alemania preparábase una orden imperial encaminada a destruir, como se había hecho en España, todos los libros hebraicos; hay que reconocer a Reuchlin el mérito de haber impedido que esta obra de destrucción fuese llevada a cabo. La total ausencia de diccionarios entorpecía tanto el estudio del griego, que Reuchlin tuvo que trasladarse a Viena para aprender allí esta lengua de labios de un griego de nacimiento.”

Todas estas filosofías eran cultivadas al lado de la fe eclesiástica y sin detrimento de ésta, pero no a la manera de los antiguos: surge así una abundante literatura que abarca una gran cantidad de nombres de filósofos, pero que pasa sin dejar huellas y que carece, desde luego, de la lozanía que sólo puede dar la originalidad y la profundidad de los elevados principios; y es que no se trata en rigor de una verdadera filosofía; por eso no es necesario que entremos en más detalles acerca de ella.”

También experimenta su renacimiento, en esta época, la manera ciceroniana de filosofar: es una filosofía eminentemente popular y superficial, sin ningún valor especulativo, pero que tiene, por lo menos, por lo que a la cultura general se refiere, el interés y la importancia de que el hombre en ella habla inspirándose en sí mismo como un todo, en su experiencia interior y exterior y en su presente, en general.” “Y a pesar de que la plétora de escritos filosóficos de esta clase, por ejemplo muchos de los de Erasmo, han caído en el olvido y tienen poco valor, no puede negarse que hicieron mucho bien después de la sequedad escolástica y de todos sus devaneos y abstracciones carentes de toda base” “También Petrarca escribía tomándose como fuente a sí mismo, sus estados de ánimo, como hombre pensante.”

El hombre sólo puede considerarse verdaderamente dueño de aquellos pensamientos que aparecen expresados en su lengua propia. Lutero y Melanchthon desecharon todo lo escolástico, tomando como pauta de juicio la Biblia, la fe, el ánimo del hombre. Melanchthon aporta una fría filosofía popular en la que el hombre quiere hacer acto de presencia y que, por tanto, contrasta enormemente con el seco y muerto escolasticismo.” “Muchos individuos se ven privados ahora del contenido, del objeto que venía siendo el punto de apoyo y el fundamento de su conciencia: de la fe de sus mayores. Por eso, al lado de aquellas serenas manifestaciones del renacimiento de la filosofía antigua, nos encontramos ahora, por otra parte, con muchas personalidades en las que se trasluce de un modo bastante violento el fogoso deseo de llegar a conocer por medio del pensamiento lo más profundo y lo concreto, aunque oscurecido y tergiversado por interminables fantasías, por una imaginación las más de las veces desbordada y calenturienta y por el afán de penetrar en los arcanos de la astrología, la geomancia y otros conocimientos misteriosos por el estilo.” “Las vicisitudes de su vida lo mismo que el contenido de sus obras, las cuales llenan con frecuencia muchos y grandes infolios, son el resultado de esta inseguridad de su modo de ser, del desgarramiento y la sublevación de su interior contra la existencia real a que se ven sujetos y del afán de encontrar en ella un fundamento firme.”

Las figuras más notables de este grupo a que nos referimos son las de Cardano, Giordano Bruno, Vanini, Campanella y Petrus Ramus; todos ellos son representantes del carácter de su época, de esta fase de transición, y caen ya dentro del período de la Reforma.”

[Cardano] mismo se encargó de trazar la historia de su vida y su carácter en un libro titulado De vita propria, en el que confiesa sus errores y sus defectos con la mayor dureza y sinceridad con que un hombre pueda hacerlo.” “Era el suyo un temperamento turbulento, que lo mismo fermentaba profundamente dentro de sí que estallaba en violentas explosiones y del modo más contradictorio; también su interior padecía de un tremendo desgarramiento. He aquí, extractada de su obra, la pintura de su carácter, trazada por él mismo: «La naturaleza me ha dotado de un espíritu filosófico y apto para el cultivo de las ciencias, soy ingenioso, elegante, decoroso, sensual, expeditivo, piadoso, fiel, amigo de la sabiduría, reflexivo, emprendedor, afanoso de saber, servicial, entusiasta, cavilador e inventivo, todo lo he aprendido por mí mismo, ardo en deseos de ver milagros, soy taimado, astuto, amargado, iniciado en el misterio, sobrio, trabajador, descuidado, charlatán, siento desprecio por la religión, soy vengativo, envidioso, triste, pérfido, traicionero, me gustan la magia y los encantamientos, me siento desdichado, soy cruel con los míos, retraído, antipático, severo, adivino, celoso, chismoso y amigo de pullas, calumniador, complaciente y voluble: tales son las grandes contradicciones de mi carácter y de mis costumbres.»

las turbiedades alejandrinas y cabalísticas alternan aquí con observaciones que acreditan una gran finura psicológica y una gran lucidez y claridad.”

Giordano Bruno fue uno de aquellos espíritus inquietos y atormentados a quienes vemos repudiar intrépidamente toda la autoridad y la fe de la Iglesia católica. En estos últimos tiempos, su recuerdo ha sido refrescado por Jacobi (Obras Completas, t. IV, secc. 2, pp. 5-46), en la edición de sus cartas sobre Spinoza, que añadió a un extracto de una obra de éste. Jacobi logró llamar, muy especialmente, la atención hacia este pensador al afirmar que la suma de su doctrina es la esencia del spinozismo y la cifra y compendio del panteísmo; este paralelismo dio a Giordano Bruno una fama que es evidentemente superior a sus verdaderos méritos. § Giordano Bruno tenía un temperamento más sereno y apacible que Cardano, pero tampoco él llegó a encontrar quietud sobre la tierra.” “Abandonó el suelo de Italia donde, siendo fraile dominico, se había permitido amargas observaciones acerca de ciertos dogmas católicos, por ejemplo el de la Transubstanciación y el de la Inmaculada Concepción de María y a propósito de la crasa ignorancia y la viciosa conducta de los frailes. Vivió luego en Ginebra, en 1582, pero se enemistó también con Calvino y con Beza, llegando a hacérsele imposible la convivencia con ellos; de allí pasó a otras ciudades francesas, entre ellas Lyon, y seguidamente se instaló en París, donde en 1585 se manifestó solemnemente en contra de los aristotélicos, sustentando según una costumbre muy extendida en la época —para que sirviesen de base a una discusión pública— una serie de tesis filosóficas dirigidas principalmente contra Aristóteles.” “En Helmstedt fue acogido con gran favor, en 1589, por los duques de Braunschweig-Lüneburg; de allí pasó a Francfort del Meno, donde dio a la imprenta algunas de sus obras. § Su vida fue como vemos la de un profesor y escritor ambulante, de incansable peregrinar. Por último retornó a Italia en 1592 y vivió durante algún tiempo en Padua sin que nadie le molestase, hasta que a la postre fue sorprendido por la Inquisición en Venecia, recluido en la cárcel y trasladado luego a Roma, donde en el año 1600, después de haberse negado a retractarse, fue condenado a morir en la hoguera como hereje; algunos testigos presenciales de su muerte, por ejemplo Scioppio, informan que soportó con gran fortaleza y serenidad la muerte por el fuego. § Las obras de Giordano Bruno fueron declaradas heréticas y ateas tanto por los católicos como por los protestantes y, por esta razón, quemadas, destruidas y mantenidas en secreto. Es, por ello, muy difícil encontrarlas reunidas, aunque la mayoría de ellas se hallan en la biblioteca de la universidad de Gotinga” “Dondequiera que se detenía por algún tiempo pronunciaba conferencias y componía y editaba obras; por eso es tan difícil llegar a reunir sus escritos completos. § Esto explica también el que muchas de sus obras se repitan en cuanto al contenido, aunque lo presenten bajo diversa forma. Y es natural que quien trabajaba de este modo no llegase nunca a desarrollar debidamente su pensamiento. El carácter fundamental que muchas de sus obras presentan es justo, de una parte, el que responde al hermoso entusiasmo de un alma noble que siente palpitar dentro de sí el espíritu y que sabe que la unidad de su ser y de todo ser constituye la vida íntegra del pensamiento. Hay algo de báquico en el modo como aborda los problemas esta profunda conciencia, que se desborda para convertirse en el verdadero objeto de sus especulaciones y expresar así su riqueza. (…) cuando no ha alcanzado aún esta formación científica, pasa continuamente de unas formas a otras, sin acertar a ordenarlas convenientemente.” “fanatismo místico”

El universo es, pues, como un animal infinito en el que todo vive y se mueve de las maneras más diversas. La inteligencia formal no se distingue así en nada de la causa final (del concepto de fin, de la entelequia o el principio inmóvil de Aristóteles); pero asimismo hay que ver en ella probablemente una inteligencia eficiente (causa efficiens), una causa intermedia, precisamente la que produce aquellos resultados.”

Si la materia fuese simplemente la potencia indeterminada, ¿cómo sería posible llegar a lo determinado? Esta simplicidad de la materia no es de suyo sino un momento de la forma; por tanto, al tratar de sustraer la materia a la forma, se la establece, al mismo tiempo, como una determinación de la forma misma, lo que equivale a establecer también y al mismo tiempo lo otro.”

Se representa el principio primigenio, lo que en otra parte llama la forma, bajo el concepto de lo más pequeño que es, al mismo tiempo, lo más grande, de lo uno que es, al propio tiempo, todo; el universo es este uno en todo. En el universo, dice este pensador, el cuerpo no se distingue del punto, ni el centro de la periferia, lo finito no se diferencia de lo infinito ni lo más grande de lo más pequeño. Todo es, aquí, centro o, dicho en otros términos, el centro del universo se halla en todas partes y en todo. Los antiguos expresaban esto diciendo que el padre de los dioses moraba esencialmente en todos y cada uno de los puntos del universo.”

La unidad de lo contrapuesto es explicada de este modo: la diferencia entre las sombras no es nunca verdadera pugna o contradicción. En el mismo concepto se encierran y conocen los contrarios, lo bello y lo feo, lo conveniente y lo inconveniente, lo perfecto y lo imperfecto, lo bueno y lo malo. Lo imperfecto, lo malo, lo feo, no descansan sobre ideas especiales propias; a estos conceptos se los conoce en otros, y no en uno peculiar suyo, que no es nada. Pues este algo peculiar es el no-ser en el ser, el d-efecto en el efecto. La inteligencia primera es la primera luz; derrama su luz desde lo más recóndito hasta lo más externo y la luz vuelve a condensarse desde lo más externo en sí misma. Toda esencia puede captar, con arreglo a su capacidad, algo de esta luz.” “Esta luz pura de las cosas es precisamente su cognoscibilidad, que parte de la inteligencia primera y se orienta hacia ella; lo que no es no puede ser conocido.” “Por medio de la idea que vive en la inteligencia se comprenden siempre las cosas mejor que por medio de la forma de las cosas naturales en sí mismas, precisamente porque esto es lo más material: pero la más alta comprensión se logra por medio de la idea del objeto tal y como vive en la inteligencia divina.” “Ahora bien, el arte de Giordano Bruno consiste en determinar el esquema general de la forma que todo lo comprende bajo sí y en poner de manifiesto cómo sus momentos se expresan en las diferentes órbitas de la existencia.” “La unidad es lo que sirve de hilo de reducción; y Giordano Bruno, al distinguir el mundo natural y el mundo metafísico, trata de establecer el sistema de aquellas determinaciones para poner de manifiesto, al mismo tiempo, cómo se manifiesta aquí de un modo natural lo que de otro modo se revela como lo pensado.”

Este arte del pensamiento interior y de la organización exterior con arreglo a él, y viceversa, arte que el alma humana posee, es puesto por Giordano Bruno en estrecha relación con el arte de la naturaleza del universo y con la acción del principio absoluto del universo en general, con arreglo a lo cual todo se forma y se plasma: es una forma única que se desarrolla; es el mismo principio universal que se plasma en los metales, las plantas y los animales y que en el hombre piensa y organiza fuera de sí, aunque se exprese, en sus efectos, de modo infinitamente diverso en el universo todo. Por consiguiente, es uno y el mismo desarrollo de uno y el mismo principio el que se proyecta sobre el interior y el exterior.”

Hasta aquí todo va bien en conjunto; es la ejecución del mismo esquema en todas direcciones. Y no cabe duda de que es digno de los mayores respetos este intento de exponer el sistema lógico del artista interior, del pensamiento productivo, de tal modo que a él correspondan las formas de la naturaleza exterior. Pero, a pesar de todo, las determinaciones del pensamiento, aun siendo de indiscutible grandeza el modo de proceder de Giordano Bruno, no pierden aquí su carácter superficial, el carácter de tipos inertes, muertos, como el de los esquemas de la filosofía natural de los tiempos modernos, ya que este pensador se limita a enumerar los momentos y las contradicciones del esquema, como los filósofos de la naturaleza desarrollan en cada esfera, considerándola como algo absoluto, la tríada. Giordano Bruno junta al buen tuntún los momentos más determinados; y cuando trata de expresarlos por medio de figuras y clasificaciones, todo es confusión. Las 12 formas que le sirven de base no son formas derivadas y reducidas a unidad en un gran sistema único, ni aparece tampoco como algo derivado la multiplicación de las formas posteriores. Giordano Bruno escribió diversas obras acerca de esto (De sigillis), y la exposición que hace de este punto varía en todas ellas; las cosas se manifiestan en forma de letras y de signos que corresponden a un pensamiento.” O mesmo problema do rodopio sem achar a saída dos conceitos finais nietzschianos para Heidegger: eterno retorno, super-homem, transmutação de todos os valores, vontade de potência.

EM CIMA DO MURO: “Vanini, como antes de él hicieran ya Pomponacio y otros opone la razón a la fe y a la doctrina de la Iglesia. Sin embargo, al probar por medio de la razón tales o cuales dogmas contradictorios con la doctrina cristiana, hacían constantemente protestas —como, andando el tiempo, y ya entre los reformados, haría Bayle— de que sus convicciones estaban sometidas en un todo a lo que la Iglesia enseñaba; o bien aducían todos los fundamentos y argumentos en contra de los dogmas teológicos como otras tantas dificultades y refutaciones insolubles puestas por la razón y que ellos, por su parte, sometían también gustosos a los dictados de la fe. Bayle dice, por ejemplo, en su Dictionnaire crítico, donde pasa revista a muchas ideas filosóficas, bajo la voz «Maniqueos», que la afirmación de que existen 2 principios no puede ser refutada, pero que esta opinión debe ser sometida a la autoridad de la Iglesia.” Em que pese tal postura, Vanini morreu na fogueira.

Pero además la Iglesia, al proceder así, caía en la peregrina contradicción de condenar a Vanini porque, aun no encontrando las doctrinas eclesiásticas conformes a razón, se sometía a ellas; por donde parecía exigir, y lo hacía valer por la fuerza de las hogueras inquisitoriales, no que sus doctrinas estuviesen por encima de la razón, sino que fuesen conformes a ella y la razón no tuviese más tarea formal que el hacer comprensible el contenido de la teología. La irritabilidad de la Iglesia peca de inconsecuencia y la arrastra a profundas contradicciones. Empezó reconociendo, es verdad, que la razón era incapaz de captar la verdad revelada, siendo por tanto indiferente como tal razón y hallándose las objeciones que de ella partiesen expuestas a verse refutadas y pulverizadas por sí mismas. Pero al no admitir, a partir de un determinado momento, que la contradicción entre la razón y la fe fuese tomada en serio y al condenar, precisamente por ello, a Vanini por ateísmo, venía a reconocer implícitamente que la doctrina de la Iglesia no podía contradecir a la razón, pero exigiendo al mismo tiempo que la razón fuese sometida a la Iglesia.”

Quienes, desde los antiguos hasta Voltaire, están considerados como enemigos del cristianismo y como ateos, hacen hincapié especialmente en las representaciones de orden externo. El empeño en atenerse literalmente a ellas conduce sin remedio a toda una serie de contradicciones.”

Los profesores reales, por ejemplo, habían mantenido en un Collège una controversia con los teólogos de la Sorbona sobre si debía pronunciarse quidam, quisquis, quoniam, o kidam, kiskis, koniam, y esta polémica tomó un sesgo tan violento que dio lugar a un proceso ante el parlamento, porque los doctores habían decidido retirar sus prebendas a un clérigo por defender la pronunciación de quisquis.”

Por último, Ramus logró una cátedra pública, siendo designado profesor en París, pero en varias ocasiones tuvo que abandonar este puesto en la enseñanza, por ser hugonote, al producirse disturbios intestinos en el país en torno a la cuestión religiosa; una de las veces hubo de viajar por Alemania. En la Noche de San Bartolomé, en 1572, pereció también Ramus a manos de sus enemigos” Que tempos merdões…

Ramus despertó un interés vivísimo con sus ataques, sobre todo contra la dialéctica aristotélica anterior, y contribuyó mucho a simplificar el formalismo de las reglas dialécticas. Ganó gran fama sobre todo por haber combatido tenazmente la lógica escolástica, erigiendo frente a ella una lógica nueva: la lógica rameana; esta polémica tuvo tan grande y profunda repercusión, que hasta en las historias de la literatura alemana aparecen mencionados los partidos de los ramistas, los antirramistas y los semirramistas.”

Los esfuerzos de hombres [Montaigne, Charron, Maquiavel] como éstos pertenecen evidentemente al campo de la filosofía en la medida en que extraen sus pensamientos de su conciencia, del círculo de la experiencia humana, de la observación de lo que sucede en el mundo y en el corazón del hombre. Es una filosofía de la vida, en la que se captan y exponen estos resultados de la experiencia; y sus resultados son en parte entretenidos y en parte instructivos.” “Pero no hacen girar sus investigaciones en torno al gran problema que interesa a la filosofía, ni razonan a base del pensamiento: por eso no pueden ser incluidos propiamente en la historia de la filosofía, sino que pertenecen más bien al panorama de la cultura general y se mueven dentro del marco del sano sentido común.” “El hombre vuelve ahora a mirar a su corazón y hace valer una vez más las razones de él: la esencia de las relaciones entre el individuo y la esencia absoluta se ve centrada de nuevo en el corazón, en el entendimiento y en la fe del propio individuo. Y aunque el corazón del hombre se halle todavía dividido, esta división, este conflicto, este anhelo es ya un desdoblamiento del hombre mismo”

Otra consecuencia de ello es la abolición de las oraciones en una lengua extranjera y el cultivo de las ciencias mediante el vehículo de este idioma extraño. El hombre es un elemento productor, creador, en el lenguaje: es ésta la primera exterioridad de que el hombre se reviste, la más simple forma de la existencia de que cobra conciencia; lo que el hombre se representa se lo representa también interiormente como hablado. Pues bien, esta primera forma aparece como algo roto y extraño cuando el hombre se ve obligado a expresar o sentir en una lengua extraña lo que toca a su supremo interés.”

La orientación fundamental que trae consigo la Reforma es el momento abstracto del ser dentro de sí del espíritu, del ser libre, del adentrarse en sí mismo; precisamente esta libertad es la vida misma del espíritu que lo lleva a replegarse sobre sí, con su contenido determinado, que aparece como otra cosa, mientras que el espíritu carece de libertad cuando deja subsistir dentro de sí esta alteridad como algo extraño a él, bien como algo no-asimilado, bien como algo muerto.”

TERCERA PARTE:

LA FILOSOFÍA MODERNA

INTRODUCCIÓN

Es un prejuicio pensar que la Reforma sólo trajo como resultado el separar del seno de la Iglesia católica a una parte de los cristianos: Lutero contribuyó también, muy eficazmente, a la reforma de la Iglesia católica misma, cuya corrupción está patentizada por sus propios documentos y por los mensajes de los emperadores y el Imperio al papa” Difícil imaginar que mesmo no tempo de Hegel (muito depois da própria Reforma!) alguém ainda não soubesse disso…

El principio de la reconciliación interior del espíritu, que era ya en sí la idea del cristianismo, se alejaba, pues, de nuevo y aparecía ahora como un desgarrón exterior e irreconciliable: un ejemplo más de la lentitud con que el Espíritu del Mundo se sobrepone a esta exterioridad.”

Con la invención de la pólvora desaparece la lucha animada por la cólera individual.” HAHAHAA!

El hombre descubre América, sus tesoros y sus pueblos, descubre la naturaleza, se descubre a sí mismo; la navegación es, ahora, el romanticismo superior del comercio.” sus tesoros y sus pueblos… Interessante!

La Iglesia perdió así todo poder contra él, pues el principio de la Iglesia residía, en verdad, en el espíritu mismo, y no en la ausencia de éste.”

A Igreja perdeu assim todo o poder contra ele, pois o princípio da Igreja residia, na realidade, no espírito mesmo, e não em sua ausência.” Quando foi que comecei a ler um livro de HISTÓRIA DA RELIGIÃO mesmo?!?

El otro lado del problema es que lo eterno, que es verdadero en y para sí, sea también conocido y comprendido por el mismo corazón puro; el espíritu propio se apropia para sí lo eterno. Tal es la fe luterana, simple y escueta, sin el aditamento de las obras, como se las llamaba. Nada tiene valor sino dentro del corazón, y no como cosa.”

INTERIORIZAÇÃO DO NIILISMO: “Dios sólo reside, por tanto, en el espíritu, no en el más allá, sino en lo más propio y más recóndito del individuo.”

El pensamiento conquista así su independencia, con lo cual abandonamos su unidad con la teología; se separa de ésta, como ya entre los griegos se había separado de la mitología, de la religión popular, para buscar de nuevo estas formas al final, en la época alejandrina, tratando de llenar las ideas mitológicas con la forma del pensamiento. Pero permanece por ello el nexo en sí: la teología no es otra cosa que la filosofía, ya que ésta piensa sobre sus problemas.”

Por tanto, cuando el pensamiento se manifiesta como una fuerza propia e independiente, nos separamos de la teología; estudiaremos, sin embargo, una figura en la que la teología y la filosofía forman aún una unidad. Nos referimos a Jacob Böhme, en quien el espíritu, aun moviéndose en su terreno propio y privativo, se halla encuadrado en parte dentro del mundo finito y natural, y en parte dentro del mundo interior, que es primordialmente el mundo cristiano.”

La primera dirección, o sea el realismo, es la experiencia. Filosofar es aquí o tiene como determinación fundamental el pensar por cuenta propia para asimilarse lo presente, [AS COISAS] como aquello en que reside la verdad y en que puede, por tanto, llegar a ser conocida; todo lo especulativo se achata para ser reducido a experiencia. Este algo presente que sirve de pauta es la naturaleza existente, externa, y la actividad espiritual en cuanto mundo político y actividad subjetiva. El camino hacia la verdad, para esta filosofía, consiste en partir de esta premisa, pero sin detenerse en su realidad externa y aislada, sino remontándose a lo general. [A IDÉIA]” H. insinua que falará imparcialmente da corrente que lhe é oposta; em poucos parágrafos estará refutando toda esta modalidade do pensar.

AQUILO CONTRA QUEM STEPHEN HAWKING FALAVA, E NÃO <FILÓSOFOS> NO TERMO ATUAL (ele estava 300 anos defasado): “la ciencia de la naturaleza sólo llega hasta la fase de la reflexión. Esta senda de la física experimental se llamó y sigue llamándose todavía hoy filosofía, como nos lo revelan los Principia philosophiae naturalis de Newton” “lo que hoy llaman los franceses sciences exactes.” “Aquí no es la idea misma, en su infinitud, el objeto del conocimiento” “las leyes de Keplero” “En la filosofía escolástica, por el contrario, era como si al hombre le hubiesen sacado los ojos, y todo lo que en aquel tiempo se discutía acerca de la naturaleza partía de una serie de premisas abstrusas.” Mais detalhes dessa fase da evolução espiritual e epistemológica em https://seclusao.art.blog/2021/08/05/o-que-aristoteles-e-stephen-hawking-tem-em-comum-um-pouco-sobre-a-contenda-edipiana-fisica-x-metafisica-mal-entendidos-comuns-entre-uma-e-outra-do-ponto-de-vista-filosofico-passando-por-figuras-il/.

En segundo lugar, se observaba lo espiritual tal y como, en su realización, forma el mundo espiritual de los Estados, con el fin de inquirir así por la experiencia cuáles eran los derechos de unos individuos con respecto a otros y frente al príncipe, y cuáles los de unos Estados para con otros.” A ciência exato-política, por assim dizer.

Antes (…) lo que a los reyes les era lícito y lo que les estaba vedado se tomaba de la historia de Saúl y de David; los derechos y prerrogativas de los sacerdotes tenían como fuente la historia de Samuel; en una palabra, el Antiguo Testamento era la fuente de todos los principios del derecho público, y todavía hoy vemos cómo en todas las bulas de los papas se refuerzan con referencias al Antiguo Testamento los ordenamientos de la Iglesia.”

Fueron compuestos, de este modo, libros que todavía hoy se citan con cierta frecuencia en el parlamento inglés.”

A segunda direção, o idealismo, parte sempre do interior; para ele, tudo reside no pensamento e o espírito mesmo é todo o conteúdo.¹ Aqui se toma por objeto da filosofia a idéia mesma, isto é, trata-se de pensá-la, a fim de chegar, partindo dela, ao determinado. [AS COISAS] O que ali [no realismo] extrai-se da experiência, extrai-se aqui do pensamento a priori, ou bem capta-se também o determinado, só que não para reduzi-lo ao geral, senão que para <reduzi-lo> à IDÉIA.”

¹ Tem razão, Hegel: tudo sempre parte do interior: do pensamento! Até mesmo “o espírito” é uma criação do eu.

Grifos em laranja: H. deixa claro – realismo e idealismo não são dois rios ou duas vias de mão única. Não há simetria. O realismo certamente só pode confluir num sentido – do particular (dados imediatos, que não deixam por isso de ser mentais), pois são fenômenos, para AS IDÉIAS; e ainda assim não A IDÉIA, isto é, a mais elevada de todas, o ABSOLUTO. Para H., a investigação empírica só funciona para descobrir leis da física ou uma ou outra lei política ou princípio ou axioma do Direito. Mas o idealismo conflui nos dois sentidos, é muito mais perfeito. Pelo pensamento (o único) se acessam as coisas; pelas coisas – o particular – se chega ao geral, ao pensamento do absoluto (A IDÉIA). Em síntese, a experiência é limitada, embora seja humana e, de qualquer forma, melhor do que a abstração vácua (escolástica). Veja que há “geral” e “geral” em H.: gerais e gerais; uns são apenas conceitos (o limite do realismo), outros são apenas uma fase intermediária do idealismo. O geral está sempre em contraposição ao determinado, que é o fenômeno puro, poder-se-ia dizer, carente da generalização sistemática – mas tem-se de perguntar: em qual contexto? De qual geral se está falando? Sempre que se ler H. isto tem sua importância.

1.1. As coisas são sempre meio, nunca fim.

1.2. Os fins, se determinados pela experiência, são apenas meios para os fins absolutos ideais.

Sin embargo, ambas direcciones vienen a converger en un punto común, ya que también la experiencia, por su parte, se esfuerza por derivar de las observaciones, principios y leyes generales; y a su vez el pensamiento, partiendo de lo general abstracto, necesita darse un contenido determinado, por donde lo apriorístico y lo aposteriorístico no forman dos campos absolutamente deslindados. En Francia, logró imponerse más bien lo general abstracto; en Inglaterra prevaleció, por el contrario, en general, el criterio de la experiencia, que todavía hoy goza de gran predicamento en aquel país; Alemania, en cambio, tomó como punto de partida la idea concreta, el interior del hombre, pleno de ánimo y espíritu.” Nonsense. Hegel quer dizer que em seu país se está no melhor dos mundos; que em sua filosofia se está no verdadeiro. No mais verdadeiro que os outros verdadeiros. O difícil para Hegel é ir além do a priori kantiano, que é um tipo muito especial de a priori, mais elevado que o a priori francês, se podemos assim dizer. Aqui não é o lugar para tratar do criticismo kantiano, que é, efetivamente, a síntese correta, e antes mesmo de Hegel aparecer. Hegel tem de recorrer a um suposto Espírito do Mundo para pretender estar um grau acima de Kant em objetividade. Uma objetividade divina (em si!)! Alega que não só a representação mental, mas o mundo como matéria viva, o em si kantiano, não-partícipe da experiência, é sinônimo com sua representação mental, mas se, e somente se, souber-se “rastreá-lo”, “sentir seu cheiro”, que é o que ele faz em seu Historicismo. Isso, no entanto, é o vulgar e depreciativo de sua filosofia. O em si só pode ser em si enquanto for inessencial no sentido hegeliano, i.e., o que se chama a partir de Schopenhauer de vontade, e que a terminologia existencialista abandonará, mas continuará usando implicitamente. O que é inessencial não tem “agenda própria”, não tem fim em vista, teleologia, apenas é, com-o-homem.

Ahora bien, la conciliación buscada y que se cree poder lograr también en el reino del pensamiento es el interés general de la ciencia. Esa conciliación se realiza en sí, pues el saber se considera capacitado para llevar a cabo este conocimiento de la conciliación dentro de sí. Por tanto, los sistemas filosóficos no son otra cosa que otras tantas modalidades de esta unidad absoluta, de tal modo que sólo en la unidad concreta de aquellas contraposiciones reside la verdad.”

La segunda fase es la de la conciliación metafísica; y es realmente aquí donde, con Descartes, comienza la filosofía de la época moderna como pensamiento abstracto.”

Descartes resumido como SUSPENSÃO ACEITAÇÃO.

Pseudo-suspensão, já que depois todo o fenomênico é automaticamente aceito, pois provém de Deus em última instância, i.e., provém imediatamente de mim, da consciência pensante, e Deus não pode dotar meu intelecto de um erro ou de uma fraude metafísica.

E no entanto isto já é suficiente, para H., para adentrar-se a modernidade: “Y así se plantea el problema de cómo es o puede ser el pensamiento idéntico a lo objetivo. Con ello, se destaca por sí mismo y se convierte en objeto lo interior, lo que sirve de base a esta metafísica; estamos ya plenamente dentro de la moderna filosofía.” “ahora los pensadores viven en condiciones completamente distintas de aquellas en que vivieron los filósofos de los tiempos antiguos”

De aquí que en Grecia y en Roma los filósofos viviesen de un modo muy propio y peculiar, rodeándose en lo externo de aquel ambiente y de aquellas condiciones de vida que mejor cuadraban a su ciencia y que más dignas parecían de ella; procuraban mantenerse, como particulares, independientes y al margen de las relaciones de la vida social, y en tal sentido podría comparárselos a los monjes, que renuncian a los bienes temporales.

En la Edad Media, la filosofía corre principalmente a cargo de clérigos y doctores en teología. En el período de transición, los filósofos libran una dura lucha interior consigo mismos y luchan exteriormente contra las circunstancias, debatiéndose en la vida en medio de grandes y agitadas vicisitudes.

Muy distinto es el panorama de la época moderna, donde no nos encontramos ya con individuos-filósofos que formen una clase aparte. Las murallas que los separaban del resto de la sociedad han caído por tierra; los filósofos ahora no son monjes, sino que viven dentro del mundo, asociados a él, y tomando parte, de un modo o de otro, en las actividades comunes. Viven sujetos a las condiciones de la vida civil, ocupando puestos o desempeñando cargos públicos; y cuando son simples particulares, su posición no los aísla tampoco del resto de la sociedad. Viven entregados al presente, al mundo, entrelazados con la marcha y el desarrollo de éste, y sólo se dedican a la filosofía por añadidura, como un lujo y una superabundancia.” Silêncio, pois Hegel está descobrindo as condições do modo de produção capitalista! Não há poços destapados no meio da cidade onde possamos tropeçar e cair por acidente…

En efecto, en la época moderna vemos cómo, al reconciliarse el principio mundanal consigo mismo, se aquieta y encauza dentro del orden el mundo exterior: las relaciones mundanales, las clases y los estamentos, las maneras de vivir, se constituyen y organizan de un modo natural y racional. Va formándose una cohesión general e inteligente, con lo cual también la individualidad adquiere una posición distinta dentro de la sociedad, perdiendo aquella vigorosa personalidad plástica de los antiguos.” É tudo uma máquina sorridente e animada após Lutero ter traduzido a Bíblia, correto? Durkheim seria a apoteose e fim dessa maneira de pensar.

Debido a que el poder objetivo de las circunstancias es inmenso y, por ello mismo, la modalidad necesaria —según la cual soy en ellas— se ha convertido en algo indiferente para mí, por ello también se convierte en indiferente la personalidad y la vida individual.” “El mundo moderno es este poder esencial de la cohesión y, dentro de él, es sencillamente necesario para el individuo formar parte de esa cohesión general, en lo que a la vida exterior se refiere; hoy los hombres sólo pueden vivir en común dentro de su sociedad y de su clase, y la única excepción a esta regla la tenemos en Spinoza.”

La clase de los filósofos no se halla aún organizada, como la de los monjes. Los dedicados a la enseñanza y a la vida universitaria lo están ya un poco; pero incluso esta clase se ve obligada a hundirse en las normas cotidianas de las relaciones sociales, ya que la entrada en ella es algo regulado exteriormente. Lo esencial es que el filósofo se mantenga fiel a su fin.”

SECCIÓN PRIMERA:

SE ANUNCIA LA FILOSOFÍA MODERNA

Los 2 primeros filósofos que hemos de considerar aquí son [o segundo e mais relevante] Bacon, y Böhme, dos individualidades tan absolutamente dispares como lo son sus filosofías.”

Bacon (…) a quien suele citarse, por ello mismo, como el caudillo de toda esa filosofía de la experiencia con cuyas frasecillas se gusta todavía hoy de adornar cierta clase de obras.” Hahaha!

La filosofía baconiana es, pues, en términos generales, una especie de filosofía basada en la observación de la naturaleza exterior y espiritual del hombre, de sus inclinaciones, sus apetitos y sus determinaciones jurídicas y racionales; partiendo de aquí, se llega a conclusiones y se descubre o se trata de descubrir las ideas y las leyes generales que rigen en este campo de problemas. Bacon dio completamente de lado a la filosofía escolástica, la repudió como enemigo que era de razonar a base de abstracciones completamente remotas, cerrando en cambio los ojos a lo que se tiene delante de los ojos. Su punto de vista es el de los fenómenos revelados por los sentidos, [y no por la Iglesia!] tal y como se aparecen ante el hombre culto y cómo éste reflexiona en torno a ellos; punto de vista conforme al principio de aceptar lo temporal y lo finito como tal.”

a la edad aproximada de 19 años escribió una obra acerca del estado de Europa (De statu Europae). Se unió en su juventud al conde de Essex, favorito de la reina Isabel, gracias a cuya protección pronto mejoró de situación material —hay que tener en cuenta que, como segundón que era, no se había beneficiado en lo más mínimo con el patrimonio paterno, el cual correspondía íntegro al primogénito—, haciendo grandes y rápidos progresos.” “se le acusa, en efecto, de haberse dejado seducir por los enemigos de Essex para acusarlo públicamente de alta traición cuando el favorito cayó en desgracia.” “Y, aun ocupando puestos tan altos y de tan gran responsabilidad, no tenía inconveniente en entregarse a la intriga y en incurrir en actos de la más burda venalidad. Esto hizo que atrajese sobre sí él descontento del pueblo y de los grandes, hasta que, al cabo, fue acusado judicialmente, viéndose su proceso ante el parlamento. Fue condenado a pagar una multa de 4000 libras esterlinas y encarcelado en la Torre de Londres, su nombre fue borrado de la lista de los pares. Durante el proceso y su encarcelamiento, dio pruebas de una increíble debilidad de carácter.” História já muito conhecida. Mas é interessante ‘relê-la’ sob novos olhos (os de H.).

No tardó, sin embargo, en ser excarcelado, dándose por anulado su proceso, gracias al odio todavía mayor que existía contra el rey y contra el ministerio de Buckingham, bajo cuyo gobierno había desempeñado aquellos cargos y por creérsele víctima de él, ya que tuvo la suerte de que el gobierno del duque cayese antes y de que su jefe se viese abandonado y perseguido por quienes, siendo gobernante, le secundaran. Fue, pues, esta circunstancia —la de que sus perseguidores se hiciesen odiar por su labor de gobernantes tanto como él— la que más que su propia inocencia contribuyó a atenuar un poco el desprecio y el odio concitados contra Bacon.” “Durante el resto de su vida no salió ya de la oscuridad y de la miseria, viéndose obligado a mendigar del rey algún socorro y dedicando el resto de sus días al cultivo de las ciencias, hasta que murió en el año 1626. (Buhle; Brucker)

El nombre de Bacon es ensalzado siempre como el del pensador que descubrió en la experiencia la verdadera fuente del conocimiento, y no puede negarse que es, en rigor, el guía y el representante más caracterizado de lo que en Inglaterra se llama filosofía, una filosofía a la que los ingleses no aciertan a sobreponerse. Parecen ser, en Europa, a la verdad, el pueblo que vive entregado por entero al entendimiento de la realidad, como los tenderos y los artesanos viven entregados, dentro del Estado, a cuanto se refiere a la materia, y lo que les guía y gobierna es el tomar como objeto de sus pensamientos la realidad y no la razón.

Bacon realizó, sin duda alguna, una obra muy meritoria al señalar cómo es necesario tener en cuenta los fenómenos naturales exteriores e interiores; pero su nombre aparece rodeado de mayor fama que la que sus méritos inmediatos permiten reconocerle. La época misma y la manera de razonar de los ingleses revelan la tendencia general a partir de hechos y a juzgar con arreglo a ellos; y como realmente fue Bacon quien proclamó esta dirección y como, además, hace falta siempre un guía y un fundador a quien poner al frente de una manera, se le coloca en este puesto, como si, en efecto, hubiese encauzado él el conocimiento por estos derroteros de la filosofía experimental.”

Con toda la corrupción de su carácter, era un hombre de espíritu y de gran sagacidad, indudablemente, pero no poseía la capacidad necesaria para razonar con arreglo a pensamientos generales y a conceptos. No encontramos en él una consideración metódica y científica de los problemas, sino solamente los razonamientos exteriores propios de un hombre de mundo como Bacon era. El conocimiento del mundo lo poseía innegablemente en el más alto grado”

«Emite casi siempre sus juicios ex cathedra; y cuando intenta explicarlos, recurre más bien a metáforas, a ilustraciones y a agudas comparaciones que a una argumentación directa y adecuada. El razonamiento general es una de las condiciones esenciales de toda filosofía; pues bien, la ausencia de esta cualidad es sorprendente en las obras de Bacon.» The Quarterly Review, 1817

Limítase a examinar el presente y a hacer consideraciones en torno a él, a poner de relieve y dejar prevalecer los fenómenos de la realidad; contempla con los ojos bien abiertos lo existente, concentrando en ello la mirada como en lo primordial y honrando y reconociendo, por encima de todo, esta manera de ver el mundo.” “Y es en realidad este aspecto metódico de sus consideraciones lo único que hace de Bacon una figura relevante y digna de figurar en la historia de las ciencias y de la filosofía; este principio del conocimiento metódico fue, al mismo tiempo, el que le valió la gran influencia que llegó a tener en su época, haciendo que las gentes se fijasen en los defectos de que las ciencias adolecían, tanto en cuanto a su método como en cuanto a su contenido.” “Y no cabe duda de que la época moderna tiene el gran mérito de haber estimulado o creado este conocimiento, pues lo que los antiguos sabían y decían acerca de esto no puede ser más pobre.”

Es cierto que cuando se trata de una ciencia acabada, la idea debe partir de sí misma, pues la ciencia como tal no puede arrancar nunca de lo empírico. Pero, para que la ciencia llegue a existir, hace falta el tránsito de lo individual y lo particular a lo general, una actividad que se proyecte sobre la materia empírica dada y reaccione contra ella y la transforme. El postulado del conocimiento a priori, como si la idea construyese a partir de sí misma, sólo es por tanto un reconstruir, ni más ni menos que la sensibilidad lo hace en la religión en general. Sin el desarrollo de las ciencias de la experiencia jamás habría podido la filosofía llegar más allá de donde había llegado entre los antiguos. La totalidad de la idea de por sí es la ciencia acabada; lo otro es el comienzo, la marcha de su nacimiento.”

Para que pudiese existir, por ejemplo, la historia de la filosofía de los tiempos modernos era necesario que existiese, entre otras cosas, la historia de la filosofía en general, la trayectoria de la filosofía a lo largo de tantos miles de años; el espíritu hubo de recorrer este largo camino para estar en condiciones de poder producir aquella filosofía. En la conciencia, adopta la posición de rechazar o destruir este largo puente que hay detrás de ella, como si se desenvolviese libremente en su éter, sin encontrar la menor resistencia dentro de este medio; pero otra cosa muy distinta es obtener este éter y este desenvolvimiento en él. No debemos perder de vista, en modo alguno, que la filosofía jamás habría llegado a existir sin esta trayectoria anterior; pues el espíritu es esencialmente la elaboración como de algo distinto.” Não tem nada a ver com o espírito, mas H. não deixa de ter razão.

Bacon hízose famoso con 2 obras. Su mérito principal consiste, primeramente, en haber construido en su obra De augmentis scientiarum una enciclopedia sistemática de las ciencias, intento este que necesariamente tenía que causar gran sensación entre las gentes de su tiempo. No deja de tener su importancia, y grande, el tener ante la vista este panorama sistemático, ordenado, del conjunto de las ciencias, en que nadie, hasta entonces, había pensado.”

Bacon clasifica las ciencias con arreglo a las facultades de la memoria, de la fantasía y de la razón, distinguiendo estas 3 clases de materias” Poesia e arte são ciências fantasiosas. Quão bizarro isso nos soa hoje.

Estas divisiones, siguiendo el método favorito de la época, se subdividen a su vez, lo que le permite a Bacon incluir en su clasificación todas las demás ciencias, pero hay que reconocer que sus resultados distan mucho de ser satisfactorios. Forman parte de la historia, según él, las obras de Dios, o sean la historia sagrada, la profética y la eclesiástica; las obras de los hombres, que incluyen la historia en general y la historia de la literatura; las obras de la naturaleza, etc.”

En la Cosmética, al hablar de los afeites, dice: «Es, en verdad, extraño que las leyes civiles y eclesiásticas hayan tardado tanto tiempo en prestar atención a esos malos hábitos de los cosméticos; en la Biblia leemos que Jezabel usaba afeites, pero no así Ester ni Judit».”

Pero, en realidad, la clasificación de las ciencias es lo menos importante en la obra De augmentis scientiarum. Lo que da su valor a esta obra y le asegura el éxito es la crítica y la profusión de observaciones instructivas, cosa que tanto se echaba de menos por aquel entonces en los diversos géneros de conocimientos y disciplinas, sobre todo en lo tocante al problema de saber hasta qué punto debía considerarse vicioso e ineficaz el método que venía empleándose y en el que los conceptos escolástico-aristotélicos eran urdidos por el entendimiento como si se tratase de realidades.”

El segundo aspecto que caracteriza la filosofía de Bacon es que, en su segunda obra, en su Organon, trata de desarrollar prolijamente un nuevo método acerca del saber; y es esto precisamente lo que con mayor frecuencia se invoca, todavía hoy, en apoyo de su fama. Bacon se manifiesta polémicamente en contra del método escolástico hasta entonces imperante y que consistía en saber deduciendo, es decir, contra las formas silogísticas. Llama a este método anticipationes naturae, pues consiste, nos dice, en arrancar de supuestos, definiciones y conceptos hipotéticos, es decir, de abstracciones escolásticas y en seguir razonando a partir de ahí, sin fijarse para nada en lo que sucede en la realidad.”

«La dialéctica en nada ayuda al descubrimiento de las artes; muchas artes han sido descubiertas por obra del azar.»

Contra este método deductivo polemiza calurosamente Bacon, pero no contra el método en general, es decir, no contra el concepto del mismo (concepto que Bacon no posee), sino contra el modo como se manejaba, contra aquella clase de deducciones escolásticas que procedían tomando como base un contenido hipotético.”

En realidad, aunque no lo supiese ni se diese cuenta de ello, Bacon empujaba hacia esta confusión en cuanto al contenido. Pues, aunque en rigor rechazase la deducción de un modo general y sólo admitiese las conclusiones inductivas, no cabe duda de que él mismo incurre, inconscientemente, en deducciones. En parte, todos aquellos héroes de la experiencia que siguiendo a Bacon han puesto en práctica sus postulados y que creen llegar al conocimiento puro de la cosa por la vía de la observación, el experimento y la experiencia, lo que hacen es proceder sin ninguna clase de conclusiones ni conceptos, comprendiendo y concluyendo tanto peor cuanto más creen no tener nada que ver con los conceptos, y, además, no se remontan nunca del plano de la inducción hasta el conocimiento inmanente y verdadero. Por tanto, cuando Bacon contrapone la inducción al silogismo formula una contraposición puramente formal; toda inducción es, al mismo tiempo, una deducción, cosa que ya sabía también Aristóteles.” Toda observação é ideológica. Mas é possível construir novas ideologias mediante observações.

O “AVÔ” DA FENOMENOLOGIA: “Este momento del ahora y el aquí es el que se revela así, en general, a la conciencia de sí. Pero las experiencias, los experimentos, las observaciones no saben lo que en realidad hacen, no saben que el único interés que se toman por las cosas es precisamente la certeza inconsciente interior de la razón de encontrarse en la realidad misma; y las observaciones y los experimentos tienden, en efecto, cuando están certeramente orientados, a la conclusión de que lo único objetivo es el concepto. A los experimentos se les escapa de entre las manos lo particular sensible y se convierte en algo general; el ejemplo más conocido es el de la electricidad positiva y negativa, en cuanto que es eso: positiva y negativa.” Nem sei do que ele está falando (eletricidade + ou -). Provavelmente da escolha arbitrária do vetor, pois obviamente a natureza em si não depõe e positividade ou negatividade de algo, a não ser pelo nada!

El otro defecto formal en que incurren todos los empíricos consiste en creer que se atienen exclusivamente a la experiencia; no se dan cuenta de que, al asimilarse estas percepciones, entran ya en el campo de la metafísica. El hombre nunca permanece, ni puede permanecer aunque quiera, en el campo de lo particular. Busca siempre lo general, y lo general son siempre los pensamientos, aunque éstos no sean conceptos.” “la fuerza es algo general, no perceptible; los empíricos se entregan a estas determinaciones sin el menor atisbo de crítica, de un modo inconsciente.”

Y en su Historia natural ofrece recetas en toda forma para fabricar oro y realizar muchos milagros.” Hahaha! Tinha que aprender com Plínio!

Como vemos, Bacon no se sitúa aún, ni mucho menos, en el punto de vista racional de la investigación de la naturaleza, sino que se deja llevar todavía por las más burdas supersticiones, por una falsa magia, etc. Todo esto aparece expuesto, en conjunto, de un modo intelectivo, con lo cual se mantiene dentro del marco de las ideas de su tiempo.”

«Es inútil investigar las causas finales; esta investigación es incluso perjudicial para las ciencias y sólo tiene interés en el campo de la moral.»

Bacon está en lo cierto al oponerse a esta investigación basada en causas finales, cuando se trata de finalidades puramente externas, y el propio Kant distingue, con mucha razón, esas finalidades externas de las internas.”

Quien actúa en nombre de la colectividad, del Estado, un general por ejemplo, en caso de guerra, no tiene por qué respetar al individuo como tal, sino que éste, aun siendo un fin en sí, es para estos efectos un fin puramente relativo. Es este fin en sí, no como algo exclusivo y contrapuesto a todo lo demás, sino solamente en cuanto su esencia es el concepto general.”

Cuando estudiemos la filosofía de Locke, tendremos ocasión de referirnos de nuevo a este método empírico de los ingleses.”

Este Jacob Böhme había caído en el olvido desde hacía mucho tiempo y pasaba por ser, cuando de él se hablaba, un pietista fanático y soñador; su público fue reduciéndose por obra, sobre todo, de la Ilustración. Leibniz le tenía todavía en alta estima; pero es sobre todo en estos últimos tiempos cuando vuelve a reconocerse toda su profundidad y a enaltecerse la obra de este pensador. No cabe duda de que no era merecedor de aquel desprecio en que se le llegó a tener, pero tampoco creemos que merezca tantos honores como se le han querido tributar.”

Desde este punto de vista, hay que reconocer que Böhme, como filósofo, es un perfecto bárbaro; trátase, sin embargo, de un hombre que, con toda su tosquedad de exposición, posee un corazón concreto y profundo. Lo malo es que por no tener un método ni seguir un orden resulta difícil llegar a formarse una idea clara de su filosofía.”

en su libro De signatura rerum se aclara y contiene bastante bien esta impresión [prostrações extáticas de vários dias, ou ver objetos reluzentes, ou a própria luz, de forma intensa e inexplicável] grabada en él”

Sus obras son muy solicitadas por los holandeses, razón por la cual la mayoría de sus ediciones aparecieron en Amsterdam, habiendo sido reimpresas en Hamburgo. Su primer escrito es la Aurora, al que siguen muchos otros; el titulado De los tres principios y otro que lleva por título De la triple vida del hombre figuran entre los más notables. Böhme era un lector infatigable de la Biblia. No sabemos de otras lecturas suyas. Pero gran cantidad de pasajes de sus obras revelan que leía mucho, principalmente, sin duda alguna, obras de mística, de teosofía y de alquimia, entre las que podemos estar seguros de que figurarían las de Teofrasto Paracelso Bombast von Hohenheim, filósofo de parecido calibre, aunque más confuso que Böhme y sin la profundidad de espíritu de éste.” Vai me desculpar, H., mas Giordano Bruno é muito mais moderno que esse Böhme – isso foi xenofobia sua!

Pero como Böhme no posee el concepto y se halla tan rezagado en cuanto a la formación del espíritu, resulta que esto se traduce en una espantosa y angustiosa batalla de su ánimo y de su conciencia con el lenguaje; y el contenido de esta batalla es la más profunda idea de Dios, que se esfuerza por unir y enlazar las más absolutas contradicciones, pero no por unirlas y enlazarlas para la razón pensante.” Dá a impressão de ser o Kierkegaard do pré-hegelianismo, como Kierk. foi o Böhme do pós-hegel..

Así como Próspero, en el drama de Shakespeare —en La Tormenta—, amenaza a Ariel con hendir un nudoso roble y aprisionarle en él por mil años, así el gran espíritu de Böhme se halla aprisionado en el duro y nudoso roble de lo sensible, en la dura prisión de las representaciones, sin poder alcanzar la libre exposición de la idea.”

nos equivocaríamos en nuestro trabajo si tratáramos de encontrar en Böhme, a todo trance, un desarrollo consecuente de sus ideas, sobre todo en tanto que trascienden.” Os loucos também podem figurar na história da filosofia, por que não?

Con el tormento, trata Böhme de expresar lo absoluto, es decir, justo la negatividad consciente de sí y sentida, lo negativo referente a sí mismo, que es, por ello, afirmación absoluta. En torno a este punto giran, en efecto, todo el esfuerzo y toda la preocupación de Böhme”

Trátase evidentemente tan sólo de una tergiversación muy propia de zapatero de portal del nombre sal nitri, salitre (que en austríaco aún se sigue llamando hoy «salnitre»), es decir, sal neutra, la esencia neutral y verdaderamente general.”

SECCIÓN SEGUNDA:

EL PERÍODO DEL ENTENDIMIENTO PENSANTE

Esta seção será desproporcional, respondendo por de 40 a 50% de todo o conteúdo de relevo deste volume; portanto, bastante mais extensa que qualquer outra seção de capítulo do livro III.

Con Cartesio entramos, en rigor, desde la escuela neoplatónica y lo que guarda relación con ella, en una filosofía propia e independiente, que sabe que procede sustantivamente de la razón y que la conciencia de sí es un momento esencial de la verdad.”

Aquí, ya podemos (…) gritar, al fin (…) ¡tierra!”

El alemán, sobre todo, cuanto más servil en un sentido más desenfrenado se muestra en otro; la limitación y la falta de medida, el afán de la originalidad, es el ángel satánico que nos azota con sus alas.” Bela caracterização do nazismo!

Este recomenzar de la filosofía, en esta época, explica por qué las viejas historias de la filosofía del siglo XVII, la de Stanley por ejemplo, sólo tratan de la filosofía de los griegos y los romanos, terminando con el advenimiento del cristianismo, como si para ellas no existiese, a partir de entonces, ninguna filosofía, por considerarla, en realidad, innecesaria, ya que la teología filosófica de la Edad Media no tenía como principio el pensamiento libre, que parte de sí mismo.”

Este [primer] período nos revela como principales figuras a Descartes y Spinoza y, al lado de ellas, las de Malebranche, Locke, Leibniz y Wolff. La otra forma es la del escepticismo y el criticismo contra el entendimiento pensante [esse suposto primeiro período moderno], contra la metafísica como tal y contra lo que hay de general en el empirismo: al llegar aquí, examinaremos las modalidades de estas corrientes filosóficas entre los escoceses, los alemanes y los franceses; los materialistas franceses retornan, más tarde, a la metafísica.”

Lo primero es la metafísica espontánea, pero también exenta de crítica: Descartes y Spinoza, que implantan la unidad del ser y el pensar. Lo segundo es Locke, quien trata de la contraposición misma, considerando la idea metafísica de la experiencia (…) La mónada de Leibniz, es, en tercer lugar, la totalidad de la concepción del mundo.”

La filosofía spinozista, en segundo lugar, se comporta con respecto a la filosofía de Cartesio solamente como si se tratase de su consecuente desarrollo; el método es lo fundamental. Una forma que aparece al lado del spinozismo y que constituye también un desarrollo completo del cartesianismo es, en tercer lugar, el modo como Malebranche se representa esta filosofía.”

René Descartes es un héroe del pensamiento, que aborda de nuevo la empresa desde el principio y reconstruye la filosofía sobre los cimientos puestos ahora de nuevo al descubierto al cabo de mil años.” Exagero da porra!

su importancia estriba principalmente en haber sabido exponer su pensamiento de un modo simple y sencillo y, al mismo tiempo, popular, relegando a segundo plano toda premisa del pensamiento popular mismo, partiendo de tesis completamente simples y reduciendo el contenido a los pensamientos o a la extensión y el ser, con lo que, en cierto modo, enfrenta el pensamiento con esta su antítesis. Este pensamiento simple se presenta bajo la forma del entendimiento determinado y claro, razón por la cual no se le puede llamar un pensamiento especulativo, una razón especulativa. Cartesio parte de determinaciones fijas, firmes, pero solamente del pensamiento; es la manera de su tiempo. Lo que los franceses llaman ciencias exactas, ciencias del entendimiento determinado, tiene justo en esta época su punto de partida. La filosofía y la ciencia exacta no se hallan separadas todavía; la separación de una y otra habrá de producirse más tarde.”

poco después, en 1619, el primero de la guerra de los Treinta años, entró como voluntario en las tropas bávaras y tomó parte en varias campañas bajo el mando de Tilly. Muchos hombres abrazaron la carrera de soldado por no encontrar satisfacción en el cultivo de las ciencias; pero éste entró en la profesión de las armas, no por desamor a las ciencias, sino porque las amaba demasiado y las tenía en muy alta estima.” ¿??

Estuvo también en la batalla de Praga, en la que Federico, el del Palatinado, perdió la corona de Bohemia. Nuestro filósofo, a quien no podía agradar el espectáculo de aquellas salvajes escenas, abandonó en 1621 el servicio militar, emprendiendo varios viajes por el territorio del resto de Alemania primero, y luego por Polonia, Prusia, Suiza, Italia y Francia. Después se retiró a Holanda, a donde lo invitaba la gran libertad de que gozaba este país, decidido a llevar a cabo allí sus designios; en Holanda vivió pacíficamente desde 1629 a 1644, período durante el cual compuso y editó la mayoría de sus obras, defendiéndolas contra los repetidos ataques desencadenados contra ellas, principalmente por parte del clero. Por último, la reina Cristina de Suecia lo llamó a su corte de Estocolmo, que era el centro de reunión de los más famosos eruditos de la época; y allí murió Descartes en el año 1650. (Brucker; Tennemann)”

Entre sus obras filosóficas, aquellas que contienen los fundamentos se distinguen, sobre todo, por un rasgo muy popular en su modo de exponer, que las hace muy gratas y recomendables a quien se inicia en el estudio. Este filósofo procede, en ellas, al abordar los problemas, de un modo muy sencillo e infantil, como si fuese narrando sus pensamientos uno detrás de otro, sin complicación alguna. El profesor Cousin de París ha reeditado recientemente las obras de Cartesio, en una colección de 11 volúmenes en octavo; la mayoría de ellos los ocupan las cartas sobre temas y problemas de física.”

Entre sus descubrimientos se cuentan varios métodos fundamentales gracias a los cuales pudieron obtenerse más tarde brillantísimos resultados en las matemáticas superiores.” Outra superestimação // o desenvolvimento paralelo das matemáticas por outros autores dessa época foi bem intenso.

“…Como tampoco tienen ningún interés para nosotros sus aplicaciones de la metafísica a ciertos problemas eclesiásticos, a determinadas investigaciones especiales, etc.”

en la filosofía de Descartes hay que distinguir entre lo que tiene un interés general para nosotros y lo que no lo tiene: lo primero es la trayectoria de sus pensamientos mismos; lo segundo, el modo como estos pensamientos se formulan y derivan. No debemos, sin embargo, considerar la trayectoria del pensamiento cartesiano como un método consecuentemente probatorio; trátase evidentemente de un profundo desarrollo interior, pero que se manifiesta de un modo ingenuo. (…) poco es lo que en conjunto cabe decir acerca de su filosofía.”

Descartes hace, pues, de este levantamiento de todas las determinaciones mismas el postulado primordial de la filosofía. Sin embargo, esta primeva tesis cartesiana no encierra, ni mucho menos, el sentido del escepticismo, el cual no persigue otra meta que la duda misma, el detenerse en esta actitud de indecisión del espíritu, por creer que éste encuentra en ello su libertad.”

los sentidos nos engañan frecuentemente, y la prudencia nos aconseja no confiar en aquello que nos haya engañado siquiera sea una sola vez (…) y al que duda no se le revela ninguna señal, ningún indicio que le permita distinguir con seguridad la vigilia del sueño.” O segundo é anacrônico.

Y esto nos lleva a dudar de todo lo demás, incluso de los axiomas matemáticos”

Descartes busca algo cierto y verdadero en sí, algo que no sea simplemente verdadero, a la manera como lo es el objeto de la fe sin saber, ni sea tampoco esa certeza sensible y también escéptica carente de verdad. Toda la filosofía anterior a Descartes llevaba la tara de presuponer algo como verdadero y, en parte, como ocurría con la filosofía neoplatónica, con la de atribuir la forma de la ciencia no a su esencia misma, o la de no analizar los elementos de ella.”

sería contradictorio pensar que no existe aquello que piensa.” Principia philosophiae, parte I, §§ 7 s.

Descartes arranca, como hará más tarde Fichte, del Yo como lo sencillamente cierto; yo sé que algo se representa en mí. Con ello, la filosofía entra de golpe en un campo totalmente nuevo y se sitúa en un punto de vista completamente distinto, pues se desplaza a la esfera de la subjetividad. Se abandona la premisa de la religión y se busca solamente la prueba, y no el contenido absoluto, el cual desaparece ante la subjetividad abstractamente infinita.” “la existencia de un determinado contenido es justo aquello de que debe dudarse, pues no existe nada firme.”

En esta tesis se ve, de una parte, un silogismo, como si del pensamiento se dedujese el ser. Kant razona, en especial, contra este mecanismo silogístico, alegando que en el pensamiento no se contiene el ser, pues éste es algo distinto del pensar. Y esto es cierto, pero no lo es menos que ambos son inseparables, es decir, que existe entre ellos, a pesar de todo, una identidad; su unidad no es destruida ni menoscabada por su diversidad.” “El propio Descartes lo dice: «No es en modo alguno un silogismo, pues para ello tendría que formularse así la premisa mayor: todo lo que piensa existe», después de lo cual vendría la subsunción en la menor, como conclusión: «luego yo existo». Con ello se levantaría justo la inmediatidad que la proposición lleva consigo.”

Para que haya un silogismo tiene que haber 3 términos; aquí, concretamente, tendría que haber un 3º que sirviese de mediador, de eslabón entre el pensar y el ser; pero este 3º término no existe. El «luego» o «por tanto» que enlaza ambos lados no es el «luego» o el «por tanto» de un silogismo; la conexión entre el ser y el pensar se establece sólo de un modo inmediato. Esta certeza es, por consiguiente, el prius; todas las demás proposiciones vienen después.” penso existo – um pleonasmo, redundância, tautologia, auto-referência e nada mais. Não no sentido de deboche do que é. A auto-referência por excelência, além do mais. O “ponto zero” do plano cartesiano, de onde parte todo o pensamento metafísico moderno.

en el ser no hay que representarse tampoco, ni mucho menos, un contenido concreto; por donde es la misma identidad inmediata la que constituye también el pensamiento. (…) la inmediatidad es una determinación unilateral; el pensamiento no contiene esta determinación solamente, sino también la de servir de mediador consigo mismo: la inmediatidad existe precisamente por el hecho de que el mediar es, al mismo tiempo, levantar la mediación.” eu penso eu existo; (eu) (eu); yo = yo; a rigor, não existe sequer o “”, elemento relacional, que designa ou conota MEDIAÇÃO, já que é uma Imediação. penso-existo. ser-pensamento. É o principio de individuação de Aristóteles em seu grau máximo formulado da forma mais sintética. Esta imediação não contempla, ainda, o inconsciente enquanto tal (é o ser no aqui e agora, mas não o Ser total).

Por tanto, Descartes no se preocupa de seguir demostrando esta identidad del ser y el pensar, que constituye sin disputa la idea más interesante de los tiempos modernos, sino que se remite única y exclusivamente a la conciencia y la coloca momentáneamente a la cabeza. Y es que Descartes no siente todavía, en modo alguno, la necesidad de desarrollar las diferencias contenidas en el «yo pienso»; será Fichte quien, andando el tiempo, proceda a derivar todas las determinaciones partiendo de esta cúspide de la certeza absoluta.” Mas suas derivações são totalmente inúteis.

Contra Descartes se han alegado también otras proposiciones. Gassendi, por ejemplo, formula esta objeción: Ludificor, ergo sum: Soy juguete de mi conciencia, luego existo; en realidad: luego, soy juguete de mi conciencia. Y el propio Descartes comprende perfectamente que esta objeción merece ser tenida en cuenta; pero la refuta él mismo, diciendo que sólo debe hacerse hincapié en el Yo, no en el resto del contenido. Sólo el ser es idéntico al pensamiento puro, no el contenido del ser, sea el que fuere.” Gassendi é bobo. Trata-se de solipsismo ingênuo de sua parte.

como con frecuencia sucede en sueños, puedo creer que veo o que me paseo a pesar de que no abro siquiera los ojos ni me muevo del sitio” A rigor, pensa-se no sonho, o que enfraquece o discurso cartesiano. Ainda que em simulacro, há uma certeza na representação onírica de que se pensa, pois apesar de não ser em vigília o ato é efetivamente levado a cabo, idêntico ao pensar.

Decir «en sueños» es una modalidad de razonamiento empírico; por lo demás, nada hay que objetar contra esta argumentación. En el querer, ver, oír, etc., va implícito también el pensamiento; sería absurdo creer que el alma guarda, por decirlo así, la facultad de pensar en un bolsillo especial y la de ver, querer, etc., en otro. Sin embargo, cuando digo: veo, me paseo, en ello va implícito de una parte, mi conciencia, el Yo y, por tanto, el pensamiento; pero, por otra parte, va también implícito en ello el querer, el ver, el oír, el pasear y, con ello, por tanto, una modificación ulterior del contenido. Y precisamente esta modificación es la que me impide afirmar: Me paseo, luego existo; pues puedo abstraerme de la tal modificación, puesto que no es ya el pensamiento general. Hay que mirar, pues, solamente a la conciencia pura contenida en este Yo concreto. Sólo cuando destaco que existo en ella como un ser pensante, sólo entonces tengo delante el ser puro, pues el ser sólo va unido a lo general.”

Puedo dudar de todo lo demás, de la existencia de las cosas físicas, de mi propio cuerpo; o bien, esta certeza no lleva en sí misma la nota de lo inmediato. Pues el yo es precisamente la certeza misma, que en lo demás es solamente predicado; mi cuerpo es cierto para mí, pero no es la certeza misma.” “Lo real, dice, es una sustancia, y el alma la sustancia pensante”

«Ahora bien, la evidencia de todo se basa en que lo veamos tan claro y tan nítido como aquella certeza misma, y en que, por tanto, de tal modo dependa de este principio y coincida con él, que si quisiéramos dudar de ello tengamos que dudar también de este principio»

Lo tercero es, por tanto, el tránsito de esta certeza a la verdad, a lo determinado; también este tránsito presenta en Descartes un carácter simplista, y con ello se ofrece a nuestra consideración, por vez primera, la metafísica cartesiana.” “Ahora bien, la verdad de todo saber descansa sobre la prueba de la existencia de Dios.” Podemos resumir as meditações cartesianas como uma tentativa mal-sucedida (mas corajosa) de resgatar a alegoria da caverna de Platão; obviamente, o que este magnânimo pensador consegue de modo completo numa fábula auto-contida, Descarte mal e mal consegue em uma frase, ou seja, não consegue sustentar por mais do que 3 palavras, com o mesmo poder, o tipo de raciocínio-em-direção-à-essência. O fato de haver um Deus monoteísta a que se deve remeter todos os achados atrapalha bastante…

En efecto, el triángulo no tiene nada de cierto, ya que la extensión no se da en la certeza inmediata de mí mismo.”

mientras no se pruebe y se reconozca la existencia de Dios, existe la posibilidad de que nos equivoquemos, por no poder saber si nuestra naturaleza será realmente propensa al error” Caso em que deveríamos ter de buscar novos valores…

La perfección lleva también consigo, en efecto, la determinación de la existencia, ya que no puede decirse que la representación de algo inexistente sea perfecta. Ahí tenemos, pues, la unidad del pensar y el ser y la prueba ontológica de la existencia de Dios”

Implicações de se remeter a algo externo (neste caso um Deus): “en el Yo va contenido el ser como la certeza inmediata de una alteridad, del no-Yo opuesto al Yo. § «Ninguna cosa o ninguna perfección de una cosa que exista realmente actu puede tener como causa de su existencia la nada. Pues si de la nada pudiese predicarse algo, podría predicarse también el pensamiento: diría por tanto que, puesto que pienso, no soy.»

«los grados de la realidad que percibimos en las ideas no existen en las ideas mismas, en cuanto se las considera simplemente como modalidades del pensamiento, sino en la medida en que la una representa una sustancia y la otra solamente un modo de ella; en una palabra, en cuanto que se las considera como representaciones de cosas» Spinoza

aquí no se da en la forma de Dios ninguna otra representación que la contenida en el cogito, ergo sum, en la que el ser y el pensar aparecen inseparablemente unidos, sólo que ahora bajo la forma de una representación que poseo en mí. El contenido de esta representación, el Omnipotente, el Omnisciente, etc., son predicados que se manifiestan después; el contenido mismo es el contenido de la idea, vinculado con la existencia. Vemos así cómo estas determinaciones se suceden unas a otras de un modo puramente empírico y que, por tanto, no prueba filosóficamente nada: un ejemplo de cómo en la metafísica apriorística se procede a base de premisas de representaciones y de cómo éstas son pensadas, ni más ni menos que empíricamente se procede a base de ensayos, observaciones y experiencias.”

A suprema ironia é que o que prova ontologicamente o eu e a outridade neste caso é o princípio <NIHIL EX NIHILO>, quando na era cristã, justamente, tudo depende desse motto. Ter-se-ia que imaginar uma sociedade (a Atenas clássica?) que não crê em genealogia ou escatologia e que fundamenta sua filosofia no Nada!

RECAÍDA NA ESCOLÁSTICA: “Viene, en cuarto lugar, esta afirmación de Descartes: «Lo que nos es revelado acerca de Dios debemos creerlo aunque no lo comprendamos. Y no es de extrañarse de que, siendo nosotros seres finitos, lo que hay de infinito en la naturaleza de Dios sea inconcebible para nosotros, se halle por encima de nuestra comprensión.»

Todo esto aparece relatado de un modo extraordinariamente sencillo, pero no por ello deja de ser algo indeterminado, formal y carente de profundidad; no se hace sino afirmar que las cosas son precisamente así, y no de otro modo. La trayectoria de Descartes es simplemente la trayectoria del entendimiento claro. La certeza es para él lo primero; de ella no se deriva necesariamente ningún contenido, ni un contenido en general, ni menos aún su objetividad como distinta de la subjetividad interior del Yo. Nos encontramos, pues, de una parte, con la contraposición entre el conocer subjetivo y la realidad y, de otra parte, con su inseparable vinculación.” “la prueba de esta unidad descansa única y exclusivamente en decir que descubrimos en nosotros la idea de lo más perfecto” “Una objeción en contra de esta identidad, objeción ya antigua y también kantiana, es ésta: que del concepto de la más perfecta esencia no se desprende más de lo que se halla entrelazado en los pensamientos existencia y esencia perfectísima, pero no fuera del pensamiento.”

Descartes concibe el ser en el sentido absolutamente positivo, sin llegar al concepto de que es lo negativo de la conciencia de sí: ahora bien, el ser simple, establecido como lo negativo de la conciencia de sí, es la extensión; por eso Descartes niega a Dios el atributo de la extensión, se atiene a esta separación, y enlaza el universo, la materia, con Dios como el creador, causa de ella, formulando el certero pensamiento de que la conservación de la materia es una creación continua, en cuanto que la creación se establece de un modo separado, como actividad.” “la materia, las sustancias extensas, se enfrentan a las sustancias pensantes, que son simples; por cuanto el universo ha sido creado por Dios, no podría ser tan perfecto como su causa. En realidad, el efecto es más imperfecto que la causa, puesto que es algo que se establece, aunque nos atengamos al concepto puramente intelectivo de la causa. La extensión es, por tanto, según Descartes, lo más imperfecto: pero, como imperfectas que son, las sustancias extensas no pueden existir y persistir por sí mismas o a través de su concepto; necesitan, pues, en todo momento de la asistencia de Dios para su conservación”

Descartes da definiciones de estos pensamientos, lo mismo que Aristóteles indaga las categorías. Pero, así como antes establecía como fundamento que no se debía partir de premisa alguna, ahora toma las nociones a que pasa como algo con que se encuentra en nuestra conciencia. Define la sustancia así: «Entiendo por sustancia, simplemente, una cosa (rem) que no necesita de ninguna otra para existir; y esa sustancia que no necesita de ninguna otra cosa sólo puede ser una, a saber: Dios.»

Descartes pretende pensar siempre, y no hacer otra cosa; ahora bien, la resistencia, el color, etc., no los piensa, sino que se limita a captarlos como cualidades sensibles.” “La extensión y el movimiento son los conceptos fundamentales de la física mecánica; son lo que es la verdad del mundo de los cuerpos. Descartes ve flotar vagamente ante él la idealidad y se halla muy por encima de la realidad de las cualidades sensibles, pero no pasa a la particularización de esta idealidad. Se detiene, pues, en el mundo de la mecánica en sentido estricto.” “En los organismos vivos, la digestión, etc., no son sino efectos mecánicos de esa clase, que tienen como principios la quietud y el movimiento. Vemos, pues, aquí el fundamento y el origen de la filosofía mecánica; sin embargo, una visión más a fondo nos dice que esto es insuficiente, poco satisfactorio, que la materia y el movimiento no bastan para explicar la vida.”

En esta filosofía predomina, por tanto, el tratamiento pensante de lo empírico; y es éste justo el modo como se manifiestan los filósofos de esta época. En Descartes y otros, la filosofía tenía aún la significación indeterminada de conocer por medio del pensamiento, la reflexión, el razonamiento. El conocimiento especulativo, las deducciones a partir del concepto, la evolución libre e independiente de la cosa misma serán introducidos más tarde por obra de Fichte; por tanto, en Descartes no aparecen separados aún lo que hoy llamamos conocimiento filosófico y el conocimiento científico de otra clase. Por aquel entonces, incluíanse en la filosofía todas las ciencias humanas; por eso nos encontramos con que en la metafísica cartesiana se mezclan y confunden del modo más simplista las reflexiones y los razonamientos completamente empíricos nacidos de razones, de experiencias, de hechos, de fenómenos, sin que tengamos la sensación de estar asistiendo a algo especulativo.”

Para Spinoza, el alma y el cuerpo, el pensamiento y el ser, dejan de ser cosas especiales, cada una de ellas para sí. Por tanto Spinoza, como judío que es, levanta [suspende] totalmente el dualismo [corpo-alma, e mediação do Deus cristão, como veremos na seqüência da explicação de H.] que lleva consigo el sistema cartesiano. Como judío que es, decimos, pues la profunda unidad de su filosofía, tal y como a través de él se manifiesta en Europa, la concepción del espíritu, de lo infinito y lo finito, como idéntico en Dios, sin ver en éste un tercer término, es en realidad un eco del pensamiento oriental. Con Spinoza penetra por vez primera en la mentalidad europea la concepción oriental de la identidad absoluta y más concretamente se incorpora directamente a la filosofía europea, cartesiana.”

Este pensador descendía de una familia de judíos portugueses, y nació en Amsterdam en el año 1632, recibiendo el nombre de Baruch, que más tarde cambió en el de Benedicto. Recibió en sus años mozos las enseñanzas de los rabinos de la sinagoga a que pertenecía, pero pronto entró en conflicto con ellos, furiosos de que se declarase en contra de las quimeras talmúdicas. Se mantuvo por algún tiempo apartado de la sinagoga; pero los rabinos, temerosos de que su ejemplo pudiese traer malas consecuencias a su iglesia, le ofrecieron mil florines de estipendio anual si se prestaba a seguir asistiendo a la sinagoga, sin plantear ninguna clase de conflictos. Benedicto rechazó el ofrecimiento y las persecuciones de los rabinos contra él llegaron a enconarse tanto, que incluso maquinaron el plan de quitarlo de en medio, atentando contra su vida.

Habiendo logrado a duras penas escapar de los espadachines que habían de darle muerte, se separó formalmente de la iglesia judaica, aunque sin abrazar la religión cristiana. Se dedicó preferentemente al cultivo del latín y al estudio de la filosofía cartesiana. Más tarde, se trasladó a la villa de Rynsburg, cerca de Leiden, donde vivió desde 1664, respetado por muchos amigos, pero entregado por entero a la quietud y al aislamiento, primero en Voorburg, aldea cercana a La Haya, y más tarde en esta misma ciudad, ganándose la vida con un trabajo manual, consistente en la preparación de cristales para fines ópticos.

No es extraño que le interesase especialmente la luz, que es, en la materia, la identidad absoluta misma, base de la concepción oriental. Aunque tenía amigos ricos y poderosos protectores, entre los que figuraban algunos generales, vivió siempre pobremente, habiendo rechazado en varias ocasiones grandes regalos que le fueron ofrecidos. Se negó también a ser instituido heredero de Simón de Vries, empeñado en dejarle todos sus bienes, y sólo aceptó de él una pensión anual de 300 florines; renunció también, en beneficio de sus hermanas, a la parte que le correspondía de la herencia paterna. El Gran Elector del Palatinado, Carlos Luis, hombre de una nobleza extraordinaria y libre de los prejuicios de su tiempo, le invitó a desempeñar una cátedra en Heidelberg, con libertad absoluta para enseñar y escribir, ya que «el príncipe estaba seguro de que no abusaría de ella para atacar a la religión públicamente establecida». Pero Spinoza (según sabemos por sus cartas impresas) rechazó la oferta con buenas razones, por «no saber dentro de qué límites habría de encerrarse aquella libertad filosófica a que se ponía como condición el no atacar la religión públicamente establecida». Permaneció, pues, en Holanda, país extraordinariamente interesante para la cultural general, el primero que dio en Europa un ejemplo de tolerancia, brindando a muchos hombres un refugio de libertad de pensamiento; pues aunque los teólogos holandeses adoptasen, a veces, una actitud furiosa contra algunos pensadores, por ejemplo contra Bekker (v. Brucker), o se mostrasen, por ejemplo, en el caso de Voetius, rabiosos contra la filosofía cartesiana, lo cierto es que esta actitud no se traducía nunca en las consecuencias a que habría conducido en cualquier otro país.”

Já que estamos falando aqui de alguém de vida beata, cabe ressaltar que Pascal não é citado uma única vez nessa deficiente História da Filosofia de Hegel!

Un clérigo protestante llamado Colerus, aunque da muestras de una furiosa enemistad contra él en la biografía que escribió de Spinoza, ofrece por otra parte noticias muy exactas y afectuosas acerca de sus condiciones de vida, dice que, al morir, sólo dejó unos 200 táleros, cuenta las deudas que tenía, etc. El buen predicador se escandaliza a propósito de una cuenta encontrada entre los papeles del muerto, en la que su barbero reclamaba del «bienaventurado» señor Spinoza el pago de sus estipendios atrasados, y escribe las siguientes palabras, a modo de comentario: «A buen seguro que si el barbero hubiese sabido qué clase de pájaro era Spinoza, no le habría llamado bienaventurado.»

El primer escrito de Spinoza que encontramos entre sus obras lleva por título: Principios de Cartesio, probados por el método geométrico. Más tarde, escribió su Tractatus theologico-politicus que le valió gran celebridad. En efecto, si había sido grande el odio que había concitado contra sí por parte de los rabinos, este tratado atrajo ahora sobre su cabeza un odio aún mayor por parte de los teólogos cristianos, principalmente de los protestantes. Figura en él la teoría de la inspiración, un estudio crítico de los libros mosaicos y otras cosas por el estilo, expuestas sobre todo desde el punto de vista de que estas leyes se limitan al pueblo judío. En esta obra de Spinoza encontramos ya todas las disquisiciones críticas de los teólogos cristianos acerca de estos problemas y que tienden generalmente a demostrar que estos libros fueron redactados más tarde de lo que se piensa y que son, en parte al menos, posteriores al cautiverio babilónico, doctrina que constituye un capítulo fundamental para los teólogos protestantes y con la que los modernos se dan gran importancia y tratan de brillar sobre los antiguos.

Pero lo que mayores odios atrajo sobre Spinoza fue su filosofía misma, que examinaremos aquí más de cerca, partiendo de su Ética. Descartes no dio a conocer ética alguna, la obra filosófica fundamental de Spinoza es precisamente una Ética, publicada después de su muerte por Luis Mayer, un médico, que había sido el amigo más íntimo del autor.

La Ética de Spinoza consta de 5 partes. La primera trata de Dios (De Deo). Se exponen en ella algunas ideas metafísicas generales que implican el conocimiento de Dios y de la naturaleza. La segunda parte trata de la naturaleza y del origen del espíritu (De natura et origine mentis). Spinoza no expone aquí, en modo alguno, una filosofía de la naturaleza, los problemas de la extensión y el movimiento, sino que pasa inmediatamente de Dios a la filosofía del espíritu, al aspecto ético; y lo referente al conocimiento, al espíritu inteligente, figura en la primera parte, en los principios del conocimiento humano. El tercer libro de la Ética trata del origen y la naturaleza de los afectos (De origine et natura affectuum). El cuarto, de las fuerzas de ellos o de la servidumbre humana (De servitute humana seu de affectuum viribus). Finalmente, el libro quinto se ocupa del poder del entendimiento, del pensamiento o de la libertad humana (De potentia intellectus seu de libertate humana).”

La sustancia cartesiana probablemente encierra, como idea, el ser mismo en su concepto; pero es solamente el ser como ser abstracto, no el ser en cuanto ser real o en cuanto extensión. En Descartes, la corporeidad y el Yo pensante son esencias independientes por sí mismas; esta independencia de los dos extremos es levantada en el spinozismo, al convertirse en momentos de la Esencia absoluta y única. Vemos que lo que importa, en esta expresión, es el concebir el ser como la unidad de lo contradictorio; el interés fundamental reside en no hacer caso omiso de la contradicción y darla de lado, sino en reducirla y disolverla. Y en cuanto que aquí el ser y el pensar no forman ya una contraposición como las abstracciones de lo finito y lo infinito o el límite y lo ilimitado, el ser es concebido ahora, de un modo más determinado aún, como extensión; pues, en su abstracción, sólo sería en rigor el mismo retorno a sí, la misma identidad simple consigo mismo que es el pensamiento. Por tanto, el pensar puro de Spinoza no es lo general espontáneo de Platón, sino lo que se conoce al mismo tiempo con la contraposición absoluta del concepto y el ser.” “pero no es la verdad entera; para serlo, habría que concebirla como algo activo de suyo, como algo vivo, con lo cual se la determinaría ya como espíritu. Pero, la sustancia spinozista es solamente la determinación general y, por tanto, la determinación abstracta del espíritu; cierto es que podría decirse que este pensamiento es la base de toda concepción verdadera, pero no como el fundamento que permanece firme de un modo absoluto, sino como la unidad abstracta que es el espíritu dentro de sí.”

Hay que reconocer que el pensamiento no tuvo más remedio que colocarse en el punto de vista del spinozismo; ser spinozista es el punto de partida esencial de toda filosofía. Pues cuando se comienza a filosofar, el alma tiene que empezar bañándose en este éter de la sustancia una, en el que naufraga todo lo que venía teniéndose por verdad. Esta negación de todo lo particular a que necesariamente tiene que llegar todo filósofo es la liberación del espíritu y la base absoluta sobre que éste descansa. La diferencia entre nuestro punto de vista y el de los filósofos eléatas sólo estriba en que el cristianismo hace que exista en el mundo moderno la individualidad absolutamente concreta dentro del espíritu.”

lo grandioso del modo de pensar de Spinoza consiste en poder renunciar a todo lo determinado, a todo lo particular, para situarse solamente ante lo Uno, para prestar atención solamente a esto.”

La primera definición de Spinoza es la de la causa de sí misno. Dice: «Por causa de sí (causam sui) entiendo aquello cuya esencia implica la existencia, o sea, aquello que sólo puede concebirse como existente.» La unidad del pensamiento general y de la existencia se establece, como se ve, desde el primer momento; y en torno a esta unidad habrá de girar continuamente todo. Esto de la causa de sí mismo es una expresión importante, pues mientras nos imaginamos que el efecto es lo opuesto a la causa, la causa de sí mismo es aquella causa que, al actuar y separar lo otro, sólo se produce, al mismo tiempo, a sí mismo, por lo tanto, al producirse, levanta esta distinción. El establecerse a sí mismo como si fuese otro es el contraste y, al mismo tiempo, la negación de esta pérdida; estamos ante un concepto totalmente especulativo, más aún, ante un concepto fundamental en toda especulación.”

esta otra cosa tiene que ser del mismo género, pues las cosas que se limitan, para poder limitarse, tienen que entrar en contacto y, por tanto, guardar una relación entre sí, es decir, ser cosas de la misma clase, descansar sobre la misma base, pertenecer a una esfera común. Tal es el lado afirmativo del límite.

«Según esto, el pensamiento es limitado por otro pensamiento, el cuerpo por otro cuerpo; pero el pensamiento no es limitado por un cuerpo, ni el cuerpo por un pensamiento.»

Ya lo veíamos en Descartes: el pensamiento es totalidad para sí, y lo mismo la extensión, sin que tengan nada de común ni mantengan relaciones mutuas de ninguna clase; no se limitan el uno al otro, sino que cada cual forma un todo cerrado de suyo.”

«Por sustancia entiendo aquello que es en sí y se concibe por sí; es decir, aquello cuyo concepto no necesita del concepto de otra cosa para formarse (a quo formari debeat) de otro modo sería algo finito, accidental. Lo que necesita de otra cosa para ser concebido no es algo independiente, sino que depende de esta otra cosa.»

«Por atributo entiendo aquello que el entendimiento percibe como lo que constituye la esencia de la sustancia» “Y no cabe duda de que es ésta una gran determinación; el atributo es evidentemente una determinabilidad, pero una determinabilidad que sigue siendo, al mismo tiempo, totalidad. Y Spinoza, como Descartes, sólo admite 2 determinabilidades de éstas: el pensamiento y la extensión. (…) Cada uno de estos 2 modos de consideración, la extensión y el pensamiento, contiene indudablemente el contenido íntegro de la sustancia, pero solamente bajo una forma que hace entrar en ello también el entendimiento; precisamente por ello son ambos lados idénticos en sí, infinitos.”

La quinta definición se refiere al tercer elemento de la sustancia, al modo. «Por modo entiendo las afecciones de la sustancia o sea aquello que es en otra cosa por medio de la cual es también concebido.» Por tanto, la sustancia se concibe por sí misma; el atributo no es lo concebido por sí mismo, sino que guarda relación con el entendimiento conceptual, pero en tanto éste concibe la esencia; finalmente, el modo es lo no concebido como la esencia, sino por otra cosa y en ella.”

son 3 momentos muy importantes y corresponden a lo que nosotros, de un modo más preciso, distinguimos como lo general, lo particular y lo individual. Pero no debemos enfocarlos de un modo formal, sino en su sentido verdadero y concreto: lo general concreto es la sustancia, lo particular concreto el género concreto”

Como vemos, Spinoza va descendiendo, pues el modo es la fase más baja de todas; el defecto de este filósofo estriba en que concibe lo 3º solamente como modo, como la individualidad mala. La verdadera individualidad, la subjetividad, no es solamente un alejamiento de lo general, lo determinado puro y simple, sino que es, al mismo tiempo, como algo determinado pura y simplemente, lo que es para sí, lo que se determina solamente a sí mismo. De este modo, lo individual, lo subjetivo es justo el retorno a lo general; al ser lo que es consigo mismo es también de suyo lo general. El retorno consiste simplemente en ser en sí mismo lo general; pero a este retorno no llega Spinoza.”

En el mismo sentido distingue Spinoza, en la carta 29 (Opera, 1.1, pp. 526-532) lo infinito de la imaginación de lo infinito del pensamiento (intellectus), de lo realmente (actu) infinito. La mayoría de los hombres, cuando tratan de elevarse sobre la realidad, sólo llegan al primero, que es el infinito malo,¹ como cuando se dice: «y así sucesivamente, hasta el infinito»: por ejemplo, la infinitud del espacio entre un astro y otro, o el del tiempo. Lo mismo ocurre con las series infinitas del número en las matemáticas. Cuando un quebrado se representa como quebrado decimal, es imperfecto; V7 [¿?] expresa por el contrario el infinito verdadero, no es por tanto una expresión imperfecta, aunque el contenido sea, en este caso, ciertamente limitado. Lo infinito malo se suele tener presente cuando se habla de infinitud; y por muy superior que la consideremos, no es, en realidad, nada presente, y trasciende solamente a lo negativo, sin ser actu.”

¹ Esses conceitos hegelianos e ficar identificando-os em filósofos prévios são duas coisas que não levam a nada!

Spinoza llama a la infinitud filosófica, a lo que es infinito actu, la afirmación absoluta de sí mismo. Y es absolutamente exacto. Lo que ocurre es que habría podido expresarlo mejor, diciendo: «Es la negación de la negación

en Spinoza existe, pues, la infinitud verdadera. Pero sin que él tenga conciencia alguna de ello, sin que reconozca este concepto como un concepto absoluto, ni lo exprese, por tanto, como momento de la esencia misma, pues ese concepto cae aquí fuera de la esencia para entrar en el pensamiento de ella.” Essa crítica enviesada já está me cansando…

«Dios es causa inmanente, pero no transitiva (transiens) de todas las cosas», es decir, externa. Su esencia y su existencia son lo mismo, a saber: la verdad. Una cosa que ha sido determinada a obrar algo, ha sido necesariamente determinada por Dios, ya que Dios es la causa: y siendo ese su destino, no puede carecer de determinación. En la naturaleza no hay nada contingente. La voluntad no es una causa libre, sino solamente necesaria, solamente un modo; esto quiere decir que se halla determinado por otro. Dios no obra con arreglo a causas finales (sub ratione boni). Quienes lo afirman, parecen estatuir al lado de Dios algo que no depende de Dios y hacia lo que Dios mira en sus actos, como hacia un fin. Así concebido el problema, Dios no sería una causa libre, sino que se hallaría sometido a lo fatal. E igualmente insostenible es querer someterlo todo a la arbitrariedad, es decir, a una voluntad indiferente de Dios.” Éticaos trechos em vermelho são muito importantes, pois mostram que Spinoza não está submetido a nenhuma teleologia, i.e., historicismo, hegelianismo…

«La natura naturans es Dios considerado en cuanto causa libre, en tanto que es en sí y concebido por sí, o aquellos atributos de la sustancia que expresan la esencia eterna e infinita. Por natura naturata entiendo todo lo que se sigue de la necesidad de la naturaleza de Dios o de cada uno de los atributos de Dios, todos los modos de los atributos divinos, en cuanto considerados como cosas que son en Dios y que sin Dios no pueden ser ni ser concebidas.» É., prop. XXIX

El desarrollo de su pensamiento es extraordinariamente sencillo o, mejor dicho, no es desarrollo alguno; arranca directamente del espíritu.”

O desenvolvimento de seu pensamento é extraordinariamente simples ou, melhor dizendo, não é desenvolvimento algum; arranca diretamente do espírito.” Algo mais específico eu deixarei para evidenciar quando ler a Ética em si.

Bayle (que no tiene la menor noción de lo especulativo, aunque, como sutil dialéctico que era, impulsara el razonamiento pensante en torno a determinados temas) ridiculiza la creencia de que todo contenido especial es solamente una modificación de Dios, al deducir de ahí que Dios, modificado en forma de turco y de austríaco, hace la guerra consigo mismo.” Dicionário desarrazoado.

Las cosas individuales brotan de Dios de un modo eterno e infinito (es decir, al mismo tiempo y de una vez), no de un modo transitorio, finito y perecedero; se desintegran simplemente al engendrarse y destruirse mutuamente, pero permaneciendo inmutables en su existencia eterna. Todas las cosas individuales se presuponen mutuamente y ninguna puede pensarse sin la otra: es decir, forman en su conjunto un todo indivisible; se reúnen en una cosa simplemente indivisible, infinita y que no existe ni puede existir de otro modo.”

Ya sólo nos resta hablar de la moral de Spinoza; pero esto es precisamente lo fundamental de su doctrina. El principio en que descansa no es otro sino el de que el espíritu finito es moral en tanto tiene la idea verdadera; es decir, cuando endereza su conocimiento y su voluntad hacia Dios, pues la verdad consiste exclusivamente en el conocimiento de Dios. Puede decirse, en este sentido, que no existe moral más alta que ésta, la cual sólo postula una idea clara de Dios.”

«El matricidio de Nerón, en cuanto contenía algo positivo, no era un crimen. El mismo acto material cometió Orestes, animado por la misma intención de matar a su madre, y, sin embargo, no fue acusado de ningún acto criminal» Lo afirmativo es la voluntad, la idea, el acto de Nerón. «¿En qué consiste, pues, la maldad neroniana? Simplemente, en la ingratitud, en la falta de caridad, en la desobediencia. Y es evidente que nada de esto expresa una esencia, por lo cual Dios no pudo ser causa de ello, aunque fuese evidentemente la causa del acto y las intenciones de Nerón.»

Es, pues, falso el reproche que se le hace a Spinoza cuando se dice que su filosofía mata la moral; lejos de ello, se llega por este camino filosófico al elevado resultado de que todo lo que se recibe a través de los sentidos es solamente limitación, de que sólo existe una verdadera sustancia y de que la libertad del hombre consiste en levantar la mirada hacia esta sustancia una y ajustarse, en sus intenciones y en su voluntad, a este Uno eterno.”

Quienes atacan a Spinoza hacen como si les importase mucho Dios; pero a estos adversarios no les preocupa realmente Dios, sino algo finito: el problema gira, para ellos, en torno a sí mismos.” Este homem ser acusado de ateísmo (Jacobi & al.) é sacanagem mesmo!

La necesidad filosófica consiste, pues, en captar la unidad de estas diferencias, de tal modo que la diferencia no se deje a un lado, sino que brote eternamente de la sustancia, sin cristalizar y petrificarse en forma de dualismo. Spinoza se remonta por encima de este dualismo; y lo mismo hace la religión, si sabemos trocar las representaciones en pensamientos. El ateísmo de la primera actitud, en que los hombres consideran como lo supremo el libre arbitrio, su vanidad, las cesas finitas de la naturaleza, haciendo del universo algo perenne en la representación, no es el punto de vista de Spinoza, para quien Dios es la Sustancia una y el universo, por el contrario, solamente la afección o el modo de esta sustancia.”

Spinoza afirma que lo que se llama universo no existe en modo alguno, pues sólo es una forma de Dios y no algo en y para sí. El universo no posee una realidad verdadera, sino que todo esto se lanza al abismo de una identidad única. Nada es, pues, en la realidad finita: ésta no posee verdad alguna; para Spinoza, solamente Dios es.” H. chama isso de acosmismo (meu deus, quanta expressão feia nesse trabalho!).

Por tanto, quienes pintan a nuestro filósofo con tan negros colores no tratan de mantener en pie precisamente a Dios, sino lo finito, lo temporal; le echan en cara a Spinoza, en realidad, su propia anulación y la del mundo.” Porque ele disse que tudo era vaidade, em termos filosóficos, já está!

El sistema spinozista es el del panteísmo y el monoteísmo absolutos, elevados al plano del pensamiento. El spinozismo dista, pues, mucho de ser un ateísmo en el sentido corriente de la palabra; pero sí lo es en el sentido de que en él no se concibe a Dios como espíritu. Pero en este mismo sentido podríamos acusar de ateísmo a muchos teólogos que sólo llaman a Dios el Ser supremo, omnipotente, etc., que no quieren reconocer, en realidad, a Dios y sólo reconocen como verdadero lo finito; y las doctrinas de éstos son bastante más peligrosas que las de Spinoza.” Um livro interessante para quem está no seminário (me refiro a este de H., mas não nego que a Ética de Spinoza, pelas citações já lidas, também deva sê-lo bastante!).

Reclama dos diagraminhas geométricos de Spinoza em meio à Ética: “Ya Descartes partía de que las proposiciones filosóficas deben poder tratarse y demostrarse matemáticamente y poseer la misma evidencia que las verdades matemáticas. Se considera el método matemático como el mejor de todos por su evidencia, y es natural que al renacer la ciencia como algo independiente recurra primeramente a esta forma, que le muestra un ejemplo tan brillante. Sin embargo, trátase de una forma inadecuada para un contenido especulativo y que sólo tiene razón de ser tratándose de ciencias finitas del entendimiento.” “El conocimiento matemático representa la prueba sobre el objeto existente como tal, pero no, en modo alguno, como concebido; carece en absoluto de concepto, siendo así que el contenido de la filosofía es justo el concepto y lo concebido.” “La matemática, en sus proposiciones verdaderas acerca de un todo, recurre al procedimiento de demostrar las proposiciones también a la inversa, privándolas con ello de esta determinabilidad, al conferir ambas cosas a cada parte. Las proposiciones verdaderas pueden considerarse, por tanto, como definiciones; y la inversión es la prueba del lenguaje corriente. Sin embargo, la filosofía no puede valerse propiamente de este recurso, ya que el sujeto con respecto al cual prueba algo no es de suyo otra cosa que el concepto o lo general, y la forma de la proposición, por tanto, algo completamente superfluo y, por consiguiente, torcido.”

En estos últimos tiempos, ha sostenido Jacobi (Werke, t. IV, secc. 1, pp. 217-223) que toda demostración, todo conocimiento científico conduce al spinozismo, el cual es, según él, el único modo consecuente de pensar; y precisamente por eso, porque conduce a esa fuente, es por lo que no puede servir, [¡!] sino solamente el saber inmediato.” Esse Jacobi é um tapado!

La trayectoria seguida por Spinoza es, pues, indudablemente certera; sin embargo, la proposición individual es falsa, ya que sólo expresa uno de los lados de la negación. El entendimiento tiene determinaciones que no se contradicen; no puede hacer frente a la contradicción.”

El pensamiento, para él, tiene solamente la significación de lo general, no la de la conciencia de sí. Es esta falla la que, de una parte, ha hecho que se rebelara con tanta fuerza contra el sistema spinozista la idea de la libertad del sujeto, ya que en él desaparece el ser para sí de la conciencia humana, la llamada libertad, es decir, precisamente la abstracción del ser para sí, levantando también con ello a Dios como algo distinto de la naturaleza y de la conciencia humana, o sea como algo en sí, en lo absoluto; pues el hombre tiene la conciencia de la libertad, de lo espiritual, que es lo negativo de lo corporal, la conciencia de que es precisamente en lo opuesto a lo corporal donde es lo que verdaderamente es.” A vontade não-livre pré-morte de Deus, diria com certeza Nie.

Y tampoco Dios es aquí el Espíritu, porque no es el Dios Trino y Uno.”

Por consiguiente, de una parte, se concibe el defecto del spinozismo como la falta de correspondencia con la realidad; de otra parte, se debe ver en él una manera superior, de tal modo que se conciba la sustancia spinozista simplemente como la idea totalmente en abstracto, pero no en su vivacidad.” O que psicólogos do séc. XX ainda se esforçam por provar (e.g. Skinner).

lo negativo, en Spinoza, existe solamente como la nada, ya que en lo absoluto no se da modo alguno”

Y así como Spinoza se limitaba a considerar estas representaciones, ya que lo más alto, para él, era su desaparición en la Sustancia una, Locke se detiene a investigar cómo nacen estas representaciones [filósofo especializado no para-si] y Leibniz, por su parte, contrapone a Spinoza la pluralidad infinita de los individuos, si bien todas sus mónadas tienen como esencia fundamental la mónada una [filósofo especializado no em-si]. Ambas filosofías surgen, pues, como reacción contra las unilateralidades spinozistas, puestas de manifiesto aquí.” Podemos dizer que Spinoza foi o maior filósofo do ser em-si-e-para-si até seu tempo (obviamente estou excluindo Platão). Até mesmo Hegel – que é nosso antípoda tantas vezes – teria de concordar.

La filosofía de Malebranche tiene exactamente el mismo contenido del spinozismo, pero expuesto bajo otra forma, bajo una forma más piadosa, más teológica. Y es esta forma la que le impide encontrar la contradicción descubierta por Spinoza y lo que explica, al mismo tiempo, por qué Malebranche no ha sido acusado, como Spinoza, de ateísmo.”

Por casualidad, pasando un día por delante de una tienda de libros, vio la obra de Descartes De homine; la adquirió, la leyó, y le apasionó tanto, que sintió al leerla que le palpitaba con gran fuerza el corazón, viéndose obligado a interrumpir la lectura. Fue esto lo que decidió su carrera, inclinándole resueltamente al cultivo de la filosofía. (Buhle)”

Su obra fundamental lleva por título De la recherche de la verité. Una parte de ella es completamente metafísica, pero la parte más importante tiene un contenido totalmente empírico”

«Porque vemos en Dios todas las cosas», BLABLABLABLABLABLABLÁ…

El catecismo dice: «Dios está en todas partes»: si desarrollamos este don de la omnipresencia, vemos que nos conduce al spinozismo; y, sin embargo, los teólogos hablan en contra del sistema de identidad y ponen el grito en el cielo contra el panteísmo.”

En Locke, lo primero es lo individual, a base de lo cual se forma lo general; en Malebranche, por el contrario, la idea general es lo primero en el hombre.”

Fuera de esto, se encuentran toda una serie de vacuas letanías acerca de Dios y un catecismo para niños de 8 años acerca de la bondad, la justicia, la omnipresencia divinas y el orden moral del universo; los teólogos no han pasado de aquí en su vida entera.”

De Locke arrancará después una ancha trayectoria, sobre todo de filósofos ingleses, que adoptarán formas distintas, pero manteniéndose fieles al mismo principio; esta manera acaba convirtiéndose, así, en una concepción general y se hace pasar además por filosofía, aunque el verdadero objeto de la filosofía no se encuentre aquí.” “Consideradas las cosas de tal modo que el concepto tenga una realidad objetiva para la conciencia, no cabe duda de que la experiencia es un momento necesario de la totalidad; pero tal y como este pensamiento aparece en Locke, es decir, como la pretensión de que la verdad es deducida de la experiencia y la percepción sensible, es el peor de los pensamientos”

Ahora bien, estas necesidades sólo se dan a conocer de un modo imperfecto en la filosofía de Locke y de Leibniz; lo general, común a ambos filósofos, consiste en erigir en principio, por oposición a Spinoza y Malebranche, lo particular, la determinabilidad finita y lo individual. En Spinoza y Malebranche es la sustancia o lo general lo verdadero, lo único que es, lo eterno, lo que es en y para sí, sin origen, aquello de que las cosas particulares no son sino modificaciones, comprendidas por medio de la sustancia.”

La tendencia general de la conciencia es ahora, por el contrario, poner de manifiesto la diferencia y aferrarse a ella: en parte, para determinarse a sí misma libremente frente a su objeto, el ser, la naturaleza y Dios; y, en parte, para descubrir en esta contraposición la unidad y hacerla surgir de ella.” “Al llegar a Locke, este principio empieza a enfrentarse en filosofía a aquella identidad rígida e indistinta de la sustancia de Spinoza de tal modo que ahora lo más importante de todo, lo fundamental es, por el contrario, lo sensorial, lo limitado, lo inmediatamente existente. Locke se mantiene enteramente en esa fase vulgar de la conciencia que consiste en creer que lo verdadero y lo real son los objetos que se hallan fuera de nosotros. Por tanto, Locke no concibe lo finito como una negatividad absoluta, es decir, en su infinitud; con esto nos encontraremos solamente al llegar a Leibniz. En efecto, éste establece, en un sentido elevado, la individualidad, lo distinto, como algo que es para sí, y además carente de objeto, como un verdadero ser; es decir, no como algo finito y, sin embargo, distinto, de tal modo que cada mónada es de suyo una totalidad.”

John Locke nació en Wrington (Inglaterra) en 1632. Estudió en Oxford por su cuenta la filosofía cartesiana, dando de lado a la filosofía escolástica que era la que todavía se profesaba en la enseñanza. Abrazó la carrera de la medicina, aunque sin llegar a ejercerla, en realidad, por razón de su debilidad física.” “podía vivir en la casa del conde y tener cubiertas sus necesidades de vida, sin necesidad de dedicarse a la práctica de la medicina. Más tarde, al ser nombrado Shaftesbury Lord canciller de Inglaterra, designó a Locke para un cargo, del que se vio privado en seguida, al producirse un cambio de ministerio. § En 1675, temeroso de padecer de tuberculosis, se trasladó a Montpellier para restablecer su salud. Al ocupar de nuevo el ministerio su protector, volvió a ser nombrado para el cargo que antes ocupara, pero no tardó en verse otra vez separado de él, al sobrevenir un nuevo cambio de gabinete, y hubo incluso de huir de Inglaterra.” “Locke, en vista de ello, se trasladó a Holanda, que era por entonces el país donde encontraban asilo y protección cuantos se veían en el trance de huir de las persecuciones políticas o religiosas de otros gobiernos y donde habían ido reuniéndose, en aquellos años, los hombres más famosos y más liberales de Europa.” “Después de la revolución de 1688, al subir al trono de Inglaterra Guillermo de Orange, regresó en unión de éste a su país. Fue designado comisario del Comercio y las Colonias en el nuevo gobierno, publicó su famosa obra sobre el entendimiento humano y, por último, retirado de los negocios públicos por razón de su débil salud, vivió en las casas de campo de algunos grandes ingleses, hasta el 28 de octubre de 1704, en que murió, a la edad de 73 años. (Buhle)”

La filosofía de Locke goza de gran estimación; sigue siendo todavía hoy en conjunto la filosofía de los ingleses y los franceses y, hasta cierto punto, también la de los alemanes. Su pensamiento central, formulado en pocas palabras, es éste: de una parte, que la verdad, el conocimiento, descansa sobre la experiencia y la observación; de otra parte, se prescriben el análisis y la abstracción de las determinaciones generales como vía de conocimiento; es, si se quiere, un empirismo metafisizante, y no es otro el camino corriente que se sigue en las ciencias.”

DA GENEALOGIA DAS IDÉIAS: “Locke trata, pues, de satisfacer una necesidad verdaderamente sentida. No se le puede negar el mérito de haber abandonado el camino de las simples definiciones, de las que los demás arrancaban, para intentar una deducción de los conceptos generales, esforzándose, por ejemplo, en poner de manifiesto cómo la sustancialidad nace subjetivamente de los objetos.” “Ahora, estas definiciones aparecen como un resultado y no como una proclamación oracular, aunque el modo como esta legitimación se establece no sea, por cierto, el más adecuado. En efecto, el interés es puramente subjetivo y de carácter más bien psicológico, en cuanto que Locke se limita a describir el camino del espíritu que se manifiesta; pues lo que a él le preocupa principalmente es derivar, en nuestro conocimiento, las representaciones generales o las ideas, como él las llama, y el origen de ellas, partiendo de lo exterior e interiormente perceptible.”

Es verdad que también Malebranche se pregunta cómo llega el hombre a sus representaciones, lo que parece dar a entender que existe en él el mismo interés que en Locke. Pero, de una parte, este aspecto psicológico en Malebranche es solamente lo posterior; y, de otra parte, lo primario para él es lo general, es Dios; mientras que Locke arranca precisamente de las percepciones singulares, para remontarse, partiendo de ellas, a los conceptos y a Dios.”

Todo hombre sabe ciertamente que, cuando su conciencia se desarrolla empíricamente, arranca siempre de sensaciones, de estados totalmente concretos, y que sólo más tarde aparecen las representaciones generales, que guardan con lo concreto de las sensaciones la conexión de hallarse contenidas en ello. El espacio, por ejemplo, se revela a la conciencia después de lo espacial, el género después de los individuos; y es actividad de mi conciencia, y solamente de ella, el disociar lo general de lo particular de las representaciones, las sensaciones, etc. Es cierto que el sentimiento, la sensación, es lo más bajo, la modalidad animal del espíritu; pero el espíritu, en cuanto pensamiento, aspira a transformar a su modo las sensaciones.”

Kant le pone a Locke, con razón, el reparo de que la fuente de las representaciones generales no es precisamente lo individual, sino el entendimiento. Por lo que se refiere a los pensamientos de Locke, vistos más de cerca, no pueden ser más sencillos. Locke considera que el entendimiento es solamente la conciencia y algo dentro de ella, y sólo reconoce el en sí en cuanto se contiene en ella.”

La filosofía de Locke va dirigida principalmente contra Descartes, quien, al igual que Platón, había hablado de ideas innatas. (…) discute, pues, en el libro primero de su obra las llamadas ideas innatas, tanto las teóricas como las prácticas, es decir, las ideas generales, que son en y para sí y que, al mismo tiempo, se conciben como si formasen parte del espíritu de un modo natural.” “Locke concibe, pues, el alma como una tabula rasa, vacía de todo contenido y que va llenándose con lo que llamamos experiencia.”

si es el uso de la razón el que les ayuda a descubrir esos principios y el que, en realidad, los descubre, no se tratará de principios innatos. La razón consiste, a lo que parece, en descubrir verdades desconocidas partiendo de principios ya conocidos. ¿Por qué ha de ser necesario el empleo de la razón para descubrir unos principios pretendidamente innatos?”

el desarrollo que se opera en la conciencia es algo distinto de la determinación racional en sí; y en este sentido hay que reconocer que la expresión de «ideas innatas» es completamente desacertada. «Es en los niños y en las personas incultas, por no estar deformados por la educación, donde mejor debieran darse estas ideas.» Locke añade todavía algunas razones de esta clase, especialmente de orden práctico: la divergencia que se advierte entre las ideas morales, la existencia de gentes malas y crueles, que no tienen conciencia moral, etc.”

En el libro segundo, Locke pasa al origen de las ideas y trata de poner de manifiesto su formación, partiendo de la experiencia; en esto se concentra su esfuerzo fundamental. Pero este aspecto positivo, que opone a aquella derivación del interior del hombre, resulta igualmente torcido, ya que sólo toma los conceptos de fuera, reteniendo, por tanto, el ser para otro y desconociendo totalmente el en sí.”

Ante todo, por lo que a la cosa misma se refiere es exacto, desde luego, que el hombre arranca de la experiencia cuando trata de formarse algún pensamiento. En todo anda la experiencia, no sólo en lo sensible, sino también en lo que «determina y mueve mi espíritu». Es, pues, indudable que la conciencia toma todas sus representaciones y todos sus conceptos de la experiencia y en ella; pero se trata de saber qué ha de entenderse por experiencia. Ordinariamente, cuando se habla así, no se tiene concepto alguno de lo que la experiencia es; se habla de ella como de algo perfectamente conocido. Ahora bien, la experiencia no es otra cosa que la forma de la objetividad; cuando decimos que algo se halla en la conciencia queremos decir que ese algo tiene forma objetiva para ella, que la conciencia lo experimenta, que lo contempla como algo objetivo. Experiencia quiere decir, aquí, saber inmediato, percepción: es decir, yo mismo debo poseer eso, y ser; y la conciencia acerca de lo que poseo y soy es justo la experiencia.” “Lo racional es, es decir, es como un ente para la conciencia, que ésta experimenta; necesita ser visto, oído, existir o haber existido como un fenómeno del universo.” “Y es de todo punto indiferente que se tome esto como algo experimentado, como una serie de conceptos de experiencia, si podemos expresarnos así, o de representaciones, o que se vea en esa serie una serie de pensamientos, es decir, de algo que es en sí.”

Ahora bien, el trabajo del entendimiento consiste en sacar de varias llamadas ideas simples una cierta cantidad de ideas nuevas mediante la elaboración de aquellos elementos recibidos, por la vía de la comparación, la distinción y la contraposición y, finalmente, por la de la disociación o la abstracción, y así nacen los conceptos generales; nacen así, por ejemplo, los conceptos de espacio y tiempo, de existencia, unidad y diferencia, de potencia, causa y efecto, de libertad y necesidad.” “Ahora bien, Locke cifraba la esencia del entendimiento solamente en la actividad formal que consiste en formar nuevas determinaciones a base de las representaciones simples obtenidas a través de la percepción, mediante la comparación y la combinación de varias en una; el entendimiento es la aprehensión de las sensaciones abstractas contenidas en los objetos.” “Ahora bien, ¿cómo obtiene el entendimiento, partiendo de las representaciones simples de la experiencia, otras más complejas? Locke explica esto a la luz de lo particular; sin embargo, este extraer determinaciones generales a base de percepciones concretas no dice absolutamente nada, es algo extraordinariamente trivial, fastidioso y, además, muy prolijo; algo completamente formal, una vacua tautología. Así, por ejemplo, la representación general de espacio, nos dice, se forma en nosotros partiendo de la percepción de la distancia entre los cuerpos a través de la vista y el tacto. (…) la distancia misma es ya espacialidad, lo que quiere decir que el entendimiento saca la determinación del espacio mismo.” Um Piaget das cavernas.

La idea de sustancia (que Locke toma en peor sentido que Spinoza), idea compleja, procede del hecho de que percibimos con frecuencia, juntas, ideas simples tales como la idea de azul, la idea de algo pesado, etc. Nos representamos esta yuxtaposición como algo que sustenta por igual aquellas ideas simples, en lo que estas ideas existen, etc.] Así deduce Locke también el concepto general de potencia. Y por la misma vía deriva, a continuación, las determinaciones de libertad y necesidad, de causa y efecto.” Tudo o que Kant resolve em um enunciado este senhor tem de debulhar mal e mal em páginas e páginas…

Bien podemos afirmar que no cabe concebir nada más superficial que esta derivación de las ideas.” “Al hablar del espacio, por ejemplo, confiesa Locke que no sabe lo que es en sí. Este llamado análisis lockeano de las representaciones complejas y su llamada explicación de las mismas lograron encontrar una acogida general por razón de su claridad y su nitidez poco comunes. Pues, ¿cabe nada más claro que decir que el concepto de tiempo proviene de que percibimos el tiempo y el concepto de espacio de que vemos el espacio? Los franceses, sobre todo, lo aceptaron en seguida y lo desarrollaron; su Idéologie no contiene, en realidad, otra cosa.”

Es algo así como si Locke pretendiera demostrar que el bien no es en sí porque haya muchachos malos, o que en la naturaleza no se da el círculo en y para sí, porque el contorno de un árbol, por ejemplo, no sea perfectamente circular, o porque el círculo dibujado por mí no sea exactamente un círculo geométrico.”

Además, el sostener que los géneros no son nada en sí, que lo general no constituye la esencia de la naturaleza, que su ser en sí no es lo pensado, equivale a afirmar que no conocemos la esencia real: es la letanía repetida desde entonces hasta la saciedad:

Ningún espíritu creado puede conocer la estructura íntima de la naturaleza,

hasta llegar a la concepción de que el ser para otro, la percepción, no es algo en sí, concepción que no penetra hasta el lado positivo, en que el en sí es lo general. Locke, llevado de este apremio del ser para otro, queda muy rezagado en la naturaleza del conocimiento, mucho más rezagado, incluso, que Platón.” Incluso que Tales, que cualquier sofista!

Y también es curioso que Locke, apoyándose en el sentido común, luche contra los principios generales o los axiomas, por ejemplo, el de que A = A, es decir, el de que cuando algo es A no puede ser B. Estas proposiciones, nos dice, son superfluas o de una utilidad insignificante o nula, pues nadie ha sido todavía capaz de construir una ciencia sobre el principio de la contradicción. Partiendo de estos principios, lo mismo puede probarse lo verdadero que lo falso; son, simplemente, tautologías.”

NASCIMENTO DA FILOSOFIA ANALÍTICA: “Tal es la filosofía de Locke, en la que no se contiene el menor atisbo de lo especulativo. En ella se trata de satisfacer por la vía empírica el interés de la filosofía, que consiste en conocer la verdad.”

Con el método seguido por Locke cambia totalmente, a partir de ahora o en este aspecto el punto de vista de la filosofía; el interés se circunscribe a la forma del tránsito de lo objetivo o de las sensaciones aisladas a la forma de representaciones. Ya en Spinoza y Malebranche nos encontrábamos ciertamente, como determinación fundamental, con esta actitud del pensamiento orientada hacia el conocimiento de lo intuido, es decir, de lo relativo, y asimismo con la pregunta, ¿qué relación existe entre lo uno y lo otro? Pero se la contestaba y se la enfocaba en el sentido de que sólo esta relación era lo interesante, y esta relación misma, como sustancia absoluta, era en ellos la identidad, lo verdadero, Dios; ella, y no las cosas relacionadas. El interés allí no recaía sobre estas cosas; no eran estas cosas relacionadas”

Platón investigó lo infinito y lo finito, el ser y lo determinado, etc., y dijo que ninguna de estas antítesis era, por sí misma, la verdad; sólo lo eran, para él, en cuanto se establecían como idénticas, viniese de donde viniera la verdad de este contenido. De nada sirve saber si ese contenido proviene del entendimiento o de la experiencia; lo que se pregunta, lo que interesa es únicamente esto: ¿es verdad por sí mismo?” Mas os ingleses não são tão sutis… Para eles basta que custe ‘x’ shellings…

El interés del contenido en y para sí desaparece totalmente en esta posición, con lo cual se pierde totalmente de vista la finalidad de la filosofía. Por el contrario, allí donde el pensamiento es algo concreto por naturaleza, donde el pensamiento y lo general aparecen identificados con lo extenso, carece de todo interés e incluso de sentido el preguntarse cuál es la relación entre ambos, que el pensamiento ha desdoblado. ¿Cómo supera el pensamiento las dificultades que él mismo se ha creado? En Locke, no se crea ni se despierta ninguna. Y para que pueda satisfacerse la necesidad de reconciliación, es necesario que se empiece por sentir el dolor del desdoblamiento.” Na filosofia continental, filosofa-se com a dor (digo, ela é sintoma, ou pode ser sintoma, de que se está filosofando, efetivamente); na filosofia britânica, filosofa-se com o tédio, l’ennui.

La filosofía de Locke es evidentemente una filosofía fácilmente comprensible, pero precisamente por ello una filosofía popular, a la que se une toda la filosofía inglesa tal y como es todavía hoy; es el modo preferente de esa actitud pensante a que se da el nombre de filosofía, la forma que se abre paso en la ciencia que nace por aquel entonces en toda Europa.” “las ciencias en general, y en particular las ciencias empíricas, deben su origen precisamente a esta trayectoria del pensamiento. A derivar experiencias de las observaciones es a lo que llaman los ingleses, desde esta época, filosofar; y este punto de vista ha prevalecido, unilateralmente, en las ciencias físicas y en las ciencias jurídico-políticas. Los ingleses llaman, en general, filosofía a una serie de principios generales acerca de la economía del Estado, como hoy el principio del librecambio, y en general a los que descansan sobre la experiencia pensante, a los conocimientos de lo que, dentro de este círculo, se revela como necesario y útil.” “y así, Newton está considerado entre los ingleses como el filósofo por excelencia.”

Así surgió entre los ingleses la ciencia política racional,¹ por haber sido la peculiar constitución vigente en este país la que orientó a esta ciencia, de un modo singular y antes que ninguna otra lo hiciera, hacia la reflexión acerca de las relaciones jurídicas interiores del Estado. Hobbes² debe citarse a este respecto. Esta manera de razonar parte del espíritu presente, del propio interior o exterior, en cuanto que los sentimientos que nosotros abrigamos, las experiencias que se dan directamente dentro de nosotros, sirven de fundamento para este método. Pues bien, esta filosofía del pensamiento razonante se ha convertido hoy en la manera general de filosofar y de ella ha brotado toda la revolución operada en cuanto a la posición del espíritu.”

¹ Ciência política anti-platônica

² E aqui é dado todo o espaço que Thomas Hobbes merece na filosofia continental: um pé de página! Infelizmente, H. voltará a tratar dele mais abaixo…

Hugo Grocio, por la misma época de Locke, se dedicó a estudiar el derecho de los pueblos; y también en él se manifiesta esta manera de pensar a que acabamos de referirnos, puesto que procede a establecer combinaciones totalmente empíricas de las relaciones entre los pueblos, unidas a razonamientos de tipo también empírico.” “Su obra principal, De jure belli et pacis, fue compuesta en 1625; hoy ya casi nadie la lee, pero llegó a ejercer una influencia extraordinaria. En ella expone Grocio históricamente y apoyándose, en parte, en pasajes del Antiguo Testamento, cómo los pueblos se comportan los unos con los otros en las relaciones de la guerra y de la paz y cuáles son las normas que entre ellos se siguen. Como ejemplo de la manera empírica de razonar de este pensador, pondremos el siguiente: a los prisioneros, dice Grocio, no se les debe dar muerte, pues la finalidad que se persigue es desarmar al enemigo y, conseguido esto, no hay por qué ensañarse derramando más sangre, etc. § Este método empírico trajo como consecuencia evidentemente que se revelasen a la conciencia principios generales racionales e intelectivos acerca de las relaciones entre los pueblos, que estos principios fuesen reconocidos y que se los hiciese más o menos aceptables. Nos encontramos, así, con la proclamación de principios tales como, por ejemplo, la legitimidad del poder real; pues el pensamiento del autor se proyecta sobre todo. Sus pruebas y sus deducciones no nos satisfacen; pero no por ello debemos desconocer lo que por este camino se logró, a saber: el establecimiento de principios que encuentran su confirmación definitiva en los objetos mismos, en el espíritu y en los pensamientos.”

por lo que se refiere a la filosofía del Estado y su derecho (philosophia civilis), dice Hobbes que no es anterior a su libro De cive.” “Pero en él no hay, en realidad, nada de especulativo, nada que pueda llamarse propiamente filosófico; y menos aún en Hugo Grocio. § Con anterioridad, se proclamaban ideales o se invocaba la autoridad de la Sagrada Escritura o del derecho positivo; Hobbes, por el contrario, se esfuerza en reducir la comunidad del Estado y la naturaleza del poder político a principios que se hallan dentro de nosotros mismos y que reconocemos como propios. [Ao contrario: ele cita a bíblia DEMAIS!] Surgen así 2 principios contrapuestos. El 1º es el de la obediencia pasiva de los súbditos y la autoridad divina del regente, cuya voluntad es ley absoluta y se halla de suyo sustraída a toda otra ley. § Y esto se expone en relación estrecha con la religión y se prueba con ejemplos tomados del Antiguo Testamento, de la historia de Saúl y David, etc.” Ilegível hoje!

Es cierto que Hobbes afirma también la obediencia pasiva y la arbitrariedad absoluta del poder real; pero, al propio tiempo, intenta derivar de determinaciones generales los principios del poder monárquico, etc. Sus concepciones son superficiales y de tipo empírico; pero los fundamentos que alega y las proposiciones que desarrolla tienen un carácter original, en cuanto que se inspiran en las necesidades naturales del hombre.” “Hobbes afirma: «El origen de toda sociedad civil hay que buscarlo en el temor mutuo de todos»; esto no pasa de ser, en realidad, un fenómeno que se le revela a la conciencia.” “Hobbes alega, en apoyo de esto, una razón bastante curiosa, y es que «cualquiera puede matar al otro», es decir, ejercer sobre él la violencia extrema.”

Cudworth hizo el intento de revivir en Inglaterra la filosofía de Platón, pero por medio de demostraciones a la manera de las que encontrábamos en Descartes y de una seca metafísica intelectiva.” “También el de Clarke, con sus pruebas de la existencia de Dios, es un nombre famoso. Y, por este estilo, podríamos enumerar toda una serie de filósofos ingleses, de los que nos creemos autorizados a prescindir por completo, toda vez que Clarke, Wollaston y otros se mueven dentro de las formas de una metafísica intelectiva perfectamente vulgar.”

COMENTÁRIO GERAL SOBRE A SUPERFICIALIDADE DOS INGLESES: “La sociabilidad, por ejemplo, es un momento que encontramos en la experiencia, ya que el hombre obtiene de la sociedad múltiples beneficios. Ahora bien, ¿en qué se basa la necesidad del Estado, de la sociedad? En una inclinación social. Ésta es la causa, exactamente lo mismo que en lo físico se efectúa siempre este tipo de traducción formal. La necesidad de una existencia, por ejemplo la de los fenómenos de la electricidad, encuentra su fundamentación en una causa que los produce; es simplemente la forma de la reducción de lo exterior a lo interior, del ente a lo pensado, lo cual se representa, sin embargo, a su vez, como un ente” A conta quem paga somos nós, dos séculos XX e XXI, herdeiros da Colônia inglesa nas Américas. Do mais vil imperialismo que já grassou neste so-called planet. Se Hegel soubesse que o Espírito do Mundo reuniria a Terra numa Aldeia Global com estes ‘capitães’, teria reformulado seu sistema ainda em vida.

En la lucha sostenida por afirmar por sí mismas las relaciones jurídicas dentro del Estado y fundar una organización judicial se ha manifestado, mezclándose esencialmente en ello, la reflexión del pensamiento; y, lo mismo que veíamos en Hugo Grocio, Pufendorf convierte en principio un impulso humano, un instinto, a saber: el instinto de sociabilidad, etc.” Só o fato de que me formei sociólogo sem sequer ouvir falar nisso demonstra sua total irrelevância para o pensamento.

Newton fue indudablemente quien más contribuyó a la difusión de la filosofía de Locke o de la manera inglesa de filosofar, en general, y en particular a su aplicación a todas las ciencias físicas. Su lema era: «¡Física, guárdate de la metafísica!», lo que viene a decir, sobre poco más o menos: ¡ciencia, guárdate del pensamiento!HAHAHAHAHA!

[N.] levó la ciencia al punto de vista de la reflexión y proclamó las leyes de las fuerzas en vez de proclamar las leyes de los fenómenos.” “y tanto en la física como en la teoría de los colores recogió observaciones malas y llegó a conclusiones todavía peores.” Sobretudo na teoria das cores, que só foi arrematada a contento pelo “de humanas” Goethe!

Además, Newton es un pensador tan bárbaro por lo que a los conceptos se refiere, que le ocurría lo mismo que a aquel otro inglés que se asombraba y se alegraba extraordinariamente al saber que se había pasado toda la vida hablando en prosa, sin conocer que estaba dotado de este talento. Newton, en cambio, como los físicos, no llegó a saberlo nunca, no llegó a darse cuenta de que, cuando creía manejar simplemente cosas físicas, pensaba y manejaba conceptos; en este sentido, viene a ser la antítesis de Böhme, quien manejaba las cosas sensibles como si fuesen conceptos, y se adueñaba perfectamente de su realidad y la dominaba gracias a la fuerza de su espíritu, mientras que Newton, procediendo a la inversa, operaba con los conceptos como con cosas sensibles y los tomaba en sus manos como suelen tomarse la piedra o la madera.” “Al comienzo de las obras de ciencias físicas se nos habla, por ejemplo, de la fuerza de la inercia, de la fuerza de aceleración, de las moléculas, de la fuerza centrípeta y centrífuga, como de firmes determinaciones existentes; es decir, que se nos ofrecen como los primeros rudimentos los que debieran ser los resultados finales de la reflexión.”

¿Por qué no hacen estas ciencias mayores progresos? La causa de ello está sencillamente en que no saben operar con conceptos, sino que toman estas determinaciones y laboran a base de ellas, sin sentido ni entendimiento. Por eso en la óptica de Newton, por ejemplo, vemos que las conclusiones a que se llega a base de experiencias son algo tan alejado de la verdad, tan carente de conceptos que, presentándosenos como el ejemplo más grandioso de cómo se debe llegar a conocer la naturaleza por medio de experimentos y de conclusiones sacadas de ellos, debiera considerarse más bien como ejemplo de cómo no debiera experimentarse ni razonarse, de cómo no se debería tratar de conocer las cosas.

La naturaleza misma se encarga de refutar esa deplorable manera de experimentar, pues la naturaleza es algo mucho más excelente que lo que esos míseros experimentos nos dicen de ella: ella misma y el continuo experimentar dan el mejor mentís a esos falsos métodos. Y así, vemos que de los espléndidos descubrimientos newtonianos en materia de óptica sólo queda en pie uno: la división de la luz en 7 colores: en parte, porque lo que se ventila aquí es el concepto del todo y de las partes, y también por una empedernida cerrazón ante lo contrapuesto.” Já dediquei até um post sobre isso. Mas uma última palavra: creio que um dia diremos, esquecendo Cristo, e nos lembrando de Isaac Newton somente para esquecê-lo (lembrarmo-nos constantemente de conservá-lo esquecido): ANO XXX DEPOIS DE NÃO-NEWTON (ex: 272 d.¬N., para assinalar que não vivemos mais no mundo ocidental ou na modernidade que conhecemos. Obviamente meus tetranetos já serão caveiras até lá. Mas já vivemos em algum ano a.d¬N., se serve de consolo!

Leibniz, que en otro sentido es la antítesis de Newton, es también claramente, en lo filosófico, la antítesis de Locke y su empirismo, y de Spinoza.” “Leibniz integra exteriormente a Spinoza mediante su principio de la individuación.” “Gottfried Wilhelm (barón de) Leibniz nació en 1646, en Leipzig, donde su padre era profesor de filosofía.” Deve ser o único filósofo da história filho de um filósofo!

Poco después, trabó conocimiento en Nuremberg con una sociedad de alquimistas, dejándose iniciar en esta clase de estudios y manipulaciones; hizo extractos de obras sobre alquimia y ahondó en los arcanos de esta oscura ciencia.” Às vezes Leibniz só o fez pra “comer mulheres”, nós somos muito apressados em julgar!

Todas estas ocupaciones, tan diversas y tan dispares, no fueron obstáculo para que descubriera, en 1677, el cálculo diferencial, a propósito de lo cual se vio arrastrado a una disputa con Newton, en la que, por cierto, mantuvieron una actitud poco noble tanto éste como la Sociedad de Ciencias de Londres. Los ingleses, que propendían a atribuírselo todo y eran bastante injustos con los demás, sostenían que el verdadero inventor de este cálculo era Newton. Sin embargo, los Principia newtonianos vieron la luz con posterioridad al descubrimiento de Leibniz, y en una nota a la primera edición, que más tarde desapareció, se hace un elogio del filósofo alemán.” ‘Obscenidades’ que não deveriam estar num livro hegeliano de história da filosofia, digo, do Espírito do Mundo. A verdade é que este assunto, além disso, mesmo para uma historiografia da matemática, seria controverso e haveria necessidade de abordá-lo em mais parágrafos: ao que tudo indica, Newton já possuía o conhecimento do cálculo diferencial (não se descobre algo assim, o termo correto seria inventar), porém tinha o hábito de publicar apenas muito vagarosamente, após reunir mais material e ‘sentir a recepção’ das idéias na comunidade matemática, ao passo que outros autores como René Descartes e o próprio Leibniz publicavam imediatamente após concluírem artigos e teses, sem constrangimento em se autocontradizerem ou desmentirem de seguida. Aqui o patriotismo de H. foi provavelmente em vão, apesar de estar certo quanto ao caráter protecionista dos ingleses! Ler https://seclusao.art.blog/2021/05/26/historia-da-matematica-uma-visao-critica-desfazendo-mitos-e-lendas-tatiana-roque-2012/.

publicó obras muy importantes de historia. Murió en Hannover el año 1716, a los 70 de edad. (La Vie de Mr. Leibniz por el caballero de Jaucourt; Brucker)”

no encontramos ningún tratado de conjunto, ninguna obra sistemática revisada o desarrollada por él.” Talvez por isso também não tenha chegado a lê-lo até hoje. A diferença que uma obra clássica não faz em filosofia…

La obra que presenta, tal vez, apariencias de tal, su Théodicée, la más famosa entre el público, es una obra popular, escrita para la reina Sofía Carlota en contra de Bayle y en la que nuestro filósofo se esfuerza por rehuir todo lo especulativo. (…) posteriormente, se burlaron de Wolff, quien había tomado este libro muy en serio” “Nosotros no alcanzamos ya a gustar plenamente la Teodicea de Leibniz, en la que se trata de justificar a Dios por los males de este mundo.” Hmmm, agora me deu vontade de lê-la.

Buhle (Geschichte der neuern Philosophie, t. IV, secc. 1, p. 131) dice, refiriéndose a Leibniz: «Su filosofía no es tanto el producto de una especulación original, libre e independiente, como el resultado del examen de antiguos —y nuevos— sistemas, un eclecticismo cuyos defectos trataba de subsanar, este pensador, de un modo peculiar. Es una elaboración incoherente de la filosofía en forma de cartas.»” “De este modo, la filosofía leibniziana parece menos un sistema filosófico que una hipótesis sobre la esencia del universo y concretamente acerca del modo como ésta debe determinarse” “De aquí que la filosofía leibniziana parezca ser una serie de afirmaciones arbitrarias formuladas por este filósofo y empalmadas las unas con las otras, algo así como una novela metafísica; y no llegamos a apreciarla en su verdadero valor hasta que no vemos qué es lo que con ello ha querido evitar Leibniz.”

el nombre de mónadas, expresión empleada ya por los pitagóricos.”

«La sustancia es una cosa capaz de actividad; es simple o compleja, pero las complejas no pueden existir sin las simples. Las mónadas son sustancias simples.» L., Principes de la nature et de la grâce

Ahora bien, estas mónadas de que hablamos no son algo simple y abstracto de suyo, como los átomos vacíos de Epicuro, los cuales, por ser lo indeterminado de suyo, sólo pueden recibir y reciben su determinación, cualquiera que ella sea, de su agregación. Las mónadas son, por el contrario, formas sustanciales, expresión excelente, [ô!] tomada de la terminología de los escolásticos” “son las entelequias de Aristóteles concebidas como actividad pura, sean cuales fueren las formas que en ellas se manifiesten”

«Estas mónadas no tienen existencia material o extensión, ni nacen tampoco o perecen de un modo natural, sino que sólo pueden comenzar por un acto de creación de Dios y terminar por vía de destrucción.»

Ahora bien, la palabra «creación» es conocida en la terminología religiosa; pero es un término vacío, sacado de la representación: para que llegue a ser un pensamiento y tenga significado filosófico, es necesario determinarlo con mucha mayor precisión.”

«Precisamente porque son sustancias simples, las mónadas no son modificadas por otras en su esencia interior; no se establece entre ellas ninguna conexión causal.»

«Pero estas mónadas necesitan tener, al mismo tiempo, en sí mismas, ciertas cualidades, ciertas determinaciones, acciones internas, por las que se distingan de otras. No pueden existir dos cosas iguales, pues si existiesen, no serían ya 2 cosas distintas, sino una y la misma cosa.» Principia philosophiae

Para estas cosas sensibles el principio no tiene interés alguno: es, prima facie, indiferente que existan o no 2 cosas iguales entre sí; puede tratarse siempre de una distinción en cuanto al espacio. Es éste un sentido superficial, que no nos interesa en lo más mínimo. El sentido profundo es otro, a saber: el de que cada cosa es en sí misma algo determinado, algo que en sí misma se distingue de las demás.” “La distinción debe serlo en ella misma; no debe revelarse simplemente a nuestra comparación, sino que el sujeto debe encontrar la diferencia como su determinación propia; dicho en otros términos, la determinación debe ser inmanente al individuo. No somos nosotros los que distinguimos a la fiera por sus garras, sino que es ella la que se distingue esencialmente a sí misma por este atributo, la que se defiende y sostiene mediante él. Si 2 cosas sólo se distinguen por ser 2, cada una de ellas es una; el que sean 2 no representa en sí una relación diferencial, sino que lo fundamental es la diferencia determinada en sí.”

«Pero la determinabilidad y el cambio que ello lleva consigo representan un principio interno, que es en sí; es una pluralidad de modificaciones, de relaciones con las esencias que las rodean, pero una pluralidad que permanece encerrada en lo simple. Ahora bien, una determinabilidad y un cambio de este tipo, que permanecen y se desarrollan así en la esencia misma, no son otra cosa que una percepción [representação]»

Es ésta, sin duda, una determinación muy importante; en la sustancia misma va implícita la negatividad, la determinabilidad, sin renunciar a lo que tiene de simple y de ser dentro de sí. Y, penetrando más a fondo en la cosa, vemos que va implícito en ella ese idealismo que consiste en que lo simple sea un algo distinto en sí mismo, algo que conserva su unidad a despecho de sus cambios y permanece en la simplicidad, como, por ejemplo, yo o mi espíritu. En mí hay muchas representaciones, una gran riqueza de pensamientos; y, sin embargo, pese a esta diferenciabilidad, soy yo, es decir, una unidad. Es la idealidad en que lo distinto se levanta a la par y se determina como la unidad; las mónadas se distinguen, pues, por medio de modificaciones en ellas mismas, pero no por medio de determinaciones externas. Estas determinaciones que van implícitas en las mónadas se contienen en ellas de un modo ideal; esta idealidad en la mónada forma un todo en sí misma, por donde estas distinciones no son sino representaciones. Tal es la diferencia absoluta a que se da el nombre de concepto; lo que en la mera representación se desdobla aparece aquí unido.” “la actividad es la diferenciabilidad dentro de la unidad, y en esto y no en otra cosa consiste la verdadera diferencia.”

«La actividad del principio interior, por medio de la cual avanza de una percepción a otra, es una apetencia (apetitus

a las percepciones de la conciencia las llama Leibniz apercepciones.” O vocabulário da filosofia vai enriquecendo, mas com isso não se garante que enriqueça a filosofia mesma. Apercepção, que em Kant é um termo incognoscível (o que não compromete compreendê-lo), significa, pois, originalmente: a representação conceituável (pensável). O que é mais que pura aparência, embora decorra evidentemente do fenômeno.

NUNCA ESCAPAREIS DE PLATÃO: “La diferencia entre las mónadas puramente representativas y las mónadas conscientes de sí la cifra Leibniz en una diferencia de grado de claridad.”

Ahora bien, cuando pone de manifiesto, en forma de ejemplos, la existencia de representaciones sin conciencia, se remite al estado de desvanecimiento o de sueño, en que el hombre es una simple mónadaOra, eu não posso – e se pudesse seria inútil e tedioso – descrever em literatura cada rachadura das paredes de minha casa. Abstração do homem como indivíduo (e aliás pela 1ª vez como indivíduo, já que o indivíduo de que falamos na linguagem corrente é quase sempre, em realidade, um divíduo, complexo, para si e não em si), não obstante, é um ganho enorme em termos filosóficos. Significa abstrair todo o mundo – toda a representação e a situação que carrego comigo – num outro absolutamente ‘insignificante’, do ponto de vista universal. Toda a filosofia de Rafael com suas riquíssimas implicações como uma mônada.

La materia no es otra cosa que su capacidad pasiva. Esta capacidad pasiva constituye, precisamente, la oscuridad de las representaciones o un aturdimiento que no conduce a la distinción, a la apetencia o a la actividad.” As rachaduras na parede, repito. A filosofia analítica in a nutshell? Mas por estar numa casca de noz já se tornou um continente – cof, cof…

Leibniz, De anima brutorum – o ruim de L. é que para apreender sua filosofia como um todo provavelmente terei de recorrer a suas Obras completas!

Los cuerpos como tales cuerpos son conglomerados de mónadas; son agregaciones a las que no podemos llamar sustancias, del mismo modo que no podemos dar este nombre a un rebaño de ovejas. La continuidad de ellas es una ordenación o una extensión, pero el espacio no es nada en sí; tiene ser solamente en un otro, es una unidad que nuestro entendimiento infunde a aquel conglomerado. (Système nouveau de la nature et de la communication des substances; Nouveaux essais sur l’entendement humain [obra estritamente para refutação do lockismo, de cunho não-obrigatório])»

L. determina y distingue 3 clases de mónadas: las inorgánicas, las orgánicas y las conscientes”

Son inorgánicos aquellos cuerpos que no poseen una unidad interior, cuyos momentos sólo se hallan unidos por el espacio o exteriormente; no hay en ellos una entelequia o una mónada que predomine sobre las demás.” “Son inorgánicos aquellos cuerpos que no poseen una unidad interior, cuyos momentos sólo se hallan unidos por el espacio o exteriormente; no hay en ellos una entelequia o una mónada que predomine sobre las demás.” “Una fase superior del ser son los cuerpos vivos y animados, en los que una mónada predomina sobre las demás. El cuerpo unido con la mónada —del cual la mónada una es la entelequia o el alma— es llamado, en unión de esta alma, un ser vivo, un animal. [dotado de alma]” “Si Leibniz no se hubiese servido de la palabra «predominar» y hubiese desarrollado con mayor precisión este concepto, tendríamos que esta mónada abarcante levantaría a las otras y las reduciría a algo puramente negativo; el ser en sí de las otras mónadas o el principio del ser absoluto de estos puntos o individuos habría desaparecido.”

GLOSSÁRIO KANTIANO: «Estas verdades eternas descansan sobre 2 principios: uno es el de la contradicción, otro el de la razón suficiente

El primero es la unidad, expresada inútilmente como un principio, la distinción de lo que no puede distinguirse, el A = A” «El principio de la razón consiste en que todo tiene su fundamento» “La verdad necesaria tiene que tener así su fundamento en ella misma, de tal modo que se la encuentre por medio del análisis, es decir, precisamente por medio de aquel principio de la identidad. El análisis es, en efecto, la representación predilecta que lo reduce todo a conceptos y principios simples: una reducción que destruye su relación y que es, por tanto, en realidad, un tránsito a lo opuesto, pero sin tener la conciencia de ello, y que, por tanto, excluye el concepto, pues sólo retiene todo lo que es opuesto en su identidad consigo mismo. Esto de razón suficiente parece ser un pleonasmo; sin embargo, Leibniz entendía por ello fines y causas finales (causae finales), cuya distinción con respecto al nexo causal o a su causa eficiente pone aquí de manifiesto.” Homo, aquele que pode agir em ato e em potência (para si e em si).

SOBRE O CLICHÊ <VIVEMOS NO MELHOR DOS MUNDOS POSSÍVEIS>: “No cabe duda de que es posible, en general, afirmar esto; sin embargo, esta perfección de que se habla no representa un pensamiento determinado, sino una expresión mala, popular, y una cháchara acerca de una posibilidad representativa o imaginativa; Voltaire se ha burlado ingeniosamente de esta manera de pensar.”

Hay que decir, además, que la razón suficiente se refiere a la representación de las mónadas. Los principios de las cosas son las mónadas, cada una de las cuales es para sí, sin influir para nada en las demás. Ahora bien, si la mónada de las mónadas, Dios, es la sustancia absoluta y las diversas mónadas individuales son obra de su voluntad, desaparece la sustancialidad de ellas. Nos vemos situados, así, ante una contradicción que permanece de suyo insoluble: es la contradicción entre la mónada sustancial una y las muchas mónadas sueltas, que se presentan como sustantivas e independientes por el mero hecho de que su esencia consiste en no guardar relación las unas con las otras.” “Lo que hay de grande en Leibniz es esta intelectualidad de las representaciones, aunque Leibniz no haya sabido desarrollarla debidamente; por esta razón, es esta intelectualidad, al mismo tiempo, una pluralidad infinita que conserva su independencia absoluta, ya que esta intelectualidad no ha sabido superar la unidad. Leibniz no ha sabido sintetizar en la unidad la separación en el concepto que va hasta la dimisión de sí mismo, hasta el manifestarse bajo la apariencia de una sustantividad distinta. La coordinación de estos 2 momentos, de la trayectoria de las representaciones y de la trayectoria de las cosas externas, manifestándose mutuamente como causa y efecto, no sabe Leibniz relacionarlas en y para sí; por eso deja que se desdoblen, a pesar de que cada una de estas 2 trayectorias se mantiene pasiva con respecto a la otra. Es cierto que, vista la cosa más de cerca, las considera a las 2 formando una unidad; pero, al mismo tiempo, su actividad no existe según él para sí.”

La palabra «Dios» es, por tanto, el recurso que se emplea para llegar a una unidad que es solamente una unidad pensada, pues no se indica cómo de esta unidad emerge lo múltiple. Por consiguiente, Dios desempeña en la filosofía moderna un papel mucho más importante que en la antigua, ya que ahora constituye un postulado fundamental el comprender la antítesis absoluta del pensar y el ser.” “Dios viene a ser, por tanto, algo así como el arroyo al que van a fluir todas las contradicciones; y eso, una colección popular, es la Teodicea leibniziana.”

Directamente enlazada a la de Leibniz aparece la filosofía de Wolff, que no es, en rigor, sino una sistematización pedantesca del pensamiento leibniziano, razón por la cual se la conoce también con el nombre de filosofía de Leibniz-Wolff.

Wolff hízose famoso en el cultivo de las matemáticas y también por su filosofía, que llegó a dominar en Alemania durante bastante tiempo. En Wolff, como el maestro del entendimiento, nos encontramos con un desarrollo sistemático de la materia filosófica existente de las representaciones humanas en general. Por tanto, Wolff tiene grandes e inmortales méritos, principalmente por su obra de cultivador de la inteligencia de los alemanes, y se le puede considerar, ante todo, como maestro de este pueblo. Puede afirmarse que Wolff fue el primero que aclimató la filosofía en Alemania.” Uau!

ELOGIAR OFENDENDO, OU CRITICAR ENALTECENDO? “Comparten también esta fama otras 2 figuras: Tschirnhausen y Thomasius, sobre todo por el hecho de haber escrito sobre filosofía en alemán. Sin embargo, poco, muy poco es lo que podríamos decir acerca de la filosofía de estos 2 pensadores, en cuanto a su contenido, pues no es, en rigor, otra cosa que lo que se llama la sana razón: esa superficialidad y esa vacua generalidad con que nos encontramos siempre allí donde empieza a levantar su vuelo el pensamiento. La generalidad del pensamiento satisface, en estos casos, porque todo se contiene en ella como en un refrán, que, a fuerza de ser muy general, carece de todo contenido determinado.” “Esta filosofía acaba convirtiéndose, como filosofía intelectiva, en parte de la cultura general: el pensamiento determinado, intelectivo, se erige aquí en principio fundamental y se extiende por toda la órbita de los objetos que caen dentro del campo del saber. Wolff definió para Alemania, y aun de un modo más general, el mundo de la conciencia, como respecto de su tiempo podríamos afirmar de Aristóteles.” “Aquella filosofía sustancial y espiritualmente superior con que nos encontrábamos en Böhme y que revestía en este pensador una forma propia y todavía bárbara se ha extinguido por completo y ha desaparecido, sin dejar el menor rastro; hasta su mismo lenguaje cae en el más completo olvido.”

He aquí lo más notable de la vida de Christian Wolff: nació en Breslau, en 1679, era hijo de un panadero, empezó estudiando teología, pasó luego al estudio de la filosofía, y en 1707 obtuvo una cátedra de matemáticas y filosofía en la universidad de Halle. Aquí, fue víctima de las más viles asechanzas por parte de los teólogos pietistas, especialmente de Lange. La gente piadosa no se fiaba de la obra del entendimiento; sabía que si ésta era verdadera se remontaría necesariamente a un contenido de naturaleza especulativa, que habría de trascender, por tanto, del campo del entendimiento.

Los adversarios, en vista de que no conseguían nada con los ataques escritos, recurrieron a las intrigas. Hicieron creer al rey Federico Guillermo I, padre de Federico II, un rey bárbaro preocupado solamente en cosas de soldados y de milicia, que el determinismo de Wolff suprimía el libre arbitrio humano, por lo cual, según su filosofía, habría que entender que los soldados que desertaban del ejército no obraban por su libre voluntad, sino obligados por una especial institución divina (por la armonía preestablecida) y que si esta doctrina llegaba a difundirse entre los soldados podría ser extraordinariamente peligrosa para el Estado. El rey, montando en cólera, extendió inmediatamente una orden de gabinete en que se conminaba a Wolff para que, en un plazo de 48 horas, abandonase la ciudad de Halle y los estados prusianos, si no quería verse castigado con la horca.” “el piadoso Franke dio gracias a Dios, de rodillas, en una iglesia, por haber alejado de allí a aquel hombre. Pero no habría de durarles mucho la alegría a los pietistas. Wolff habíase trasladado a Kassel, y poco después fue nombrado primer profesor en la Facultad de Filosofía de Marburgo; por los mismos días, fue honrado con los nombramientos de miembro de las Academias de Ciencias de Londres, París y Estocolmo, y el zar Pedro I lo designó vicepresidente de la Academia de San Petersburgo, recién fundada. Recibió, además, una invitación para trasladarse a Rusia, que declinó, siéndole adjudicado, no obstante, un sueldo honorífico. El Gran Elector de Baviera le concedió un título de barón y se vio, en una palabra, cargado de honores materiales, que entonces sobre todo (y también ahora) realzaban mucho la personalidad de las gentes a los ojos del gran público y que eran demasiado grandes para no producir sensación también en Berlín.

En vista de ello, se nombró en la capital de Prusia una comisión encargada de dictaminar acerca de la filosofía de Wolff (ya que a ésta no había sido posible expulsarla, como al filósofo).” HAHAHAHAHAHA!!!

El dictamen emitido fue absolutorio para ella, es decir, declaró que no envolvía ningún peligro para la religión”

Federico Guillermo dirigió al filósofo una carta muy honrosa para él, llamándolo a reintegrarse a su cátedra, pero la invitación fue rehusada por Wolff, quien no se fiaba demasiado de las intenciones del rey y sus consejeros. Federico II, inmediatamente después de subir al trono, en 1740, reiteró la invitación en términos muy elogiosos (Lange había muerto hacía ya bastante tiempo), y esta vez fue escuchada. Wolff fue designado vicecanciller de la universidad; su fama, sin embargo, se había disipado y, poco a poco, su aula quedó vacía. Murió en 1754. (Buhle; Rixner; Tiedemann)” HAHAHA!

Una gran parte de sus obras fueron escritas por Wolff en su lengua natal, mientras que Leibniz había escrito casi todas las suyas en latín y en francés. Es éste un detalle muy importante, pues sólo puede decirse que una ciencia pertenece verdaderamente a un pueblo cuando éste la posee en su propia lengua, y en ninguna es esto tan necesario como en la filosofía.” “cuando se dice, por ejemplo, Bestimmtheit en vez de «determinatio», Wesen por «essentia», etc., el pensamiento existe de un modo inmediato para la conciencia y puede decirse que estos conceptos pasan a formar parte sustancial de ella, como cosa propia y no ya como algo extraño.” “ha sido aceptado que, cuando se escribe en latín, se puede ser simple, pero es asombroso lo que con el pretexto de escribir en latín se han permitido decir.” HAHAHA – não era para exagerar muito no sentido contrário!

Los títulos de las obras de Wolff, redactadas en alemán, son todos de este tenor: Vernünftige Gedanken von den Kräften des menschlichen Verstandes und ihrem richtigen Gebrauche in der Erkenntniss der Wahrheit [«Pensamientos racionales sobre las fuerzas del entendimiento humano y de su certero empleo para el conocimiento de la verdad»] (Halle, 1712, 8.º); Vernünftige Gedanken von Gott, der Welt und die Seele des Menschen, auch allen Dingen überhaupt [«Pensamientos racionales sobre Dios, el mundo y el alma humana, así como sobre todas las cosas en general»] (Francfort y Leipzig, 1719); Von der Menschen Thun und Lassen [«Sobre las acciones y omisiones del hombre»] (Halle, 1720); Von dem gesellschaftlichen Leben [«Sobre la vida social»] (Halle, 1721); Von den Wirkungen der Natur [«Sobre las acciones de la naturaleza»] (Halle, 1723), etc. Este pensador escribió en alemán y en latín acerca de todas las partes de la filosofía, incluyendo la economía, hasta el número de 23 gruesos volúmenes en latín; en total, 40 volúmenes en cuarto. Aparte de esto, sus obras matemáticas, que forman muchos volúmenes del mismo formato. En sus estudios, aplicó de un modo general el cálculo diferencial e integral de Leibniz.”

En Spinoza, por el contrario, no encontramos más contenido que la sustancia absoluta y el constante retorno a ella. Los grandes méritos que hay que reconocerle a Wolff en cuanto a la educación intelectiva de Alemania, que ahora se revela como algo totalmente aparte, sin la menor relación con anteriores concepciones metafísicas más profundas, guardan igual proporción con la sequedad y la ausencia interior de contenido en que se hunde, al llegar a Wolff, la filosofía, que este pensador divide en sus disciplinas formales, por medio de determinaciones intelectivas y mediante el empleo pedantesco del método geométrico, a la par que entroniza, conjuntamente con los filósofos ingleses, el dogmatismo de la metafísica intelectiva, es decir, un filosofar que determina y eleva a tónica general lo absoluto y lo racional por medio de determinaciones conceptuales y relaciones que se excluyen entre sí, por ejemplo lo uno y lo múltiple o lo simple y lo complejo, lo finito y lo infinito, la relación causal, etc.

Wolff desplaza totalmente y de un modo meticuloso la filosofía escolástico-aristotélica y convierte la filosofía en una ciencia general que pertenece a la nación alemana. Por lo demás, implanta en la filosofía la clasificación sistemática y adecuada en disciplinas, que todavía sigue rigiendo hoy con una cierta autoridad.”

En la matemática, que abarca 4 pequeños volúmenes, trata también Wolff de la arquitectura y el arte de la guerra. En la arquitectura formula, por ejemplo, el siguiente principio: «Las ventanas deben ser capaces para dos personas». Y expone también como problema y solución la necesidad de que toda casa tenga su retrete. Pero el mejor ejemplo es el que nos ofrece su arte de la guerra. Dice así el «cuarto principio: El acercamiento a una fortificación debe hacerse más y más costoso al enemigo a medida que va aproximándose a ella». Y, en vez de decir: porque el peligro va haciéndose cada vez mayor, lo que también es trivial, viene la siguiente «prueba: Cuanto más se acerca el enemigo a la fortificación, mayor es el peligro. Y cuanto mayor es el peligro, más resistencia hay que ofrecerle, para anular sus ataques y librarse del peligro todo lo posible. Por tanto, cuanto más se acerque el enemigo a la fortificación, más caro debe costarle», etc.” HAHAHAHAHAAHAHAHA!!!!

Por su contenido, la filosofía de Wolff es ya de suyo una filosofía popular, aunque en lo tocante a la forma prevalezca todavía en ella el pensamiento. Esta filosofía se mantiene en pie e impera hasta llegar a Kant. Baumgarten, Crusius, Moses Mendelssohn no hicieron otra cosa que elaborar, cada uno por su cuenta, la filosofía wolffiana; el último de los pensadores citados filosofó en una forma popular y llena de buen gusto.” “la metafísica había quedado reducida a lo más diluido y se la había hecho descender a un nivel de insuperable vacuidad, sin dejar en ella un solo hilo firme. Mendelssohn se tenía y era tenido por el más grande de los filósofos, y sus amigos lo colmaban de elogios. Sin embargo, sus Morgenstunden [«Horas matinales»] no son otra cosa que la seca filosofía wolffiana, por mucho que sus admiradores se empeñen en buscar en estas ásperas abstracciones una luminosa forma platónica.”

A esta filosofía antigua podemos retornar constantemente, comprendiéndola y reconociéndola; es una filosofía satisfactoria, situada en su propia fase de evolución, un punto central concreto que da satisfacción a la misión del pensamiento, tal y como se la enfoca. En cambio, esta metafísica moderna a que nos estamos refiriendo no hace otra cosa que desarrollar los antagonismos hasta convertirlos en contradicciones absolutas. Es cierto que se nos indica la solución absoluta de ellas, Dios, pero solamente como una solución abstracta, situada en el más allá; en el más acá, quedan en pie todas las contradicciones, sin resolver en cuanto a su contenido.” “Sólo en Él como Espíritu y Espíritu Uno y Trino se contiene esta contraposición de sí mismo y del Otro, del Hijo, y, con ello, la solución de este antagonismo; esta idea concreta de Dios como la razón no aparece asimilada aún por la filosofía a que nos venimos refiriendo.” PORRA, HEGEL – ASSIM NÃO, FILHO!

Entre los antiguos, la razón (λόγος), como el ser en sí y para sí de la conciencia, sólo cobraba la existencia etérea y formal del lenguaje. Aquí, en cambio, cobra ya la certeza de la sustancia ente; de aquí, en Descartes, la unidad del concepto y el ser y en Spinoza, asimismo, la realidad general. La manifestación del concepto del movimiento de los pensamientos fijos en ellos mismos consiste en que el movimiento, que sólo se presenta como método al margen de su objeto, se revele en sí mismo, o en que la conciencia de sí llegue al pensamiento.”

PELO VISTO A INHACA MENTAL DA SANTÍSSIMA TRINDADE INVADIU, NO SISTEMA HEGELIANO, OS ESTADOS-NAÇÕES TAMBÉM: “Estos 3 aspectos aparecen repartidos, a su vez, como hasta aquí, entre las 3 naciones que cuentan en el mundo de la cultura. Los ingleses destacan la forma empírica, la forma totalmente finita del concepto; los franceses, la forma del mismo en cuanto haciendo tanteos en todo, estableciéndose en su realidad, levantando todas las determinaciones y, por tanto, como conciencia de sí pura, ilimitada, general; finalmente, los alemanes ponen de relieve el ir a sí de este ser dentro de sí, es decir, el pensamiento del concepto absoluto.”

ÍCARO TEM DE SUBIR E BAIXAR EM SEU VÔO PARA NÃO SE ESTREPAR: “La decadencia del pensamiento hasta llegar a la filosofía kantiana se revela, pues, en las corrientes que ahora se yerguen en contra de aquella metafísica y a las que podemos dar el nombre de filosofía popular general, empirismo reflexivo y el cual se convierte, a su vez, más o menos, en una metafísica, así como, a la inversa, aquella metafísica, al desplegarse en una serie de ciencias especiales, se trueca en empirismo. Contra aquellas contradicciones de la metafísica, contra los artificios de la síntesis metafísica, contra la asistencia de Dios y la armonía preestablecida, el mejor de los mundos, etc., contra este entendimiento puramente artificioso, se afirman ahora y se enderezan, en efecto, principios fijos e inmanentes al espíritu acerca de lo que el corazón del hombre culto siente, intuye y venera. Y frente a la solución que se nos ofrece en el más allá, en Dios, estos principios concretos de contenido fijo representan una reconciliación y una independencia en el más acá, un punto de apoyo intelectivo, sacado de lo que se ha llamado, en general, el sano sentido común.”

También los indios, que adoran a una vaca, que abandonan o matan a los niños recién nacidos y cometen toda suerte de crueldades, los egipcios, que tributan culto a un pájaro, al buey Apis, etc., y los turcos, tienen eso que llamamos sano sentido común. Pero el sano sentido común y el sentimiento natural de los brutales turcos, cuando se toman como pauta, conducen a principios aborrecibles.”

Tal es, por tanto, la fisonomía que presenta la filosofía del siglo XVIII. Son 3, en general, los aspectos que tenemos que examinar aquí: el primero, lo representa Hume; el segundo, la filosofía de los escoceses; el tercero, la filosofía francesa. Hume es un filósofo escéptico; la filosofía escocesa es la reacción en su contra; la filosofía francesa tiene un apéndice de apagada forma en el pensamiento de la Ilustración alemana, nombre que se da a aquel conjunto de manifestaciones de la filosofía de nuestra nación que se salen de los marcos de la metafísica wolffiana.”

Como no es posible ir concretamente más allá del Dios metafísico, nos encontramos con que Locke basa su contenido filosófico sobre la experiencia. Pero Hume pone de manifiesto que el empirismo no puede conducir al pensamiento a ninguna posición fija, ya que niega todo lo general.” “El pensamiento, en general, es el ser idéntico a sí mismo simple y general, pero como el movimiento negativo, por medio del cual se levanta lo determinado. Este movimiento del ser para sí es ahora momento esencial del pensamiento mismo, mientras que, hasta ahora, existía fuera de él; y, al concebirse así, como movimiento en sí mismo, el pensamiento es conciencia de sí, y lo es, primeramente, de un modo formal, como conciencia de sí individual. Esta forma es la que presenta en el escepticismo, pero con la diferencia con respecto al escepticismo de los antiguos de que ahora se toma por base la certeza de la realidad, mientras que en los antiguos, por el contrario, el escepticismo era el retorno a la conciencia individual, de tal modo que ésta no era la verdad o que no proclamaba su resultado ni adquiría, por tanto, una significación positiva.” “el escepticismo reviste, aquí, la forma del idealismo, es decir, proclama como realidad y como verdad la conciencia de sí o la certeza de sí misma. La forma peor de este idealismo consiste en que la conciencia de sí, como conciencia de sí individual o formal, no pase de decir: todos los objetos son representaciones nuestras. Este idealismo subjetivo es el que encontramos en Berkeley; y otro giro de él se nos presenta en Hume.”

George Berkeley nació el año 1684 en Kilcrin, cerca de Thomastown, en el condado de Kilkenny (Irlanda), y murió en 1754, siendo obispo de una diócesis inglesa. Escribió la Theory of vision, 1709, el Treatise concerning the principles of human knowledge, 1710, y Three Dialogues between Hylas and Philonous, 1713. Sus obras completas vieron la luz en Londres, en 1784, formando 2 volúmenes en cuarto.”

Todos los objetos del conocimiento humano son ideas —como, lo expresa Berkeley, coincidiendo con Locke— que brotan bien de las impresiones de los sentidos exteriores, bien de percepciones de los estados y las actividades interiores del espíritu, o, finalmente, aquellas que se forman por medio de la memoria y de la imaginación, a través de la separación y la nueva unión de las mismas. La asociación de diversas percepciones de los sentidos se nos aparece como una cosa especial, como ocurre, por ejemplo, con la sensación del color, del gusto, del olor, de la figura, etc., pues por colores, olores, sonidos, etc., entendemos siempre solamente lo percibido.”

Es cierto que Locke distinguía, por ejemplo, la extensión y el movimiento como cualidades fundamentales, es decir, como cualidades pertenecientes a los objetos en sí. Pero Berkeley advierte perfectamente bien la inconsecuencia de este aspecto según el cual lo grande y lo pequeño, lo rápido y lo lento no rigen más que como algo puramente relativo; por tanto, para que la extensión y el movimiento sean en sí no pueden ser ni grande ni pequeña la primera, ni rápido o lento el segundo, es decir, no pueden ser en modo alguno, ya que estas determinaciones se hallan implícitas en el concepto mismo de tales cualidades.”

una percepción que no se da en quien se la representa no es nada, es una contradicción inmediata. No puede existir, por tanto, una sustancia que no podamos representarnos, que no podamos percibir y que sea el sustrato de las percepciones y las representaciones.”

No obstante, permanece siempre en pie una relación de lo otro con nosotros mismos; estas sensaciones no se desarrollan partiendo de nosotros, como cree Leibniz, sino que se determinan por medio de otra cosa. Cuando Leibniz habla de una evolución dentro de la mónada no hace más que pronunciar una frase vacía de sentido” “Por tanto, cada cosa individual se halla determinada por otra, no por nosotros; y es indiferente lo que esta cosa exterior sea, ya que es siempre algo contingente.”

LA MULETA DE SIEMPRE: “La necesidad de las representaciones se halla, sin embargo, en contradicción directa con este ser dentro de sí mismo del que se representa, pues el ser dentro de sí es la libertad del sujeto de las representaciones, el cual no las engendra con libertad, desde el momento en que tienen para él la forma y la determinación de lo otro. Tampoco Berkeley enfoca el idealismo en este sentido subjetivo, sino que dice que son solamente los espíritus los que se comunican (lo otro no hace más que representarse a sí mismo); por tanto, es solamente Dios quien crea semejantes representaciones”

Semejante idealismo trata solamente la contraposición entre la conciencia y su objeto y deja, por lo demás, perfectamente intacto el despliegue de las representaciones y los antagonismos del contenido empírico y múltiple. Y si ahora se pregunta qué es lo que hay de verdad en estas percepciones y representaciones, como antes en las cosas, no obtendremos respuesta alguna. Es casi indiferente que se tenga una concepción de cosas o de percepciones, siempre y cuando que la conciencia de sí permanezca llena de cosas finitas; esta conciencia de sí recibe el contenido del modo corriente y tiene la estructura habitual. No hará, en su individualidad, sino dar vueltas y más vueltas en las representaciones de una existencia perfectamente empírica, sin llegar, por lo demás, a conocer ni a comprender nada del contenido; dicho de otro modo: en este idealismo formal, no tiene la razón ningún contenido peculiar.”

Lo único interesante, en este punto, es saber que estas investigaciones, por este camino, van a parar principalmente al problema del espacio y se debaten en torno a la cuestión de si la representación de la distancia, etc., en una palabra, todas las representaciones que se refieren al espacio, las obtenemos a través de la vista o por medio del tacto. El espacio es, en efecto, ese algo general sensible, ese algo general que se da en la individualidad misma y que en la consideración empírica de la dispersión empírica invita y conduce al pensamiento (pues es él mismo el pensamiento) y que induce precisamente a confusión a estas percepciones sensibles y a este razonar en torno a ellas y que, en rigor, teniendo como tiene aquí un pensamiento objetivo, conduciría a pensar o a tener un pensamiento, pero que no acaba de ver claro, por la sencilla razón de que no le preocupan el pensamiento ni el concepto, ni puede arribar sencillamente a la conciencia de la esencia; no piensa nada, en efecto, como un pensamiento, sino que lo piensa todo como algo externo, ajeno al pensamiento.” Me faz lembrar das concepções psicogenéticas do desenvolvimento cognitivo do bebê, e.g., no piagetismo.

Debemos exponer a continuación el escepticismo de Hume, que ha adquirido mayor notoriedad histórica de la que en sí merece; lo importante en él, desde el punto de vista histórico, consiste en que Kant arranca en realidad de esta doctrina para construir su propia filosofía.”

O HOMEM-ESCADA: “Devemos expor, na seqüência, o ceticismo de Hume, que adquiriu maior notoriedade histórica do que em si merece; o importante nele, do ponto de vista histórico, consiste em que Kant arranca, em realidade, desta doutrina a fim de construir sua própria filosofia.” Ver meu capítulo anterior da HISTÓRIA DAS IDÉIAS, https://seclusao.art.blog/2021/05/13/historia-das-ideias-introducao-a-epistemologia-hume-kantiana/.

Hume es más famoso como historiador que por sus obras filosóficas. Escribió A Treatise of human nature (3 vols., 1739, traducido al alemán por Jacob, Halle, 1790, ), y además Essays and Treatises on several subjects, en 2 vols. (Vol. I containing Essays moral, political and literary, 1.ed, Edimburgo, 1742; Vol. II containing an Enquiry concerning human understanding, que no es sino una refundición del Treatise, 1.ed, Londres, 1748, ). En sus Ensayos, los que más fama le dieron como filósofo, trata una serie de problemas filosóficos a la manera de un hombre de mundo cultivado y dotado de la capacidad de pensar, pero no con una coordinación verdaderamente filosófica, ni tampoco con la extensión que realmente habrían podido llegar a adquirir sus pensamientos; en algunos de estos estudios, se limita realmente a destacar sólo algunos aspectos especiales, sin desarrollarlos en su totalidad.”

Lo fundamental de su filosofía puede exponerse en pocas palabras. Parte directamente del punto de vista filosófico de Locke-Bacon, según el cual nuestros conceptos se derivan de la experiencia; y su escepticismo recae, asimismo, sobre el idealismo berkeleyano.” “en Hume, se depura y se manifiesta con mayor nitidez la contraposición entre lo sensible y lo general, desde el momento en que determina lo primero como carente de generalidad. Berkeley no entraba a distinguir si en sus sensaciones existía o no una necesaria concatenación. Antes, la experiencia era una mezcla de ellas.” “Con esto, Hume pone la piedra de remate al lockeanismo, al llamar consecuentemente la atención hacia el hecho de que, manteniendo este punto de vista, si bien la experiencia es la base de lo que se sabe y la percepción misma contiene cuanto acaece, en la experiencia no se contienen, a pesar de ello, ni nos son dadas las determinaciones de la generalidad y la necesidad.” “Hume, al concebir la necesidad, la unidad de lo contrapuesto, de un modo enteramente subjetivo, cifrándola en el hábito, desciende tanto en la escala del pensamiento, que no cabe más.” “Por eso Hume considera este tipo de generalidad, al igual que la necesidad, más bien como algo puramente subjetivo, no como algo que exista objetivamente, pues el hábito es justo una generalidad subjetiva de este tipo.” “Todo se manifiesta, pues, bajo la forma de un ser irracional y no pensado” “lo que ocurre es que, en Kant, esta fuente presenta una forma completamente distinta a la que tiene entre los escoceses. En efecto, esta fuente interior e independiente, tal como los escoceses la conciben, no es el pensamiento, la razón como tal, sino que el contenido que mana de esta fuente interior tiene un carácter más concreto y reclama también una materia exterior de experiencia.” “Y este lado del entendimiento razonante se orienta, fundamentalmente, hacia lo ético y la política, ciencias que llegan a adquirir gran desarrollo gracias a los filósofos alemanes, a los franceses, y muy especialmente a los escoceses.” “trátase, en efecto, de obras escritas a la manera de Cicerón y del Insitum est a natura, proclamado por éste”

Thomas Reid nació en 1704 y murió siendo profesor en Glasgow en 1796. (Rixner)”

James Beattie nació en 1735, fue profesor de ética en Edimburgo y Aberdeen y murió en 1803.”

En este mismo grupo de pensadores podemos incluir también a Dugald Stewart, Eduard Search, Ferguson y Hutcheson, que escribieron en su mayoría acerca de ética. También el economista Adam Smith puede ser considerado, en este sentido, como filósofo, y es el más conocido de todos ellos. § Esta filosofía escocesa pasa por ser ahora, en Alemania, algo nuevo. Es una filosofía popular que, de una parte, ostenta el gran título de indagar en el hombre, en la conciencia humana, la fuente de lo que debe tener validez general para él, la inmanencia de lo que debe tener valor para el hombre. El contenido es, al mismo tiempo, un contenido concreto; es, en este sentido, algo opuesto a la verdadera metafísica, al vagar en torno a determinaciones abstractas del entendimiento.” “todos ellos buscan, en efecto, una filosofía apriorística, pero no por vía especulativa.”

En los últimos tiempos, esta filosofía escocesa se ha extendido a Francia; el profesor Royer-Collard, actual presidente de la segunda Cámara, y su discípulo Jouffroy, se basan en ella para llegar, a través de los hechos de la conciencia, por medio del razonamiento cultivado y de la experiencia, a desarrollos más amplios. § Con esto se enlaza también lo que los franceses llaman ideólogía;¹ trátase de una metafísica abstracta, en cuanto que se reduce a una enumeración y un análisis de las más simples determinaciones del pensamiento.”

¹ Nenhuma relação com o conceito atual (marxista) de ideologia.

NA TERRA DE COMTE…: “Pasamos ahora a la filosofía francesa; su relación con la metafísica es ésta: mientras que el hombre lego se halla en contra de sí mismo en cuanto metafísico, esa filosofía acaba con el estado de los legos, en política, en religión y en filosofía.”

entre los ingleses nos encontrábamos con este idealismo: bien sea como algo formal, como la simple traducción general del ser al ser para otro, es decir, en el ser percibido, o como el en sí de este ser percibido, como instintos, impulsos, hábitos, etc., como fuerzas ciegas y determinadas: el retorno a la conciencia de sí, que se manifiesta, a su vez, como cosa natural. En aquel primer idealismo, toda la finitud, el despliegue de los fenómenos y las sensaciones, y también de los pensamientos y de los conceptos fijos determinados, permanecen lo mismo que en la conciencia no-filosófica. § El escepticismo de Hume hace que todo lo general se hunda y se disuelva en los hábitos y en los instintos: ese escepticismo es, dicho de otro modo, una simple yuxtaposición del mundo de los fenómenos; pero estos elementos simples, estos instintos, impulsos y fuerzas son asimismo una existencia de la conciencia de sí carente de espíritu, inmóvil y determinada. § La filosofía francesa es más viva, más dinámica, más ingeniosa; es, mejor dicho, lo ingenioso mismo.”

Todas estas formas, el en sí real del mundo real y el en sí del mundo suprasensible, se levantan por tanto, aquí, en este espíritu consciente de sí mismo. Éste no se atiene a las representaciones tal y como son, no les concede validez ni las acepta como verdaderas, no las venera como independientes y libres al margen de la conciencia de sí, sino que habla ingeniosamente de ellas; es decir, es la conciencia de sí, por su actividad, la que hace algo de ellas, algo que es además distinto de aquello por que directamente se tienen, y sólo es la actitud ingeniosa, precisamente esta formación y este movimiento a través de su conciencia de sí, lo que vale y suscita su interés. Es el carácter del concepto en su realidad; y sólo vale lo que constituye la esencia misma de esta conciencia de sí que todo lo ve y lo comprende.”

Esta esencia vacía es para nosotros, en general, el pensamiento puro, lo que los franceses llaman el être suprème, o se representa objetivamente como algo que es, como algo que aparece frente a la conciencia, como la materia.” “Es el concepto que se presenta en una actitud puramente destructiva, que no se desarrolla de nuevo a base de esta materia o de este pensamiento puro, de esta pura sustancialidad. Vemos, pues, manifestarse libremente aquí el llamado materialismo y ateísmo, como resultado necesario de la pura conciencia de sí comprensiva.” “Sólo queda en pie la esencia presente y real, pues la conciencia de sí sólo reconoce el en sí como algo que existe para ella como conciencia de sí, en la que ella se sabe, por tanto, real: la materia, como aquello en que puede ensancharse y realizarse en la pluralidad, la naturaleza. En el presente, tengo la conciencia de mi realidad; y, consecuentemente, la conciencia de sí se encuentra a sí misma como materia, el alma como algo material, las representaciones como movimientos y cambios en el órgano interior del cerebro, que siguen a las impresiones externas de los sentidos.” Ultrapassado? Talvez. Mas sempre que relembramos esta etapa do pensamentos, nos excitamos, como por exemplo diante das ingênuas questiúnculas de Descartes. Ah, França!

Un modo del ser de la materia es, por tanto, el pensamiento. En este objeto se plasma, en rigor y en su conjunto, como lo último, la sustancia una spinozista, paralelamente a la cual discurre el materialismo francés como naturalismo; pero, mientras que en Spinoza tenemos y preencontramos esta categoría, aquí aparece como el resultado de la abstracción del entendimiento que parte del empirismo.”

La otra forma de la Ilustración es, por el contrario, aquella en que la esencia absoluta se establece como un más allá de la conciencia de sí, como algo que no es conocido en absoluto por ella misma, por su en sí. Este más allá ostenta el nombre vacuo de Dios. Pues de cualquier modo que se determine a Dios, desaparecerán todas las determinaciones; será igual a x, lo simplemente desconocido. Por eso esta concepción no se llama ya ateísmo, en primer lugar, porque emplea todavía aquel nombre vacuo y que nada dice, y en segundo lugar, porque expresa las necesarias relaciones de la conciencia de sí, los deberes, etc., no como necesarias en y para sí, sino como necesarias por la relación con otra cosa, es decir, con una incógnita, si bien es cierto que la única relación positiva que cabe establecer con una incógnita es la de levantarse como algo individual. Y no es la materia, ya que este algo simple y vacío se determina negativamente, como algo que no es para la conciencia de sí. Y con ello acaece lo mismo, pues la materia es lo general, el ser para sí representado como levantado. Pero la verdadera reflexión sobre aquella incógnita consiste, asimismo, en que justo para la conciencia de sí sea como la negación de ella misma, es decir, la materia, la realidad y el presente; es algo negativo para mí, y esto es su concepto.”

una serie de palabras aburridas que no ayuda a comprender nada” HAHAHAHA

Hay que vivir conforme a la naturaleza, se predica” …e é claro que menos de 2 linhas depois já está metendo a lasca em Rousseau!

En una palabra, sólo lo negativo es interesante; y de esta filosofía francesa positiva no cabe ni hablar. Pero aquel mismo aspecto negativo pertenece más bien, en rigor, al campo de la cultura, que aquí no nos interesa; y a él pertenece también la filosofía de la Ilustración.” Mas é demasiado interessante, H.! Você dever-nos-ia ter brindado com uma HISTÓRIA GERAL DA CULTURA também!

Lo admirable de las obras filosóficas francesas importantes desde este punto de vista es esta energía y esta fuerza asombrosas del concepto frente a la existencia, frente a la fe, frente a todo el poder de la autoridad consagrada a lo largo de milenios. Es notable, de una parte, el carácter del sentimiento de la más profunda rebelión contra todos esos poderes vigentes que representan una esencia extraña para la conciencia de sí, la cual trata de ser sin aquello en que no se encuentra a sí misma; es una certeza de la verdad de la razón que se enfrenta con todo el mundo intelectual alejado de ella y que está segura de su destrucción. El ateísmo francés, el materialismo y el intelectualismo de los franceses ha destruido todos los prejuicios y triunfado sobre las premisas y valideces huérfanas de concepto de lo positivo en la religión y socializado en los hábitos, en las costumbres, en las opiniones, en las determinaciones jurídicas y morales y en las instituciones civiles; con las armas del sentido común y de una ingeniosa seriedad, no con declamaciones frívolas, el pensamiento se vuelve aquí contra el estado universal vigente en el orden legal, contra la organización del Estado, contra la administración de justicia, el régimen de gobierno y la autoridad política, y también contra el arte.”

así, surge la aspiración de concebir lo absoluto como algo presente y, al mismo tiempo, como algo pensado y como unidad absoluta; aspiración que, al negar el concepto de fin, tanto en el campo de lo natural y, por tanto, el concepto de la vida, como en lo espiritual, es decir, el concepto del espíritu y de la libertad, sólo conduce a la concepción abstracta de una naturaleza indeterminada de suyo, de la sensación, del mecanismo, del egoísmo y de la utilidad.” Nada de mal nisso!

los ingleses, por el contrario, parten de una realidad concreta, del edificio informe de su constitución; lo mismo que sus escritores, que no se remontan tampoco al plano de los principios generales. Lo que Lutero sólo inició en la esfera del ánimo y del sentimiento —la libertad del espíritu, que inconsciente de su raíz simple no se capta a sí misma, pero que es ya lo general, ante lo que desaparece todo contenido de pensamientos llenos de sí mismos—, estas determinaciones y estos pensamientos generales han sido proclamados por los franceses, quienes se atienen a ellos: principios generales y, a saber, como la convicción del individuo en él mismo.

La libertad se convierte en estado universal, se enlaza con la historia universal y hace época en ella; es la libertad concreta del espíritu, una generalidad concreta, son principios acerca de lo concreto los que ahora pasan a ocupar el lugar de la metafísica abstracta de Descartes. En los alemanes nos encontramos con vacilaciones; encima, pretenden explicarlas y no consiguen con ello más que aportar un fenómeno y una particularidad verdaderamente miserables. Los franceses parten del pensamiento de la generalidad, la libertad alemana de conciencia parte de la conciencia moral (…) unos y otros se encuentran o siguen el mismo derrotero: lo que ocurre es que los franceses, sin conciencia en cierto modo, parecen despacharlo todo y retener sistemáticamente un determinado pensamiento: el sistema fisiocrático; los alemanes, por su parte, tratan de tener la espalda cubierta, para examinar, partiendo de la conciencia, si les es lícito proceder así. Los franceses luchan contra el concepto especulativo con el espíritu, los alemanes con el entendimiento. Los franceses dan pruebas de una profunda necesidad filosófica omnicomprensiva y llena de vitalidad —en contraste con los ingleses y los escoceses, e incluso con los alemanes— una concepción general y concreta del todo, con una independencia total, tanto con respecto a toda autoridad como en lo que se refiere a toda metafísica abstracta. El método que para ello se sigue es éste: desarrollar las cosas partiendo del ánimo, de la representación; es una gran intuición que tiene siempre ante los ojos el todo y procura conservarlo y obtenerlo.

Este sano sentido común, esta sana razón, con su contenido, sacado del pecho humano, del sentimiento natural del hombre, se dirige ahora contra el aspecto religioso en una serie de momentos diferentes: de una parte y en primer lugar, como filosofía francesa, contra la religión católica, contra las trabas de la superstición y de la jerarquía; de otra parte, en una forma tenue, como Ilustración alemana, contra la religión protestante, en cuanto tiene un contenido recibido, en general, de la revelación, de la determinación eclesiástica. Una de las corrientes se dirige contra la forma de la autoridad en general, la otra contra el contenido.”

El entendimiento aplica, así, su pauta al contenido religioso y lo declara nulo; y del mismo modo procede contra una filosofía concreta. Lo que ahora queda en pie de la religión, en muchas teologías, de un modo muy general, es lo que se llama teísmo, la fe en general; es el mismo contenido con el que nos encontramos en el mahometismo. Pero en esta dirección del entendimiento razonante contra la religión se avanza también hasta el materialismo, el ateísmo y el naturalismo. Debemos tener cuidado con la determinación conceptual del ateísmo, pues es una cosa muy corriente el que se acuse de carencia de religión o incluso de ateísmo a todo individuo cuyas ideas acerca de Dios difieren de las que otros profesan.”

[O Emílio, ou da Educação¹ de Rousseau] es toda ella una exposición del teísmo, tal como lo podemos encontrar en los teólogos alemanes. Y así, la metafísica francesa discurre paralela no sólo a Spinoza, sino también a la metafísica alemana de Wolff.”

¹ Já postado no X-TudoTudo, o “pai” do Seclusão. Será republicado tão logo seja possível!

Otros franceses, en cambio, avanzan expresamente hasta desembocar en el naturalismo; entre ellos citaremos especialmente a Mirabeau, autor del Système de la Nature.(*)

(*) Esta obra se le atribuyó efectivamente, pero fue escrita por Hollbach [E.].”

Tres aspectos podemos, pues, distinguir en lo que se ha llamado la filosofía francesa, representada por Voltaire, Montesquieu, Rousseau, d’Alembert y Diderot, y en lo que más tarde aparece en Alemania como Ilustración y que ha sido motejado también de ateísmo: primero, su aspecto negativo, que es el que más se le echa en cara; segundo, el aspecto positivo; tercero, el aspecto filosófico, metafísico.”

También a este aspecto negativo hay que hacerle justicia, como a todo; lo que hay en él de sustancial es el ataque del instinto racional contra un estado de degeneración, más aún, de mentira general y completa, por ejemplo, contra lo positivo de una religión fosilizada. Nosotros llamamos religión a la fe firme, a la convicción de Dios; si ello es o no la fe en la doctrina cristiana, es algo de que hacemos más o menos abstracción. Pero este ataque contra lo religioso debemos concebirlo muy de otro modo; este aspecto positivo de la religión es el aspecto negativo de la razón.

El estado religioso, con su poder y su magnificencia, con la corrupción de las costumbres, con la codicia, la sed de honores, la crápula, para las que se pide, sin embargo, reverencia y acatamiento: toda esta contradicción que existía en la realidad debe tenerse bien presente si se quiere comprender el sentimiento de rebelión que se apoderó de estos escritores.” Atualíssimo!

La filosofía francesa iba dirigida también, por eso, contra el Estado; atacó los prejuicios y la superstición y principalmente la corrupción de la sociedad burguesa, de las costumbres de las cortes y de los funcionarios del gobierno, captó lo malo, lo ridículo, lo vil y expuso toda la hipocresía y los poderes injustos a la risa, al desprecio, al odio del mundo, moviendo así al espíritu y al corazón a indiferencia con respecto a los ídolos del mundo y haciendo que el sentimiento y el ánimo se rebelasen contra ellos. Las viejas instituciones, para las que ya no había cabida en el sentimiento desarrollado de una libertad y una humanidad conscientes de sí mismas y que, por lo demás, descansaban sobre los sentimientos mutuos y sobre la ceguera y la falta de autonomía de la conciencia, que habían dejado ya de corresponder al espíritu que las había instaurado y que ahora, con la nueva cultura científica desarrollada, se pretendía que también la razón respetara como algo sagrado y justo: todo este formalismo fue derribado por aquellos filósofos.

Sus ataques estaban escritos en parte con razonamientos, en parte con ingenio, en parte con el sano sentido común, y no iban dirigidos contra lo que nosotros llamamos religión; lejos de ello, esta religión quedaba al margen de tales ataques y se la recomendaba con la más bella elocuencia. Este aspecto sólo se comportaba, pues, demoledoramente contra lo que ya estaba destruido de suyo. Es muy fácil echarles en cara a los franceses sus ataques contra la religión y contra el Estado. Pero bueno será que nos hagamos una idea del horrible estado en que se hallaba la sociedad francesa, de la miseria y la infamia reinantes en Francia, para comprender el verdadero mérito de estos ataques. La hipocresía, la beatería, la tiranía, rabiosa por verse despojada de su botín, la pobreza de espíritu, pueden acusar a los filósofos franceses de atacar a la religión, al Estado y las costumbres. Pero ¡qué religión era la que ellos atacaban! No era, ni mucho menos, la religión purificada por Lutero, sino la más vil de las supersticiones, el clericalismo, la necedad, las más depravadas intenciones y, sobre todo, aquellos derroches de riqueza y aquella orgía de bienes materiales, en contraste con la escandalosa miseria general. ¡Y qué Estado era aquél! El más ciego despotismo de los ministros y de sus cortesanos y sus ayudas de cámara; un ejército inmenso de pequeños tiranos y de haraganes para quienes el derecho divino consistía en poder saquear los ingresos del Estado y el sudor del pueblo. La desvergüenza, el desafuero llegaban a extremos increíbles; la infamia de las costumbres estaba a tono con la infamia de las instituciones. Es el imperio del desafuero de los individuos en el campo de la vida civil y de la vida política; es también el desafuero en lo tocante a la conciencia, al pensamiento.

Por lo que se refiere a la vida práctica del Estado, estos escritores no pensaban ni remotamente en una revolución; sólo deseaban y predicaban la necesidad de reformas, pero reformas fundamentalmente subjetivas: que el gobierno pusiera coto a los abusos y colocara al frente de los ministerios a hombres honrados. Esto era lo positivo de que ellos hablaban, lo que sostenían que debiera hacerse: preconizaban la necesidad de dar al príncipe una buena educación, de que los nobles fuesen ahorrativos [sóbrios, ESCLARECIDOS, que coisa, hehe!], etc.

La revolución francesa fue impuesta por la intransigencia irreductible de los prejuicios y principalmente por la soberbia, por la avaricia, por la carencia absoluta de inteligencia. Aquellos filósofos sólo podían tener una idea general de cómo debían ser las cosas, pero sin que estuviera en sus manos señalar el modo de conseguirlo. Era al gobierno a quien competía implantar las instituciones y las mejoras necesarias en una forma concreta; sin embargo, no supo hacerlo. Todo lo que los filósofos proclamaban y afirmaban frente a aquel estado de cruel desintegración era, en general, que los hombres no debían seguir siendo legos, ni en lo tocante a la religión ni en lo referente al derecho; que en la religión no debía imperar una jerarquía, un número cerrado y escogido de sacerdotes, ni tampoco en lo jurídico una casta aparte (ni un estamento jurídico) que monopolizase el conocimiento de lo justo y lo injusto y acaparase las normas de lo eterno, lo divino, lo verdadero y lo justo y amparándose en ello ordenase y mandase a los demás hombres, sino que la razón humana tenía derecho a dar su asentimiento y a pronunciar su juicio.”

Tratar a los bárbaros como legos está dentro del orden, pues eso son, en efecto, los bárbaros; pero ninguna dureza mayor ni más intolerable que tratar como legos a hombres pensantes. Aquellos hombres defendieron heroicamente, con su gran genio, con calor, con fuego, con espíritu y con valentía, este gran derecho humano de la libertad subjetiva”

De aquí el fanatismo del pensamiento abstracto que en estos pensadores se manifiesta. Nosotros, los alemanes, mantenemos, en primer lugar, una actitud pasiva ante lo existente, lo soportamos; y, en segundo lugar, cuando lo existente se viene abajo o es derribado, nos comportamos también pasivamente: son otros los que lo derriban, nosotros nos cruzamos de brazos, dejamos que otros realicen la faena.” O nazismo foi sem dúvida uma afrancezação tardia e deturpadíssima dos teutos.

A esta corriente cultural se unió también, en Alemania, Federico II, raro ejemplo para su época. Por Alemania habíanse extendido las costumbres cortesanas de Francia, sus óperas, sus jardines, sus trajes, pero no la filosofía francesa; sin embargo, bajo la forma del espíritu, del ingenio, penetró mucho de aquella filosofía en este mundo de la alta sociedad, sirviendo para ahuyentar bastantes cosas malas y bárbaras. Federico II, sin haber sido educado en los tristes y melancólicos salmos, sin aprender de memoria todos los días un par de ellos, sin la metafísica y la lógica bárbaras de Wolff (pues en la Alemania de su tiempo no podía encontrar sino a Gellert), conocía los grandes, aunque formales y abstractos, principios de la religión y el Estado y procuraba gobernar a tono con ellos.” Não estranho mais tanto assim a crença de H. na divina providência…

Pero en el seno de su pueblo no se sentía ninguna otra necesidad, y no puede exigirse que un rey fuese el reformador, el revolucionario de un pueblo en que nadie se levantaba a pedir ni siquiera el funcionamiento de las cortes o que el público tuviera libre acceso a los tribunales de justicia. Este rey introdujo lo que respondía a una necesidad sentida, la tolerancia religiosa, una legislación, la reforma de la administración de justicia, un régimen de ahorro en los gastos públicos; de aquel miserable derecho alemán, o lo que se conocía con ese nombre, no quedó en sus Estados ni el menor rastro.

Es una necedad que la beatería y el falso germanismo combatan ahora la memoria de este rey y traten de empequeñecer e incluso de explicar por motivos de vanidad y hasta de maldad esta gran figura, que ha dejado en la historia una obra tan extraordinaria. El germanismo debe ser, ante todo, algo racional.”

Es cierto que el contenido afirmativo de esta filosofía no puede satisfacer las exigencias de un examen concienzudo. Una determinación fundamental en lo que se enseñaba son, como en los filósofos escoceses y como entre nosotros mismos, premisas hechas a partir del sentimiento originario del derecho que todo hombre lleva dentro de sí: como, por ejemplo, la benevolencia y las inclinaciones sociales, que deben desarrollarse.”

Es admirable, en realidad, ver proclamadas verdades bajo la forma de pensamientos generales, que es infinitamente importante que sean los prejuicios del hombre: que el hombre abrigue en su corazón el sentimiento del derecho, del amor al prójimo; que la religión, la fe, no le sea impuesta; que existan el talento, la virtud, la verdadera nobleza, etc.”

Estos impulsos se consideran como simples impulsos naturales; son pues, algo indeterminado, que tiene su limitación solamente como un momento del todo. En lo tocante al conocimiento, se encuentran pensamientos muy abstractos —siempre, claro está, tan buenos y tan ingeniosos como los nuestros— que debieran, por su contenido, ser pensamientos concretos y también lo eran, pero concebidos de un modo tan superficial que no tardaron en demostrar su insuficiencia con respecto a lo que de ellos se trataba de deducir.”

Una obra de esta clase es el Système de la Nature, el libro principal de un alemán, el barón de Hollbach, escrito en París, ciudad que era el centro de todos aquellos filósofos. Montesquieu, d’Alembert, Rousseau vivieron durante algún tiempo en el círculo de Hollbach; y, aunque todos ellos se rebelaban contra lo existente, por lo demás existían entre estos pensadores diferencias bastante acusadas. El Système de la Nature es un libro más bien aburrido, que no hace sino dar vueltas y más vueltas a las mismas representaciones generales; se ve que no está escrito por un francés, pues le falta la vivacidad y su exposición es gris y apagada.”

Es algo así como lo que Aristóteles decía de Jenófanes; también este pensador mira al vacío, es decir, al ser. Para Hollbach, todo es movimiento, la materia se mueve a sí misma: la cerveza fermenta y el ánimo se mueve en las pasiones.”

Este algo concreto recibió el nombre de razón, por la que los más nobles de estos hombres combatieron con el mayor entusiasmo y el mayor calor.” Mas se esta razão era o puro negativo, cabe a pergunta: é o Emílio um garoto niilista?

Existe el impulso absoluto de encontrar dentro de sí, es decir, en el espíritu humano, un compás inmanente. Para el espíritu humano, es apremiante y necesario descubrir este punto fijo en que poder apoyarse, si es que ha de existir dentro de sí, si es que ha de ser libre, por lo menos, dentro de su mundo.”

Así, Montesquieu, en su hermoso libro L’esprit des lois,¹ del que Voltaire dijo que era un esprit sur les lois, contempla a los pueblos desde el grandioso punto de vista que consiste en considerar como una totalidad su constitución política, su religión, en una palabra, todo lo que se encuentra dentro de un Estado.”

¹ Tema central do meu próximo livro como autor.

Es esto, en efecto, lo que Rousseau decía, de una parte, acerca del Estado. Se planteaba el problema de su legitimidad absoluta y preguntaba: ¿cuál es el fundamento del Estado? Y concibe, de una parte, el derecho de la dominación y la obligatoriedad, la relación de ordenación, la de gobernar y ser gobernado, diciendo que descansa históricamente sobre la violencia, sobre la coacción, sobre la conquista, la propiedad privada, etc.

Pero Rousseau erige en principio de esta legitimidad la voluntad libre, y contesta, sin fijarse para nada en el derecho positivo de los Estados, a la pregunta más arriba formulada, diciendo que el hombre se halla dotado de una voluntad libre en cuanto que «la libertad es lo cualitativo del hombre. Renunciar a su voluntad equivaldría a renunciar a su condición humana. Cuando el hombre renuncia a ser libre renuncia, por tanto, a los derechos del hombre, e incluso a sus deberes.»

El hombre es libre, y tal es sin duda la naturaleza sustancial del hombre, naturaleza que no sólo no es abandonada o sacrificada dentro del Estado, sino que, por el contrario, se constituye precisamente dentro de él. La libertad de la naturaleza, el don de la libertad no es la libertad real, pues es el Estado y sólo él quien realiza la libertad.” Não me responsabilizo pelos pensamentos de Roussegel.

La voluntad general no debe considerarse como integrada por un conjunto de voluntades expresamente individuales, de tal modo que éstas conserven su carácter absoluto; de otro modo, resultaría exacta la afirmación de que «allí donde la minoría tiene que obedecer a la mayoría, no existe libertad».”

H. diz: apesar de Hume muito ter contribuído, a verdadeira transição da filosofia carente-moderna ao Kantismo (a filosofia moderna verdadeira que começa, não isso de cartesianismo!) se dá mesmo é com Rousseau. Ele é a ponte entre a Inglaterra e a Alemanha, (!) nada de Canal da Mancha! E sim, eu sei que Hume não é inglês…

Los alemanes son como abejas, dispuestos siempre a hacer justicia a todas las naciones: ropavejeros a quienes todo les parece bueno y que trafican con todo y a todo le sacan provecho. Todo aquello, tomado de naciones extranjeras, había perdido la ingeniosa vivacidad, la originalidad y la energía que llevaba a los franceses a olvidar el contenido por dar demasiada importancia a la forma. Los alemanes, quienes, procediendo honradamente, entraron a fondo y de un modo minucioso en el problema, esforzándose por sustituir el ingenio y la vivacidad por fundamentos racionales, puesto que la vivacidad y el ingenio nada prueban, en rigor, acabaron teniendo entre sus manos, por este camino, un contenido tan vacuo, que difícilmente podría imaginarse nada más fastidioso que este meticuloso tratamiento del problema, como el que encontramos, por ejemplo, en Eberhard, Tetens, etc.

Otros, como Nicolai, Sulzer y algunos más, entreteníanse también en filosofar principalmente en torno al gusto y a las bellas artes, por entender que también los alemanes debían poseer una literatura bella y un arte propios. Pero, con ello, sólo conseguían caer en la más extrema indigencia de lo estético —Lessing ha llamado a esto una charlatanería superficial—, del mismo modo que, en conjunto, los poemas de Gellert, de Weisse y de Lessing se hunden, no mucho menos, en la última indigencia de la poesía.”

Los puntos de vista de las sensaciones agradables o desagradables eran considerados por los filósofos de aquel tiempo como un criterio esencial e inapelable. Pondremos un ejemplo de este modo de filosofar, tomado de Nicolai, quien aduce, a este propósito, un diálogo que tuvo con Mendelssohn: el tema del diálogo es el goce sugerido por los asuntos trágicos y despertado, al parecer, incluso a través de las sensaciones desagradables plasmadas en una tragedia.”

Por otra parte, la eternidad de las penas del infierno, la bienaventuranza de los paganos y la contraposición entre la rectitud de conducta y la propiedad eran también temas filosóficos que daban mucho que hacer a los alemanes, mientras que los franceses se preocupaban menos por ellos.”

CRISE NEO-ESCOLÁSTICA? “así se alegaba en contra de la Trinidad el argumento de que 1 no puede nunca ser 3; en contra del pecado original, el que cada cual tiene que cargar por sí mismo con sus culpas y responder de sus actos, como autor que es de ellos; contra la redención, el que nadie puede descargarse en otro de sus culpas y del castigo correspondiente; contra la remisión de los pecados, el que no es posible que lo sucedido se haga desaparecer; y, en general, se ponía de manifiesto la incompatibilidad de la naturaleza humana con la divina. De una parte, nos encontramos con el sano sentido común, con la experiencia, con los hechos de la conciencia; de otra parte, vemos tomar vuelos aquí a aquella metafísica wolffiana del entendimiento seco y muerto”

hasta que Kant imprimió un nuevo impulso vital, en Alemania, a la filosofía, puesta ya en marcha en el resto de Europa.”

VUELTAS Y MÁS VUELTAS: “Cuanto más se encierra dentro de sí la razón humana más se aparta de Dios, más se amplía el campo de lo finito. La razón es lo uno y el todo y es, a la par, la totalidad de lo finito; este comportamiento de la razón es un saber finito y el saber de lo finito. El problema, una vez estatuido este algo concreto (y no las abstracciones metafísicas), consiste en saber cómo se desarrolla dentro de sí; consiste además en saber cómo recobra la objetividad o levanta [suspende] su subjetividad; es decir, cómo puede recobrarse a Dios por medio del pensamiento, cómo es posible llegar de nuevo a lo que al comienzo de este período se consideraba y reconocía como lo único verdadero. § Esto es lo que habremos de considerar en el período final en el que entramos, al tratar de Kant, de Fichte y de Schelling.”

SECCIÓN TERCERA:

LA NOVÍSIMA FILOSOFÍA ALEMANA

En esta gran época de la historia universal, cuya esencia más íntima reside en la filosofía de la historia, [¡mí filosofía!] sólo toman parte 2 pueblos, el alemán y el francés, a pesar de la contraposición que entre ellos existe o, mejor dicho, precisamente por razón de ella. Las demás naciones no participan interiormente de este movimiento; participan, sí, en lo político, tanto sus gobiernos como los pueblos mismos.”

THE NAP O’… (THE)…LIÓN: “En Alemania este principio irrumpe como pensamiento, como espíritu, como concepto; en Francia, en la realidad. Por el contrario, en Alemania, lo que de la realidad se manifiesta aparece como una presión violenta de circunstancias de orden externo y una reacción contra ella.”

La misión de la novísima filosofía alemana consiste en tomar ahora como objeto y en comprender la unidad del pensamiento y el ser, que es la idea central de toda filosofía; es decir, en captar lo más recóndito de la necesidad, el concepto.”

Schelling será a Musa inspiradora de H.. Mas calma que lá chegamos!

DE NOVO ESSE CHATO! “Jacobi se enfrenta así a este postulado del pensamiento, y su pensamiento filosófico central, visto en uno de sus aspectos, es el de que todo camino de demostración conduce al fatalismo, al ateísmo y al spinozismo, representándose, por tanto, a Dios como un algo derivado, que reposa sobre otro fundamento, pues el comprender una cosa significa poner de manifiesto su dependencia con respecto a otra.”

Por tanto, el concepto de la posibilidad de la existencia de la naturaleza sería el concepto de un comienzo o un origen absoluto de la naturaleza; sería el concepto de lo incondicionado mismo, en cuanto no es la condición incondicionada de la naturaleza no-naturalmente articulada, es decir, desarticulada para nosotros. Ahora bien, para que sea posible un concepto de este algo incondicionado e inarticulado —y, por consiguiente, extranatural—, es necesario que lo incondicionado deje de serlo, que reciba condiciones; y lo absolutamente necesario tiene que comenzar a convertirse en lo posible, para que pueda construirse.» Jacobi, Briefe über die Lehre des Spinoza, apéndice VII

La fe, en sentido teológico, es fe en algo, en lo que enseña la doctrina. Es, pues, en cierto modo, un fraude el que se comete cuando se nos habla aquí de fe y de revelación, dándosenos a entender qué se trata de fe y revelación en sentido teológico, ya que aquí el sentido pretendidamente filosófico es completamente distinto, por mucha apariencia devota que se le quiera dar. § Tal es el punto de vista de Jacobi, y aunque tanto los filósofos como los teólogos digan muchas cosas en contra de él, no cabe duda de que ha sido recibido y propagado de muy buen grado.” HAHAHA. Com efeito, o juízo de H. sobre J. é tão similar ao de Schopenhauer nos volumes finais d’O Mundo que me pergunto se Sch. não tirou sua opinião dessa mesma obra!

Se reconoce evidentemente que nadie puede hacer un zapato no siendo zapatero, aunque tenga la medida, que es el pie, y tenga también manos. En cambio, tratándose de filosofía, el saber inmediato tiene la creencia de que cualquiera, por el mero hecho de pensar, es un filósofo y puede opinar en materia de filosofía.”

La forma última a que la filosofía desciende en Jacobi es ésta: la de que la inmediatidad se conciba como lo absoluto, revela la ausencia de toda crítica, de toda lógica.” Curioso: jamais li Fichte, mas imaginava que isso seria sua sinopse…

El propio espíritu debe dar testimonio al espíritu de que Dios es el espíritu; el contenido debe ser el verdadero. Pero esto no se comprueba porque se me revele a mí, porque a mí se me asegure.” E com esse delírio que é um recuo escolástico, mas que H. pensa que é seu passo a mais, chegamos à conclusão de que ele e Kant são como água e óleo, pois K. é opaco a H..

Kant retorna al punto de vista de Sócrates: nos encontramos en él con la libertad del sujeto, como en los estoicos; pero el problema, en lo tocante al contenido, se plantea aquí en un plano más alto. Ahora se postula para el pensamiento la infinita determinación hacia lo concreto, la realización a base de la regla de lo perfecto; dicho de otro modo, se postula que el contenido mismo sea la idea, concebida como unidad del concepto y la realidad.” “El punto de vista de la filosofía kantiana consiste, primeramente, en que el pensamiento puede llegar, por la vía del razonamiento, a concebirse no como algo contingente, sino como algo absoluto de suyo. En lo finito y en cohesión con ello se eleva un punto de vista absoluto, que es como el eslabón intermedio, como el lazo de unión entre lo finito y lo que lo eleva al plano de lo infinito.” “toda autoridad tiene que imponerse por la sola vía del pensamiento.” “al ser el pensamiento subjetivo, se le niega capacidad para conocer lo que es en y para sí.” “Por otra parte, Kant infiere la existencia de Dios, viendo en Él una hipótesis de que se vale para la explicación, un postulado de la razón práctica. Pero, desde este mismo punto de vista, un astrónomo francés daba al emperador Napoleón esta respuesta: Je n’ai pas eu besoin de cette hypothèse. Lo que hay de verdad en la filosofía kantiana es, según esto, el reconocimiento de la libertad. Ya Rousseau veía en la libertad lo absoluto: Kant profesa el mismo principio, sólo que más bien desde el punto de vista teórico.”

Immanuel Kant nació en Königsberg en 1724; estudió inicialmente teología, y en 1755 abrazó la carrera académica. Fue designado profesor de lógica en 1770, y murió en la misma ciudad de Königsberg en 1804, el 12 de febrero, casi de 80 años. No llegó a salir nunca de su ciudad natal.”

aquello para lo que todo debía ser es el hombre, la conciencia de sí, pero como todos los hombres en general.”

La filosofía kantiana es teóricamente la Ilustración elevada al plano metódico, basada en la tesis de que el hombre no puede conocer ninguna verdad, sino solamente los fenómenos” “Esta filosofía pone punto final a la metafísica intelectiva, en cuanto dogmatismo objetivo (…) descartando el problema de lo que es verdad en y para sí. Su estudio se hace difícil por la extensión, la prolijidad y la peculiar terminología en que esta filosofía aparece expuesta. Sin embargo, esta extensión tiene, a su vez, la ventaja de que a fuerza de repetirse, se asimila uno las tesis fundamentales, evitando que éstas se pierdan de vista.”

El sentido general de la filosofía kantiana es en efecto el que, como el autor reconoce en seguida, determinaciones como la de la generalidad y la de la necesidad no nos son ofrecidas por la percepción misma, como ya había señalado Hume en contra de Locke. Pero mientras que Hume se manifiesta, de un modo general, contra la generalidad y la necesidad de las categorías, y Jacobi contra su carácter finito, Kant sólo se muestra contrario a su objetividad, en el sentido de que existan en las mismas cosas externas, si bien las afirma como objetivas en el sentido de lo general y lo necesario, según demuestran los ejemplos de las matemáticas y las ciencias naturales.”

deben darse a priori, es decir, en la razón misma, en el pensamiento como razón consciente de sí; su fuente es el sujeto, es el yo en mi conciencia de mí mismo. Tal es la tesis fundamental, muy simple como se ve, de la filosofía kantiana.

En segundo lugar la filosofía de Kant se llama también filosofía crítica, en cuanto que se propone como fin, nos dice su autor, el ser una crítica de la facultad de conocimiento; antes del conocimiento es necesario investigar, en efecto, la capacidad para conocer. (…) sería difícil decir cómo es posible conocer sin conocer, intentar apoderarse de la verdad antes de la verdad misma.”

Sin embargo, como el principio kantiano de la razón era un principio puramente formal y sus sucesores, partiendo de la razón, no podían ir más allá, a pesar de lo cual la ética debía conservar un contenido, nos encontramos con que Fries y otros vuelven a ser hedonistas, aunque se guarden mucho de llamarse así.

En tercer lugar en lo tocante a la relación existente entre las categorías y la materia que la experiencia nos ofrece, ésta consiste, según Kant, en las determinaciones subjetivas del pensamiento, por ejemplo, en la de causa y efecto, determinaciones que son por sí mismas el punto de apoyo para anudar las diferencias de aquella materia.”

Se llaman juicios las combinaciones de determinaciones del pensamiento, tales como sujeto y predicado. Los juicios sintéticos a priori no son otra cosa que la conexión de lo contrapuesto por sí mismo o el concepto absoluto, es decir, relaciones de determinaciones distintas que no son dadas por la experiencia, sino por el pensamiento, tales como las de causa y efecto, etc. Asimismo son un lazo de unión el espacio y el tiempo, que existen a priori, es decir, en la conciencia de sí.”

Conviene por tanto, distinguir cuidadosamente entre lo trascendente y lo trascendental. Matemática trascendente es aquella en que se emplea principalmente la determinación de lo infinito: en esta esfera de la matemática se dice, por ejemplo, que el círculo está formado por un número infinito de líneas rectas; la periferia se representa como recta: al representarnos, así, lo curvo como recto, trascendemos de la determinación geométrica: se trata, por tanto, de una matemática trascendente. Por el contrario, Kant determina la filosofía trascendental viendo en ella, no una filosofía que trasciende con las categorías su esfera, sino una filosofía que pone de manifiesto, en el pensamiento subjetivo, en la conciencia, las fuentes de lo que puede ser trascendente.” “No nos proponemos, por tanto, considerar las determinaciones en su sentido objetivo, sino en la medida en que el pensamiento es la fuente de tales relaciones sintéticas; lo necesario y general adquiere aquí, por tanto, la significación de residir en la capacidad humana de conocimiento.”

Pero Kant distingue de esta facultad humana de conocimiento el en sí, la cosa en sí; de tal modo que aquella generalidad y aquella necesidad son solamente, al mismo tiempo, una condición subjetiva del conocer, pero sin que la razón llegue, con su generalidad y su necesidad, al conocimiento de la verdad misma.” “Si la razón pretende ser algo para sí, extraer la verdad de sí misma, será una razón trascendente, se remontará por sobre la experiencia” “será la unidad y la regla para lo múltiple sensible.” “La crítica de la razón consiste, por tanto, no en conocer los objetos, sino el conocimiento y los principios de éste, sus límites y su extensión, para que no sean excesivos. Esto es lo más general, que en seguida pasamos a desarrollar en sus diversas partes.”

vemos que Kant, en la Crítica de la razón pura, aborda el problema psicológicamente, es decir, históricamente, al describir las etapas fundamentales de la conciencia teórica. La primera facultad es la sensibilidad en general; la segunda, el entendimiento; la tercera la razón. (…) lo enfoca de un modo puramente empírico, sin desarrollarlo partiendo del concepto y sin proceder con arreglo a un criterio de necesidad.” E isso é o limite!

Al enjuiciamiento de esto lo llama Kant estética trascendental. Hoy, llamamos estética al conocimiento de lo bello.” Péssimo nome, evidentemente.

Pero Kant da este nombre a la teoría de la intuición vista por el lado de su generalidad, es decir, atendiendo a lo que se refiere al sujeto. La intuición, dice Kant, es el conocimiento de un objeto que nos es dado por los sentidos. La sensibilidad es la capacidad del hombre para ser afectado por medio de impresiones externas. Ahora bien, en la intuición se encuentra, según Kant, un contenido muy diverso, con arreglo al cual se pueden distinguir las sensaciones en exteriores, tales como las de rojo, color, dureza, etc., e internas, tales como las de lo justo, la cólera, el amor, el miedo, lo agradable, lo religioso.” “Pero en este algo sensible se contiene también un algo sensible general, ya que, como tal, no pertenece al campo de las sensaciones, en cuanto inmediatamente determinadas; esta otra cosa, en esta materia, es la determinación de espacio y tiempo, que son, por sí mismos, vacíos.” “El espacio y el tiempo son, por tanto, intuiciones puras, es decir, abstractas: intuiciones en las que ponemos el contenido de las diversas sensaciones fuera de nosotros, bien en el tiempo, fluyendo unas después de otras, bien en el espacio como separadas unas al lado de otras.”

Claro está que ahora todo se llama intuición, incluso el pensamiento, la conciencia; Dios, a pesar de pertenecer sólo al pensamiento, puede captarse también por medio de la intuición, por medio de la llamada conciencia inmediata.” O que há que resetar do kantismo é a parte em verde.

«El espacio es una representación necesaria, que sirve de fundamento a todas las intuiciones externas. El espacio y el tiempo son representaciones a priori, toda vez que no es posible representarse las cosas fuera del tiempo y el espacio. El tiempo sirve necesariamente de base a todos los fenómenos.»

Kant, sin embargo, se representa la cosa sobre poco más o menos así: existen fuera de nosotros cosas en sí, pero sin tiempo y sin espacio; viene luego la conciencia, que tiene ya en sí misma el tiempo y el espacio, como la posibilidad de la experiencia, del mismo modo que, por ejemplo, para comer, empezamos por tener boca y dientes, etc., como condiciones previas para realizar esta operación. Las cosas que comemos no tienen boca ni dientes; pues bien, lo que el comer es a las cosas es a ellas el tiempo y el espacio; como las cosas se sitúan, para ser comidas, en la boca y entre los dientes, así también en el espacio y en el tiempo.” “El espacio y el tiempo no son particularmente determinaciones del pensamiento cuando no sugieren pensamiento alguno; pero sí son un concepto; siempre y cuando que nos formemos un concepto de ellos.”

El análisis trascendental nos dice, además, que esta representación de espacio y tiempo encierra proposiciones sintéticas a priori, relacionadas con la conciencia de su necesidad. Estas proposiciones sintéticas son, por ejemplo, la de que el espacio tiene 3 dimensiones, o la definición de la línea recta, según la cual es el camino más corto entre 2 puntos; o también la afirmación de que 5 + 7 = 12. Sin embargo, todas estas proposiciones tienen un carácter muy analítico. No obstante, Kant sostiene, en primer lugar, que estas tesis no proceden de la experiencia o, para expresarnos mejor, que no son una percepción fortuita aislada; lo cual es exacto, pues se trata de una percepción general y necesaria.

En segundo lugar, afirma Kant que las obtenemos de la intuición pura, no por medio del entendimiento o del concepto. Kant no resume ambas cosas; sin embargo, este resumen está implícito en el hecho de que tales tesis son inmediatamente ciertas precisamente en la intuición.” “Ante este modo de concebir, surge el problema de cómo consigue el ánimo llegar a tener precisamente estas formas. Pero a la filosofía kantiana no se le ocurre ni siquiera preguntarse cuál es la naturaleza del tiempo y el espacio. La pregunta de qué son el espacio y el tiempo no significa para ella cuál sea su concepto, sino el si son cosas externas o algo que existe simplemente en el ánimo.”

La segunda facultad, el entendimiento, es algo completamente distinto de la sensibilidad; ésta es la receptividad, mientras que Kant empleando una expresión de la filosofía leibnizianallama espontaneidad en general al pensamiento.”

«los pensamientos sin contenido son vacíos, las intuiciones sin conceptos son ciegas»

O bien se trata de una facultad de carácter especial; y solamente cuando acaecen ambas cosas, es decir, cuando los sentidos suministran la materia y el entendimiento ha combinado con ella sus pensamientos, brota el conocimiento. Los pensamientos del entendimiento como tal son, por consiguiente, pensamientos limitados, pensamientos de lo finito.

Ahora bien, la lógica, en cuanto lógica trascendental, establece asimismo los conceptos que el entendimiento encuentra a priori en él mismo y por medio de los cuales piensa los objetos completamente a priori. Los pensamientos tienen esta forma: son la función sintetizadora a través de la cual lo múltiple se reduce a unidad. Esta unidad soy yo, es la apercepción trascendental, el apercibir puro de la conciencia de sí, yo = yo; el yo debe «acompañar» a todas nuestras representaciones.” Recordando: percepção: sensação pura e simples; apercepção: sensação que é mais geral que a anterior, embora siga sendo imediata, e que não é conceitual por assim dizer, dado nosso próprio nível de exigência do que deva ser um conceito. Isto é: não só as rachaduras da parede do meu quarto, mas o tempo e o espaço: estas são apercepções. Diferente da qualidade da mesa na qual apóio agora meus cotovelos, a umidade de meus cachos agora que acabei de sair de um banho, o ruído ambiente… Espaço e tempo são de onde emanam todos esses fenômenos, e eu apenas acabo de abstrair o que é a extensão territorial e a dinâmica da sucessão em duas palavras específicas; porém não posso manusear tempo e espaço como um relógio e dizer mais do que isso sem incorrer em besteirol; esse é meu limite. Posso fazer poesia sobre espaço e tempo, mas continuará sendo uma determinação fundamental que determina meu próprio ânimo e o limite do que posso expressar nesta poesia.

Es una exposición bárbara.” HAHAHAAHAHAAHAHAHAHAHAHAHA!!!

el apercibir es el determinar en general, la actividad por medio de la cual traduzco a mi conciencia simple un contenido empírico, mientras que el percibir se llama más bien sensación o representación.”

Esto es una gran conciencia, un conocimiento importante: lo que el pensamiento produce es la unidad; y, de este modo, se produce a sí mismo, pues es lo uno. En Kant, sin embargo, no aparece expresado con tanta precisión esto de que yo soy lo uno y, en cuanto sujeto pensante, lo que lo simplifica todo. La unidad puede ser llamada también relación; pues, en cuanto se presupone un algo múltiple y este algo permanece como múltiple en uno de sus aspectos, mientras que en el otro se establece como uno, tenemos una relación.”

juicios generales, particulares y singulares; afirmativos, negativos, indefinidos; categóricos, hipotéticos, disyuntivos; asertóricos, problemáticos y apodícticos. Pues bien, destacando estas especiales modalidades de relación, obtenemos las formas puras del entendimiento.”

Existen, por tanto, según Kant, 12 categorías fundamentales, divididas en 4 clases; y no deja de ser curioso, y además meritorio, que cada género esté formado, a su vez, por una tríada.”

Ahora bien… Poderemos seguir fazendo uma pseudometafísica só reformulando essas categorias ad infinitum… Pouco importa seu número, seus nomes… Pelo menos pouco importa segundo o que o indivíduo quer com o mundo e com a vida – que esteja claro!

4) La cuarta clase son las categorías de la modalidad, de la relación de lo objetivo sobre nuestro pensamiento: posibilidad, existencia (realidad) y necesidad. La posibilidad debiera ser lo segundo; pero, con arreglo al pensamiento abstracto, la representación vacía es lo primero.” Aqui H. não deixa claro se é ele que está superinterpretando e julgando ou se está apenas expondo ipsis literis.

La triplicidad, esta vieja forma de los pitagóricos, de los neoplatónicos y de la religión cristiana, aunque aquí sólo se presente como un esquema puramente externo, esconde dentro de sí la forma absoluta, el concepto.” Sempre os limites do principio da não-contradição…

Pero, en cuanto Kant dice que una representación puede determinarse en mí como accidental, como causa, efecto, unidad, pluralidad, etc., tenemos ya en ello toda la metafísica del entendimiento. Kant además no deriva estas categorías, y aun cuando le parecen imperfectas, dice que las otras se derivan de éstas.”

tampoco deduce el tiempo y el espacio, sino que los toma, asimismo, de la experiencia; es, como se ve, un método totalmente antifilosófico, injustificado.” ¿??

Aporia… Ah, poria… algo mais?! Limite fenomênico. Limite-se, fenomênico! KNOW HOW TO LIE – LIE & REST. Já deuS.

La materia de la percepción perteneciente a la sensibilidad o a la intuición no es dejada en la determinación de lo singular y lo inmediato, sino que yo actúo en contra de ello por cuanto que la relaciono por medio de las categorías y la elevo al plano de los géneros generales, de las leyes naturales, etc. Así planteada la cosa, es fácil resolver el problema de qué se halla en un plano superior, si la sensibilidad llena o el concepto. En efecto, no se perciben directamente las leyes del cielo, sino que lo que se percibe directamente es tan sólo el desplazamiento de los astros. Sólo cuando se retiene este algo directamente percibido y se reduce a determinaciones generales del pensamiento, surge la experiencia, la cual está llamada a ser válida en todo tiempo.”

Kant llega, sin embargo, partiendo de aquí, al resultado de que la experiencia sólo capta fenómenos y de que a través del conocimiento, obtenido por la experiencia, no conocemos las cosas tal y como son en sí sino solamente en forma de leyes de la intuición y de la sensibilidad.” “Ni lo uno ni lo otro es, por tanto, algo en sí, ni ambas cosas juntas son el conocimiento, sino que éste conoce solamente los fenómenos; curiosa, singular contradicción.”

es el esquematismo del entendimiento puro, la imaginación trascendental, lo que determina la intuición pura, con arreglo a la categoría, formando así el tránsito a la experiencia.” É muito nome pra muita UNIDADE SEMELHANTE!

El enlace de este algo doble es, a su vez, una de las páginas más bellas de la filosofía kantiana, en la que se unen la sensibilidad pura y el entendimiento puro, predicados anteriormente como términos absolutamente antagónicos. Se contiene aquí un entendimiento intuitivo o una intuición intelectiva; pero no es así como lo entiende Kant, quien no junta estos pensamientos: no comprende que unifica, de este modo, ambas partes integrantes del conocimiento, expresando con ello el en sí del mismo.” O mais engraçado dos grandes filósofos é que avançam precursoramente dizendo aquilo que nem eles mesmos entendem, para que em seguida alguém o interprete corretamente (e por sua vez cometa mais erros parecidos lá na frente)! Se isso não é intuição transcendental da mais enraizada e incontestável eu não sei o que é!

pero en Kant el entendimiento pensante y la sensibilidad son factores especiales, que sólo se combinan de un modo externo, superficial, como un pedazo de madera y un hueso atados con una cuerda.”

En cuanto que todo gira aquí en torno a nuestras determinaciones y no a la cosa en sí, a lo verdaderamente objetivo, la filosofía kantiana recibe el nombre de idealismo. Pero, con este motivo, Kant se detiene a refutar el idealismo empírico o material, en los siguientes términos (Crítica de la razón pura, pp. 200 s.): «Yo tengo conciencia de mi existencia como determinada en el tiempo. Pero toda determinación en el tiempo presupone algo permanente en la percepción. Y este algo permanente no puede ser (una intuición) en mí¡!!

O bien tengo la conciencia de mi existencia como de una conciencia empírica, determinable solamente en relación a algo que se halla fuera de mí; es decir, tengo la conciencia de un algo exterior.” ¡!!

También cabría decir esto a la inversa: tengo la conciencia de las cosas externas como de cosas determinadas en el tiempo y cambiantes; éstas presuponen, por tanto, algo permanente, algo que no se halla en ellas, sino fuera de ellas. Y este algo soy yo, el fundamento transcendental de su generalidad y necesidad, de su ser en sí, la unidad de la conciencia de sí. Y así lo concibe, en otra ocasión, el propio Kant (Crítica de la razón pura, p. 101); por tanto, estos momentos se confunden y entremezclan, ya que lo permanente mismo es una categoría.”

El idealismo, considerado en el sentido de que nada existe como singular fuera de mi propia conciencia singular, o la refutación del mismo, en el sentido de que existen también cosas singulares fuera de mi propia conciencia, es por consiguiente tan malo en un caso como en el otro. Aquél es el idealismo de Berkeley, en el que sólo se habla de la conciencia de sí como de algo singular, o en el que el mundo de la conciencia de sí aparece ni más ni menos que como una multitud de representaciones limitadas, sensibles y singulares, tan carentes de verdad como si fuesen llamadas cosas. La verdad o la falta de verdad no está en que sean cosas o representaciones, sino en el carácter limitado y contingente de ella, según que sean representaciones o cosas.”

Pero, en Kant, el sujeto cognoscente no llega, en rigor, a la razón, sino que permanece, a su vez, como la conciencia de sí singular en cuanto tal, contrapuesta a la general. En realidad, en lo que hemos visto sólo se describe la conciencia de sí empírica, finita, que necesita una materia traída de fuera, es decir, que es limitada. No se pregunta si estos conocimientos son o no verdaderos en y para sí, con arreglo a su contenido; todo el conocimiento se mantiene dentro de la subjetividad y, al otro lado, se halla, como algo exterior, la cosa en sí.”

En tercer lugar viene, en Kant, la razón, a la que llega, también por el camino psicológico, partiendo del entendimiento: sigue hurgando, [remexendo] en efecto, en el saco del alma, para ver qué facultades encuentra todavía en él, y la casualidad le depara el encuentro de la razón. Pero la búsqueda sería también buena aunque no la hubiese descubierto, lo mismo que para los físicos es de todo punto indiferente el que, por ejemplo, exista o no el magnetismo.”

«Todo nuestro conocimiento comienza por los sentidos, pasa de ahí al entendimiento y termina en la razón, sin que haya en nosotros nada más alto para elaborar la materia de la intuición y reducirla a la suprema unidad del pensamiento.»

La razón es, por tanto, según Kant, la facultad para conocer a partir de principios, es decir, para conocer lo particular en lo general, por medio de conceptos; el entendimiento, por el contrario, llega a lo particular por la vía de la intuición. Pero las propias categorías son algo particular. El principio de la razón en general es, según Kant, lo general, en cuanto que encuentra lo incondicionado para el conocimiento condicionado del entendimiento. El entendimiento es, para él, por tanto, el pensamiento en condiciones finitas; la razón, por el contrario, el pensamiento que hace de lo incondicionado su objeto. Desde entonces, la terminología filosófica acostumbra a distinguir entre el entendimiento y la razón, distinción con que no nos encontramos en los filósofos antiguos. El producto de la razón es, según Kant, la idea—expresión platónica—; por idea entiende Kant lo incondicionado, lo infinito. Es una gran frase ésta de que la razón produce ideas; pero en Kant la idea es solamente lo general abstracto, lo indeterminado.” E se Platão concorda com Kant, como ficamos, H.?

Ahora bien, este algo incondicionado debe captarse de un modo concreto, y en eso reside precisamente la principal dificultad. En efecto, el conocer lo incondicionado significa determinarlo y derivar las determinaciones de ello. Mucho se ha escrito y hablado acerca del conocer, sin definirlo. Pero en filosofía de lo que se trata es de llegar a conocer lo que se da por supuesto como conocido.” “Todo depende, sin embargo, del modo como se considere el mundo; ahora bien, para Kant la experiencia, la consideración del mundo, no significa otra cosa sino que aquí nos encontramos, supongamos, con un candelabro y más allá con una bolsa de tabaco. Es exacto, no cabe duda, que lo infinito no se da en el mundo de la percepción sensible; y, dando por supuesto que lo que sabemos sea experiencia, un sintetizar los pensamientos y las materias de la sensibilidad, es evidente que no podremos llegar a conocer lo infinito en el sentido de llegar a tener una percepción sensible de ello. Pero tampoco ha de exigirse para la verificación de lo infinito una percepción sensible”

una de las importantes determinaciones de la filosofía kantiana consiste en ver que lo infinito, en cuanto se determina por categorías, se pierde en contradicciones. Ahora bien, aunque la razón, dice Kant, se convierte en transcendente mediante el establecimiento de estas contradicciones, implica siempre, sin embargo, el postulado de reducir a lo infinito la percepción, la experiencia, el conocimiento intelectivo. Y esta combinación de lo infinito, de lo incondicionado, con lo finito, con lo condicionado del conocimiento intelectivo, o incluso con la percepción, sería, desde este punto de vista, lo sumamente concreto.”

Pues bien, el modo como Kant aborda estas ideas es un modo derivado, a su vez, de la experiencia, de la lógica formal, según la cual existen diversas formas de razonamiento. Existiendo, nos dice Kant, 3 formas de silogismos, los categóricos, los hipotéticos y los disyuntivos, lo incondicional tiene que ser también de 3 clases: «La primera es lo incondicionado de la síntesis categórica en un sujeto.» La síntesis es lo concreto; pero la expresión es de doble sentido, ya que expresa una combinación externa de cosas independientes. «En segundo lugar, tenemos lo incondicionado de la síntesis hipotética de los miembros en una sola serie; y, en tercer lugar, lo incondicionado de la síntesis disyuntiva de las partes en un sistema.»

La primera combinación, expresada como objeto de la razón o idea trascendental, la hacemos cuando nos representamos «el sujeto pensante»; lo segundo «es el conjunto de todos los fenómenos, el universo»; lo tercero, «la cosa que encierra la suprema condición de la posibilidad de cuanto puede pensarse, la esencia de todas las esencias», es decir, Dios. El problema, reducido a su más aguda expresión, podría formularse ahora así: si la razón puede llevar estos objetos a la realidad o si éstos, por el contrario, quedan encerrados en el pensamiento subjetivo. Pues bien, la razón, según Kant, no es capaz de dar realidad a sus ideas —de otro modo, sería una razón trascendente, que volaría por encima de las cosas—, sino que produce solamente paralogismos, antinomias y un ideal sin realidad.”

«El paralogismo es un razonamiento falso en cuanto a la forma.»

¿es el Yo, lo pensante, una sustancia, un alma, una cosa anímica? Más adelante, se pregunta, asimismo, si es algo permanente, inmaterial, incorruptible, personal, inmortal, y algo que mantenga una comunidad real con los cuerpos. La falsedad del razonamiento consiste en que la idea racional necesaria de la unidad del sujeto trascendental se predique como una cosa, pues sólo así se convierte en sustancia lo que hay de permanente en ella. De otro modo, me encontraría a mí evidentemente como algo permanente en mi pensamiento; pero solamente en la conciencia perceptiva y no fuera de ella. El Yo es, por tanto, el sujeto vacío, trascendental, de nuestros pensamientos, que sólo por medio de sus pensamientos es conocido; pero sin que, partiendo de aquí, podamos llegar a formarnos ni el más leve concepto de lo que es en sí. (Es ésta una distinción harto repelente, pues el pensamiento no es otra cosa que el en sí.) No podemos predicar de él ningún ser, pues el pensamiento es una mera forma, y no obtenemos la representación de la esencia pensante por una experiencia externa, sino simplemente por la conciencia de sí, es decir, porque no podemos tomar en la mano el Yo, no podemos verlo, olerlo, etc. Sabemos perfectamente bien, sin duda, que el Yo es el sujeto; pero, si nos remontamos por encima de la conciencia de sí y decimos que es sustancia, vamos más allá de lo que tenemos derecho a ir. El Yo no puede, por tanto, dar al sujeto ninguna realidad.

Aquí vemos a Kant caer en contradicción con la barbarie de las ideas que refuta y la barbarie de sus propias ideas, las cuales no se salen del marco de las refutadas. Tiene, en primer lugar, toda la razón cuando afirma que el Yo no es una cosa anímica, un algo permanente y muerto, dotado de existencia sensible; y, en realidad, si hubiese de ser una cosa común y corriente, tendría que caer también, necesariamente, dentro del campo de la experiencia; en segundo lugar, Kant no sostiene lo contrario de esto, a saber, que el Yo, como este pensar lo general o pensarse a sí, tenga en sí mismo la verdadera realidad que exige como modo objetivo, sino que no sale de la representación de la realidad según la cual ésta consiste en ser una existencia sensible, en vista de lo cual, como el Yo no se da en ninguna experiencia externa, no es real. (…) dicho de otro modo: Kant sólo concibe la conciencia de sí, pura y simplemente, como algo sensible.” Ao exportar o em si, K. recai para trás até de Descartes com sua certeza!

Viene luego, en segundo lugar, la antinomia, es decir, la contradicción de la idea racional de lo incondicionado, aplicada al universo para representarlo como un conjunto íntegro de condiciones. En efecto, en los fenómenos dados la razón exige la integridad absoluta de las condiciones de su posibilidad, en tanto formen una serie, de tal modo que el universo mismo es algo incondicionado.

Ahora bien, si esta perfección se predica como algo que es, se representa solamente una antinomia, y la razón aparece simplemente como una razón dialéctica; es decir, descubrimos en este objeto, por cualquier parte que lo contemplemos, una perfecta contradicción. Pues los fenómenos son un contenido finito y el universo una cohesión de cosas limitadas; y si este contenido es pensado por la razón, es decir, subsumido bajo lo incondicional y lo ilimitado, estaremos ante 2 determinaciones, lo finito y lo infinito, contradictorias entre sí.”

Kant (Crítica de la razón pura, p. 320) señala aquí 4 contradicciones, lo que es demasiado poco; [HAHAHA!] en efecto, todo concepto entraña sus antinomias ya que no es un concepto simple, sino concreto, lo cual quiere decir que encierra determinaciones distintas, que son, a su vez, términos contrapuestos.”

PRIMEIRA ANTINOMIA KANTIANA: «Tesis: el mundo tiene un principio y un fin en el tiempo y se halla limitado en el espacio. Antítesis: No tiene principio ni fin en el tiempo, ni tampoco límites en el espacio.»

El mundo es, como universo, la totalidad; es, por tanto, una idea general y, en este sentido, ilimitada. Pero la perfección de la síntesis en el desarrollo del tiempo y del espacio no es otra cosa que un primer comienzo del espacio y el tiempo. Si, por tanto, aplicamos al mundo, para conocerlo, las categorías de lo limitado y lo ilimitado, caeremos en contradicciones, ya que estas categorías no pueden ser predicadas de las cosas en sí.”

La cuarta antinomia [a segunda e a terceira são irrelevantes e triviais para listar aqui] se basa en lo siguiente: de una parte, la totalidad se consuma en la libertad, como un primer principio del hacer, o en una esencia absolutamente necesaria, como la causa del universo, quedando rota así la continuidad; pero frente a aquella libertad aparece, de otra parte, la necesidad de la continuidad con arreglo a las condiciones de las causas y los efectos, y frente a la esencia necesaria el hecho de que todo es contingente. Por tanto, de una parte se afirma la necesidad absoluta del mundo condicionado: «El mundo supone un ser absolutamente necesario.» Lo contrario a esto es: «No existe un ser absolutamente necesario, ni como parte del mundo ni fuera de él.»

La necesidad de estas contradicciones es justo el lado interesante que Kant (Crítica de la razón pura, p. 324) trae a nuestra conciencia, ya que según la metafísica común y corriente si lo uno rige hay que dar lo otro por refutado. Sin embargo, lo que hay de importante en esta afirmación de Kant va dirigido contra su intención. Pues aunque es cierto que Kant (Crítica de la razón pura, pp. 385 s.) disuelve estas antinomias, las disuelve solamente en el peculiar sentido del idealismo trascendental, que no niega o pone en duda la existencia de las cosas exteriores, sino que «permite que las cosas sean intuidas en el espacio y en el tiempo» (para lo que no se necesita contar con ninguna autorización); pero para él «el espacio y el tiempo no son, en sí mismos, tales cosas (por lo cual) no existen fuera de nuestro ánimo»; es decir, que todas estas determinaciones de principio en el tiempo, etc., no corresponden a las cosas, al en sí del mundo mismo de los fenómenos, que existe para sí fuera de nuestro pensamiento subjetivo.” Sim, são mera retórica kantiana, que ‘inventa’ uma antinomia, i.e., uma possibilidade de refutação de seu sistema, que apenas jogará aos leões, porque seu sistema já nasce irrefutável. A lógica usada em cada uma é a antiga (pré-criticismo), e a síntese é a lógica a partir de Kant. É um artifício que infla muito a espessura da Crítica da Razão Pura.

GENEALOGIA DA RESPONSABILIDADE: “O bien, este idealismo trascendental deja en pie la contradicción, sólo que el en sí no es tan contradictorio, sino que esta contradicción tiene su fuente única y exclusivamente en nuestro pensamiento. Sigue, pues, en pie, en nuestro ánimo, la misma antinomia; y si antes era Dios lo que asumía en su seno todas las contradicciones, ahora es la conciencia de sí.”

no debemos, por tanto, preocuparnos de sus contradicciones, toda vez que el Yo puede soportarlas. Kant, sin embargo, muestra aquí demasiada ternura por las cosas: sería lástima que éstas se contradijesen. Pero el que el espíritu, lo más alto de todo, sea la contradicción, en nada perjudica.” HAHAHAHA

La verdadera disolución recaería sobre el contenido de que las categorías no encierran en sí verdad alguna, y tampoco lo incondicionado de la razón, sino solamente la unidad de ambos como cosas concretas.”

Al llegar aquí, Kant considera la prueba de la existencia de Dios, ya que se pregunta si a este ideal se le puede atribuir realidad.”

Anselmo, Descartes y Spinoza dan el paso hacia el ser; y todos ellos admiten, a este propósito, la unidad del ser y del pensamiento. Pero Kant (Crítica de la razón pura, pp. 458-466) dice: a este ideal de la razón no se le puede atribuir tampoco ninguna realidad: no hay transición del concepto al ser.”

«Para llegar a la existencia, tenemos que salirnos del marco del concepto. Tratándose de objetos del pensamiento puro, no constituye un medio el conocer su existencia, ya que ésta tenía necesariamente que conocerse a priori; pero nuestra conciencia de toda existencia pertenece íntegramente al campo de la experiencia.»

Es decir, que Kant no llega a establecer justo aquella síntesis del concepto y del ser, o sea a comprender la existencia, a establecerla como un concepto; la existencia sigue siendo para él sencillamente otra cosa que el concepto.” Não chegou aos existencialistas.

La afirmación de que 100 táleros posibles son algo distinto a 100 táleros reales envuelve un pensamiento popular muy extendido, como el de que no es posible pasar del concepto al ser, pues no por imaginarme la existencia de 100 táleros los tengo en mi poder. Pero lo mismo podríamos decir, en el mismo sentido popular: dejemos a un lado esa figuración, pues se trata simplemente de eso; dicho de otro modo, lo que nos imaginamos es falso, los 100 táleros que nos representamos son, pura y simplemente, una ficción. El aferrarnos a ellos es, por tanto, una malsana figuración, que nada vale; quien se deja llevar de tales figuraciones y deseos, es un hombre fatuo. Tener 100 táleros es tener 100 táleros reales; así, pues, quien los necesite deberá poner manos a la obra para adquirirlos, para llegar a poseerlos; es decir, no deberá contentarse con aquella figuración, sino pasar por encima de ella.”

Ningún hombre es tan necio como aquella filosofía: cuando siente hambre, no se contenta con imaginarse la comida, sino que hace lo posible por ingerirla, saciando el hambre. Toda actividad es una representación que no es aún, pero que es subjetivamente levantada.”

Nenhum homem é tão néscio como aquela filosofia: quando sente fome, não se contenta com imaginar-se a comida, senão que faz o possível para ingeri-la, saciando sua fome. Toda atividade é uma representação que não é ainda, mas que é subjetivamente suspensa/sublimada.”

Este «buscar agua en el desierto» por medio de la lógica corriente, es lo que se llama filosofar; es algo así como Isacar, el asno huesudo, al que no hay manera de hacer moverse del sitio (Génesis, 49:14). Estas gentes dicen: no servimos para nada, y en vista de que no servimos para nada, no servimos ni queremos servir. Pero, es una falsa modestia y una falsa humildad cristiana esto de querer ser buenos a fuerza de no servir para nada; en realidad, este reconocimiento de la propia nulidad es una especie de soberbia interior y una gran complacencia con uno mismo. En gracia a la verdadera humildad, el hombre no debe entregarse a su nulidad, sino elevarse por encima de ella, mediante la captación de lo divino.”

Las ideas de la razón no pueden verse confirmadas por la experiencia, ni encontrar en ésta su corroboración; cuando se determinan por medio de categorías, surgen las contradicciones. Cuando la idea ha de determinarse simplemente como algo que es, no es otra cosa que el concepto; y de ello se distingue siempre el ser de lo existente. Ahora bien, este resultado, tan extraordinariamente importante en lo tocante a los conocimientos intelectivos, no lleva a Kant, en lo que a la razón se refiere, sino a la afirmación de que ésta no encierra, por sí misma, otra cosa que la unidad formal para la sistematización metódica de los conocimientos intelectivos. Se retiene el pensamiento abstracto en su totalidad; se dice que el intelecto sólo puede establecer orden en las cosas, pero que este orden no es nada en y para sí, sino algo puramente subjetivo. Sólo le queda, pues, a la razón la forma de su pura identidad consigo misma, y ésta sólo sirve para una cosa: para ordenar las múltiples leyes y relaciones intelectivas, las clases, los tipos y los géneros con que se encuentra el entendimiento.”

Hay que reconocer, sin embargo, el gran mérito de los Principios metafísicas de la ciencia natural («Metaphysische Anfangsgründe der Naturwissenschaft») al llamar la atención hacia un comienzo de una filosofía de la naturaleza, consistente en que la física emplee, sin detenerse a investigarlas más a fondo, determinaciones del pensamiento que constituyen las bases esenciales de sus objetos. La densidad, por ejemplo, es considerada por ella como una cantidad desigual, como un simple quantum en el espacio; Kant, en cambio, ve en ella un grado en la acción de llenar el espacio, es decir, la considera como energía, como intensidad de la acción. [Prevê a necessidade do dinamismo da Física no sentido daquela do século XX, antimecanicista.] Por eso exige (pp. 65-68) que la materia se construya a base de fuerzas y actividades, no a base de átomos; [sentido hoje obsoleto, diante do ‘novo átomo’ dual dos físicos] punto de vista que sigue compartiendo plenamente Schelling.” “Kant se esfuerza en poner de manifiesto los conceptos y principios fundamentales de esta ciencia, dando pie con ello para una llamada teoría dinámica de la naturaleza.”

Die Religion innerhalb der blossen Vernunft [«La religión dentro de los límites de la razón pura»] es también una obra en que se señalan las doctrinas de la fe como aspectos de la razón, ni más ni menos que se hace en la naturaleza. De este modo, Kant, en la dogmática positiva de la religión con la que había dado al traste la Ilustración, trae al recuerdo las ideas de la razón: el significado racional y, sobre todo, moral que tienen los llamados dogmas de la religión, por ejemplo, el dogma del pecado original. Modo de proceder mucho más racional que el de la Ilustración, la cual se avergüenza de hablar de ello.”

A la inteligencia hay que añadir, en la filosofía kantiana, en segundo lugar, lo práctico, la naturaleza de la voluntad y de lo que constituye su principio: es lo que estudia la Crítica de la razón práctica, en la que Kant hace suya la determinación rousseauniana de que la voluntad es libre en y para sí. Kant concibe la razón teórica de tal modo, que, al referirse a un objeto, este objeto le debe ser dado; pero, a partir del momento en que se lo da a sí misma, carece el objeto de verdad y la razón no cobra, en este conocimiento, su propia independencia. Sólo es independiente de suyo, por el contrario, como razón práctica; en cuanto ser moral, el hombre es libre, se halla colocado por encima de toda ley natural y de todo fenómeno. Del mismo modo que la razón teórica presentaba categorías, diferencias apriorísticas, la razón práctica tiene la ley moral en general, cuyas determinaciones más precisas son los conceptos de deber y derecho, de lo lícito y lo ilícito; y, en este punto, la razón rechaza toda materia dada, de la que en el plano teórico, en cambio, no puede prescindir.”

Desde este punto de vista, la conciencia de sí mismo es su propia esencia, mientras que la razón teórica tenía otra, distinta: concretamente, en el primer caso el Yo es, en su carácter individual, esencia inmediata, generalidad, objetividad; la subjetividad tiende, en segundo lugar, a la realidad, pero no a la realidad sensible, a la que antes encontrábamos, sino que aquí la razón se hace pasar por lo real. Aquí, es el concepto el que tiene la conciencia de su defectuosidad, cosa que no debiera tener la razón teórica, ya que el concepto tiene que seguir siendo tal concepto. Se impone, pues, aquí el punto de vista de lo absoluto, ya que el hombre encierra en su pecho algo infinito. Tal es lo que hay de satisfactorio en la filosofía kantiana: el cifrar lo verdadero por lo menos en el ánimo del hombre, por lo cual sólo reconozco lo que se halla en armonía con mi propia determinación.”

Deste ponto de vista, a consciência de si mesmo é sua própria essência, enquanto que a razão teórica tinha outra, distinta: concretamente, no primeiro caso o Eu é, em seu caráter individual, essência imediata, generalidade, objetividade; a subjetividade tende, em segundo lugar, à realidade, mas não à realidade sensível, a que antes encontrávamos, senão que, aqui, a razão faz-se passar pelo real. Aqui, é o conceito aquele que tem a consciência de sua defeituosidade, coisa que não devia ter a razão teórica, já que o conceito tem de seguir sendo tal conceito. Impõe-se, então, aqui, o ponto de vista do absoluto, já que o homem encerra em seu peito algo infinito. Tal é o que há de satisfatório na filosofia kantiana: ela cifra o verdadeiro ao menos no ânimo do homem, só mediante o qual reconheço aquilo que se acha em harmonia com minha própria determinação.” Obviamente seria o livro mais adorado pelo protestante Hegel! Matou o Sol Absoluto de Platão no peito e saiu jogando – fintando dialeticamente – no time da Metafísica (talvez contra o Entendimento Pensante Futebol Clube) para marcar um GOOOLAÇO… Infelizmente para Hegel, não aposentaram a camisa 10 após sua morte, porque a despeito de toda sua autopresunção ele não era Pelé e as próximas gerações ofuscaram-no…

Kant divide la voluntad en una capacidad de apetencia inferior y superior; y esta manera de expresarse no tiene nada de torpe.”

Kant divide a vontade em uma capacidade de apetência inferior e superior; e esta maneira de se expressar nada tem de torpe.” Obviamente o tem!

Ahora bien, todo ethos de la conducta descansa sobre la intención de que la presida la conciencia de la ley y en gracia a la ley misma, el respeto a la ley y a sí misma, como lo único que pueda hacer al hombre feliz.”

Una de las determinaciones extraordinariamente importantes de la filosofía kantiana es la de que debe reducirse a sí misma lo que la conciencia de sí considera como la esencia, la ley y el en sí. Según que el hombre persiga este o aquel fin, según que enjuicie de éste o el otro modo el mundo o la historia, ¿qué debe reputar como su fin último? Para la voluntad, no existe otro fin que el sacado de ella misma, el fin de su libertad.” A brecha perfeita para o Historicismo hegeliano: uma mal-formulada ética laico-cristã!

La propiedad es aquí la premisa de que se parte; pero lo mismo podría ocurrir que esta determinación desapareciese en cuyo caso no se daría contradicción alguna en el robo: no existiendo la propiedad, no hay por qué respetarla. Tal es el defecto de que adolece el principio kantiano-fichteano: se trata de un principio puramente formal; el frío deber es el último hueso no-digerido que queda en el estómago, la revelación entregada a la razón.”

Esta unidad es postulada, el hombre debe ser moral; pero no se pasa del deber ser, y todo queda reducido a esta cháchara sobre lo ético.”

Sólo puede existir lucha cuando la voluntad sensible no se ajusta todavía a la voluntad general. El resultado es, por tanto, que la meta de la voluntad moral sólo pueda alcanzarse en el progreso infinito; sobre esto basa Kant (Crítica de la razón práctica, pp. 219-223) el postulado de la inmortalidad del alma, como el progreso infinito del sujeto en su ethos, puesto que el propio ethos es algo imperfecto y tiene necesariamente que progresar hacia lo infinito.” Urgh!

La voluntad tiene frente a sí el mundo entero, el todo de la sensibilidad, y, sin embargo, la razón tiende hacia la unidad de la naturaleza y de la ley moral, como la idea del bien que es el fin último del mundo. Pero como se trata de algo puramente formal, es decir, de algo carente de contenido por sí mismo, se enfrenta a los instintos y las inclinaciones de una naturaleza subjetiva y de una naturaleza independiente exterior. Kant (Crítica de la razón práctica, pp. 198-200) unifica la contradicción de ambos factores en la idea del supremo bien, en el cual la naturaleza es ya adecuada a la voluntad racional y la dicha se armoniza con la virtud. Coincidencia ésta que no es, en rigor, lo que interesa aquí, aunque en ello consista la realidad práctica.” “Aquella unificación sigue siendo, por tanto, un más allá, un pensamiento que no se da en la realidad, sino que simplemente debe ser. Kant (Crítica de la razón práctica, pp. 205-209) se deja llevar, así, íntegramente de la cháchara de quienes dicen que en este mundo a los virtuosos les va muchas veces mal y a los viciosos bien, etc., y postula, más en detalle, la existencia de Dios como la esencia, la causalidad por medio de la cual se produce esta armonía, en función tanto de la representación de lo que hay de sagrado en la ley moral como en la naturaleza, pero también simplemente, con arreglo al progreso infinito y en función del fin racional que se trata de realizar; postulado este que, al igual que el de la inmortalidad del alma, deja subsistir la contradicción, tal y como es, limitándose a proclamar el deber ser abstracto de su disolución.” “Kant aduce, como vemos, ciertas maneras populares de expresarse: se trata de que el mal sea vencido, y de que sea, al mismo tiempo, poco.” “La realidad del Dios creador de la armonía es también una realidad carente de conciencia; es asumida por la conciencia en gracia a la armonía, a la manera como los niños se asustan unos a otros con un fantoche. La función en gracia a la cual se admite la existencia de Dios, con objeto de infundir mayor respeto a la ley moral mediante la idea de un legislador divino, se halla en contradicción con el postulado de que el ethos consiste justo en que la ley sea respetada pura y exclusivamente en gracia a ella misma.”

A los hombres les resulta difícil creer que la razón sea real; sin embargo, no hay nada real más que la razón, que es el poder absoluto.”

Nos queda todavía por examinar el tercer aspecto de la filosofía kantiana, el de la Crítica del juicio, en el que se nos presenta el postulado de lo concreto, según el cual la idea de aquella unidad no se establece como un más allá sino como algo presente. Es este un aspecto de especial importancia. Dice Kant que el entendimiento establece leyes en lo teórico, y produce categorías, pero que éstas no pasan de ser determinaciones puramente generales, al margen de las cuales queda lo particular (la otra parte integrante de todo conocimiento).”

«Y como el concepto de un objeto, siempre y cuando que encierre, al mismo tiempo, el fundamento de la realidad de este objeto, se llama el fin, y la coincidencia de una cosa con aquella estructura de las cosas que sólo es posible con arreglo a fines se llama la finalidad de la forma de las mismas, tenemos que el principio del juicio, en relación con la forma de las cosas de la naturaleza bajo leyes empíricas, es la finalidad de la naturaleza (…) Es decir, que la naturaleza se concibe, a través de este concepto, como si un entendimiento encerrase el fundamento de la unidad de lo múltiple de sus leyes empíricas.»

RESUMO DA ARTE: “Fin es el concepto inmanente, no la forma externa y la abstracción con respecto a un material que le sirve de base, sino que la penetra; de tal modo que todo lo particular es determinado, a su vez, por este algo general. Este fin es, según Kant, el entendimiento: es cierto que las leyes intelectivas que tiene en el conocimiento dejan aún indeterminado lo objetivo, pero como este algo múltiple necesita llevar dentro de sí mismo una conexión, contingente, sin embargo, para la visión humana, «necesariamente el juicio tiene que aceptar como principio para su propio uso el que lo contingente para nosotros encierra una unidad en la relación de lo múltiple con una experiencia posible en sí, unidad no cognoscible para nosotros, pero no por ello impensable»”

Este principio del juicio reflexionante lleva dentro de sí una doble finalidad, la formal y la material; por tanto, el juicio puede ser de 2 clases, estético o teleológico, el primero de los cuales se refiere a la finalidad subjetiva y el segundo a la finalidad objetiva, lógica. Existen, según esto, dos objetos del juicio: lo bello en las obras de arte y los productos naturales de la vida orgánica, que nos representan la unidad del concepto de naturaleza y del concepto de libertad.”

«lo agradable y lo desagradable es algo subjetivo, algo que no puede ser elemento de conocimiento. El objeto sólo posee finalidad cuando su representación está directamente unida al sentimiento de lo agradable; y esta representación es una representación estética. La aprehensión de las formas en la imaginación no puede producirse nunca sin que el juicio reflexionante, aun sin intención de hacerlo, las compare, al menos, con su facultad de relacionar las intuiciones con los conceptos. Ahora bien, si, en esta comparación, la imaginación lleva al entendimiento, como facultad de formación de conceptos, por medio de una representación dada, despertando con ello un sentimiento de placer, no cabe duda de que el objeto deberá considerarse, en estas condiciones, como final para el juicio reflexionante. Desde el punto de vista estético tal juicio versa sobre la finalidad del objeto, que no se basa en ningún concepto actual del objeto y que no crea tampoco ningún concepto de él. Un objeto cuya forma (no lo que hay de material en su representación, como sensación) es juzgada como fundamento del placer que la representación de semejante objeto causa es un objeto bello»

Lo sublime es la tendencia a representarse por medio de los sentidos una idea, en lo que, al mismo tiempo, se representa la inadecuación, la imposibilidad de concebir la idea por medio de los sentidos. Aquí en el juicio estético, vemos la unidad inmediata de lo general y lo particular, pues lo bello es justo esta unidad inmediata ajena a todo concepto. Pero como Kant la sitúa en el sujeto, es algo limitado; y, desde el punto de vista estético, algo que ocupa un plano más bajo, por cuanto no es la unidad concebida.”

El otro modo de la coincidencia es, en la finalidad objetiva y material, la consideración teleológica de la naturaleza, según la cual se intuye en los productos orgánicos naturales la unidad inmediata del concepto y la realidad como una unidad objetiva: el fin de la naturaleza, que contiene lo particular en lo general y el género dentro de lo particular.” Essa parte do livro é tão supérflua que nem me lembrava dela!

El fin de la naturaleza debe buscarse, por tanto, en la materia, en cuanto se trate de un producto natural interiormente organizado, «en el que todo es fin y, al mismo tiempo, alternativamente, medio»H. está adorando muito tudo isso – se é que não aprendeu daí mesmo. Se bem que é verdade o que afirma logo na seqüência: “Tal es el concepto aristotélico; es lo infinito que se remonta a sí mismo, la idea.”

Kant se expresa así acerca de esto: ‘no encontraríamos diferencia alguna entre el mecanismo de la naturaleza y la técnica de la naturaleza, es decir, el enlace final en ella, si nuestro entendimiento no fuese de tal índole que tiene que pasar de lo general a lo particular, si nuestro juicio no puede emitir juicios determinantes sin tener una ley general en que aquellos juicios puedan subsumirse’.” “Entra así en la filosofía kantiana la representación de lo concreto, según la cual el concepto general determina lo particular. Pero como Kant sólo enfoca estas ideas en su determinación subjetiva, como pensamientos normativos para el juicio, con lo que nada que sea en sí puede postularse, tenemos que vuelve a destacar el lado del concepto, aunque proclame también la unidad del concepto y la realidad; no trata, por tanto, de levantar [suspender] su límite, en el momento en que lo establece como tal límite. Tal es la contradicción constante de la filosofía kantiana” Mas querer extrair um absoluto da Estética é o cume da canalhice, H.!

En el arte es, pues, evidentemente, el mismo modo sensible el que nos suministra la representación de la idea; realidad e idealidad se dan aquí directamente en una unidad.”

Es cierto que Kant se acerca expresamente a la representación de un entendimiento intuitivo, el cual, al dar leyes generales, determina asimismo lo particular; es ésta una determinación profunda, lo verdaderamente concreto, la realidad determinada por el concepto inmanente o, como dice Spinoza, la idea adecuada. En efecto, como «del conocimiento forma parte también la intuición y la facultad de una espontaneidad completa en la intuición sería una facultad de conocimiento específicamente distinta y completamente independiente de aquélla y, por tanto, un entendimiento en el sentido más general de la palabra; cabe concebir también un entendimiento intuitivo que no pase de lo general a lo particular y de esto a lo individual por medio de conceptos, en el que no nos encontremos con lo contingente de la cohesión de la naturaleza en sus productos con arreglo a leyes particulares y que tan difícil hace al nuestro el reducir a unidad de conocimiento lo que hay de múltiple en ella».” “A Kant, sin embargo, no se le ocurre pensar que este «intellectus archetypus» es la verdadera idea del entendimiento. Es curioso que tenga esta idea de lo intuitivo, pero sin llegar a saber por qué esta idea no puede ser verdadera, o sabiendo simplemente que es porque nuestro entendimiento está formado de otro modo, es decir, de tal modo que «pasa de lo analítico-general a lo particular».” Não seja rabugento – pelo menos ele fechou sua trilogia crítica da forma mais digna de todas, atribuindo à arte o que é da arte!

¡Triste época para la verdad, en la que desaparece toda metafísica y sólo prevalece una filosofía que no es tal!”

PROCEDE A RESUMIR COMO ENTENDE A F. KANTIANA: “Tenemos, por tanto, en primer lugar, un postulado de consecuencia, en el que los pensamientos particulares sean producidos y justificados por la necesidad, en virtud de aquella primera unidad del Yo. En segundo lugar, el pensamiento se ha expandido por el mundo, se ha adherido a todo, lo investiga todo, lleva a todo sus formas, lo sistematiza todo; de tal modo, que es necesario proceder ya con arreglo a sus determinaciones y no con arreglo a un simple sentimiento, a la rutina o al sentido práctico, a esa inmensa inconsciencia de los llamados hombres prácticos. Y así, tanto en la teología como en los gobiernos y en sus legislaciones, en lo tocante al fin del Estado, a las industrias y a la mecánica, es necesario proceder, ahora, ateniéndose exclusivamente a determinaciones generales, es decir, es necesario proceder de un modo racional, y empezamos a oír hablar de la explotación racional de una fábrica de cerveza, de una ladrillera, etc.”

Fichte produjo una gran inquietud en su época; y su filosofía es el acabamiento y, principalmente, una exposición más consecuente de la filosofía kantiana. No va más allá del contenido fundamental de la filosofía de Kant, y en un principio tampoco él considera su filosofía más que como un desarrollo sistemático de la de Kant. Fuera de ésta y de la de Schelling, no existen otras filosofías. Los demás atrapan de éstas lo que pueden y se debaten y entretienen con ello.” E apesar disso começa a citar figurões inúteis na seqüência.

Así, en la Alemania de entonces hubo muchas filosofías, como las de Reinhold, Krug, Bouterwek, Fries, Schulze, etc.; pero, en ellas no se revela otra cosa que una extrema limitación llena de jactancia: una mescolanza de pensamientos e ideas rebañados aquí y allá y de hechos que encuentra uno dentro de sí mismo. Pero sus pensamientos están tomados todos ellos de Fichte, Kant o Schelling, en la medida en que podemos encontrar allí alguna clase de pensamientos; o bien se introduce en ellas alguna pequeña modificación, la cual no consiste, por lo general, en otra cosa sino en que los grandes principios se presenten con una gran pobreza y el que los puntos vivos aparezcan muertos”

Johann Gottlieb Fichte nació en Rammenau, cerca de Bischoffswerda (en la alta Lusacia) el 19 de mayo de 1762, estudió en la universidad de Jena y fue, durante algún tiempo, preceptor en Suiza. Escribió un estudio sobre la religión, que lleva por título Versuch einer Kritik aller Offenbarung [«Ensayo de una crítica de toda revelación»], compuesto todo él con la terminología kantiana, hasta el punto de que llegó a considerarse esta obra como salida de la pluma de Kant.” HAHAHA!

En 1793, fue llamado por Goethe a Jena para desempeñar la cátedra de filosofía, a la cual hubo de renunciar, sin embargo, en 1799, a consecuencia de un incidente desagradable provocado por su ensayo Über den Grund unseres Glaubens an eine göttliche Weltregierung [«Sobre el fundamento de nuestra creencia en una providencia divina»]. Fichte editaba en Jena un periódico, en el que se publicó un artículo de uno de los colaboradores de la revista, tildado de ateo. Fichte habría podido guardar silencio, pero en vez de hacerlo presentó aquel ensayo suyo como introducción al otro.” “Fichte, al abandonar su cátedra, ejerció durante algún tiempo como docente privado en la universidad de Berlín; en 1805 fue nombrado profesor en Erlangen y en 1809 obtuvo una cátedra en Berlín, donde murió el 27 de enero de 1814.”

En lo que se considera como la filosofía de Fichte, hay que distinguir entre su verdadera filosofía especulativa, que procede de un modo estrictamente consecuente y es poco conocida, y su filosofía popular, de la que forman parte las conferencias pronunciadas por él en Berlín ante un público diverso, por ejemplo el escrito que lleva por título Vom seligen Leben [«De la vida beata»].¹ Esta filosofía —que es la única que conocen, por lo general, los que se llaman fichteanos— contiene mucho de edificante y conmovedor; son discursos muy convincentes para el sentimiento religioso de las gentes cultas. Sin embargo, en una historia de la filosofía no pueden ser tomadas en consideración estas obras, por muy grande que sea el valor que deba atribuirse a su contenido. Este contenido necesita desarrollarse especulativamente, y el pensador a que nos estamos refiriendo sólo hace esto en sus primeras obras filosóficas.(*)

[¹ Não que seu lado mais sério seja grande coisa…]

(*) Las obras póstumas de Fichte, que no vieron la luz hasta después de muerto Hegel, demuestran, sin embargo, que Fichte, en sus lecciones de la Universidad de Berlín, desarrolló científicamente [e que quer isso dizer? que escreveu mais empolado?] también este punto de vista transformado de su filosofía; el primer paso en este sentido lo dio ya Fichte en 1810, en el folleto que lleva por título Die Wissenschaftslehre in ihrem allgemeinen Umrisse [«La teoría de la ciencia en sus contornos generales»] (V. Michelet, Geschichte der letzten Systeme der Philosophie [«Historia de los últimos sistemas filosóficos»] parte I, pp. 441 s.) [M.].”

Aquel defecto de la filosofía kantiana a que más arriba nos referíamos: el de la inconsecuencia inconsciente que hace que su sistema carezca, en conjunto, de unidad especulativa, fue superado en la filosofía de Fichte. Fichte hace hincapié en la forma absoluta; la forma absoluta es, en él, el ser para sí absoluto, la negatividad absoluta, no lo individual, sino el concepto de la individualidad y, por tanto, el concepto de la realidad; la filosofía de Fichte es así el desarrollo de la forma dentro de sí. En ella se establece el Yo como principio absoluto, de tal modo que de él, que es al mismo tiempo la certeza inmediata de sí mismo, es necesario derivar todo el contenido del universo, representándoselo como un producto. La razón es de suyo, por tanto, según Fichte, síntesis del concepto y de la realidad. Pero enfoca este mismo principio de un modo unilateral, solamente en uno de sus lados: es subjetivo por naturaleza y lleva implícita una contraposición; y la realización de la misma es un desarrollarse en la finitud, un volver la vista hacia lo precedente. Por otra parte, la forma de la exposición presenta la incomodidad y hasta la torpeza de ponernos siempre ante los ojos el Yo empírico, lo cual es absurdo y delata el punto de vista adoptado por este pensador.” “Se trata, de este modo, de un pensar puro; dicho de otro modo: el Yo es el verdadero juicio sintético a priori, como Kant lo llamara.” “No existe por doquier otra cosa que el Yo; y el Yo existe simplemente porque existe: lo que existe existe solamente en el Yo y para el Yo.” “La filosofía de Fichte tiene el gran mérito de haber proclamado que la filosofía debe ser una ciencia basada en un principio supremo, del que se deriven necesariamente todas las determinaciones. Lo importante es esta unidad del principio y el intento de desarrollar, partiendo de él y de un modo científicamente consecuente, todo el contenido de la conciencia o, dicho en los términos entonces usuales, de construir a partir de él todo el universo.” “Por tanto, Fichte no procede narrativamente —como lo hacía Kant—, arrancando del Yo, sino que va más allá, intentando realizar, a partir del Yo, una construcción de las determinaciones del saber. Es necesario desarrollar en todo su alcance el saber del universo entero y, además, este saber debe ser consecuencia del desarrollo de las determinaciones”

Así, pues, mientras que Kant establece el conocer, Fichte se apoya sobre el saber. Fichte expresa la misión de la filosofía diciendo que es la teoría del saber; el saber general constituye tanto el objeto como el punto de partida de la filosofía. La conciencia sabe, en eso consiste su naturaleza; la finalidad del conocimiento filosófico es el saber de este saber. Por eso Fichte (Begriff der Wissenschaftslehre [«Concepto de la teoría de la ciencia»] p. 18) llama a su filosofía la teoría de la ciencia, la ciencia del saber. En efecto la conciencia corriente, como Yo activo, encuentra esto y lo otro, no se ocupa de sí misma, sino de otros objetos e intereses; pero la necesidad de que yo produzca determinaciones y cuáles sean éstas, por ejemplo las de causa y efecto, va más allá de mi conciencia; las produzco instintivamente y no puedo quedar detrás de mi conciencia. Sin embargo, cuando filosofo tomo por objeto mi propia conciencia habitual, al sentar en ésta una categoría pura: sé lo que hace mi Yo y sorprendo, de este modo, a mi conciencia habitual. Por tanto, Fichte determina la filosofía como la conciencia artificial, como la conciencia sobre la conciencia.” E que novidade há nisso?

Por consiguiente, Fichte comienza, lo mismo que Descartes, diciendo: pienso, luego existo; y se remite expresamente a esta tesis cartesiana. El ser del Yo no es un ser muerto sino un ser concreto: pero el ser supremo es el pensamiento. De este modo, el Yo, como la actividad para sí del pensamiento, es el saber, aunque se trate solamente de un saber abstracto, ya que en sus comienzos no puede ser de otro modo. Al mismo tiempo, Fichte arranca de esta certeza absoluta con necesidades y postulados completamente distintos, pues de este Yo debe derivarse no sólo el ser, sino también el sistema ulterior del pensamiento.”

Ahora bien, Fichte analiza el Yo en tres principios, partiendo de los cuales debe desarrollarse toda la ciencia.”

El primer principio debe ser un principio simple, en el que se identifiquen el predicado y el sujeto; pues si estos dos términos fuesen desiguales, necesariamente habría que probar por medio de un tercer término la relación entre ellos”

Este principio es, en primer lugar, un principio abstracto y defectuoso, ya que en él no se expresa todavía una diferencia, o solamente se expresa una diferencia formal, y todo principio debe encerrar un contenido: se distinguen dentro de él evidentemente un sujeto y un predicado, pero solamente para nosotros, que reflexionamos acerca de ello; es decir, precisamente en él mismo se advierte la falta de toda diferencia y, por tanto, de un verdadero contenido. En segundo lugar, este principio es evidentemente la certeza inmediata de la conciencia de sí; sin embargo, la conciencia de sí es, al mismo tiempo, conciencia, y en ella posee asimismo la certeza de que existen otras cosas con las cuales se enfrenta. En tercer lugar, aquel principio no encierra en sí la verdad precisamente porque la certeza de sí mismo que posee el Yo no tiene ninguna objetividad, no lleva en sí la forma del contenido distinto, o se enfrenta precisamente a la conciencia de lo otro.”

Ahora bien, para que se añada una determinación, es decir, un contenido y una diferencia, es necesario según Fichte establecer un segundo principio, incondicionado en cuanto a la forma, pero condicionado en cuanto al contenido, puesto que no corresponde al Yo. Este segundo principio, colocado por debajo del primero, se formula así: «Yo enfrento al Yo un no-Yo.» Con lo cual se proclama justo algo distinto de la conciencia de sí absoluta.” “Con la misma razón podría afirmarse que se trata de un principio independiente, a causa de este contenido, ya que lo que hay de negativo en él es algo absoluto, y que se trata, asimismo, a la inversa, de un principio independiente, por razón de la forma de la contraposición, la cual no puede derivarse de lo primero.” zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Fichte emplea una expresión muy feliz, correcta y consecuente. Se ha tratado de presentar esto del Yo y del no-Yo como algo ridículo en muchos aspectos. Es una expresión nueva, por eso a nosotros, los alemanes, se nos antoja curiosa y peregrina. Pero los franceses hablan de Moi y de Non-Moi, sin que ello les cause risa.” Mais nova que a avó do H.

A los 2 anteriores se añade un tercer principio, en el que se establece esta distribución entre el Yo y el no-Yo: el principio sintético, el principio del fundamento, incondicionado con arreglo al contenido, mientras que el segundo lo era con arreglo a la forma. Este tercer principio consiste, en efecto, en la determinación de los dos primeros entre sí, de tal modo que, en él, el Yo limita el no-Yo. «El Yo y el no-Yo son establecidos conjuntamente por el Yo y en él, como limitables entre sí; es decir, de tal modo que la realidad del uno levanta la realidad del otro.» “En rigor, los 2 principios anteriores no contenían aún nada de esta síntesis. Ya este primer establecimiento de 3 principios anula la inmanencia científica.”

Es aquí principalmente donde se espera ver a Fichte poner de manifiesto el retorno de la alteridad a la conciencia de sí absoluta. Sin embargo, este retorno no llega a producirse” Que perda de tempo do caray, já dizia Schopenhauer.

La filosofía de Fichte representa una importante línea divisoria en la manifestación externa de la filosofía. De este filósofo y de su manera de filosofar proceden el pensamiento abstracto, la deducción y la construcción. La filosofía de Fichte operó, pues, una revolución en el pensamiento alemán.” “De ella se ocupaban las gentes de negocios y los hombres de Estado; ahora, al llegar al confuso idealismo de la filosofía kantiana, sintieron que les caían las alas. Ya con Kant comienza, pues, a manifestarse la separación entre la filosofía y esta manera común y corriente de la conciencia; sólo se generaliza el resultado de que lo absoluto no puede ser conocido.” “Con la filosofía de Fichte, la conciencia común se aparta todavía más de la filosofía y se despide también de lo especulativo.” Se esse era o sentido da <revolução no pensamento alemão> descrita acima, ou seja, pura ironia, emito meu mea culpa por destacar o trecho em verde.

La opinión del público se vio fortalecida por la filosofía de Kant y de Jacobi y aceptó utiliter que el conocimiento de Dios era un conocimiento inmediato que el hombre adquiría por sí mismo sin necesidad de estudiar, siendo, por tanto, la filosofía una actividad superflua.”

Esta primera forma, la de la ironía, tiene como exponente a Friedrich von Schlegel. Aquí, el sujeto se sabe dentro de sí como lo absoluto, y todo lo demás es vano para él; todas las determinaciones que se forma acerca de lo recto y de lo bueno, las destruye de nuevo. Puede fingirlo todo; pero da pruebas solamente de vanidad, de hipocresía y de insolencia. La ironía conoce su maestría sobre todo contenido; no toma en serio nada y juega con todas las formas.” “El desesperar del pensamiento, de la verdad y de la objetividad que es en y para sí, así como la incapacidad de darse una firmeza y una autonomía condujo a un espíritu noble a confiarse a su sensibilidad y a buscar en la religión algo sólido e inconmovible; este algo sólido e inconmovible, esta satisfacción interior en general lo procuran las emociones religiosas. Este anhelo de algo firme condujo a varios a la religiosidad positiva, al catolicismo, los echó en brazos de la superstición y de la milagrería, para encontrar un punto de apoyo firme allí donde la subjetividad interior sentía que todo vacilaba. Estos espíritus tratan de aferrarse con toda la fuerza del ánimo a algo positivo, de agachar la cabeza ante lo positivo, de echarse en los brazos de lo externo, y se sienten interiormente obligados a ello.”

Pero el peor de los cuadros es aquél en que el artista se muestra a sí mismo; la originalidad consiste en producir algo que sea perfectamente general. La chifladura de quienes se empeñan en pensar por cuenta propia consiste en que cada uno de ellos produzca cosas más absurdas que los demás.” Está descrevendo o modernismo?

A FLOR AZUL: “La subjetividad consiste en la ausencia de algo fijo, pero en forma de impulso en esta dirección, conservando de este modo su carácter de anhelo. Este anhelo propio de un alma bella lo encontramos en las obras de Novalis. (…) La extravagancia de la subjetividad se convierte frecuentemente en demencia

Friedrich Wilhelm Joseph Schelling nació en Leonberg (Würrtemberg) el 27 de enero de 1775 y estudió en las universidades de Leipzig y Jena, donde entró en estrecho contacto con Fichte. Es, desde 1807, secretario de la Academia de Artes Plásticas de Munich. No podemos hablar como se debe acerca de su vida y exponer los rasgos completos de ésta, puesto que todavía vive. (…) No podemos indicar todavía ninguna obra suya definitiva en que su filosofía aparezca expuesta del modo más acabado.” Vai entender por que deu tanta importância ao homem, então…

Sólo más tarde —en relación con los escritos de Herder y Kielmeyer, en los que se habla (como en Eschenmayer de potencias) de sensibilidad, irritabilidad y reproducción, y de sus leyes, por ejemplo de que cuanto mayor es la sensibilidad menor es la irritabilidad, etc.—, concibe Schelling la naturaleza en categorías del pensamiento, haciendo intentos generales más determinados de desarrollo científico; fueron en realidad las obras de aquellos autores quienes le permitieron el comenzar la suya tan joven.” “no va más allá que la filosofía del derecho de Kant y la obra Zum ewigen Frieden [«Para la paz perpetua»], de este autor.” “esto hace que se lance a buscar distintas formas y terminologías nuevas, originales, sin llegar nunca a poner en pie un todo completo y terminado.” “La filosofía de Schelling debe considerarse como sujeta todavía a un proceso de evolución, sin que haya dado aún frutos maduros [Michelet informa que isto foi pronunciado nas aulas de 1805-6]”

Por tanto, en cuanto que el supuesto inmediato de la filosofía es que los individuos tienen la intuición inmediata de esta identidad de lo subjetivo y lo objetivo, esto da a la filosofía de Schelling la apariencia de que su condición exige a los individuos un talento artístico especial, el genio o un estado especial de ánimo, de que es en general algo fortuito, que sólo se da en los hijos de la fortuna.”

Schelling ha alcanzado menos popularidad aún que Fichte, pues lo concreto es, por su naturaleza, algo especulativo.” Tu foste o mais famoso de todos, então és um charlatão?

DECIDA-SE! “Y así, vemos cómo en Schelling sale de nuevo a la superficie la forma especulativa y cómo la filosofía se convierte así de nuevo en algo propio y peculiar; el principio de la filosofía, el pensamiento racional en sí cobra la forma del pensamiento. De este modo, en la filosofía de Schelling el contenido, la verdad, se convierte nuevamente en lo fundamental, al contrario de lo que ocurría en la filosofía kantiana, en que el interés se expresaba en particular de tal modo que debía investigarse el conocimiento subjetivo.”

ISSO É APENAS KANT FALANDO DO ESPAÇO-TEMPO: “La referencia del Yo a sí mismo y al impulso infinito son inseparables. De otra parte, se dice: «el Yo sólo es limitado en cuanto es ilimitado»; este límite es, por tanto, necesario para poder remontarse por encima de él. Esta contradicción, que existe, permanece aunque el Yo limite siempre al no-Yo. «Ambas actividades, la actividad limitable, real y objetiva que trasciende al infinito, y la actividad limitante, ideal, se presuponen mutuamente. El idealismo se refleja simplemente sobre la una, el realismo sobre la otra, pero el idealismo trascendental se refleja sobre ambas».” “El Yo no es aquí algo unilateral frente a lo otro: es la identidad de lo inconsciente y lo consciente, pero no una identidad cuyo fundamento resida en el Yo mismo.”

«¿de qué modo es posible volver a hacer objetiva esta intuición, es decir, cómo es posible poner fuera de duda que no descansa en un engaño subjetivo, desde el momento en que no existe una objetividad general de aquella intuición, reconocida por todos los hombres?» «La objetividad de la intuición intelectual es el arte. Sólo la obra de arte refleja ante nosotros lo que de otro modo no podría reflejarse: aquel algo absolutamente idéntico que se separa ya en el Yo.» Correto, mas isso é só tradução de Kant III.

La suprema objetividad lograda por el sujeto, la suprema identidad de lo subjetivo y lo objetivo, es lo que Schelling llama imaginación.”

Sin embargo, cuando Platón habla de esta intuición del alma, que se ha liberado de todo conocimiento finito, empírico o reflexivo, y cuando los neoplatónicos hablan del arrobamiento del pensar, en el que el conocimiento es el conocer inmediato de lo absoluto, hay que tener en cuenta una diferencia esencial, y es que con el conocimiento platónico de lo general o de su intelectualidad, en la que se levanta toda contradicción, como una contradicción real, se ha socializado la dialéctica, es decir, la necesidad comprendida del levantamiento de estas contradicciones; que Platón no comienza por esto, sino que existe en él el movimiento, en el que esas contradicciones se levantan. Lo absoluto debe concebirse también como este movimiento de propio levantamiento; sólo esto puede considerarse como un conocimiento real y como el conocimiento de lo absoluto.”

La cohesión activa es el magnetismo, considerándose el universo material como un imán infinito. El proceso magnético es la diferencia en la indiferencia y la indiferencia en la diferencia; es por tanto la identidad absoluta, como tal. El punto de indiferencia del imán es el ni-ni (Weder-Noch) y el tanto esto como aquello (Sowohl-Als auch); potencialmente, los polos son la misma esencia, sólo que situados bajo factores contrapuestos.” Filosofia da natureza completamente inócua.

«El establecimiento de la totalidad dinámica se traduce inmediatamente en la incorporación de la luz al producto. La expresión del producto total es, por tanto, la luz, combinada con la fuerza de la gravedad; el establecimiento de la totalidad relativa de toda la potencia hace que la fuerza de la gravedad se rebaje a una simple forma del ser de la identidad absoluta.» Tal es la tercera potencia (A³) del organismo.”

No es nuestro propósito, aquí, entrar en los detalles de la filosofía de Schelling, ni tampoco exponer los lados de ella que puedan ser considerados poco satisfactorios. Este sistema es la última forma interesante y verdadera de la filosofía que nos hemos propuesto examinar.” Não? O que foi que você fez por incansáveis páginas então? Tem MAIS groselha?

Lo mismo ocurrió, hace unos 25 años, con el arte poético: la genialidad se adueñó de él, poniéndose a poetizar de un modo ciego, llevada por el entusiasmo poético, como el tiro que sale de la pistola. ¿Y cuáles fueron los frutos de ello? Eran, unas veces, simples locuras y, cuando no se trataba de una obra de locos, una prosa tan simplista, que el contenido era demasiado malo para prosa. Otro tanto acontece con estas filosofías. [dos schellinguianos] Lo que no es en ellas una necia mescolanza de punto de indiferencia y polaridad, del hidrógeno, lo santo, lo eterno, etc., son pensamientos tan triviales que duda uno si los ha comprendido bien, de una parte por la desvergonzada arrogancia con que se exponen y, de otra parte, porque abriga uno la esperanza de que nadie se atreva a decir cosas tan triviales. Y, del mismo modo que estos filósofos de la naturaleza olvidan el concepto y se comportan de un modo completamente antiespiritual, olvidan también el espíritu.”

Bad ending!

CONCLUSIÓN

La filosofía es, de este modo, la verdadera teodicea frente a la religión, al arte y a sus sensaciones: la conciliación del espíritu, y concretamente de aquel espíritu que ha sabido captarse en su libertad y en la riqueza de su realidad.

Hasta aquí ha llegado el Espíritu del Mundo, cada fase ha encontrado su forma propia en el verdadero sistema de la filosofía: nada se ha perdido, todos los principios se han conservado, en cuanto que la última filosofía es la totalidad de las formas. Esta idea concreta es el resultado de los esfuerzos del espíritu a lo largo de casi dos mil quinientos años del más serio de los trabajos, objetivarse a sí mismo, llegar a conocerse:

Tantae molis erat, se ipsam cognoscere mentem.”

esto explica por qué ninguna filosofía va más allá que su propio tiempo. Que las determinaciones del pensamiento encerraban esta importancia es ya un conocimiento ulterior, que se sale del marco de la historia de la filosofía. Estos conceptos son la más simple revelación del Espíritu del Mundo: y ella, en su forma concreta, es la historia.” “son necesariamente una filosofía que evoluciona, la revelación de Dios, tal y como se sabe a sí mismo.” Essa apologia do real é um saco, a cretinice mais insípida, o formalismo mais chão!

Toda la anterior historia universal en general y en particular la historia de la filosofía es la exposición de esta lucha, que ahora parece llegar a su meta” AMÉM!

(Las lecciones de este curso se terminaron [demasiado tarde!] el 22 de marzo de 1817; el 14 de marzo de 1818; el 12 de agosto de 1819; el 23 de marzo de 1821; el 30 de marzo de 1824; el 28 de marzo de 1828 y el 26 de marzo de 1830.)”

Não posso acreditar que maioria desses capítulos pós-introdutórios derive de anotações dos alunos. É impossível imaginar que alguém se submetesse à mais maçante das operações, ao puro escravagismo de reter esse denodo dialético de patifarias infinita no finito! O terceiro volume, o da filosofia “moderna”, é o ápice do nada filosófico, uma completa perda de tempo. Fique feliz o leitor, que leu apenas ¼ do conteúdo do livro graças ao meu resumo condescendente!

FIM DO TERCEIRO E ÚLTIMO VOLUME

THE DIALECTIC OF THE REAL AND THE PHENOMENOLOGICAL METHOD IN HEGEL – Kojève

The Hegelian method, therefore, is not at all ‘dialectical’: it is purely contemplative and descriptive, or better, phenomenological in Husserl’s sense of the term.”

Conceito & conceito: “Like the Spirit or the Idea, each Concept is hence double and single at the same time; it is both ‘subjective’ and ‘objective’, both real thought of a real entity and a real entity really thought. The real aspect of the Concept is called ‘object’ (Gegenstand), ‘given-Being’ (Sein), ‘entity that exists as a given-Being’ (Seiendes), ‘In-itself’ (Ansich), and so on. (…) [e agora as coisas menos importantes em H.] and occasionally ‘concept’ (Begriff) in the common sense (when Hegel says: nur Begriff).” “in the Truth — Knowledge is purely passive adequation to essential-Reality.”

When all is said and done, the ‘method’ of the Hegelian Scientist consists in having no method or way of thinking peculiar to his Science. The naive man, the vulgar scientist, even the pre-Hegelian philosopher — each in his way opposes himself to the Real and deforms it by opposing, his own means of action and methods of thought to it. The Wise Man, on the contrary, is fully and definitively reconciled with everything that is: he entrusts himself without reserve to Being and opens himself entirely to the Real without resisting it. His role is that of a perfectly flat and indefinitely extended mirror: he does not reflect on the Real; it is the Real that reflects itself on him, is reflected in his consciousness, and is revealed in its own dialectical structure by the discourse of the Wise who describes it without deforming it.

If you please, the Hegelian ‘method’ is purely ‘empirical’ or ‘positivist’: Hegel looks at the Real and describes what he sees, everything that he sees, and nothing but what he sees. In other words, he has the ‘experience’ (Erfahrung) of dialectical Being and the Real, and thus he makes their ‘movement’ pass into his discourse which describes them.”

science is born from the desire to transform the World in relation to Man; its final end is technical application. That is why scientific knowledge is never absolutely passive, nor purely contemplative and descriptive. Scientific experience perturbs the Object because of the active intervention of the Subject, who applies to the Object a method of investigation that is his own and to which nothing in the Object itself corresponds.”

EXPLICAÇÃO DADA AO CHOQUE: “And we can even say that, in a certain way, Hegel was the first to abandon Dialectic as a philosophic method. He was, at least, the first to do so voluntarily and with full knowledge of what he was doing.”

In Aristotle the dialectical method is less apparent than in Plato. But it continues to be applied. It becomes the aporetic method: the solution of the problem results from a discussion (and sometimes from a simple juxtaposition) of all possible opinions — that is, of all opinions that are coherent and do not contradict themselves. And the dialectical method was preserved in this ‘scholastic’ form until our time in both the sciences and philosophy.”

It was in the form of Cartesian meditation that the dialectical method was used by the authors of the great philosophical ‘systems’ of the 17th and 18th centuries: from Descartes to Kant-Fichte-Schelling.”

Thus, Hegel’s Science is ‘dialectical’ only to the extent that the Philosophy which prepared it throughout History has been (implicitly or explicitly) dialectical.”

History is what judges men, their actions and their opinions, and lastly their philosophical opinions as well.”

RIDÍCULA HAGIOGRAFIA: “He can find it all alone, while sitting tranquilly in the shade of those ‘trees’ which taught Socrates nothing, but which teach Hegel many things about themselves and about men.”

In short, Hegel does not need a dialectical method because the truth which he incarnates is the final result of the real or active dialectic of universal History, which his thought is content to reproduce through his discourse.”

Tem de ser um ensaio irônico…

MATHEMATICAL PHYSICS VS PHILOSOPHY: Hegel, Pythagorean triples, Spinors and Clifford Algebras – Daniel Parrochia, 2020.

HAL Id: hal-02613438

https://hal.archives-ouvertes.fr/hal-02613438

Preprint submitted on 20 May 2020

HAL is a multi-disciplinary open access archive for the deposit and dissemination of scientific research documents, whether they are published or not. The documents may come from teaching and research institutions in France or abroad, or from public or private research centers.”

It is well known that Hegel had a bad opinion of mathematics. Even if, over time, and under the pressure of facts (notably the expansion of differential calculus and Gauss’s arithmetic research) this opinion has changed, it remains that his initial view was negative. This has never been more clearly expressed than in the famous text of the preface to the Phenomenology of Spirit (1807) which takes for example the famous demonstration by Euclid of the Pythagorean theorem.”

Considering this demonstration, Hegel states the following thesis:

1. The process of mathematical proof does not belong to the ob-ject(*); it is a function that takes place outside the matter in hand.

(*) The English word ‘object’ is the translation of the German word Gegenstand, which literally means ‘what is posed in front’. This is why the French translator of the Phenomenology of Spirit B. Bourgeois suggests writing ‘object’ with a hyphen, in order to recall that this word ‘designates the content that the spirit, splitting up inside its primary unity (the soul) opposes objects to itself, to become properly consciousness’. (…)

2. In mathematics, construction and proof contain, no doubt, true propositions, but the content, for Hegel, is ‘false’. (…) <Thus we find negativity of content coming in here too, a negativity which would have to be called falsity, just as much as in the case of the movement of the notion where thoughts that are taken to be fixed pass away and disappear.>¹.”

¹ Tradução minha abaixo.

Assim, encontramos a negatividade do conteúdo sobrevindo nesta proposição, uma negatividade que deverá ser chamada falsidade, bem como no caso do movimento da noção em que pensamentos que são tomados como fixos passam e desaparecem.”

(continuação da tese hegeliana)

3. The real defect of this kind of knowledge affects its process of knowing as much as its material. As to that process, one does not see any necessity in the construction. An external purpose controls it. Concerning the material, it only consists of space and numerical units (das Eins)¹.”

¹ Literalmente “os Uns”. Em alemão a pronúncia é idêntica a “daseins”, vir-a-ser no plural, devires (existências ou seres no sentido mais dinâmico).

4. For all that, philosophy has nothing to do with mathematics. (…) <does not attain to essential opposition or unlikeness; and hence involves no transition of one opposite element into its other, no qualitative, immanent movement, no self-movement.> [H.]

5. (…) <It does not consider, for example, the relation of line to surface, and when it compares the diameter of a circle with its circumference, it runs up against their incommensurability, i.e. a relation in terms of the notion, an infinite element, that escapes mathematical determination.>

6. Even applied mathematics does not take in account true concrete realities.” (Aplica relações conceituais – meramente abstratas – expressas em fórmulas)

7. (…) The abstract or unreal is not [philosophy’s] element and content, but the real, what is self-establishing, has life within itself, existence in its very notion.” (O todo do movimento, do processo, constitui a positividade) “This movement includes, therefore, within it the negative factor as well, the element which would be named falsity if it could be considered one from which we had to abstract. The element that disappears has rather to be looked at as itself essential, not in the sense of being something fixed, that has to be cut off from truth and allowed to lie outside it, heaven knows where” “Appearance is the process of arising into being and passing away again, a process that itself does not arise and does not pass away, but is per se, and constitutes reality and the life-movement of truth. <The truth is thus the bacchanalian revel, where not a member is sober>

A verdade é, assim, o êxtase bacanaliano, em que nenhum membro é sóbrio”

8. In consequence, mathematics cannot be a useful model for philosophy. <It is not difficult to see that the method of propounding a proposition, producing reasons for it and then refuting its opposite by reasons too, is not the form in which truth can appear. (…) Hence it is peculiar to mathematics and must be left to mathematics, which, as already indicated, takes for its principle the relation of quantity, a relation alien to the notion, and gets its material from lifeless space, and the equally lifeless numerical unit.>

9. Generally speaking, Hegel protests against any schematizing formalism. However, it will allow himself to make use of triplicity <now that the triplicity, adopted in the system of Kant… has been raised to its significance as an absolute method> so that true form is thereby set up in its true content, and the conception of science has come to light.”

9. Genericamente falando, H. protesta contra qualquer formalismo esquematizante. E no entanto, esse mesmo formalismo esquematizante facultará a H. o uso da triplicidade <agora que a triplicidade, adotada no sistema de Kant …. foi elevada a sua significância como um método absoluto>, [!] de modo que a forma verdadeira é doravante estabelecida em seu verdadeiro conteúdo, e o conceito de ciência veio à luz.”

Hegel’s criticism against mathematical thought, which was already beginning to meet limits in its time, is no longer in season today (see Larvor 1999, 24). But it has, in fact, never really been admissible.” carece de fundamentação

Some of the Euclid’s proofs of the famous proposition I. 47 in the Elements (see [Euclid 56], 349) are classified as:

1. Proofs by rearrangement (see, for example, Heath’s proof as reported in [Euclid 56], 354-355 or in [Benson 99], 172-173)).

2. Proofs by dissection without rearrangement (like Einstein’s proof (see [Schroeder 12], 3-4)).

3. Proofs using similar triangles (already known in the Antiquity).”

Algumas das provas de Euclides da famosa proposição I.47 nos Elementos são classificadas como:

1. Provas por rearranjo (vd., p.ex., a prova de Heath como relatada em (…) Benson 1999, 172-3).

2. Provas por dissecção sem rearranjo (como a prova de Einstein, vd. Schroeder 1212, 3-4).

3. Provas utilizando triângulos análogos (já conhecidas na Antiguidade).”

In all these proofs, the initial triangle is either divided into other triangles, or inserted into a more complex figure in which it disappears or, let’s say, only occupies an inessential place.”

We know that there are in fact hundreds of proofs of Pythagoras’ theorem, not to say thousands. In his famous book The Pythagorean proposition, Elisha Scoot Loomis presents a collection of 370 proofs, grouped into the 4 following categories: Algebraic (109 proofs), Geometric (255), Quaternionic (4); and those based on mass and velocity, Dynamic (2). This author even asserts that the number of algebraic proofs is limitless – as is also the number of geometric proofs (see Loomis 1968, viii).

For many of these proofs, Hegel’s reasoning does not hold water.”

For example, in a certain number of ‘algebraic’ proofs, the triangle is not dismembered, but multiplied.”

 

As we can see, the theorem can be proved algebraically using 4 copies of a right triangle with sides a; b and c, arranged inside a square with side c (…)

.

.

.

c² = a² + b².

This proof (or similar proof) would have already been known from the Hindu mathematician Bhaskara (12th century) and would not be much different from much older proof, which can be found in the Chinese classic Zhoubi Suanjing (The Arithmetical Classic of the Gnomon and the Circular Paths of Heaven), which gives a reasoning for the (3, 4, 5) triangle. In China, it is called the ‘Gougu theorem’

But we can also make use of certain advances in mathematics, which have occurred since antiquity, for example, differential calculus, moreover known from Hegel.”

The triangle ABC is a right triangle, as shown in the upper part of the diagram, with BC the hypotenuse. At the same time the triangle lengths are measured as shown, with the hypotenuse of length y, the side AC of length x and the side AB of length a, as seen above.

If x is increased by a small amount dx by extending the side AC slightly to D, then y also increases by dy. These form 2 sides of a triangle, CDE, which (with E chosen so CE is perpendicular to the hypotenuse) is a right triangle approximately similar to ABC. Therefore, the ratios of their sides must be the same, that is, dy/dx = x/y.” etc. etc. y² = x² + C . . . “The constant can be deduced from x = 0, then we can pose y = a and obtain the equation: y² = x² + a².

Maybe one would say that this is more of an intuitive proof than a formal one. But it can be made more rigorous if proper limits are used in place of dx and dy.” O que ele não entende é que intuitiva ou formal, ambas são apenas provas matemáticas

In all these demonstrations, the triangle is by no means dismembered and Hegelian criticism does not apply. But we can go even further by showing that in reality, what is in question behind Pythagoras’ statement refers to synthetic physico-mathematical structures much deeper than the simple figure of the triangle, which is only an appearance.”

In fact, what Hegel has not seen – maybe he could not – is that the most important in the Pythagorean formula is not the triangle in itself but the relation between the 3 quantities a; b and c, which constitute what we call now a «triple», and in our case a «Pythagorean triple».”

It is also possible that an intuitive knowledge of Pythagoras’ relationship would be much older than Chinese mathematics, since it could have its roots in ancient Mesopotamia and, beyond, in the Egypt of the pyramids. As Thom has shown, the cuneiform tablet known as Plimpton 322 from Mesopotamia enlists 15 Pythagorean triples and is dated for almost 2000 BCE. The second pyramid of Giza is based on the 3-4-5 triangle quite perfectly and was build before 2500 BCE. <It has also been argued that many megalithic constructions include Pythagorean triples> (see Kocik 2007).”

In a previous work, I quoted a lecture pronounced by Trautman 1990 in Belgium in 1987. This text explained that the Pythagorean equation, in the interpretation of Diophante, enveloped in itself an extraordinarily modern synthetic notion, the notion of spinor.”

But let us remain, for the moment, inside the Euclid’s Elements, even if the existence of Pythagorean triples, that is triples of natural numbers (a; b; c) satisfying:

a² + b² = c²;

has been known, in fact, for thousands of years.”

Spinors: excedem completamente o meu métier, então sequer me darei ao trabalho de insertar imagens!… Só vou continuar citando o que pode ser considerado “história da matemática” e compreensível para nós de humanas!

Though Cartan 1938 described this kind of structure long before, the explicit notion of ‘spinor’ appears in 1931 in Physical Review.”

* * *

So, as it appears, we are very far from the simple geometric characterization of the right triangle, to which Hegel’s understanding was limited.

But we can go further.”

* * *

In conclusion, behind Pythagoras theorem and the demonstration of the right triangle, exists a very deep rational organization with complex synthetic structures like Clifford algebras, rotations in space and spinors. Who could contest that there are here, with those structures, dialectical syntheses (geometric algebra), self-movement and ‘life’ which place mathematics far beyond the (fairly negative) view that Hegel had of it?”

Parrochia é matemático, então ele não entendeu que a “prova” hegeliana não pode ser “provada” matematicamente. O que se pode provar em matemática é conteúdo do campo matemático; o que H. objetava é que provas matemáticas tenham qualquer conotação metafísica; portanto, H. continua com razão nesse tocante (afinal é impossível “desprová-lo” não-metafisicamente). O que Parrochia chama de ‘vida’ é um estereótipo barroco-jornalístico: da perspectiva da filosofia, por mais que suas equações sejam belíssimas, continua não havendo “vida” em sua “dialética geométrica euclidiana/pós-euclidiana”, porque faltou-lhe entender o sentido da expressão viva empregada pelo filósofo alemão. “Negativo” também parece ter sido entendido por ele como “depreciativo”, “o que faz mal, o que é de qualidade baixa”. Não é esse o sentido do negativo em Hegel, mas ele deve ser buscado na lógica aristotélica do princípio de não-contradição, e guarda relação com o que a filosofia posterior denomina de “nada”, “império do niilismo”, etc., sempre em relação com o Ser.

Não sou sequer partidário de Hegel e sua teleologia hoje está morta, mas tenho de defendê-lo quando uma suposta crítica a seus postulados parte de um ponto de vista injusto pré-hegeliano mesmo. A diferença entre o filósofo de primeira linha e o mero “diletante” é que não se deve assumir a priori o significado de uma expressão (vida ou, neste caso, mais detalhadamente no que ele crítica em Hegel como sendo “o trabalho do negativo”) pelo dicionário, o que é outra ingenuidade para-além da crítica a um filósofo que ainda filosofava ‘em sistema’, e só quem leu os filósofos da linguagem do séc. XX e se deu conta da limitação da linguagem para produzir enunciados mais que arbitrários pode entender quão precária é a posição de Parrochia neste artigo (pequeno e ‘grosso’ até para a mídia artigo, em minha opinião).

Não entendo como o autor pode pensar que a matemática do século XXI refuta o texto da Fenomenologia do Espírito (que de qualquer modo já se tornou superável filosoficamente no séc. XIX). Ao pesquisar sobre as relações hegelianas com Pitágoras e as exatas, imaginei que encontraria um artigo de um matemático filósofo (ou vice-versa), mas este artigo resulta inútil aos meus propósitos de entender melhor a “fixação hegeliana” pelo triplete, ou pela tríade, pitagórico e pelo Timeu de Platão, além de seu fetiche pelo número 3 que é cerne em sua dialética (vide afirmação sobre Kant contida no início).

No fim do artigo, quase esquecido do tema da introdução, Parrochia diz que Lakatos “se tornou um hegeliano através da matemática, porém sem os erros de Hegel”. Ora, Lakatos não é um metafísico (filósofo na verdadeira acepção da palavra), apenas um epistemólogos de sua disciplina, i.e., um filósofo da matemática. Ainda assim, outra figura conhecida criticou o alcance de Lakatos, o “ídolo de Parrochia”, com propriedade:

wiki:

Paul Feyerabend argued that Lakatos’s methodology was not a methodology at all, but merely ‘words that sound like the elements of a methodology’. He argued that Lakatos’s methodology was no different in practice from epistemological anarchism, Feyerabend’s own position. He wrote in Science in a Free Society (after Lakatos’s death) that:

Lakatos realized and admitted that the existing standards of rationality, standards of logic included, were too restrictive and would have hindered science had they been applied with determination. He therefore permitted the scientist to violate them (he admits that science is not <rational> in the sense of these standards). However, he demanded that research programmes show certain features in the long run — they must be progressive… I have argued that this demand no longer restricts scientific practice. Any development agrees with it.’

Lakatos and Feyerabend planned to produce a joint work in which Lakatos would develop a rationalist description of science, and Feyerabend would attack it. The correspondence between Lakatos and Feyerabend, where the two discussed the project, has since been reproduced, with commentary, by Matteo Motterlini.”

Em suma, Parrochia usou um “alvo fácil” ou um simples outsider e figura histórica como trampolim para “brilhar em seu campo”, provavelmente para conseguir mais repercussão em seu artigo; mas é sem fundamento que o faz ao buscar (ou apenas ‘maquiar’) uma pseudo-interdisciplinaridade com a filosofia. De todo modo, a sinopse do livro de Parrochia que encontrei não parece de todo mal. Aos interessados, vale a pena se arriscar: https://www.amazon.com.br/Mathematics-Philosophy-Daniel-Parrochia/dp/1786302098.

BIBLIOGRAFIA CITADA NAS PASAGENS:

Benson, The Moment of Proof : Mathematical Epiphanies, Oxford University Press, Oxford, 1999.

Cartan, E., Leçons sur la théorie des spineurs vol. 1 and 2, Hermann, Paris, 1938.

Kocik, J., ‘Clifford Algebras and Euclid’s Parameterization of Pythagorean Triples’, Advances in Applied Clifford Algebras 17 (2007), 71-93.

Larvor, B., ‘Lakatos’s Mathematical Hegelianism’, The Owl of Minerva Vol 31, Issue 1, 23-44, 1999. https://doi.org/10.5840/owl199931119

Loomis, E.S., The Pythagorean Proposition: Its Demonstration Analyzed and Classified and Bibliography of Sources for Data of the Four Kinds of ‘Proofs’ (1940), National Council of Teachers of Mathematics, Washington, DC, 1968.

Schroeder, M.R., Fractals, Chaos, Power Laws: Minutes from an Infinite Paradise, Courier Corporation, New York, 2012.

Thom, A., Megalithic Sites in Britain, Oxford University Press, Oxford, 1967.

Trautman, A., ‘L’échiquier spinoriel’, Bulletin de la Classe des Sciences, Académie Royale de Belgique, 6e série, tome 1, 6-9, 187-194, 1990.

CE QUE L’ANTISÉMITISME ENSEIGNE À LA PSYCHANALYSE: Une puissance sombre au commande (doctorat) – Sarah Abitbol, 2018.

INTRODUCTION (futuras leituras)

Poliakov, L’histoire de l’antisémitisme

______, La causalité diabolique

Lanzmann, Shoah

Bensoussan, Auschwitz en héritage

Sternhell, Histoire et lumières

Sartre, Réflexions sur la question juive

PREMIÈRE PARTIE. FREUD

(…)

DEUXIÈME PARTIE. LES DISCIPLES DE FREUD

« Pour Jones, la solution d’un état juif est compliquée pour deux raisons. Premièrement parce que le mouvement sioniste affirme avec plus de détermination que jamais être un peuple distinct et séparé, et entend préserver sa caractéristique nationale comme les autres nations. Cette revendication est juste, mais comme elle est une des causes fondamentale de l’antisémitisme, elle risque de l’exacerber. Deuxièmement, un état juif alors que la majorité des Juifs vivront toujours dans des pays étrangers ne sera jamais accepté par les Gentils; ce sera interprété comme une arrogance. Cette question: pourquoi ne partez-vous pas vivre en Palestine, sera posée de plus en plus souvent. Tout cela est sans doute confirmé, pour Jones, par l’augmentation de l’antisémitisme depuis la montée du sionisme. » Nunca achei que concordaria com Jones em alguma coisa!

« L’assimilation est la solution, pour Jones, qui s’avère être la plus juste. Aucun peuple ne peut garder indéfiniment son identité séparée; et les Juifs sont soumis aux mêmes lois historiques et sociales que les autres peuples. L’argument logique des Juifs d’Allemagne assimilés à la culture environnante, et à qui Hitler a rappelé qu’ils étaient Juifs, n’est pas justifié. Il faut avoir à l’esprit qu’une assimilation ne peut pas se faire en l’espace d’un siècle et seulement grâce à des tentatives individuelles. Il faut des siècles, l’histoire l’a montré, par exemple, avec les Normands d’Angleterre où il a fallu quatre cents ans pour qu’ils se fondent aux Anglais. »

TROISIÈME PARTIE. LACAN

(…)

QUATRIÈME PARTIE. VOIX CONTEMPORAINES

1. L’ANTISÉMITISME DANS LA LANGUE

« Je veux que chaque Juif vive dans la peur, sauf s’il est pro-palestinien… Qu’ils meurent! Ils me font chier. Ça fait 2000 ans qu’ils nous font chier. Il faut les euthanasier. » Siné, 1982

« Je comprends Hitler. Je pense qu’il a fait de mauvaises choses, absolument, mais je peux l’imaginer assis dans son bunker à la fin… je ne suis pas contre les juifs. Je suis avec les juifs bien sûr, mais pas trop… Parce que Israël fait vraiment chier… Je dis que je comprends l’homme. Ce n’est pas vraiment un brave type, mais […] je compatis un peu avec lui… » Lars Von Trier

« Qui peut croire qu’il y a dans les manifestations pour Gaza de l’antisémitisme? » Jean-Luc Mélenchon, 2014

Vejo que a autora dessa tese confunde anti-sionismo com anti-semitismo ortodoxo!

« Stop au génocide palestinien,

Stop au terrorisme juif Hitlérien,

Gaza, la nouvelle Shoah! » Manifestation, 2009

« Je constate qu’après la constitution de leur état, les Juifs, de victimes, sont devenus des bourreaux » Abbé Pierre, 1991

« Si on compare notre époque à celle de l’avant-guerre, on pourrait dire qu’aujourd’hui le musulman, suivi de près par le maghrébin, a remplacé le Juif dans les représentations et la construction d’un bouc émissaire… l’islamophobie a pris la relève de l’antisémitisme, les anti-juifs d’hier sesont convertis à l’islamophobie… » Nonna Mayer, Guy Michelat, Vincent Tiberj, 2012

« Avec l’argent public, on fait 150 films sur la Shoah, moi je demande de faire un film sur la traite des Noirs et on me dit que ce n’est pas un sujet. » Dieudonné, 2005

« Les sionistes ont une sorte d’impunité. Eux, dans une école, il suffit qu’un petit soit traité de sale juif pour que tout le monde se lève. Pour moi, le sionisme, c’est le sida du judaïsme » idem, ib.

« La république n’est pas juste avec ses enfants… il y a des chouchous dans la maison… rien n’est plus abject que l’instrumentalisation politique de la souffrance, comme la pratique de l’état d’Israël. L’antisémitisme ne correspond à aucune réalité sur le terrain. C’est un instrument de chantage politique. » idem, ib.

« On se prostitue avec l’argent des victimes de la Shoah. On en fait un business c’est obscène. » idem, ib.

« L’État Islamique, je vous le dit est une organisation sioniste américaine… méfiez-vous des impérialistes. Ils sont vicieux et collaborent avec les sionistes pour contrôler le monde entier » Leila Khaled, 2015

« À chaque divorce moi je vous le dis, il y a un sioniste derrière » Yahia Gouasmi, 2009

HAHHAHAHAAHA!

« Tout ce qui se passe dans le monde aujourd’hui est la faute des sionistes. Les Juifs Américains sont derrière la crise économique mondiale qui a aussi frappé la Grèce » Mikis Theodorakis, 2011

« Les télés, elles ne parlent pas de nos manifs pour Gaza, pourquoi? de toute façon, Ils contrôlent tout, les Juifs » Manifestation, 2014

« CRS, milice des Juifs!

Juif, casse-toi,

La France n’est pas à toi! » idem

Por que será que onde há milícia há fogo? Digo, onde há fumaça… Ops, mais uma vez: onde há milícia, há fascismo? É uma lei universal!

« Si aujourd’hui on est flingué dans les médias, c’est les grands financiers, l’ultralibéralisme qui tient tout et derrière on retrouve le sionisme en premier. Regarde le nombre de feujs dans les postes-clés dans les médias, dans l’État et les universités. » Enquête sociologique

« Je n’ai pas à choisir entre les Juifs et les nazis, je suis neutre dans cette affaire » Dieudonné

« Mais ce qui est particulier et nouveau dans ces énoncés contemporains et que nous relevons ici, c’est que l’antisémitisme est recouvert par l’antisionisme dans la majorité des énoncés. »

2. VOIX LOGIQUE, VOIX PHILOSOPHIQUE, VOIX PSYCHANALYTIQUE

O ESTADO ISRAELITA (O PRIMEIRO ESTADO-NAÇÃO PARACIVIL DA HISTÓRIA) ALÉM DO BEM E DO MAL: Em vez de procurar significados ocultos, que tal reconhecer o neofascismo? Tarefa difícil! Diria sem medo que não fôra F. e a histeria chamada psicanálise, dificilmente teríamos hoje no discurso popular, se é que há!, antissemitismo disfarçado de anti-sionismo: o que cria a facilidade de usar máscaras e disfarces psicanalíticos é a própria psicanálise que vê disfarces em tudo, ora bolas! Mas e quando há o que se diz e não uma explicação freudo-mirabolante? Se a psicanálise é endeusada na França, não podemos ver que o antissemitismo popular franco não é senão uma resposta à alta judeidade dos altos cargos franceses?!

TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE

Strachey

TÍPICO DE UM AUTOR QUE JAMAIS ESCREVE A VERDADE (EMENDA ATRÁS DE EMENDA): “Os Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, juntamente com A Interpretação dos Sonhos, figuram sem dúvida como as contribuições mais significativas e originais de Freud para o conhecimento humano. Não obstante, na forma em que costumamos ler esses ensaios, é difícil avaliar a natureza exata de seu impacto quando da primeira publicação. É que, no decorrer de edições sucessivas num período de 20 anos, eles foram submetidos por seu autor a mais modificações e acréscimos do que qualquer outro de seus escritos, salvo, talvez, pela própria Interpretação dos Sonhos.”

Em todos os pontos em que se suprimiu ou modificou grandemente o material nas edições posteriores, o trecho omitido ou a versão anterior são fornecidos em notas de rodapé. Isso permitirá ao leitor ter uma noção mais clara de como eram estes ensaios em sua forma original.” Isso é péssimo, pois não tenho acesso ao original. Minha versão do PDF das Obras Completas não possui as notas de rodapé.

Provavelmente causará surpresa, por exemplo, saber que a íntegra das seções sobre as teorias sexuais infantis e sobre a organização pré-genital da libido (ambas no segundo ensaio) só foi acrescentada em 1915, dez anos após a primeira edição do livro.” Causará surpresa apenas aos desprevenidos que não lêem o Seclusão Anagógica!

Até mesmo na primeira edição de A Interpretação dos Sonhos (1900a) vê-se um trecho curioso, ao final do Capítulo III, onde Freud comenta que temos ‘em alta conta a felicidade da infância, por ser ela ainda inocente de desejos sexuais’. (Uma nota corretiva foi acrescentada a esse trecho em 1911, por sugestão de Jung, segundo afirma Ernest Jones.)”

Estou colhendo material para a teoria sexual e esperando que alguma centelha inflame o material já acumulado.” Leia-se: ventos favoráveis.

Prefácio à 2ª edição

O autor, que não se deixa enganar sobre as lacunas e obscuridades deste pequeno escrito, ainda assim resistiu à tentação de incorporar-lhe os resultados das investigações dos últimos cinco anos, por não querer destruir seu caráter de documento unitário. Por isso reproduz o texto original com alterações mínimas e se contenta em acrescentar algumas notas de rodapé, que se distinguem das antigas por levarem um asterisco. Ademais, é seu fervoroso desejo que este livro envelheça rapidamente, obtida uma aceitação universal para o que outrora trouxe de novo e substituídas as imperfeições que contém por teses mais corretas.

Viena, dezembro de 1909.”

Veja que isso contradiz por completo o fato de que até a década de 20 F. continuaria remexendo no CORPO do texto dos ensaios… F. é sempre falso modesto…

Prefácio à 3ª edição

Depois de observar por um decênio a recepção e os efeitos deste livro, cabe-me dotar esta terceira edição de algumas observações prévias destinadas a corrigir mal-entendidos e expectativas irrealizáveis em relação a ele.”

Os Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade não podem conter nada além daquilo que a psicanálise precisa supor ou permite confirmar. Exclui-se, portanto, a possibilidade de que algum dia se ampliem a ponto de constituir uma ‘teoria sexual’, e é compreensível que não tomem posição acerca de muitos problemas importantes da vida sexual.” Não é compreensível. Todo conhecimento é um tomar posição.

MONTAGEM DE UM CASTELO DE CARTAS: “Junto a sua total dependência da investigação psicanalítica, devo destacar, como característica desse meu trabalho, sua deliberada dependência da investigação biológica. (…) A rigor, meu objetivo foi sondar o quanto se pode apurar sobre a biologia da vida sexual humana com os meios acessíveis à investigação psicológica; era-me lícito assinalar os pontos de contato e concordância resultantes dessa investigação, mas não havia por que me desconcertar com o fato de o método psicanalítico, em muitos pontos importantes, levar a opiniões e resultados consideravelmente diversos dos de base meramente biológica.”

O trabalho científico em nosso campo teve seu progresso lentificado nos últimos tempos, mas era indispensável uma certa complementação deste escrito caso se pretendesse mantê-lo em contato com a literatura psicanalítica mais recente.

Viena, outubro de 1914.”

Prefácio à 4ª edição

Dissipadas as correntes da guerra, pode-se verificar com satisfação que o interesse pela psicanálise permanece ileso no mundo em geral” “As colocações e constatações puramente psicológicas da psicanálise sobre o inconsciente, o recalcamento, o conflito que leva à doença, o lucro extraído da doença, os mecanismos da formação de sintomas etc., gozam de crescente reconhecimento e são consideradas até mesmo por aqueles que em princípio as contestam. Mas a parte da doutrina que faz fronteira com a biologia, cujas bases são fornecidas neste pequeno escrito, continua a enfrentar um dissenso indiminuto, e as próprias pessoas que por algum tempo se ocuparam intensamente da psicanálise foram movidas a abandoná-la para abraçar novas concepções” Porém, toda a psicanálise deriva de metafísicas biológicas do fim do século XIX. Daí todos os esforços de F. de hagiografar suas teses terem sido debalde.

Em primeiro lugar, os primórdios aqui descritos da vida sexual humana só podem ser confirmados por investigadores que tenham paciência e habilidade técnica suficientes para reconduzir a análise até os primeiros anos da infância do paciente. É freqüente, ademais, não haver possibilidade disso (…) Salvo pelos médicos que exercem a psicanálise, entretanto, ninguém pode ter acesso algum a esse campo, nem qualquer possibilidade de formar por si um juízo que não seja influenciado por suas próprias aversões e preconceitos.” Com toda a certeza a psicanálise deseja que sua falseabilidade siga para sempre impossível…

GRAVE NEUROTICISMO (MANIA DE PERSEGUIÇÃO) OU MERA TÁTICA PUBLICITÁRIA? “a resistência que se opõe à psicanálise.”

Já faz um bom tempo que o filósofo Arthur Schopenhauer mostrou aos homens em que medida seus feitos e interesses são determinados por aspirações sexuais” O mesmo autor que F. jura não ter lido senão “na velhice”…

todos aqueles que desde seu ponto de vista superior olham desdenhosamente para a psicanálise deveriam lembrar-se de quanto essa sexualidade ampliada da psicanálise se aproxima do Eros do divino Platão.

Viena, maio de 1920.”

Fundamentalmente TORPE.

A dissertação de F. é cansativa, sempre na defensiva, sempre retórica. Não se concebe como um estilo tão tacanho foi laureado com o Prêmio Goethe…

AS ABERRAÇÕES SEXUAIS

Tornou-se costume imputar à degeneração todos os tipos de manifestação patológica que não sejam de origem diretamente traumática ou infecciosa. A classificação dos degenerados feita por Magnan faz com que nem mesmo a mais primorosa conformação geral da função nervosa fique excluída da aplicabilidade do conceito de degeneração.”

É preciso considerar que nos povos antigos, no auge de sua cultura, a inversão era um fenômeno freqüente, quase que uma instituição dotada de importantes funções.”

Ela é extremamente difundida em muitos povos selvagens e primitivos, ao passo que o conceito de degeneração costuma restringir-se à civilização elevada (cf. Iwan Bloch)”

companheirismo na guerra, detenção em presídios, os riscos da relação heterossexual, celibato, fraqueza sexual etc.” Que riscos, virar pai?

Em casos raros, os dois tipos de aparelho sexual coexistem plenamente desenvolvidos (hermafroditismo verdadeiro), porém com muito mais freqüência acham-se ambos atrofiados.”

hermafroditismo psíquico” Não só absurdo como concepção como roubado de Fliess!

Não há dúvida alguma de que uma grande parcela dos invertidos masculinos preserva o caráter psíquico da virilidade, traz relativamente poucos caracteres secundários do sexo oposto e, com efeito, busca em seu objeto sexual traços psíquicos femininos. Não fosse assim, seria incompreensível o fato de a prostituição masculina, que hoje como na Antiguidade se oferece aos invertidos, copiar as mulheres em todas as exteriorizações da indumentária e do porte; tal imitação, de outro modo, ofenderia necessariamente o ideal dos invertidos. Nos gregos, entre os quais os homens mais viris figuravam entre os invertidos, está claro que o que inflamava o amor do homem não era o caráter masculino do efebo, mas sua semelhança física com a mulher, bem como seus atributos anímicos femininos: a timidez, o recato e a necessidade de ensinamentos e assistência.” Não existe uma só bicha assim no mundo inteiro.

Mal se tornava homem, o efebo deixava de ser um objeto sexual para o homem, e talvez ele próprio se transformasse num amante de efebos. Nesses casos, portanto, como em muitos outros, o objeto sexual não é do mesmo sexo, mas uma conjugação dos caracteres de ambos os sexos, como que um compromisso entre uma moção que anseia pelo homem e outra que anseia pela mulher, com a condição imprescindível da masculinidade do corpo (da genitália): é, por assim dizer, o reflexo especular da própria natureza bissexual.”

Nos homens, a relação sexual per anum não coincide em absoluto com a inversão; a masturbação é com igual freqüência seu alvo exclusivo, e as restrições ao alvo sexual – a ponto de ele ser um mero extravasamento da emoção – são aqui ainda mais comuns do que no amor heterossexual.”

os casos em que se escolhem pessoas sexualmente imaturas (crianças) como objetos sexuais são desde logo encarados como aberrações esporádicas. Só excepcionalmente as crianças são objetos sexuais exclusivos; em geral, passam a desempenhar esse papel quando um indivíduo covarde ou impotente presta-se a usá-las como substituto, ou quando uma pulsão urgente (impreterível) não pode apropriar-se, no momento, de nenhum objeto mais adequado.” Você não esperava que fosse uma condição inata se só atingimos a idade adulta após sermos nós mesmos crianças, né?

Uma observação similar é válida quanto à relação sexual com animais, que não é nada rara, sobretudo entre os camponeses, e onde a atração sexual parece ultrapassar a barreira da espécie.”

com a mais insólita freqüência encontra-se o abuso sexual contra as crianças entre os professores e as pessoas que cuidam de crianças, simplesmente porque a eles se oferece a melhor oportunidade para isso. Os loucos apenas exibem tal aberração em grau intensificado, ou então, o que é particularmente significativo, elevado a uma prática exclusiva e substituindo a satisfação sexual normal.”

O uso da boca como órgão sexual é considerado como perversão quando os lábios (língua) de uma pessoa entram em contato com a genitália de outra, mas não quando ambas colocam em contato a mucosa labial.”

aquele que beija com ardor os lábios de uma bela jovem talvez usasse com asco a escova de dentes dela, embora não tenha nenhuma razão para supor que sua própria cavidade bucal seja mais limpa que a da moça.”

No que concerne ao ânus, reconhece-se com clareza ainda maior do que nos casos anteriores que é a repugnância que apõe nesse alvo sexual o selo da perversão.”

O papel sexual da mucosa do ânus de modo algum se restringe à relação sexual entre homens, nem tampouco a predileção por ela é característica da sensibilidade dos invertidos. Parece, ao contrário, que o paedicatio [sexo anal] do homem deve seu papel à analogia com o ato praticado com a mulher”

Existe apenas um meio de obter informações exaustivas e sem erro sobre a vida sexual dos chamados psiconeuróticos (os que sofrem de histeria, neurose obsessiva, da erroneamente chamada neurastenia, e certamente também de dementia praecox e paranóia): submetê-los à investigação psicanalítica, da qual se serve o procedimento terapêutico introduzido por Josef Breuer e eu em 1893 e então chamado de ‘catártico’.”

O LUGAR DA PSICANÁLISE NA MEDICINA – Lacan (trad. Marcus André Vieira)

Acredito que aqui, apesar de estarmos em meio a uma assistência majoritariamente médica, não me pedirão para indicar aquilo que Foucault em seu grande livro traz de um método histórico-crítico para situar a responsabilidade da medicina na grande crise ética (ou seja, crítica que atinge a definição do homem) que ele centra em torno do isolamento da loucura.”

O CURIOSO CASO DO HOMEM QUE ANTEVIU O FASCISMO EM DÉCADAS MAS, QUANDO ELE ASSOMOU E BATEU A SUA PORTA, NÃO O RECONHECEU: “Assim como Freud inventou a teoria do fascismo antes que este aparecesse, 30 anos antes, inventou aquilo que deveria responder à subversão da posição do médico pela ascensão da ciência.”

Por que venho aqui falar disso que de todo modo é apenas uma amostra minúscula desta dimensão que desenvolvo há 15 anos em meu seminário?”

JUSTIFICANDO O INJUSTIFICÁVEL (ESPÍRITO SECTÁRIO DA PSICANÁLISE): “É perder a corda querer reunir-se aos quadros pré-formados de uma pretensa psicologia geral, elaborada ao longo dos séculos para responder a necessidades extremamente diversas, mas que constituem o desejo da série de teorias filosóficas.”

Para Lacan, vivemos em 121 d.C.S., centésimo vigésimo primeiro ano depois da Ciência dos Sonhos.

É preciso que o médico seja destro em colocar os problemas no nível de uma série de temas nos quais ele deve conhecer as conexões, os nós, e que não são os temas recorrentes da filosofia e da psicologia.”

Em nome de quê os médicos deverão o direito ou não ao nascimento? Como eles responderão às exigências que convergirão bem rapidamente para as exigências da produtividade? Pois se a saúde torna-se objeto de uma organização mundial, vai tratar-se de saber em que medida ela é produtiva. O que o médico poderá opor aos imperativos que fariam dele empregado desta empresa universal da produtividade?” Nada.

Se o médico deve continuar a ser alguma coisa que não a herança de sua função antiga, que era uma função sagrada, é a meu ver, prosseguir e manter em sua própria vida a descoberta de Freud.” Amém.

PHILOSOPHY OF THE UNCONSCIOUS (VOL. 3/3) – Eduard von Hartmann. 2nd edition, 1893. Translated by William Chatterton Coupland.

13. (CONT.) THE IRRATIONALITY OF VOLITIONS AND THE MISERY OF EXISTENCE

CAMUS, É VOCÊ? PRIMEIRA SENTENÇA DO LIVRO: “The object of this chapter is to inquire whether the being or the non-being of this present world deserves the preference.”

One must indeed make an ill reckoning of the worth of the journey of life if one can still wish that it should last longer than it actually does” Kant

as soon as they withdraw into themselves and ask ‘Am I now happy?’ the reply comes distinctly from the depth of their soul, ‘Oh, no; thou art still just as empty and destitute as before!’ Fichte

and they will in the future life, and in the infinite series of all future lives, just as vainly seek blessedness as they have sought it in the present life”

Who will trouble himself about the common and ordinary mischances of a transitory life that has apprehended the pain of universal existence and the great fate of the whole?” Schelling

that melancholy sadness which is the inheritance of almost all genius, because they do not feel at home in the world of their inferiors”

a man who is neither exhausted and rendered blasé by immoderate pleasure” “I question whether the man would prefer the repetition of the past performance to non-existence, if his mind be free from fear, and calm, and if he has not altogether lived so thoughtlessly, without all self-reflection (…) How much more, however, now must this man prefer non-being to a re-entrance into life, which offers him not the favourable conditions his past life offered” “In the situation of this man, however, the Unconscious would find itself at every moment of a new birth, if it really possessed an option.” “the only error of this intelligence is that it regards itself as competent to condemn also what is below it

There remains, then, in fact, nothing for it but to judge every phenomenal stage of the Unconscious by its own standard, and then to draw from all these special judgments the algebraic sum, which then at the same time represents a real unconscious unity”

these illusions afford the louse an excess of real felicity, which causes it to prefer its life to non-existence (…) the louse would be right and I wrong.”

Not a louse is depressive!

and humanity will in time attain, on the average, a pitch of intelligence and cosmic intuition which at present only a cultured few have reached.”

for it is true that with the progressive intelligence of the world the illusions of existence also must be more and more undermined, until finally all is recognized as ‘vanity of vanities’, the condition of the world would become ever more unhappy the more it approaches the goal of its evolution, whence we should conclude that it would have been more rational to prevent the development of the world the earlier the better”

FIRST STAGE OF THE ILLUSION. Happiness is considered as having been actually attained at the present stage of the world’s development, accordingly attainable by the individual of today in his earthly life.

The attempted proof that this would is the worst of all possible ones is a manifest sophism; everywhere else Sch. himself tries to maintain and prove nothing further than that the existence of this world is worse than its non-existence, and this assertion I hold to be correct. The word Pessimism is thus an inappropriate imitation of the word Optimism.”

Pain is the more painful, pleasure the more indifferent and cloying, the longer it lasts.”

Também não entendeu nenhum escrito estético desde Kant: “Let any one think of the enjoyments of agreeable taste and of those of art and Science, which later, since they did not fit into his theory of the negative character of pleasure, Sch. prudently rejected and treated as painless delight of the intellect liberated from the will, as if the intellect liberated from the will could still enjoy, or as if there could be a pleasurable sensation without a will in whose satisfaction it consists!”

Von Hartmann é só um positivista disfarçado de pós-romântico alemão. Autor fraquíssimo. Detenho ainda no começo do livro para evitar tamanho desprazer imediato.

ANIMÊS E MANGÁS: O mito vivo e vivido no imaginário infantil (2ª ver.) – Fernanda Silva Noronha (USP), 2013.

Tese de doutorado apresentada à banca examinadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo como parte dos requisitos para obtenção do título de doutor em educação. / Área de concentração: Cultura, Organização e Educação. / Orientadora: Profª. Drª. Maria do Rosário Silveira Porto

AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.” Cumprimos aqui com o acordado!

Qualquer inconsistência (p. ex. erros tipográficos e ortográficos) com relação ao texto da tese original (sempre indicado entre aspas) são de minha responsabilidade, uma vez que digitei os trechos de meu interesse abaixo (PDF protegido de cópia). Meus comentários, quando houver, dentro das aspas, estão sempre entre colchetes. Grifos são meus quando informo-o. Cores são sempre minhas. As notas de rodapé da autora que eu incluo neste “best of pessoal” (às vezes “worst of”) estão representadas numericamente (¹, ². ³… às vezes sem correspondência numérica com a tese propriamente dita); se a observação for minha e não couber no corpo do texto, entre colchetes, eu assinalo minhas próprias notas sempre com um asterisco (*).

Naruto (KISHIMOTO) #23, p. 7 de NORONHA, 2013.

APRESENTAÇÃO

a pesquisa (…) pretende realizar uma análise figurativa do mangá shonen [‘Menino, garoto’, por extensão ‘para meninos’ ou, mais genericamente, ‘para o sexo masculino’, categorização, aliás, que já está um tanto batida tendo em vista a evolução dos mangás e do público-alvo da nona arte nipônica – a autora explica o termo shonen em nota de rodapé própria, porém eu contribuo aqui com minha definição.] Naruto no âmbito de um campo de reflexão sobre os estudos do Imaginário. Tal perspectiva busca contribuir para uma pedagogia do psiquismo imaginante, na acepção que Bruno Duborgel (1995) dá ao tema, a saber: uma pedagogia na qual a gestão escolar das imagens permita, nas palavras do autor, ‘que a percepção realista dê lugar ao realismo da irrealidade’. ou seja, que a escola constitua-se num espaço de aprendizagem da prática e do respeito pelo imaginário.

Em contraste com um quadro de desinteresse da escola básica pelos mangás, observa-se que nas últimas décadas o mundo acadêmico tem apresentado um crescente interesse por esse gênero literário e, em conseqüência, pela cultura pop japonesa. No Brasil, pesquisas de pós-graduação, geralmente circunscritas ao âmbito dos estudos de comunicação e arte, têm se dedicado ao tema como uma forma de alargar o entendimento sobre o gênero literário HQ.

Com efeito, as pesquisas realizadas por Sonia Biben Luyten (2000) são precursoras dos estudos sobre os mangás no país e têm servido de base para uma ampla frente de estudos sobre o tema.” [O negrito é meu]

No cenário internacional, merece[m] destaque os trabalhos de Frederik Schodt (1983) e Johnson-Woods (2010), o primeiro pelo pioneirismo no tema e o segundo pela amplitude da publicação, que traz ensaios de pesquisas realizadas na Austrália, na Europa e nos Estados Unidos, evidenciando o interesse da academia internacional por este tema.”

Tal análise [de que o mangá é uma forma de entrada à cultura japonesa em geral, e por isso desperta o interesse tanto da criança – para não falar do adulto – japonês quanto do homem ocidental e da academia em todo o planeta] é compartilhada pelo também pesquisador Jean-Marie Bouissou (2011), um conhecido historiador francês da cultura japonesa em cujo artigo ‘L’Apocalypse japonaise expliquée à l’Occident’, publicado em abril de 2011 no jornal Le Monde Diplomatique, defende que a vertente pop dessa cultura tem contemporaneamente, no mangá, um componente importante, uma vez que se trataria de ‘um produto de massa capaz de se adaptar às novas tendências do mercado global’.”

O pop japonês é visivelmente subterrâneo e weirdo!

Em dezembro de 1999 (…) o Ministério da Educação Japonês expressou concretamente essa orientação ao aprovar na Kyoto Seika University (Kyoto Japan) a criação da faculdade de ‘desenho animado e comic art’, que começou a operar em abril de 2000. Além disso, em 2000, o Ministério da Educação (…) também admitiu pela 1ª vez que o mangá é uma forma muito importante de comunicação contemporânea (BOUISSOU, 2010).” [O primeiro itálico é meu]

Reconhecimento formal incrivelmente tardio.

Não obstante o interesse crescente (…) observa-se (…) a quase inexistência (…) dos temas tratados pelos estudos do imaginário.” Segundo Fernanda Noronha, maioria dessas teses se concentram em estudos de gênero. Que desperdício!

Uma exceção é o artigo de Ângela Drummond-Mathews (2010) que – tendo como base os estudos sobre a saga do herói de Joseph Campbell (1993) – realiza uma leitura dos mangás shonen a partir do mangá Dragon Ball. Embora a preocupação da pesquisadora neste artigo encontre-se centrada na estruturada seqüência narrativa (a chamada para a aventura – a recusa da chamada – a travessia dos limites – a iniciação e o retorno), a autora não chega a realizar uma leitura densa que dê conta da análise dos conteúdos e dos cenários míticos presentes na HQ. Dessa maneira, a lacuna que apontamos acima (…) permanece.” [O negrito é meu]

Irônico é a autora achar que ela fez uma leitura densa de Naruto (continue comigo e perceberá o que digo)!

Trata-se, em resumo, de um estudo simbólico das imagens veiculadas na 1ª temporada do mangá Naruto e nas produções imagéticas de meninos e meninas estudantes das escolas públicas paulistanas. Pretende-se, assim, entender em que medida o mangá é apropriado por jovens leitores como um texto iniciático.”

Por que, ao se relacionarem com o mundo fantástico dos heróis dos mangás, as crianças demonstram domínio das difíceis regras dos jogos de cards e dos games, criam complexas narrativas (escritas ou orais), desenham e expressam corporalmente conhecimentos acerca das personagens, mas, muitas vezes, do ponto de vista mais tradicional da instituição, fracassam em seus estudos?”

A partir do ponto em que a academia se pergunta isso seriamente, e se propõe a responder com uma pesquisa elaborada, já fracassou. A resposta é o sumo do simples.

Ao contrário do ‘duelo’ de cards, que exige um mínimo de cartas e o conhecimento das regras propostas pelo fabricante, o ‘bafo’ pode ser utilizado rapidamente, com qualquer tipo e quantidade de cartas. Em qualquer cantinho, na fila ao final do recreio e, às vezes, ‘escorregando’ entre as fileiras de carteiras para o chão da sala de aula, vemos as crianças ‘batendo’ cards. Um bom motivo é a vontade de aumentar a própria coleção desses brinquedos.”

Com este propósito, deter-nos-emos de forma mais aprofundada na interpretação do símbolo da raposa, figura constante dos mangás, notadamente os mais populares entre as crianças, nossas interlocutoras nesta pesquisa. (…) parte-se da hipótese de que o interesse dos meninos e meninas pelos mangás estaria relacionado com o substrato arquetípico do qual a figura do herói Naruto é um suporte contemporâneo.”

Entende-se o conceito de psique a partir da acepção de Carl Gustav Jung” Era o que eu mais temia!

Jadiel (14 anos) e Danilo (14 anos): ambos foram nossos colaboradores durante a pesquisa de mestrado sobre jogos e brincadeiras (NORONHA; 2008) e, hoje, estudam em escolas municipais distintas na região de Cidade Ademar. Ambos os adolescentes, não obstante terem passado a frequentar escolas diferentes, continuam amigos: possuem uma banda de rock e criam histórias sobre suas personagens de mangá (e alter ego!) Trix e Counter. Com relação a esses 2 colaboradores, a pesquisa realizada durante este estudo se deu fora do ambiente escolar e por meio da rede social Facebook, de ligações telefônicas e trocas de e-mails.

A pesquisa com os estudantes do ensino fundamental II [o que quer dizer ensino fundamental 2 atualmente?] da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Emygdio de Barros, localizada na região do Butantã Wilian (12 anos), Clayton (12 anos), Renan (14 anos), Ana Carolina (14 anos), Graciele (15 anos), Érika (14 anos), José (14 anos), Vinícius (14 anos), Gustavo (14 anos) e Pedro (15 anos) se deu no espaço institucional e contou com a colaboração da equipe pedagógica e dos professores de Artes, Patrícia e Danilo. Após apresentar a proposta à direção pedagógica, foram distribuídos questionários (anexo 01) para as turmas do 5º ao 8º anos, com o intuito de identificar um grupo leitor dos mangás interessado em participar da pesquisa. Identificado o grupo, ao longo de um semestre realizaram-se encontros quinzenais com os estudantes durante o período de aula dos professores de Artes. A cada encontro, o grupo expunha suas impressões sobre as séries de animês e mangás, e as características de suas próprias personagens. Como, via de regra, os desenhos são feitos nas capas dos cadernos e em papéis avulsos – uma vez que não existe uma preocupação por parte das crianças em registrar todas as histórias criadas –, nesse momento da pesquisa, foi solicitado ao grupo de estudantes que cada um produzisse uma narrativa com suas personagens.

A pesquisa contou também com a colaboração de André Margarida, um menino português de 14 anos, que possui um blog (http://monsterspirits.blogspot.com.br/2010/11/andre-margarida-hate-and-pain.html)(*) para divulgar seus mangás. Com ele, foi realizada uma entrevista online sobre mangás, além de conversas por meio da rede social facebook.”

(*) Interessante – e raríssimo em teses de mais de 5 anos de idade – constatar que a URL ainda está operante em 29/01/2021. Irei explorá-la juntamente com NORONHA. Na verdade, o link remete a um post específico. Suprimindo o sufixo “2010/11…” chega-se à home do autor. A última postagem monta a 27 de outubro de 2013. Buscarei mais tarde no google por André Margarida para procurar algum novo espaço do autor na rede. Até onde pude verificar pelas últimas postagens, de momento, o autor se concentra em desenhos à la carte, muito bem-feitos; ou seja, não é no formato HQ, mas cada arte é auto-suficiente, e possui um estilo marcado (alta originalidade – não necessariamente, mas majoritariamente no âmbito da estética dos mangás e animes). Ele cria do zero várias personagens e também retrabalha designs de personagens conhecidos, como Jigsaw de Jogos Mortais (Saw). Se comunica bastante com seus seguidores e leitores/apreciadores e atende pedidos seus (quais serão os temas de seus próximos desenhos). No último post, ele linka seu canal no Youtube, de games: http://www.youtube.com/user/PTGamersRevolution). No menu à direita também há links para outras redes sociais, Devianart e Tumblr. O Devianart é como uma galeria ou exposição de artes plásticas digital, com espaço aberto para interação dos navegantes. Sua última arte data de 02/04/2017, ou seja, este endereço foi usado pelo artista ainda até cerca de 3 anos e meio após não mais postar conteúdo novo no blog Monster Spirits. O Tumblr possui uma funcionalidade algo semelhante, embora se aproxime mais de um “facebook para um público específico”, pois permite repostagens de outros usuários, e imagens .gif (animadas) são ali notórias. A última interação dele pelo Tumblr data praticamente de 2 anos em relação à data em que escrevo (janeiro de 2019). Aparentemente, ele usa o Tumblr tanto para posts casuais quanto para divulgar sua arte, com a diferença de que se comunica em inglês neste outro espaço de divulgação, em contraste com a língua portuguesa do blogspot e do devianart. Interessante observar a evolução dos jovens em sua rotina digital: eu peguei a era dos blogs, mas não a do Tumblr; e não sou familiarizado até hoje (aos 32) com a produção de vídeos caseiros, não possuindo tampouco canal no YT, embora, como a maioria massacrante dos internautas, eu utilize bastante essa outra rede/maior repositório do mundo para vídeos. Numa rápida olhada, o canal PTGamersRevolution se dedica a fazer walkthroughs de games, entre outras atividades (um walkthrough significa um detonado para a geração dos anos 80 ou 90, i.e., um guia para detonar ou zerar um jogo – enquanto que na minha época isso era muito comum em revistas especializadas, com algumas imagens e muito texto, atualmente esse expediente é bem mais avançado e completo: com toda a gravação da gameplay do jogo e, potencialmente, narração do autor complementando a ajuda ao gamer-espectador com informações úteis ou com descontração, etc.). No entanto, tal espaço também carece de atualização por aproximadamente 6 anos. Ao googlar André Margarida, a referência mais atual que encontrei foi um Instagram (rede do momento) dedicado à dança. Como é de Portugal, me parece muito provável que seja a mesma pessoa, hoje na casa dos 20 anos. Parece que se tornou dançarino profissional.

Soma-se ao grupo de colaboradores o estudante Ângelo, 9 anos, aluno do 4º ano do ensino fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Olímpio Pereira Filho, região de Campo Limpo.”

A hermenêutica figurativa durandiana tem como aspecto essencial o fato de rejeitar os princípios saussurianos da arbitrariedade do signo e da linearidade significante; ao invés de entender o símbolo como mero código, essa metodologia busca identificar os dinamismos sistêmicos que evidenciem as estruturas universais do imaginário. Esse conceito metodológico será mais bem-elaborado […]” O negrito é meu. Minha primeira impressão desse Durand é que não compreendeu Saussure, apenas repetindo-o de forma pior, e verborrágica/logorréica.

BENEDICT, O Crisântemo e a Espada (sobre o Japão no final da II Guerra)

é importante deixar claro que esta pesquisa não se confunde com um estudo comparativo entre a ‘cultura japonesa’ e a cultura brasileira”

Ainda neste capítulo, apresentamos algumas produções imagéticas e textuais das crianças e discorremos sobre a dificuldade da escola em lidar com o humor jocoso constitutivo dos mangás. A temática do humor e da orfandade – temas recorrentes nos mangás e nas produções das crianças – serão retomados nos próximos capítulos a partir (…) [de] Campbell”

PARTE I

DE COMO LER MANGÁS: A ARTE FIGURATIVA E O TRAÇO CÔMICO COMO IMPORTANTES REFERENCIAIS PARA AS PRODUÇÕES IMAGÉTICAS DE MENINOS E MENINAS

explicitaremos o objeto de estudo (…) a saber: a 1ª temporada do mangá Naruto (material que corresponde (…) [a]os volumes 01 ao 33…)”

CAPÍTULO 1 – “DA DIREITA PARA A ESQUERDA E DE CIMA PARA BAIXO”: MANGÁS COMO GÊNERO LITERÁRIO JAPONÊS.

De origem japonesa, o termo mangá resulta da junção de outros 2 vocábulos do nihongo (a língua japonesa): man (involuntário) e (imagem); significa (…) uma ‘forma livre’ de se desenhar. A origem do emprego do termo mangá,¹ assim como a idéia de que esta narrativa em quadrinhos constitui um gênero literário/artístico ‘genuinamente’ japonês, são pontos controversos que mereceram destaque entre os estudiosos do tema (GRAVETT 2006; JOHNSON-WOODS, 2010; LUYTEN, 2004; GAUMER, 2002; FURUYAMA, 2008; ITO, 2004).

¹ Segundo Luyten (2004), a palavra mangá deve ser grafada com acento agudo para não ser confundido (sic) com a fruta manga ou com a manga de camisa. A palavra animê, com acento circunflexo, para garantir a entonação semelhante à da fonte, criada no Japão, que é uma corruptela de animation e denota as versões animadas dos mangás.”

Discordo frontalmente de LUYTEN. Nenhuma palavra precisa de diferenciação tônica para evitar equívoco contextual. Fôra assim e não teria havido a última reforma ortográfica do português (percebe a ironia?). Quanto à ‘entonação correta’, além de ser uma noção questionável, a entonação original é com sílaba tônica no a-, ou, antes, mesmo sem entender de fonética japonesa, mas sucessivamente submetido a escutar e reescutar dublagens nipônicas, diria que a sílaba tônica jamais é a última, ou seja, justamente tornar anime oxítona seria o mais disparatado dos procedimentos!

empregaremos o termo mangá tal qual a ‘categoria nativa’ utilizada pelo público jovem leitor brasileiro, ou seja, termo que designa um gênero literário que tem por base a produção contemporânea de HQ oriunda do Japão (notadamente um estilo de se desenhar característico do período ‘pós-Osamu Tezuka’).” “os quadros nem sempre são retângulos puros alinhados e equidistantes; pode haver 1, 2 ou 7 quadros em 1 página[, p.ex.]”

Mangá tem causado pânico moral em função de sua violência e conteúdo sexual, mesmo que(*) lidando com questões filosóficas profundas, como a essência do mal que é tema do mangá Death Note,(**) do mangaká Tsugumi Oba, publicado no Brasil, que conta a história de um estudante do ensino médio que descobre um caderno sobrenatural (…) Na trama, as pessoas que têm o nome escrito (…) são mortas.”

(*) Eu substituiria por “já que” ou “porque”: impossível ser profundo e não tratar de temas humanos essenciais como sexualidade e violência.

(**) Discordo que a essência do mal seja o tema de DN. Um de múltiplos temas, e mesmo assim tocado de forma apenas indireta, alusiva; não há diálogos explícitos utilizando as palavras “bem” e “mal” ou tanta ênfase nesse aspecto. Trata-se de um ponto de vista moralista sobre a obra. Diria, se fosse para encontrar palavras-chave para a temática de DN, que morte, justiça, niilismo, totalitarismo, jogos psicológicos, maquiavelismo, crítica da mídia e religiões, e mesmo amor estariam à frente de “bem/mal”… A presença da figura mitológica dos Shinigami, que seria o equivalente à Kurama de Naruto, só reafirma minha convicção: a Morte não está interessada no caráter daqueles que irá levar, ou daqueles com que fará pactos, está atrás apenas de “diversão” ou de “métodos para afastar o tédio”, sendo humanos apenas joguetes para si. Ocidentalizando a questão, se parece muito mais com uma adaptação do Fausto e seu contrato com Mefistófeles para atingir o conhecimento absoluto – a um preço elevado, na verdade impagável, ao longo do tempo – ou com qualquer outra tragédia desde os gregos até nós. Nesse sentido, a discussão ética neste universo se refere muito mais à satisfação pessoal e sentido da vida do que a uma discussão de bem contra mal. Pode-se até mesmo dizer que DN não passa de uma parábola do adolescente no capitalismo tardio: ambicioso, competitivo, impiedoso o mais das vezes, envolvido em inúmeras crises que, bem ou mal, sabe superar e, por fim, a inclusão no mundo adulto, a “morte da persona do púbere enquanto púbere”, que inclui o abandono de seus antigos ideais, vistos a partir de uma nova luz como megalomaníacos após um breve porém profundo amadurecimento, e envolve facetas como a troca ou a perda de antigas amizades e a hostilidade racional ou irracional do próximo. Mais se aproximaria de uma sátira dos neo-yuppies, categoria sabidamente prolífica no Japão, país que exige demais dos jovens e em que o índice de depressivos é assustador. Os mangakás são alguns dos críticos sociais mais aguçados da sociedade japonesa. Mesmo num “inocente shounen” essa tendência se torna palpável.

ainda existe no Japão alguma ‘essência’ que somente eles conhecem e que torna os mangás japoneses únicos. Essa singularidade talvez seja um dos motivos do sucesso em outros países.” Furuyama

Lançando mão de grandes rolos de papel de arroz como suportes de suas obras, os artistas japoneses produziram durante a Idade Média japonesa, sécs. XI e XII, as primeiras seqüências de narrativas visuais. A pesquisadora Sonia Luyten destaca que neste período um estilo de desenho de origem sacra, denominado chojugiga – literalmente, desenhos humorísticos de pássaros e animais –, estruturou-se a partir de uma narrativa dividida em duas partes, que traziam estereótipos e caricaturas de ‘animais humanizados’, com o intuito de satirizar as relações sociais da época.

O representante mais conhecido da arte chojugiga foi o monge budista Kakuyu Toba, (FURUYAMA, 2008). Pertence a ele as seqüências imagéticas que ilustram os 6 mundos do budismo,(*) a saber: o inferno Gaki Zôshi (rolo dos fantasmas famintos), o Jogoku Zôshi (rolo dos infernos) e o Yamai Zôshi (rolo de doenças e deformidades). [Onde estão os demais mundos? O quarto é o dos eternos guerreiros; o quinto a Terra; o sexto a mão de Buda, o Nirvana.]”

(*) Decerto um número mí(s)tico no Japão: essa divisão em 6 mundos encontra-se no foco da batalha épica Ikki de Fênix vs. Shaka de Virgem, a reencarnação de Buda (Saint Seiya). E sem dúvida deve ser o pano de fundo para o próprio “Sábio dos 6 Caminhos”…

Frederik Schodt sustenta que o humor presente no budismo influenciou sobremaneira a arte japonesa e se faz presente ainda hoje no humor dos mangás.”

Hokusai (…) o primeiro artista a empregar os termos mangá e sketches” Ver as 36 vistas do monte Fuji

Patrick Gaumer (…) defende que o termo mangá teve origem em 2 caracteres chineses que significam literalmente ‘imagem ridícula’.”

foi somente após ter viajado para o Ocidente e retornado à (sic) Nagoya que Hokusai desenhou as composições às quais chamou de ‘Hokusai-Manga’ (GONCOURT, 2009).”

Arte de Hokusai à p. 36 da tese.

[Na mitologia] Você percebe que a imagem é símbolo de algo, e que você está distante disso. Mas em nossa religião tudo é tedioso e muito sério. Você não pode brincar com Jeová.” Campbell, 1990

Ao contrário da arte judaico-cristã, a influência do budismo possibilitou que o séc. XIX se tornasse uma época áurea para um estilo que ficou conhecido como o ‘baixo humor’ da arte japonesa, quando vários artistas (…) – entre eles Tsukioya Yoshitoshi (1839-1892), Kawanabe Kyosai (1831-1889) e Utagawa Kuniyoshi (1798-1861) – criaram xilogravuras cômicas, mostrando grandes escrotos de maneiras criativas (figuras abaixo), revelando a ausência de comprometimento desses artistas (…) com os padrões (…) ocidentais.”

NORONHA p. 40: as duas gravuras se chamam Kuntama Chikaramochi e Namazu Hyôtan Kintama respectivamente. São de aproximadamente 1842. Os humanos retratados são guaxinins antropomorfizados. A tradução dos títulos dos quadros se aproxima de “Mais divertido com os guaxinins!”.

o mangá contemporâneo apresenta o tema da sexualidade sem tabu, enquanto os quadrinhos ocidentais parecem ignorar que a sexualidade é uma grande preocupação para os adolescentes e adultos.” Bouissou, 2011

o desenhista Rakuten Kitazawa (1926-1989)(*) empregou pela primeira vez o termo mangá como…” o formato-base que hoje conhecemos. Só faltava mesmo uma das características fundamentais: o signo do “balão”, embora já houvesse o texto dos personagens. Eram tiras curtas. Podemos dizer que estão mais para Calvin & Haroldo do que para Naruto – o que não é dizer pouca coisa, ainda mais para a primeira década do século passado!

(*) Grave erro da tese: a data correta de nascimento e morte é: 1876-1955. Como NORONHA cita na sequência, o 1º mangá propriamente dito data de 1901, por isso é impossível que antecedesse em 25 anos a existência de seu autor.

Uma das influências ocidentais de Kitazawa: “Os Katzenjammer Kids é uma HQ norte-americana criada pelo alemão Rudolph Dirks e desenhada por Harold H. Knerr, entre 1912-49. A obra é inspirada em uma história infantil da década de 1860 do autor alemão Wilhelm Busch. O Katzenjammer conta a história de Hans e Fritz, gêmeos que se rebelam contra algumas figuras de autoridade, especialmente a de sua mãe.” [negrito meu] ]Os Stewie Griffin da primeira metade do XX?

Talvez, mais do que criar personagens regulares e divulgar a palavra mangá, o passo mais importante de Kitazawa – que resultou na constituição do atual cenário de produção e de consumo dos mangás em todo [o] mundo – tenha sido a fundação, em 1905, da revista japonesa Tokyo Punch, publicação determinante para a formação de um mercado editorial de quadrinhos.”

Foi somente no pós-guerra que o artista Osamu Tezuka (1926-1989) [aqui vemos que esta é a data que a autora atribuiu por confusão à vida de Kitazawa], conhecido entre os fãs de mangá como o ‘Walt Disney japonês’, desenvolveu uma forma própria de fazer mangás. (…) a opção pelo uso de olhos grandes e brilhantes nos seus personagens para dar maior expressividade e bocas desenhadas de maneira bastante exagerada, quando a intenção é dar ênfase a uma narrativa mais cômica. Tezuka uniu o desenho de narrativa seqüencial cômica às técnicas do cinema, sendo pioneiro na adaptação dos desenhos em quadrinhos para o desenho animado. Foi a arte de Tezuka que popularizou o mangá no mundo todo”

Surpreendentemente, Tezuka criou o shoujo antes mesmo do shounen: “A estética mangá de Osamu Tezuka se desenvolveu principalmente depois de 1967, com a criação de A Princesa e o Cavaleiro (…) um mangá shojo. Essa história se passa no reino fictício da ‘Terra de Prata’ durante a idade média japonesa, e conta as aventuras da princesa Safiri, herdeira do trono que, por um erro de um anjo atrapalhado, Ching, teria recebido por engano 2 corações: um masculino e outro feminino. Por ser menina, Safiri não poderia assumir o trono de seu reino, por isso seu pai a apresenta aos súditos como menino. Quando o anjo que cometeu o erro desce a (sic) Terra para tentar repará-lo e Safiri se apaixona pelo príncipe do reinado vizinho, os personagens se envolvem em muitas aventuras. Somente recentemente, ano de 2002, é que o primeiro título de Osama Tezuka foi traduzido para o português pela editora JBC.”

No Brasil, muito antes de Frank Miller ‘descobrir os mangás’, estes já eram fartamente lidos pela comunidade dos descendentes de japoneses. Eles eram importados por distribuidoras – normalmente localizadas no bairro da Liberdade, em SP – que enviavam para o interior de SP ou do Paraná para as comunidades nipônicas. O mesmo aconteceu com os animês e os filmes japoneses que eram veiculados em alguns cinemas, especialmente o Cine Niterói, no bairro da Liberdade.”

O texto a seguir, no qual Danilo fala da personagem de suas histórias, apresenta claramente as características próprias do herói mangá shonen e ilustra bem a relação que as crianças estabelecem com este gênero literário.

Estudando mais sobre a marca de Trix

Trix veio ter essa marca depois da última luta com Counter no céu ele deu seu golpe leigum e o counter O cólera do dragão o golpe foi tão forte que foi equivalente a 900 (…) exclamações de Atenas. Pense bem se uma exclamação é capaz de destruir as estrelas, pilares, e, milhões de pessoas.

Imagine então 900, é, é muito não é.

(…)

Trix depois de ter o cabelo grande igual os tempos medievais Trix resolveu entrar no mundo da moda. Mais não foi bem assim. Depois de ter sido capturado por caminhois cortaram o cabelo dele para fazer tira gestos e deixou o cabelo dele cheio de caminho de rato.

(…)

Ele foi e comprou um óculos escuros meios arrendondinhos e aí sim que ficou no estilo da moda.

Vamos parar com Trix porque eu quero desenhar.’

CAPÍTULO 2 – OS LEITORES DE MANGÁS: OS OTAKUS, AS REDES SOCIAIS, O CIRCUITO OTAKU, A ESCOLA E O IMAGINÁRIO INFANTIL

Na pesquisa anterior (NORONHA, 2008), vimos que o termo otaku designa os jovens fanáticos por animês, mangás e jogos eletrônicos, que apresentam um tipo de socialidade marcada pelo seu caráter etário.”

É muito comum observar jovens otakus sentados, em turmas, nas escadarias da estação de metrô Liberdade ou passeando pelo Shopping Sogo Plaza, localizado na Rua Galvão Bueno. Nesse shopping, existe uma grande quantidade de boxes, onde é possível encontrar edições especiais de mangás que não são encontradas nas bancas e livrarias de outros bairros, DVDs com as séries animês, bonecos dos personagens dos animês e mangás, CDs de J.Rock (SIC – forma abreviada de japan rock, as bandas musicais que fazem sucesso compondo e interpretando o rock japonês para as trilhas sonoras dos animês), conhecer outros otakus, trocas (sic) cards, obter cópias de jogos eletrônicos ou encomendar roupas e acessórios para cosplayers.”

se antes o termo era utilizado apenas por jovens, digamos, mais fidedignos a um ‘estilo de vida’ praticado pelos amantes dos gêneros mangás, animês e jogos eletrônicos, hoje, com uma modificação no comportamento virtual das redes sociais no Brasil e a ampliação das comunidades virtuais pelos sites de relacionamento (uma migração do orkut para o facebook e twitter), observa-se que o termo otaku perdeu sua acepção original e tem sido utilizado na rede virtual como sinônimo de ‘fãs de personagens dos mangás e animês’; sem que isso implique, necessariamente, que o jovem conheça o circuito otaku (….) ou frequente os demais espaços ‘reais’ da cidade.”

disseminação de memes. Esse termo é utilizado para identificar um fenômeno da comunicação que diz respeito à disseminação de pensamentos, ideias e produtos culturais que se espalham rapidamente por meio da internet. O termo meme (que será empregado aqui como uma categoria na[rra?]tiva de humor da internet, ou seja, um tipo de humor praticado pelos jovens usuários das redes …) tem por base o conceito de que, no ‘território virtual’, global, algumas informações são transmitidas e replicam-se quase que automaticamente. Boa parte dos memes se propaga sem seus disseminadores saberem de onde vieram, ou seja, tem o poder de mobilizar pessoas de fora do círculo original da brincadeira. Segundo Bia Granja, editora do YouPix, em entrevista concedida ao (…) G1:

(…) há uma diferença clara entre a ‘piada interna’ e o ‘meme’: a participação de terceiros. O meme nasce a partir de um contexto e se espalha fora do contexto. (…)’”

Segundo Johnson-Woods (2010), uma das questões mais controversas tem sido o uso de títulos honoríficos sama, sensei, kun e chan, entre outros – palavras japonesas que dão aos leitores sutis pistas quanto aos relacionamentos entre as personagens.”

O volume 56 da edição brasileira [Panini Comics], p.ex., traz a seguinte informação sobre o ‘termo nativo’ edo tensei: <do japonês, ‘reencarnação nas terras impuras’>. No mangá, tipo de kuchiyose no jutsu (técnica de invocação …) que permite invocar almas de pessoas mortas de volta para o mundo dos vivos. Na tradição budista, ao morrer e antes de reencarnar as almas ficam no ‘mundo puro’ ou ‘terras puras’; o mundo dos mortais é chamado de ‘mundo impuro’ ou ‘terras impuras’.”

NORONHA, 2013, p. 76. À esq., tradução americana; à dir., trad. brasileira, dita “conservadora” ou “hardcore”, por respeitar elementos do original como onomatopéias. Minha opinião pessoal? Para que traduzir então? Perde todo o sentido se você não puder ler kanjis… É mais que fan service, é tolice. Além disso vejo que os balões ficaram muito econômicos (em inglês há mais informações).

Em 12/03/11, logo após um tsunami devastar o norte do Japão, o cartunista do jornal Folha de SP João Montanaro, na época com 14 anos, causou polêmica ao realizar uma charge sobre a tragédia, lançando mão de uma releitura da xilogravura A Grande Onda de Kanaguwa, de Katshushika Hokusai (…). Nela o garoto incluía destroços, carros, fogo e uma usina nuclear.

Na ocasião, a pesquisadora Sonia Luyten, em reportagem veiculada na mesma edição do jornal, chegou a considerar a charge de Montanaro um erro, pois, nas suas palavras: ‘Os japoneses prezam muito seus ícones. Além disso, não é hora de tocar nesse assunto. Acho inoportuno’.

Com efeito, podemos interpretar que as críticas que pesam sobre a charge de Montanaro representam uma incompreensão à recepção do cômico e perda da capacidade de apreender a potência simbólica e criadora existente na ambivalência da charge.”

o espirituoso, o humorista – e, nesse caso, o chargista – demonstram vigor intelectual ao lançar um olhar estrangeiro sobre sua própria realidade, mecanismo que lhe permite rir de si mesmo.”

Não poder dissociar humor de complexo de castração deve ser horrível (referência a algumas leituras ‘psicanalíticas’ da coisa…).

No Brasil – (…) a maior colônia de japoneses e descendentes de japoneses fora do Japão – uma polêmica envolveu o animê Naruto, quando exibido pela TV aberta (SBT) e pelo canal pago (Cartoon Network), de 2007 a 2011.

Esse canal aberto veiculou uma versão editada do animê Naruto, reduzindo-lhe os elementos violentos e cortando abruptamente as cenas nas quais o animê exibia muito sangue, agressão física ou verbal.”

Ao longo desta pesquisa, observou-se que os animês, se comparados aos mangás, exploram muito mais as lutas que estes últimos. Um bom exemplo é a cena na qual Naruto se descontrola, quase libera a raposa selada em seu umbigo e chega a se cortar diante da frustração do fracasso em um combate. Presente tanto no mangá quanto no animê, a cena de ‘autoflagelação’ da personagem no animê impressiona mais. Enquanto a cena retratada no mangá apenas sugere que a personagem está em vias de perder o autocontrole e liberar o animal selado em seu umbigo, no animê a personagem Naruto chega a se transformar na kitsune (a raposa de 9 caudas que se apresenta em sua imagem teriomórfica, ou seja, com semblante de ogro devorador).

A seguir, vemos frames, ou quadros de animação, da cena na qual Naruto corta a própria mão com uma kunai e, logo abaixo, a mesma cena retratada na edição japonesa do mangá. Observem-se à esq. 2 frames extraídos do animê Naruto veiculado pelo canal Cartoon Network norte-americano e, à dir., a mesma sequência da versão original veiculada pela tevê japonesa.

Nos frames da dir. é possível ver a personagem Naruto cortar a própria mão com uma kunai, ao passo que, na versão norte-americana, esses frames são substituídos por um close fechado no punhal. Já no 2º quadro, toda a imagem adquire uma tonalidade vermelha e o recurso de um ângulo mais fechado apenas sugere o sangue.

A literatura antropológica tem mostrado a dimensão de suporte de escrita social que o corpo adquire em algumas sociedades.”

NORONHA, 2013, p. 84. No mangá, evidentemente, a cena é idêntica à da direita.

qual a simbologia dos rituais que incluem cortes e escarificações no corpo dos iniciados em algumas sociedades ameríndias e mesmo em religiões de matrizes africanas como o candomblé ([n]esta última (…) a simbologia dos cortes (…) ou (…) kuras [grifo meu] (…) relaciona-se ao objetivo de ‘fechar’ o corpo do iaô, palavra yorubá, que denomina os filhos-de-santo já iniciados e que ainda não completaram o período de 7 anos de iniciação)” Qual a simbologia de circuncidar bebês de 7 DIAS??!?

como pensar os rituais de iniciação em nossa sociedade? (…) como os cortes praticados por alguns jovens (automutilações ligadas a distúrbios psicológicos) se diferenciam dos rituais iniciáticos e em que medida podem se relacionar com imagens primitivas esquecidas em nosso inconsciente coletivo do homem ‘civilizado’?

(…) tais questionamentos devem ser considerados por parte de uma pedagogia do imaginário que deseja se afastar de uma perspectiva etnocêntrica e de uma leitura apressada sobre as cenas que os mangás e animês veiculam. Antes de simplesmente categorizá-las no rol de imagens violentas que devem ser banidas do ‘universo infantil’, a escola precisa se perguntar quais imagens iniciáticas e quais matrizes culturais estão sendo reivindicadas.”

Figura 31 [p. 88]: Quadrinho do episódio 16 do mangá Naruto no qual Iruka [sic – trata-se do Kakashi Hatake!] sensei explica à personagem da Equipe 7 Sakura o trabalho de um ‘apagador de corpos’. Segundo Iruka, (SIC-2) os apagadores de corpos mascarados têm como função ‘se livrar completamente dos corpos dos ninjas sem deixar vestígios’. Isso se faz necessário porque os corpos dos ninjas guardam aprendizagens e segredos importantes sobre as vilas.”

Fragmento da figura supra – somente o quadrinho esquerdo.

PARA ALÉM DO MEME & DO MAL – VERSÃO BRASILEIRA, ÁLAMO: “Alexandre Pereira BARBOSA (2010) (…) destaca que, não obstante a ludicidade e o cômico se associarem em diferentes momentos nas zoeiras que os jovens empreendiam, ambos apresentam-se como uma dificuldade para o educador, uma vez que a zoeira ‘não pertence ao domínio da moral, não sendo, portanto, nem bo[a], nem m[á]. (…) gozações racistas e homofóbicas’’“formas de (…) impor o tempo livre”

Nunca vou esquecer quando meu professor de História (um tal “Tenente Galo”!) da sexta série (atual sétimo ano) confiscou meus 2 gibis dos X-Men por uma semana, por ler escondido debaixo da carteira durante a aula!

Ilka Mota (2010) (…) revelou que os livros didáticos [adotados nas escolas públicas paulistas] tendem a apagar os efeitos cômicos dos quadrinhos que ilustram os textos.”

Ao se debruçar sobre os mangás, cuidado para não amassá-los e criar orelhas nas páginas!

as instituições pedagógicas dos séculos XII ao XX (igrejas, escolas, instituições científicas, etc.) estruturaram um intenso controle pedagógico sobre verdades iconoclastas.”

Lendo a sinopse da tese de BARBOSA PEREIRA, lembrei instantaneamente do fenômeno tamagotchi (1996), que deixou a coordenação pedagógica da Escola Classe 106 Norte com as mãos puxando os cabelos sem saber o que fazer com os alunos diante de um aparelhinho inusitado que continha uma “vida em sprites” que não podia esperar para ser colocada para comer, brincar, dormir e tomar banho; em que cada aluno era o pai do seu bichinho, em que quase toda a sala tinha o seu bichinho, e em que o aparelho – sem uma “manha” que nem todos conheciam, aliás, poucas crianças conheciam – não podia sequer ser desligado, pausado ou resetado, i.e., aparelhinho barato, comprado em liquidações histéricas de feira, literalmente morreria, com o bichinho que representava, caso seu usuário – ou melhor dizendo “dono” ou “pai” – fosse negligente no seu cuidado. A propósito, vejo que o “bichinho” (bem simplesinho, uma espécie de Game Boy tijolão, só que do tamanho de uma calabresa, só um pouco mais grossa, como que a fatia final de um salame) ainda é vendido aos borbotões no MercadoLivre – os mais simples por R$25,00. Bem condizente com o preço na época, coisa de R$2 a R$5.

Durand opõe as ‘imagens enlatadas’ (…) às imagens literárias” Grosso modo, lavagem cerebral totalitária X consumo-criação de arte

observa-se um atraso de cerca de 70 a 80 anos da pedagogia dos sistemas de ensino europeus em relação às tecnologias, talvez um dos motivos pelos quais a difusão de informação icônica que as técnicas da imprensa, o vídeo, o cinema e a televisão(*) tenham criado um verdadeiro ‘boom’ da imagem no cotidiano que escapa totalmente ao controle pedagógico da família ou da escola.” O que veio primeiro, o ovo ou a galinha? A mídia criou o atraso pedagógico ou o atraso pedagógico deu azo à vanguarda da mídia? Não interessa, é indiferente saber. É indiferente perguntar binariamente.

(*) Trecho esdrúxulo – está faltando alguma coisa na frase.

Figura 32 [p. 92]: Quadrinho do capítulo 03 do mangá Naruto, Naruto – após tropeçar no pé de outro estudante da academia para iniciantes genins – beija acidentalmente o colega Sasuke. Na versão do anime exibida pelo Cartoon Network, essa cena foi suprimida por meio do artifício de paralisar a animação no frame anterior (neste frame é possível ver as garotas da sala de aula ‘em choque’ e ouvir o som do beijo).”

Óleo sobre tela. Versão em pintura da escultura clássica de Rodin, “O beijo” (1889). Brincadeirinha, pessoal.

A conclusão a que o antropólogo Marcos Vinicius Malheiros chegou foi a de que concepções de infâncias pautam tanto as regências das professoras quanto as das crianças, sendo que estas últimas costumam agir de acordo com as expectativas que a instituição escolar espera delas.

Segundo MALHEIROS (2012), isso pode ser confirmado em situações de sala nas quais as professoras, durante suas regências, esperavam que as crianças desenhassem de maneira ‘correta’ (não-rabiscado) e ‘corrigiam’ aqueles trabalhos que não correspondiam às expectativas do adulto (‘Volte que isso aqui não está bem pintado!’).”

Aqui, a engenhosidade das crianças é observada na forma como estas realizam um arranjo entre a lógica do cardgame (que, no caso do jogo inspirado no desenho animado yu-g-ioh, (sic) apresenta regras bem complexas) e a lógica de brincadeiras infantis que se prolongam no tempo como o ‘bafo’ e o ‘joqueipô’.” (NORONHA, 2008) Comigo eram as figurinhas (termo raiz para cards) dos jogadores do campeonato brasileiro ’99: quem não cuspia nas próprias mãos e as atritava para conseguir vantagem no jogo do bafo era um tolo! Aqui era o subterfúgio ideal para os menos favorecidos economicamente, pela malemolência e esperteza ‘extra-oficialmente reconhecida no bando’, surrupiar figurinhas compradas pelos ‘barões’ (o estereótipo do ‘riquinho da turma’).

Cabe, portanto, à pedagogia do psiquismo imaginante (DUBORGEL, 1995) favorecer a regência das crianças [o que raios é ‘regência’ em pedagogia?], de modo que estas possam superar a relação positivista com as imagens que lhes é (sic – são) ensinada[s] por meio dos inúmeros dispositivos (…)”

pregnância simbólica” Termos horrorosos…

No contexto dos estudos do imaginário, tal superação envolve necessariamente uma transmutação, uma mudança radical do status ontológico da situação do homem no mundo (VIERNE, 2000; CAMPBELL, 1993; ELIADE, 1986)” Isso é uma tese de pedagogia ou hermenêutica nietzschiana? Puta que pariu!

Cleyton (…) p.ex., ao falar de suas personagens, tinha necessidade de realizar todos os gestos, golpes e saltos, que ele imaginava particularizar Sukaru.” (Ver desenhos no final do post.)

Ao observarmos o próprio autor relatar sua personagem, notamos que a narrativa em si é menos importante do que a ação; todo o foco da aventura encontra-se no gestual e nas dificuldades que pouco a pouco vão sendo superadas. Por isso, o traço empregado por Clayton é ágil, quase um esboço sem cor, que busca retratar a virtuosidade da luta.”

Interessante notar o recurso da sombra bem marcada da personagem, o que pode ser interpretado como uma estratégia da criança de simbolizar a ambiguidade dessa que, embora pratique o bem e realize sua jornada contra o mal, revela-se impiedosa e sarcástica com seus inimigos” Dessa o quê?

CAPÍTULO 3 – LER MANGÁS A PARTIR DE UMA HERMENÊUTICA FIGURATIVA

Se Naruto é cheio de fillers, essa tese também é. E perde muito tempo com a “recapitulação do capítulo anterior”.

Também começa a falar de “iconoclastia cultural” como se eu fosse obrigado a saber a que conceito ela se refere sem qualquer indicação. Ódio a imagens? Protestantismo? De onde deriva? O mundo parece ter começado com Descartes para alguns pseudofilósofos… Minto: começou com Aristóteles.

Boaventura de Sousa Santos (1998) realiza uma reflexão (…) sobre a necessária transição de um conhecimento científico moderno caracterizado pela lógica matemática (…) para um novo modelo de ciência”

conceitos quentes” Começou a gororoba sociológica pseudointerdisciplinar…

Max Weber, inspirando-se em Nie., pôde formular o dinamismo do politeísmo dos valores no desenvolvimento das sociedades. O orgiasmo resume bem essa união do estático e da dinâmica; suas figurações eróticas integram, com efeito, a invariância dos instintos e a esfera dos afetos.” (MAFFESOLI, 2005)

Vimos, p.ex., que o tema da orfandade e a temática do herói estão presentes em praticamente todas as produções aqui analisadas. Identificaram-se, (sic) ainda (…) uma bricolagem de temas e imagens que remetem à simbologia própria de matrizes africanas.”

A análise dos desenhos aqui apresentados e de sua matriz figurativa mangá exige de nós um olhar que supere o modelo iconográfico escolar, que se guia pelos princípios saussurianos de arbitrariedade [mesmo?] (a arbitrariedade do signo não ocorre na imaginação)(*) e linearidade significante (não sendo de natureza linguística, o significante não se desenvolve em uma única dimensão).”

(*) Uma afirmação um tanto repentina e arbitrária! Acho que a autora está indevidamente considerando Saussure alguma espécie de pragmático da comunicação, última coisa que ele seria.

Durand nos dá um panorama de autores que se distanciaram do signo arbitrário e optaram por trabalhar com o símbolo arquetípico, [A coisa em si? Pois seria isso o que significa abandonar o axioma da arbitrariedade do signo!] mediador de oposições e elemento de uma linguagem simbólica universalizável.” Achei o culpado – é esse tal Durand, que eu já havia criticado anteriormente. Grande erro usar um universal de homem branco do séc. XX (me parece que ele é um discípulo de Jung), ainda mais considerando que essa é uma tese que buscou referências no campo da Antropologia. Enfim, um DESASTRE!

Na medida em que buscaram entender o símbolo em sua função de reunião de contrários, de equilíbrio, as obras de Kant, Cassirer, Jung, Eliade e, sobretudo, Bachelard foram chamadas de hermenêuticas instauradoras por Durand.”

um laborioso inventário classificatório dos dinamismos imaginários.” Parece que infelizmente tudo de arbitrário (he, he!) que Jung tiver dito vai poder justificar qualquer conclusão que a autora teça. Mas paremos de reclamar e sigamos, porque não teria fim…

Já de início é preciso explicar o que Durand entende por isomorfismo, a saber: uma potência fundamental dos símbolos de ligar os elementos inconciliáveis, as compartimentações sociais e as segregações dos períodos da história.” Ok, agora explique o que Durand entende por potência fundamental, símbolo (sim, porque cada autor tem seu símbolo de símbolo, ao que parece, não é?), elementos inconciliáveis (no junguismo!), etc.

O ruim dos pós-modernistas é achar que eles estão sendo os primeiros a “desconstruir” Descartes, entre outros autores…

E que merda é CONSTELAÇÃO para Jung (vou assumir que Durand é só uma voz para Jung neste âmbito)?

Suspenderei o juízo e fingirei que acredito que um arquétipo tem necessariamente de ser sempre uma e a mesma coisa para todos a fim de continuar a leitura.

Durand parte (…) de uma ‘concepção simbólica da imaginação, quer dizer, de uma concepção que postula o semantismo das imagens, o fato de elas não serem signos, mas sim conterem materialmente (grifo nosso [da autora, não meu]), de algum modo, os (sic) seu sentido’”

Veremos que os símbolos constelam porque são desenvolvidos de um mesmo tema arquetipal, porque são variações”

Nesse sentido, a imaginação não se confunde com a mera ilustração do real, pois ‘tomar a imagem como um símbolo significa remetê-la para uma anterioridade cronológica e ontológica, ou seja, afirmar que antes de tudo há imagens, que elas são o começo de todo o pensamento, de toda a vida espiritual humana.’ (Durand).”

GERADOR DE LERO-LERO: “Com efeito, vemos que o método de convergência simbólica, cuja dinâmica passa pelo isomorfismo semântico presente no símbolo polívoco, deve atentar também para a sua natureza estática e cinemática, pois, enquanto a dimensão arquetípica garante a estabilidade e a universalidade das representações imaginárias (aspecto estático), a dimensão sociocultural permite que os símbolos, enquanto variações culturais dos arquétipos, modifiquem-se culturalmente, sendo, portanto, sempre manifestações de uma intencionalidade sociocultural (aspecto cinemático).”

ponto nevrálgico”

discussão cara às ciências sociais” Cara porque custa tempo, espaço, energia e dinheiro que não dão nenhum retorno…

passagem profundamente elucidativa, na qual Gilbert Durand é bastante enfático em sua posição contra ‘essencialismos’ [o cara que acabou de dizer que o mundo nasce de imagens!!!] que possam vir a desembocar em análises etnocêntricas”

As imagens do mito, por isso, jamais podem ser uma representação direta do segredo total da espécie humana, mas apenas o protótipo de uma atitude, o reflexo de uma posição, uma postura de vida, uma maneira de jogar o jogo.” Campbell

reflexologia dethereviana” “teoria reflexológica do psicólogo russo Vladimir Betcherev E o que é que psicólogo entende de reflexo?

Empregaremos neste trabalho o termo original da língua inglesa schème [sic – com certeza ela quis dizer ‘língua francesa’!] para designarmos não apenas a forma ou a estrutura própria às dinâmicas das imagens (o que seria traduzido por esquema), mas um conceito antropológico que abrange a junção entre os gestos inconscientes da sensoriomotricidade e as dominantes reflexas que resulta[m] na figuração ou imagem.”

Recordemos que o termo schème foi utilizado de forma diferente por autores como Kant e Bergson.” Mas é claro! A filosofia kantiana parte de um princípio de honestidade, e não de um charlatão.

pulsões objetivas” “intimidações objetivas que emanam do meio cósmico”

Existe uma enorme diferença entre relativismo cultural e autocrítica da civilização europeia e pós-modernidade, o que muitos autores franceses da segunda metade do séc. XX têm a maior dificuldade em entender.

grandes arquétipos (substantificações dos schèmes).”

fator geral de equilibração”

3 schèmes que manifestam a energia biopsíquica”

Escola de Leningrado (Betcherev, Oufland, Oukhtomsky)”

despojando-se de sua pregnância simbólica, o símbolo tende a tornar-se um simples signo, tende a emigrar do semantismo para o semiologismo: o arquétipo da roda dá o simbolismo da cruz que, ele próprio, transforma-se no simples sinal da cruz utilizado na adição e na multiplicação, simples sigla ou simples algoritmo perdido entre os signos arbitrários dos alfabetos”

os símbolos isomórficos constelam” “estruturas esquizomórficas” “esquemas diairéticos e verticalizantes”

SOCORRO! ESSA TESE É RUIM DEMAIS!

levantar da cama = empunhar uma espada = verticalidade (zzzzz)

O problema é que a espada corta melhor na horizontal. Axioma de Snorlax.

…a eufemização da morte (toda morte é um renascimento!).”

Parece eu postando no meu blog há 13 anos…

Nesse regime [noturno], a figura masculina é paulatinamente (…) substituída por símbolos femininos (…) da deglutição, pois é preciso que a descida não se transforme em queda.” “negação da negação” Ah, por favor!

Veremos na 2ª parte deste trabalho, quando nos detivermos na análise da personagem do mangá Naruto…” É pra isso que eu vim! E não obstante estou na p. 117 (de 273) e nada ainda!

O herói Naruto, ao longo de sua jornada, recebe o chamado num cenário onde predomina a esquizomórfica heróica (ritos de entrada); desce, então, às entranhas da baleia (passa, portanto, por uma morte simbólica regida pelo simbolismo do redobramento, caro à dominante digestiva da estrutura mística) para, finalmente, renascer como o herói dramático.”

Existe vida após a morte acadêmica do mito?

DOUTORADO EM EDUCAÇÃO COM LICENÇA MULTIDISCIPLINAR PARA FALAR GROSELHA: “É como se (…) o processo de expansão progressiva do Universo, que ocorre há 13,7 bilhões de anos, chegasse a um ponto limite de afastamento, a partir do qual esse se desagregaria. Como um Big Rip (um grande rasgo), a dinâmica do distanciamento dos grupos de transformação pode levar os mitos ao esfriamento e à sua morte.”

Talvez se Lévi-Strauss fosse questionado sobre a literatura de quadrinhos japoneses e acerca da origem das histórias que envolvem estas raposas, pudesse identificar nesse gênero literário elementos daquilo que outrora se constituiu como mito.” Talvez.

Deveria ser cobrado um pedágio para utilizar a expressão “eterno retorno” em monografias.

Vemos, então, que, não obstante o mito desgaste-se, ele nunca desaparece” Se você diz, eu acredito…

Não existe o momento zero do mito, o início absoluto. Existem inflações e deflações.” Durand

É O QUÊ? “Durand utiliza o termo mitema como a menor unidade com sentido que compõe um mito. (…) dada à (sic) fragilidade dos cenários míticos dessas HQs, trabalharemos não os mitemas, mas os mitologemas, os quais designam uma organização de elementos, motivos ou temas mitológicos e que constituem unidades menos significativas e menos redundantes do que o mitema.[ambos os negritos são meus] Se o mitema é a menor unidade, como raios outro conceito pode ser ainda menos em qualidade? Abordagem completamente furada.

a história se limita a uma vasta ‘realização simbólica’ de aspirações arquetípicas frustradas.” (Durand) [itálico nosso]

Uma ‘jornada’ do devir imaginário seria de mais ou menos duas gerações de 36 anos cada, uma diurna, ‘idealista’, a outra ‘noturna’, ‘realista’, notadas pela utilização mais freqüente num e noutro caso recíproco do ‘tema da noite’ e do ‘tema do meio-dia’. É o mecanismo da frustração-imitação, constitutiva do recalcamento, que em última análise explicaria esta regularidade das fases imaginativas na história literária: de meia-geração em meia-geração um tema teria de passar do estádio de descompressão (défoulement) de uma frustração ao estágio de pressão pedagógica devidamente imitada pelo grupo social, e de se tornar assim opressivo por seu turno. A dialética das épocas históricas reduz-se assim ao duplo movimento, mais ou menos agravado pelos incidentes ocorrenciais, da passagem teórica de um regime de imagens a outro e da mudança prática, medida pela duração média da vida humana, de uma geração adulta a outra: uma pedagogia põe fora a outra, poder-se-ia dizer, e a duração de uma pedagogia apenas é limitada pela duração temporal da vida do pedagogo.” Durand, 2002

Lévi-Strauss, Mitológicas “L.-S. concluirá, a partir da leitura sincrônica e diacrônica das diferentes versões do mito sobre as esposas dos astros, que o porco-espinho representa a periodicidade sazonal no âmbito dessas populações [ameríndias], uma vez que a periodicidade de seus espinhos reproduz a dos grandes ciclos cósmicos”

Durand apresentado como aquilo que é: parasita que monta às costas de quem fez todo o trabalho: “não obstante o estruturalismo levistraussiano (sic) tenha apresentado valor heurístico para o próprio Durand pensar as transformações do mito, entendemos que apenas a hermenêutica durandiana tornará possível a análise simbólica dos mangás quanto aos aspectos míticos desse material literário.”

ME CONTEM!

vou (me) con(ten)tar (com) uma estória.

uma interpretação sobre o mito cosmogônico japonês de Amaterasu, a deusa xintoísta do sol que mergulhou em um mundo de trevas antes de dar a luz ao mundo.” Com certeza a autora não imaginava que Kishimoto usaria este conceito para ilustrar a queda de Sasuke nas trevas…

P. 126: Paupérrima análise sociológica do Japão, “segunda maior economia do mundo”! Duas páginas à frente quererá dar lições em Translation Studies!

Não é raro encontrar, tanto nos mangás e animês (…) como em outras representações artísticas japonesas, referências à divindade xintoísta da fertilidade Amaterasu, representada sob a forma de uma raposa branca.

Na cosmogonia japonesa, Amaterasu é apresentada como a filha mais velha dos deuses Izanagi e Izanami. Ela teria nascido tão radiante que seus pais enviaram-na para o céu, de onde ela projetava sua luz sobre a Terra. Suas roupas eram cobertas de joias e seu colar de luz formava a Via Láctea. Depois de ter aquecido o mundo com seus raios e criado as condições ideais para o desenvolvimento da vida, Amaterasu desceu à Terra. Ensinou os japoneses a cultivar o arroz e o trigo, bem como a criar o bicho-da-seda e a produzir tecidos com seus fios (WILKINSON, 2010).”

No mangá Naruto, porém, Amaterasu apenas nomeia uma técnica utilizada pelas personagens Sasuke e Itachi, ambas pertencentes ao clã uchiha. A técnica Amaterasu no mangá consiste na evocação de uma chama negra muito potente, capaz de queimar tudo o que se encontra ao alcance de seu executor.”

Cheio de notas de rodapé com promessas (“nos próximos capítulos…”): um bom estudo cheio de fillers para fazer jus ao anime!

Na versão do Nihonshoki, Susanoo é encarregado de governar Nonokuni, ou seja, o reino das profundezas. Trata-se de um personagem mítico extremamente complexo, muitas vezes identificado como o deus das tormentas, como herói nacional, como revoltoso político etc. Originariamente Susanoo é considerado uma divindade de humo e seu nascimento a partir de Izanagi, assim como Amaterasu, foi uma tentativa de inseri-lo no quadro da mitologia oficial. Existem inúmeras interpretações acerca da não obediência de Susanoo e de seu comportamento no restante da narrativa, sugerindo que esse mito é um paradigma para a superação de problemas na corte referentes à sucessão imperial.”

Amaterasu e Tsukuyomi governavam seus domínios, de acordo com os desígnios de Izanagi, mas Hayasusanoo no Mikoto não governava o reino a ele confiado, pranteando e lamentando profundamente até sua longa barba finalmente atingir a altura do peito. Este seu pranto foi tal que as verdejantes montanhas mirraram e todos os rios e mares secaram. Em todos os lugares ouvia-se o brado dos deuses malevolentes, abundantes como moscas, ocorrendo toda a sorte de calamidades. Então Izanagi dirigiu-se a Hayasusanoo no Mikoto e perguntou-lhe: ‘Por que não governas os domínios que vos confiei, mas somente pranteias?’, ao que Hayasusanoo responde: ‘Meu pranto é por desejar ir a Nenonatasukuni, a terra onde jaz minha mãe’; mas, ao ouvir tais palavras, o grande deus Izanagi disse, enfurecido: ‘Se é assim, já não mais habitarás esta terra (Nakatsukuni)’; e, com tais palavras, baniu-o dali. Este grande deus Izanagi encontra-se guardado em Tagaw em Azumi.

(…)

– Não oculto nenhuma outra intenção.

Após ouvir isso a deusa Amaterasu perguntou-lhe:

– Como poderei saber se tendes o coração puro?

Neste momento, Hayasusanoo respondeu:

– Vociferemos aos deuses e geremos filhos então.

(…)

Então, sob estas circunstâncias, ficaram com o rio Amenoyasu separando-os e, quando chegou o momento de vociferarem, Amaterasu pediu pela espada de deztsuka carregada por Takehayasusanoono (sic) Mikoto e, partindo-a em 3 pedaços, purificou-os chapinhando-os nas águas de Amenomanai, mastigou-os e, quando os expeliu na forma de uma fina névoa, veio à existência a divindade chamada Takiribimeno Mikoto, também chamada Okitsushimahimeno (…)

veio à existência a divindade conhecida como Masakatsuakatsukachihayahiarne-nooshohomimino Mikoto. (…)

– Estas 5 crianças recém-nascidas do sexo masculino foram geradas a partir de objetos (jóias) de minha propriedade. Portanto, são naturalmente meus filhos. As 3 crianças do sexo feminino, nascidas primeiro, foram geradas a partir de um objeto (a espada) de vossa propriedade. Portanto, naturalmente que são vossas filhas. (…)

– Meu coração é puro. Por esta razão gerei filhas graciosas. Desta forma, a vitória sem dúvida a mim pertence.

Assim, exultante com a vitória, destruiu os canteiros dos campos (arrozais) de Amaterasu, soterrou suas valas e, além disso, defecou na sala onde se ofertavam os primeiros frutos. (…)

– Aquilo, semelhante a fezes, deve ser o vômito de meu irmão, que estava embriagado.

(…)

Quando a deusa Amaterasu se encontrava na sala sagrada de tecelagem observando a tecedura das vestes divinas, Hayasusanoo abriu um buraco na porção central mais alta do forro da sala de tecedura divina e atirou um cavalo que fôra empalado a partir da cauda; as tecelãs divinas, ao verem-no, assustaram-se, bateram seus genitais contra a lançadeira e, assim, vieram a morrer.

Neste tempo, a deusa Amaterasu, receosa, abriu a entrada da gruta celeste e entrou (…) Por esta razão as trevas reinavam intermitentes. (…) as 800 miríades de deuses reuniram-se em assembléia divina nas margens do rio Ameno Yasu, pedindo à divindade Omoikane, filho de Takamimusubi, que refletisse acerca disso (…) procuraram pelo ferreiro Amatsumara, encarregaram Ishikoridomeno (sic) Mikoto de construir um espelho; Tamanoyano (sic) Mikoto de fazer uma jóia adornada com uma miríade de filamentos de contas de magatama; chamaram Amenokoyaneno (sic) Mikoto e Futotamano (sic) Mikoto, pedindo-lhes que removessem os ossos escapulares de um cervo macho do monte Ameno Kagu; apanharam a hahaka (árvore) do monte Ameno Kagu para iniciarem as adivinhações (…)

enquanto isso, Amenouzumeno (sic) Mikoto prendia as mangas de suas vestes com ramos da hikage celeste (…) esvaziou uma tina em frente à entrada da gruta celeste, pôs-se a retumbá-la com os pés, expôs seus seios e baixou suas vestes expondo seus genitais. Neste momento, Takamagahara ressoou efusivamente com a miríade de deuses gargalhando e rindo em uníssono. Amaterasu (…) abriu parcialmente a entrada de Ameno Iwayato e, de dentro, disse:

– Amenohara encontra-se em trevas, pois me escondi e, assim também, Ashiham-nonakatsukuni deve estar em completa escuridão; mas então, qual o motivo de Amenott-zume dançar e cantar e da miríade de deuses gargalharem e rirem em uníssono?

(…)

enquanto Amaterasu observava sua imagem refletida no espelho, Amenotajikaraono (sic) Kami, que se escondera, agarrou suas mãos e a puxou para fora. Imediatamente, Futodamano (sic) Mikoto estendeu a corda atrás dela e disse:

– Já não podeis retornar! (…)

Hayasusanoo pediu à deusa Ôgetsuhimem alimentos. Ela tirou diversas comidas de seu nariz, de sua boca e de seu ânus, preparando depois diversas iguarias, mas, quando as presenteou a Hayasusanoo, ele, ciente de todos os seus movimentos, achou que ela sujara a comida antes de lha oferecer, e a matou. Do corpo da deusa morta brotaram várias coisas: da cabeça cresceram bichos-de-seda, dos olhos, brotos de arroz; dos ouvidos, painços; do nariz, feijões; da genitália, trigo; e do ânus, soja. Então Kamimusuhino Mioyagarmino Mikoto apanhou-os todos, usando-os como sementes.” Redação melhorada por nós para fins estilísticos (e com “nós”, quero dizer “mim”!).

Conforme relatados nos livros Kojiki (Anais das coisas antigas), 712 d.C., e Nijonshoki (Crônicas do Japão), 720 d.C.” [todos os itálicos meus] Do Wikipédia: “O Kojiki (古事記), o documento mais antigo sobre a história do Japão não usava pronomes ou gêneros. Alguns livros, tais como o Hotsuma Tsutae, descreviam a divindade como homem.” Isso torna o relato anterior ainda mais interessante e transgressor!

A noção de que estrelas são a matéria-prima de espelhos não está equivocada – kudos aos japas!

Durand diz que a reiteração mítica significa que o mito em questão se tornou estéril, porém tudo o que ele faz é esterilizar todos os mitos ao enxergar todos como idênticos estruturalmente. E a “doutora” vai na onda… P. 138: incursão desnecessária pela mitologia grega.

O pensamento xintoísta ensina que é preciso celebrar a vida (por isso os deuses se divertem durante a festa orgiástica!)” Ó, sério?! Ainda bem que você explicou…

transcender a condição humana” blá, blá, blá…

Aposto que tudo isso era só pra encher lingüiça e deixar as duas partes simétricas!

PARTE II

DO MITO: O MANGÁ NARUTO COMO UMA LEITURA INICIÁTICA

P. 140: “Imagem do volume 01 do mangá Naruto no qual a kitsune de 9 caudas luta contra os quatro hokages (…) da Vila da Folha.” É complicado quando você não estuda nem o BÁSICO do seu tema de doutorado! Neste caso em especial: ler o mangá com um MÍNIMO de atenção – porra! Qualquer das crianças entrevistadas pela pesquisadora dar-lhe-ia uma aula sobre o enredo de Naruto…

Na Parte II, iremos investigar se o enredo do mangá Naruto pode ser entendido como uma leitura iniciática que remonta à tradição oral e iconográfica japonesa.” Vamos fingir que a autora ainda não sabe a resposta, e que não sabe que é “sim”, com todas as suas inevitáveis ressalvas para agradar a banca…

NAÏVETÉ BRUTE: “Tendo como base a idéia de que o cenário iniciático comporta a passagem pelos (sic) 3 atitudes do imaginário, o capítulo (sic) propõe a seguinte discussão: em que medida o mangá Naruto (…) atualiza a crença intuitiva de que o homem não está fadado à aniquilação, mas pode ultrapassar a sua condição e erguer-se contra o tempo?

Da maneira como é formulada a pergunta, dá-nos a impressão de que qualquer Bambuluá é um mito durandiano, ou seja, basta com que “o Édipo não se cegue”… Cof, cof… Em outros termos, o que esse charlatão chamado Durand propõe é que um mito só é um mito quando ele não é mais um mito, i.e., quando ele se historiciza… Poucas vezes na vida lerei algo tão desastrosamente autocontraditório!

CAPÍTULO 4 – SOBRE MENINOS E RAPOSAS

Constantemente retomada ao longo dos capítulos do mangá, a trama introdutória informa ao leitor…” Filler = mito! TÃ-DÃ…

Nesta pesquisa, delimitamos nosso escopo de análise à 1ª temporada do mangá Naruto, o que compreende os primeiros 35 episódios da série.” Ou seja: a menos de 5% da história…

Trata-se de um período que retrata a fase pré-adolescente das personagens (…) o enredo gira em torno do cotidiano de provas da Equipe Sete (formada pelos estudantes Naruto, Sasuke e Sakura) e da temática do trabalho em equipe.

A 2ª temporada (SIC) do mangá, por sua vez, terá como título Naruto Shippuuden¹ (SIC) e as personagens serão jovens (…) (…agora … com seus 16 anos) (…) cumprir as provas ninjas individualmente. (…) não obstante a mudança de idade (…) permanece o tema iniciático da superação de desafios.

¹ Os episódios de Naruto Shippuuden (SIC) tratam das missões que Naruto e seus colegas devem cumprir antes de passarem para o 2º nível ninja, o nível chuunnin.(*)”

(*) Se essa tese fosse impressa eu a teria rasgado nesse exato momento!

De onde essa mulher tirou esses erros boçais? Me deu até uma dor no iniCIÁTICO aqui, rapaz… A imbecil da mulher transformou o Shippuden (é só 1 “u”, é fácil de verificar no google a grafia!) num dos arcos do Naruto clássico. Quão preparada estava a banca para avaliar a total invalidez desse trabalho?

P. 145: tabela PORCA

De que cor é a raposa branca de Napoleão?

Através da análise etimológica do sufixo –posa podemos determinar a origem do termo como uma espécie de demonização da mulher oriental (esposa).

Um maior número de caudas indica uma raposa mais velha e mais poderosa, por isso, (sic) quando uma kitsune recebe sua nona cauda, ela adquire sabedoria infinita, sua pele torna-se prateada ou dourada e ela passa a ser denominada kyuubi.” Que PENA que nada disso tem qualquer relação com Naruto!

a arte japonesa teria herdado da China muitos de seus motivos simbólicos, como a representação de certas plantas e animais como pares fixos, tais como o tigre e o bambu, o rouxinol japonês e a ameixa, e as aves galináceas. (…) Sendo a forma mais comum de transformação aquela das raposas em mulheres com a finalidade de seduzir os homens [finalmente a compreensão teórica do jutsu sexy!] e depois abandoná-los, e a capacidade desse animal de se transformar em objetos inanimados, como chaleiras.” Na história da concepção de Yusuke Urameshi há uma curiosa inversão (mãe humana, feiticeira, ‘esotérica’, pai youkai).

o mangá Pokémon, que também apresenta 2 personagens kitsunes: Vulpix (raposa de 6 caudas) e Ninetales (raposa de 9 caudas)” HAHAHA!

a série Digimon Tamers, que traz a personagem Kyuubimon, ser que tem a aparência de uma raposa amarela de 9 caudas, com uma juba branca e chamas azuis” … Nossa… Legal…

e o mangá xxxHolic, cuja kitsune ora se apresenta sob a forma de uma serpentina peluda e branca, ora com a aparência da kyuubi tradicional, que protege o protagonista da história, o garoto Kimihiro Watanuki.” Tem certeza que esse mangá (qual mesmo?) é mais popular que Yu Yu Hakusho? Hm, faça sua pesquisa direito na próxima oportunidade!

No cinema (…) a referência mais conhecida é o conto A raposa, do filme Sonhos, do cineasta e pintor japonês Akira Kurosawa.”

Segundo Karen Smyers (1999) nenhum ponto de vista sobre a figura da raposa (…) pode ser apontado como (…) correto (…) Talvez por isso (…) não haja um consenso a respeito do verdadeiro significado da palavra kitsune

P. 149: um estranho shifting para o lado zoofílico da coisa!

Com efeito, os habitantes do Japão esposam simultaneamente as duas crenças principais: o xintoísmo (religião autóctone do Japão) e o budismo, que coexistiram e se influenciaram mutuamente nos últimos 1500 anos.”

Não quer mudar de assunto e abordar o Tails de Sonic The Hedgehog no lugar?!

Observa-se que esculturas de divindades religiosas no Japão são excepcionalmente ricas em (…) [retratar a] união entre seres humanos e animais.”

A associação com a divindade da fertilidade e o rompimento com sua ‘condição humana’ justificariam a imagem das raposas como figuras de machos dom-juans ou de fêmeas provocadoras”

Debruçar-emo-nos”

A pobreza de ambas as ‘versões míticas’ (ausência de mitemas e conteúdos simbólicos) não nos permite avançar na análise propriamente mitocrítica da narrativa canônica, capaz de nos revelar a questão ontológica por detrás da disputa entre homens e raposas.” Rompante de sinceridade.

Nessa versão [dos mitos Bororo], aparecem uns urubus que comem as nádegas do herói, o que nos faz pensar, evidentemente, no fígado de Prometeu”

Não se pode lograr uma raposa.

apresentaremos a seguir uma leitura simbólica da HQ norte-americana Sandman, os Caçadores de Sonhos, de Neil Gaiman (2001)

Assim como (…) mestres mangakás foram influenciados pela estética e narrativa ocidental, a produção imagética ocidental também foi profundamente impactada pela (…) japonesa. Prova disso é a presença da figura da raposa e de muitos elementos oriundos da arte figurativa japonesa” E só tem raposa na Ásia, caralho?!

Na ocasião do 10º aniversário da série Sandman, Neil Gaiman publicou o livro em prosa Caçadores de Sonhos, ilustrado pelo japonês Yoshitaka Amano.” [primeiro itálico meu]

Sandman (…) conta a história do amor impossível entre uma raposa e um monge budista.”

Por favor, autora: aprenda a escrever TRICKSTER!

A trama se passa em um Japão antigo e fantástico, onde criaturas mitológicas andavam sobre a terra, nadavam pelo mar e cruzavam o ar, animais falavam e sonhos podiam ser devorados por estranhas criaturas. Nessa mesma época, animais e humanos tinham algumas habilidades em comum, como a capacidade de falar e andar sobre duas pernas.” “Morpheus, o Senhor dos Sonhos, interfere na paixão proibida” “Morpheus (…) [é] uma enorme raposa negra.”

a raposa (…) investe sobre ele, furando seus olhos a mordidas”

O peixe é símbolo do continente redobrado [recipiente e conteúdo] (…) <‘encaixado’ (gigone) por excelência, desde o minúsculo até o enorme(…)> DURAND” [itálico meu]

diante da eminente morte”

a tradição oral japonesa relaciona o aparecimento da lua à possibilidade de a raposa gerenciar sua forma e transformar-se em mulher” Hmmm… Um pouco de desvios, mas aí temos o Pesadelo Infinito e a ardilosa Kagura…

Qualidade deprimente dos scans da HQ na tese…

Na cultura japonesa, quando um ator Kyogen (conhecido como teatro tradicional e cômico) realiza a transição de aprendiz a mestre, ele o faz no papel da raposa. Por isso, no entendimento de Smyers (1999), o povo japonês de uma forma talvez inconsciente [você acha???], tem na raposa o símbolo cultura da ambiguidade e da transição.”

Agora trataremos de analisar o modo como a figura hermesiana da raposa trikster [SIC – ESCREVEU TRICKSTER ERRADO UMAS 300X NA TESE] se relaciona à temática do menino-herói-órfão do mangá Naruto.” – página 175/273…

Naruto é um herói que se assemelha, em muitos aspectos, à figura de Kintaro. Herói cultuado na cultura japonesa, o menino de ouro das histórias infantis japonesas está presente em livros infantis, estátuas, santuários, bonecos. Em datas comemorativas japonesas, que equivaleriam ao nosso dia de Cosme e Damião ou ao dia das crianças, balas com a figura de Kintaro são distribuídas às crianças japonesas ‘para que os meninos possam se tornar fortes e valentes como Kintaro’.”

Nossa, mas que comparação estruturalista à americana chamar uma festividade japonesa de Cosme e Damião, hu hu hu!

A autora parece ter lido o que quis durante a tese – um livro de Durand, Sandman, “Histórias Preferidas das Crianças Japonesas” (JBC), entre outros gibizinhos e livrinhos provavelmente pertencentes aos filhos e… infelizmente não leu Naruto! Meu problema não é com teses mal-fundamentadas – é com a total ausência de um fundamento num suposto trabalho de doutoramento em E D U C A Ç Ã O!

Kintaro é uma espécie de ‘Mogli, o menino lobo’, pois (…) quando era bebê, foi raptado por um urso” “Ao contrário de outros meninos, Kintaro, que cresceu sozinho nas montanhas selvagens, fez amizade com todos os animais e aprendeu a se comunicar com eles.” Ecce Gon

com 8 anos de idade foi capaz de cortar as árvores tão rapidamente quanto os lenhadores e, por isso, recebeu de sua mãe um grande machado.”

CAPÍTULO 5 – AS AVENTURAS DO MENINO RAPOSA: PROCESSOS INICIÁTICOS NA NARRATIVA DO MANGÁ NARUTO

5.1 – As provas iniciáticas de Naruto” P. 196 e ATÉ AGORA N A D A!

No mangá, a orfandade das personagens Naruto, Iruka, Sasuke e Inari expressam o tema do exílio infantil”

Campbell (1993) nos lembra que o herói, enquanto permanece na condição de criança, tem de enfrentar um longo período de obscuridade, que corresponde a uma época de perigo, de impedimento ou desgraça extrema.”

As histórias de Naruto se passam no ambiente escolar, a maior parte do tempo”

Onde, no primeiro volume? HAHAHAHA!

Muitos dos episódios da saga Naruto são, efetivamente, provas iniciáticas” Com efeito, Jiraiya, Sarutobi e Orochimaru, idosos, não fazem nada senão iniciar… Cof, cof…

professor Iruka Sansei”

SEnsei não é sobrenome, ô burra!

Detalhe do mangá no qual o primeiro hokage da Vila da Folha presencia uma conversa entre seu neto, Inari,(*) e Naruto.”

ERROOOOOOOOOOOOOOOOOU

(*) Konohamaru – Inari é o neto de Tazuna, o construtor da Grande Ponte Naruto…

E na tradução da tirinha, anCiosamente… Cof, cof… No meu tempo eu não tinha que me deparar com erros maiores que os “L” do Cebolinha…

interrompe a sua vida escolar quase normal e descobre sua origem e seu destino: conter a raposa-demônio e ser filho de Minato Namikaze, o quarto Hokage”

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃAÃÃÃÃÃÃÃÃO, VÉI! INACREDITÁVEL! Se essa tese fosse um exame genin, essa mulher não teria conseguido criar meio clone das sombras, hahaha!

Segundo o mangá, a palavra Hokage é formada pela junção das palavras ‘fogo’ e ‘silhueta’ e denomina o título dado ao líder da vila, o melhor e mais sábio ninja da Vila da Folha.”

Naruto só terá acesso a sua história e a história da vila quando for reprovado no exame final da Academia”

MIL ANOS DE MORTE, CHARLATÃ! Acertou com uma margem de erro de uns 500 episódios…

guiso” Guizo – ou você está com tanta fome que só pensa na comida?

Sasuke, assim como o mestre Kakashi, pertence ao clã UCHIHA”

CONSEGUIU INVERTER COM PERFEIÇÃO O ENREDO – BATO PALMAS PELA FAÇANHA SEM PRECEDENTES! “Tendo a história do pai como exemplo, Kakashi tenta conduzir a sua vida rigorosamente pelo código de ninja. Torna-se um jovem professor muito severo, seguindo todas as regras ao pé da letra, ao mesmo tempo em que demonstra apatia em relação aos outros ninjas.” “opta por salvar seu amigo Obito: Mas não obtém sucesso: seu amigo morre e ele termina com o olho esquerdo gravemente ferido. Embora o desfecho da história tenha sido trágica, a morte de Obito operará um enorme impacto sobre a personalidade de Kakashi, tornando-o mais alegre e mais próximo dos seus companheiros de equipe e estudantes.” “A máscara simboliza a tragédia na vida da personagem (a perda do amigo e a cegueira de um olho).”

HAHAHAHAHAHA! Explique-me por que ele usava máscara antes de qualquer tragédia e por que ele estaria cego se pode ver mais do que com um olho comum…

NÃO VIAJA, DATTEBAYO! “A imagem do umbigo, um redemoinho no qual o monstro feminino gulliverizado(*) aguarda silencioso, remete-nos ao caráter iniciático da descida ao centro da grande mãe ctônica.”

(*) Seria bom explicar ao leitor da sua tese o que entende por GULLIVERIZADO, que tal?

— fim do tratamento pseudoacadêmico nefasto — fique com meus anexos para não abandonar este post traumatizado(a)!

ANEXO I – POEMA, COSMO .17

Depressa,

Faz preces aos deuses!

Exclama que queres ver tudo destruído,

Em dilúvio,

Perpétua sombra chamejante.

Quantos andares tem sua casa, cavalheiro?

Cavaleiro.

Quantos casados possui seu condomínio de 12

Escassas casas gregas,

Meu coveiro?

Coluna de fumaça,

Colunas de galáxias,

Quasares

Insignificantes

Diante

Dos milionésimos de pós

de meus soco-estrelas

ANEXO II – BÔNUS PICTÓRICO: OS MANGÁS DE AUTORES INFANTIS

Trechos de mangás feitos por alguns dos estudantes citados na APRESENTAÇÃO por NORONHA:

Érika, A procura da princesa desaparecida

Ana Carolina, Mary, a Surpresa Estranha

CONFERÊNCIAS INTRODUTÓRIAS SOBRE PSICANÁLISE & NOVAS CONFERÊNCIAS INTRODUTÓRIAS SOBRE PSICANÁLISE

-Vorlesungen zur Einführung in die Psychoanalyse-

P. 2548 das Obras Completas em Português (no volume XV)

Em verde: trechos execráveis.

Esta obra teve uma circulação maior do que qualquer outra obra de Freud, com exceção, talvez, de The Psychopathology of Everyday Life. Também se distingue pela quantidade de erros de impressão nela existentes. Como ficou assinalado acima, quarenta foram corrigidos na segunda edição; porém havia ainda muitos mais, e pode ser observado um número considerável de pequenas variações no texto das diversas edições. A presente tradução inglesa segue o texto dos Gesammelte Werke, que é, de fato, idêntico ao texto dos Gesammelte Schriften; e somente foram registradas as discordâncias mais importantes das primeiras versões.”

As conferências publicadas neste livro foram proferidas por Freud em dois períodos de inverno sucessivos, durante a Primeira Guerra Mundial: 1915-16 e 1916-17.”

Em seu prefácio às New Introductory Lectures, há pouco citado, Freud nos refere que a primeira metade da série atual, a série inicial, ‘foi improvisada e escrita logo depois’, e que ‘esboços da segunda metade foram feitos durante as férias do verão intermediário, em Salzburg, e passados para o papel, palavra por palavra, no inverno seguinte’ [mentiroso]. Acrescenta que, naquela época, ‘ainda possuía o dom de uma memória fotográfica’, pois, por mais cuidadosamente que suas conferências pudessem ter sido preparadas, na realidade, invariavelmente, as proferia de improviso, e geralmente sem anotações. Existe concordância geral no tocante à sua técnica de dar conferências: que ele nunca era retórico [nada mais diferente do que estão prestes a ler…] e que seu tom era sempre o de uma conversação tranqüila e mesmo íntima. Contudo, não se deve supor, por isso, que houvesse algo de desleixo ou desordem nessas conferências. Elas quase sempre tinham uma forma definida – início, meio e fim – e podiam, freqüentemente, dar ao ouvinte a impressão de possuírem uma unidade estética.”

Freud se socorreu evidentemente das conferências como método de expor suas opiniões, mas apenas sob uma condição particular: ele devia estar em vívido contato com seu auditório real ou suposto. Os leitores do presente volume descobrirão como é constante Freud manter esse contato – quão regularmente ele coloca objeções na boca de seus ouvintes, e quão freqüentemente existem debates imaginários entre ele e seus ouvintes. [pois isso é que é ser ultra-retórico, e extremamente enfadonho!] Na verdade, ele estendia esse método de formular suas exposições a alguns de seus trabalhos que absolutamente não são conferências: a totalidade de The Question of Lay Analysis (1926e) e a maior parte d’O Futuro de uma Ilusão (1927c) tomaram a forma de diálogos entre o autor e um ouvinte que faz críticas.” E ‘o futuro de uma ilusão’ é talvez o livro mais chato de F. que eu já lera depois deste aqui…

As Conferências Introdutórias podem ser verdadeiramente consideradas como um inventário das conceituações de Freud e da posição da psicanálise na época da Primeira Guerra Mundial. As dissidências de Adler e Jung já eram história passada, o conceito de narcisismo já tinha alguns anos de vida, [isso não impede o recalque de F. de sempre citá-los pejorativamente durante as conferências] o caso clínico do ‘Wolf Man’, que marcou época, tinha sido escrito (com exceção de 2 passagens) um ano antes do começo das conferências, embora não fosse publicado senão mais tarde. E, também, a grande série de artigos ‘metapsicológicos’ sobre a teoria fundamental tinha sido ultimada alguns meses antes, ainda que apenas 3 deles tivessem sido publicados. (Mais 2 deles surgiram logo após as conferências, porém os 7 restantes desapareceram sem deixar vestígio.)”

Em nenhuma outra parte fornece tão claro resumo da formação dos sonhos como nas últimas páginas da Conferência XIV. Sobre as perversões, não há comentários mais inteligíveis do que aqueles encontrados nas Conferências XX e XXI.”

* * *

PRIMEIRA CONFERÊNCIA

Da maneira como estão as coisas, no momento, tal escolha de profissão arruinaria qualquer possibilidade de obter sucesso em uma universidade, e, se começou na vida como médico clínico, iria encontrar-se numa sociedade que não compreenderia seus esforços, que o veria com desconfiança e hostilidade e que despejaria sobre ele todos os maus espíritos que estão à espreita dentro dessa mesma sociedade.” Citando seu ex-discípulo favorito Jung?

CIGANO SEDUTOR! “Na própria psiquiatria, a demonstração de pacientes, com suas expressões faciais alteradas, com seu modo de falar e seu comportamento, propicia aos senhores numerosas observações que lhes deixam profunda impressão. Assim, um professor de curso médico desempenha em elevado grau o papel de guia e intérprete que os acompanha através de um museu, enquanto os senhores conseguem um contato direto com os objetos exibidos e se sentem convencidos da existência dos novos fatos mediante a própria percepção de cada um.”

A CAIXA PRETA DA PSEUDANÁLISE: “A conversação em que consiste o tratamento psicanalítico não admite ouvinte algum; não pode ser demonstrada. Um paciente neurastênico ou histérico pode, naturalmente, como qualquer outro, ser apresentado a estudantes em uma conferência psiquiátrica. Ele fará uma descrição de suas queixas e de seus sintomas, porém apenas isso. As informações que uma análise requer serão dadas pelo paciente somente com a condição de que ele tenha uma ligação emocional especial com seu médico; ele silenciaria tão logo observasse uma só testemunha que ele percebesse estar alheia a essa relação. Isso porque essas informações dizem respeito àquilo que é mais íntimo em sua vida mental, a tudo aquilo que, como pessoa socialmente independente, deve ocultar de outras pessoas, e, ademais, a tudo o que, como personalidade homogênea, não admite para si próprio.”

O resultado da pesquisa sem dúvida lhes traria uma confirmação, no caso de Alexandre; no entanto, provavelmente seria diferente quando se tratasse de personagens como Moisés ou Nemrod.”

CONVENIENTEMENTE, FAÇAM O QUE EU DIGO, MAS ESQUEÇAM TUDO QUE EU FIZ: “Mas os senhores têm o direito de fazer outra pergunta. Se não há verificação objetiva da psicanálise nem possibilidade de demonstrá-la, como pode absolutamente alguém aprender psicanálise e convencer-se da veracidade de suas afirmações? É verdade que a psicanálise não pode ser aprendida facilmente, e que não são muitas as pessoas que a tenham aprendido corretamente. Naturalmente, porém, existe um método¹ que se pode seguir, apesar de tudo. Aprende-se psicanálise em si mesmo, estudando-se a própria personalidade. Isso não é exatamente a mesma coisa que a chamada auto-observação, porém pode, se necessário, estar nela subentendido. Existe grande quantidade de fenômenos mentais, muito comuns e amplamente conhecidos, que, após conseguido um pouco de conhecimento da técnica,¹ podem se tornar objeto de análise na própria pessoa. Dessa forma, adquire-se o desejado sentimento de convicção da realidade dos processos descritos pela análise e da correção dos pontos de vista da mesma.¹ Não obstante, há limites definidos ao progresso por meio desse método. A pessoa progride muito mais se ela própria é analisada por um analista experiente e vivencia os efeitos da análise em seu próprio eu (self),² fazendo uso da oportunidade de assimilar de seu analista a técnica mais sutil do processo. Esse excelente método é, naturalmente, aplicável apenas a uma única pessoa³ e jamais a todo um auditório de estudantes reunidos.”

¹ Sempre palavras vazias, que nunca são fundamentadas em toda sua obra.

² O monopólio de saber do especialista – BAM!

³ Veja como toma-se o cuidado de aumentar ao máximo a quantidade e gravidade das restrições para aquisição do “grande método ou técnica infalível e bastante seleta”!

A educação que receberam previamente deu uma direção particular ao pensar dos senhores que conduz para longe da psicanálise. Foram formados para encontrar uma base anatômica para as funções do organismo e suas doenças, [fala aqui dele mesmo] a fim de explicá-las química e fisicamente e encará-las do ponto de vista biológico. Nenhuma parte do interesse dos senhores, contudo, tem sido dirigida para a vida psíquica, onde, afinal, a realização desse organismo maravilhosamente complexo atinge seu ápice. Por essa razão, as formas psicológicas de pensamento têm permanecido estranhas aos senhores. Cresceram acostumados a encará-las com suspeita, a negar-lhes a qualidade científica, a abandoná-las em poder de leigos, poetas, filósofos naturalistas e místicos.”

NÃO É PORQUE A PSICANÁLISE É UMA FRAUDE QUE A PSIQUIATRIA DINÂMICA, SUA ARQUI-INIMIGA, TAMBÉM NÃO SERIA! “É verdade que a psiquiatria, como parte da medicina, se empenha em descrever os distúrbios mentais que observa, e em agrupá-los em entidades clínicas; porém, em momentos favoráveis os próprios psiquiatras duvidam de que suas hipóteses puramente descritivas mereçam o nome de ciência. Nada se conhece da origem, do mecanismo ou das mútuas relações dos sintomas dos quais se compõem essas entidades clínicas; ou não há alterações observáveis, no órgão anatômico da mente, que correspondam a esses sintomas, ou há alterações nada esclarecedoras a respeito deles.”

EM OUTROS TERMOS, VIVA A PSICOLOGIA!, MAS NÃO NECESSARIAMENTE A MINHA PSICOLOGIA: “Essa é a lacuna que a psicanálise procura preencher. Procura dar à psiquiatria a base psicológica de que esta carece. Espera descobrir o terreno comum em cuja base se torne compreensível a conseqüência do distúrbio físico e mental.”

A primeira dessas assertivas impopulares feitas pela psicanálise declara que os processos mentais são, em si mesmos, inconscientes e que de toda a vida mental apenas determinados atos e partes isoladas são conscientes.”

Essa segunda tese, que a psicanálise apresenta como uma de suas descobertas, é uma afirmação no sentido de que os impulsos instintuais que apenas podem ser descritos como sexuais, tanto no sentido estrito como no sentido mais amplo do termo, desempenham na causação das doenças nervosas e mentais um papel extremamente importante e nunca, até o momento, reconhecido.”

A sociedade acredita não existir maior ameaça que se possa levantar contra sua civilização do que a possibilidade de os instintos sexuais serem liberados e retornarem às suas finalidades originais.”

Mas não se preocupem: isto que lhes ensino não detonará a vossa boa sociedade pelos ares! É como se dissesse…

SEGUNDA CONFERÊNCIA

Escolhamos como tema determinados fenômenos muito comuns e muito conhecidos, os quais, porém, têm sido muito pouco examinados e, de vez que podem ser observados em qualquer pessoa sadia, nada têm a ver com doenças. São o que se conhece como ‘parapraxias’, às quais todos estão sujeitos.”

nenhum pardal cai do telhado sem a vontade de Deus.”

Descobrimos que as parapraxias desse tipo e o esquecimento dessa espécie ocorrem em pessoas que não estão fatigadas ou distraídas ou excitadas, mas que estão, sob todos os aspectos, em seu estado normal – a menos que decidamos atribuir ex post facto às pessoas em questão, puramente por conta de suas parapraxias, uma excitação que, entretanto, elas mesmas não comportam.”

Um teimoso erro de impressão dessa espécie, segundo se conta, certa vez esgueirou-se para dentro de um jornal social-democrata. A notícia que dava de uma cerimônia incluía as palavras: ‘Entre os que estavam presentes, podia-se notar Sua Alteza o Kornprinz.’ No dia seguinte, fez-se uma tentativa de correção. O jornal pedia desculpas e dizia: ‘Devíamos, naturalmente, ter dito <o Knorprinz>.’ Em tais casos, as pessoas falam de um ‘demônio dos erros de impressão’ ou um ‘demônio da composição tipográfica’ – expressões que, pelo menos, vão além de qualquer teoria psicofisiológica dos erros de impressão.”

Tinha sido confiado a um estreante dos palcos o importante papel, em Die Jungfrau von Orleans (Schiller), do mensageiro que anuncia ao rei de ‘der Connétable schickt sein Schwert zurück [o Condestável devolve sua espada]’. Um primeiro ator divertia-se, durante os ensaios, com induzir repetidamente o nervoso jovem a dizer, em vez das palavras do texto: ‘der Komfortabel schickt sein Pferd zurück [o cocheiro devolve seu cavalo]’. Conseguiu seu intento: o desventurado principiante realmente fez sua estréia na representação com a versão corrompida, apesar de haver sido admoestado de não fazê-lo, ou, talvez, porque tenha sido admoestado.” Scharr spieler, Schauspieler

Dois escritores, Meringer e Mayer (um, filólogo, o outro, psiquiatra), de fato tentaram, em 1895, atacar o problema das parapraxias por esse ângulo. Coligiram exemplos e começaram por abordá-los de maneira puramente descritiva. Isso, naturalmente, até aqui não oferece nenhuma explicação, embora possa preparar o caminho para alguma. Distinguem os diversos tipos de distorções que o lapso impõe ao discurso pretendido, como ‘transposições’, ‘pré-sonâncias (antecipações)’, ‘pós-sonâncias (perseverações)’, ‘fusões (contaminações)’ e ‘substituições’. Eu lhes darei alguns exemplos desses principais grupos propostos pelos autores. Um exemplo de transposição seria dizer ‘a Milo de Vênus’ em vez de ‘a Vênus de Milo’ (transposição da ordem das palavras); um exemplo de pré-sonância seria: ‘es war mir auf der Schwest… auf der Brust so schwer’; e uma pós-sonância seria exemplificada pelo conhecido brinde que saiu errado: ‘Ich fordere Sie auf, auf das Wohl unseres Chefs aufzustossen’ (em vez de ‘anzustossen’). Essas três formas de lapso de língua não são propriamente comuns. Os senhores encontrarão exemplos muito mais numerosos, nos quais o lapso resulta de contração ou fusão. Assim, por exemplo, um cavalheiro dirige-se a uma senhora na rua com as seguintes palavras: ‘Se me permite, senhora, gostaria de a begleit-digen.’ A palavra composta que se juntou a ‘begleiten [acompanhar]’ evidentemente escondeu em si ‘beleidigen [insultar]’.”

A explicação em que esses autores tentaram basear sua coleção de exemplos, é especialmente inadequada. Acreditam que os sons e as sílabas de uma palavra têm uma ‘valência’ determinada, e que a inervação de um elemento de alta valência pode exercer uma influência perturbadora em outro de menor valência. Com isso, estão evidentemente se baseando nos raros casos de pré-sonância e pós-sonância; essas preferências de uns sons a outros (se é que de fato existem) podem não ter absolutamente qualquer relação com outros casos de lapsos de língua. Afinal, os lapsos de língua mais comuns ocorrem quando, em vez de dizermos uma palavra, dizemos uma outra muito semelhante; e essa semelhança é, para muitos, explicação suficiente de tais lapsos. Por exemplo, um professor declarou em sua aula inaugural: ‘Não estou geneigt [inclinado] (em vez de geeignet [qualificado]) a valorizar os serviços de meu mui estimado predecessor.’ Ou então, outro professor observava: ‘No caso dos órgãos genitais femininos, apesar de muitas Versuchungen [tentações] – me desculpem, Versuche [tentativas] ….’”

Um presidente da câmara dos deputados de nosso parlamento certa vez abriu a sessão com as palavras: ‘Senhores, observo que está presente a totalidade dos membros, e por isso declaro a sessão encerrada.’” “O presidente não esperava nada de bom da sessão e ficaria satisfeito se pudesse dar-lhe um fim imediato.” Suposição vazia.

E não seria de surpreender se tivéssemos mais a aprender sobre lapsos de língua com escritores criativos, do que com filólogos e psiquiatras.”

Lento, muito lento…

TERCEIRA CONFERÊNCIA

E talvez pudéssemos encontrar uma saída acompanhando o filósofo[-psicólogo] Wundt, quando diz que os lapsos de língua surgem se, em conseqüência de exaustão física, a tendência a associar prevalece sobre aquilo que a pessoa tenciona dizer.” Poeta cansado.

Empilha vários exemplos anônimos, provavelmente falsos (além de chulos).

Essa opinião, porém, não é sustentada apenas por nós, psicanalistas; é opinião geral, aceita por todos em sua vida diária e negada somente quando se torna teoria.”

Os senhores não terão dúvida em achar inacreditável que nós próprios podemos desempenhar um papel intencional em coisa tão freqüente como o é o doloroso acidente de perder algo.”

QUARTA CONFERÊNCIA

EXEMPLO DE RETÓRICA VAZIA: “prova da existência de determinado propósito não é argumento contra a existência de um propósito oposto; há lugar para ambos. É apenas uma questão de saber como se colocam esses contrários”

QUINTA CONFERÊNCIA

Não me levem a mal: ainda acho que a ‘onirologia’ freudiana é sua melhor parte, a ponta de iceberg ainda não submergida no nonsense escolástico atual. No entanto, continuará havendo trechos grifados em verde, devido à exposição ‘sofística’ do ‘Professor’…

VERBETE ENCICLOPÉDICO FABRICADO PARA UMA HISTÓRIA TOTALMENTE PESSOAL: “Um dia descobriu-se que os sintomas patológicos de [MEUS] determinados pacientes neuróticos têm um sentido. Nessa descoberta fundament[ei]ou-se o método psicanalítico de tratamento [meu método]. Acontecia que no decurso desse tratamento os [meus] pacientes, em vez de apresentar seus sintomas, apresentavam sonhos. Com isso, surgiu a suspeita [eu suspeitei] de que também os sonhos teriam um sentido.” Se o método fosse rigoroso, não haveria a necessidade de “terceirizar” a grande descoberta. O método não pode ser replicado a não ser pelo “Pai” da “““Ciência”””. Além disso, há autores mais pioneiros que F. na onirologia, mas eles não receberam o devido crédito (foram inclusive consultados por F. enquanto elaborava sua Interpretação dos sonhos).

Traz consigo a reprovação geral de não ser científico e desperta a suspeita de uma inclinação pessoal pelo misticismo. Imaginem um profissional da medicina dedicando-se a sonhos, quando há tantas coisas mais sérias, mesmo na neuropatologia e na psiquiatria: tumores da dimensão de maçãs comprimindo o órgão da mente, hemorragias, inflamação crônica, onde, em todos, as alterações dos tecidos podem ser demonstradas ao microscópio!”

QUANDO A HONESTIDADE É USADA COMO FERRAMENTA PRELIMINAR DA ORATÓRIA POSTERIOR: “Via de regra, não se pode fazer nenhum relato de sonhos. Se alguém faz um relato de um sonho, existe alguma garantia de que seu relato foi correto, ou, pelo contrário, não poderia ter alterado seu relato à medida que o fazia e ter sido compelido a inventar algum acréscimo para compensar a obscuridade de suas recordações? A maioria dos sonhos não pode absolutamente ser lembrada e é esquecida, salvo pequenos fragmentos. E de que modo a interpretação de material desse tipo pode servir como base de uma psicologia científica ou como método de tratar pacientes?”

há outros assuntos de pesquisa psiquiátrica que padecem da mesma característica de indefinição – em muitos casos, por exemplo, as obsessões, e estas têm, em última análise, sido abordadas por psiquiatras respeitáveis e conceituados.”

Da literatura que trata do assunto, o principal trabalho pelo menos sobreviveu: o livro de Artemidoro de Daldis, [F. mente!] que provavelmente viveu durante o período do imperador Adriano. Não sei dizer-lhes como aconteceu que, depois disso, a arte de interpretar sonhos sofreu um declínio e os sonhos caíram em descrédito.”

O abuso final da interpretação de sonhos foi atingido em nossos dias com tentativas de descobrir, a partir dos sonhos, os números destinados a serem premiados no jogo do loto.”

A única contribuição de valor aos conhecimentos sobre sonhos, que temos a agradecer às ciências exatas, refere-se ao efeito produzido no conteúdo dos sonhos pelo impacto de estímulos somáticos durante o sono. Um autor norueguês, recentemente falecido,¹ J. Mourly Vold, publicou dois alentados volumes de pesquisas experimentais sobre sonhos (edição alemã, 1910 e 1912), que se dedicam quase que exclusivamente às conseqüências das alterações na postura dos membros. Foram-nos recomendados como modelos de pesquisa exata sobre sonhos.”

¹ É se imaginar que se se encontrasse vivo não teria sido creditado pelo invejoso F.

O sonhar é, evidentemente, vida mental durante o sono – algo que tem certas semelhanças com a vida mental desperta, mas que, por outro lado, se distingue dela por grandes diferenças. Essa era, há muito tempo, a definição de Aristóteles. Talvez existam ainda conexões mais estreitas entre sonhos e sono. Podemos ser acordados por um sonho; muito freqüentemente temos um sonho quando acordamos espontaneamente ou quando somos tirados, à força, do sono. Assim, os sonhos parecem ser um estado intermediário entre o sono e a vigília.”

Esse é um problema fisiológico sobre o qual ainda existe muita controvérsia. Quanto a esse respeito não podemos chegar a qualquer conclusão; penso, porém, que devemos tentar descrever as características psicológicas do sono. O sono é um estado no qual não desejo saber de nada do mundo externo, um estado no qual retirei do mundo externo meu interesse. Ponho-me a dormir retraindo-me do mundo externo e mantendo afastados de mim seus estímulos. Também vou dormir quando estou fatigado dele.”

As crianças, ao contrário, dizem: ‘Eu não vou dormir agora; não estou cansado e quero ter mais algumas experiências.’ A finalidade biológica do sono parece ser, portanto, a recuperação, e sua característica psicológica a suspensão do interesse pelo mundo. Nossa relação com o mundo, ao qual viemos tão a contragosto, parece incluir também nossa impossibilidade de tolerá-lo ininterruptamente. Assim, de tempos em tempos nos retiramos para o estado de pré-mundo, para a existência dentro do útero. A todo custo conseguimos para nós mesmos condições muito parecidas com aquelas que então possuímos: calor, escuridão e ausência de estímulos. Alguns de nós se embrulham formando densa bola e, para dormir, assumem uma postura muito parecida com a que ocupavam no útero.” Sem forçar, muitos encontrariam aqui as posições do cismático Rank!

Não deveria existir qualquer atividade mental no sono; se este começa a ficar inquieto, é por que não conseguimos atingir o estado fetal de repouso: não fomos inteiramente capazes de evitar os remanescentes da atividade mental. Os sonhos consistiriam nesses remanescentes.”

Os processos mentais no sono têm um caráter bastante diferente daqueles que se realizam em vigília. Nos sonhos experimentamos toda sorte de coisas e acreditamos nelas, ao passo que nada experimentamos, exceto talvez o estímulo perturbador isolado. Nós o experimentamos predominantemente sob a forma de imagens visuais; sentimentos também podem estar presentes, assim como pensamentos que nisso se entrelaçam. Os outros sentidos também podem experimentar algo; porém, mesmo assim, se trata principalmente de uma questão de imagens. Parte da dificuldade de fornecer uma descrição dos sonhos se deve ao fato de termos de traduzir essas imagens em palavras.”

No que concerne às dimensões dos sonhos, alguns são muito curtos e compreendem apenas uma única imagem, ou umas poucas imagens, um único pensamento, ou mesmo uma única palavra; outros são extraordinariamente ricos em seu conteúdo, apresentam novelas inteiras e parecem durar longo tempo. Há sonhos tão claros como a experiência vigil, tão claros que, bastante tempo após havermos acordado, não percebemos que eram sonhos; e outros existem que são indescritivelmente obscuros, vagos e borrados. Na realidade, em um mesmo sonho partes muito definidas podem se alternar com outras de uma vaguidade que mal se pode discernir. Há sonhos inteiramente plenos de sentido ou, pelo menos, coerentes, humorísticos mesmo, ou fantasticamente belos; outros, ademais, são confusos, imbecis por assim dizer, absurdos, muitas vezes positivamente loucos. Há sonhos que nos deixam praticamente frios e outros em que se manifestam afetos de todos os tipos – sofrimento a ponto de fazer chorar, ansiedade a ponto de nos acordar, surpresa, encantamento, etc. Os sonhos são, de hábito, esquecidos facilmente, após o despertar, ou podem perdurar através do dia, lembrados mais e mais indistintamente até o fim do dia; outros, ainda – por exemplo, sonhos da infância – , são tão bem-preservados que, 30 anos após, permanecem na memória como se fossem experiência recente. Os sonhos, à semelhança de pessoas, podem aparecer somente em uma única ocasião para nunca mais, ou retornar na mesma aparência não-modificada ou com pequenas dessemelhanças. Em suma, esse fragmento da vida mental durante a noite tem um imenso repertório à sua disposição”

…sonho relatado por um observador inteligente, Hildebrandt (1875), todos eles reações à campainha de um despertador:

Sonhei, então, que certa manhã de primavera eu saía a passeio e vagava pelos verdes campos até chegar a uma aldeia próxima, onde vi os aldeões, em suas melhores roupas, com seus livros de cânticos debaixo do braço, reunindo-se na igreja. Evidente! Era domingo e o culto do início da manhã logo estaria começando. Decidi assistir ao culto, mas, antes, eu estava um tanto acalorado de caminhar, entrei no cemitério que circundava a igreja, para refrescar. Enquanto lia algumas das lápides dos túmulos, ouvi o sineiro subindo a torre da igreja e, lá no alto, via agora o pequeno sino da aldeia, que logo daria o sinal para o início das devoções. Por um momento eu o vi pendente ali, sem movimento, depois começou a balançar, e subitamente seu repicar começou a soar claro e penetrante – tão claro e penetrante que pôs fim ao meu sono. Porém, o que estava soando era o despertador. (…)

O sonho não reconhece o despertador – e sequer este aparece no sonho – mas substitui o ruído do despertador por outro; interpreta o estímulo que está pondo fim ao sono, contudo o interpreta de forma diferente em cada uma das vezes. Por que faz isso? Não há resposta; parece questão de capricho. Compreender o sonho significaria poder dizer por que esse determinado ruído, e não outro, foi escolhido para interpretar o estímulo proveniente do despertador.”

a interpretação de ‘corredores longos, estreitos e ventosos’, como derivados de um estímulo intestinal, parece válida e confirma a asserção de Scherner de que os sonhos procuram sobretudo representar o órgão que emite o estímulo por objetos que se lhes assemelham.”

Quando uma pessoa constrói algo em conseqüência de um estímulo, o estímulo não necessita, por isso, levar a cabo todo o trabalho. O Macbeth de Shakespeare, por exemplo, foi uma pièce d’occasion composta para celebrar a elevação ao trono do rei que foi o primeiro a unir as coroas dos 3 reinos. Essa ocasião histórica imediata, porém, abrangeria todo o conteúdo da tragédia? Explica todas as suas grandezas e os seus enigmas? Pode ser que os estímulos externos e internos, também, atingindo a pessoa em sono, sejam apenas provocadores do sonho e, por conseguinte, nada nos revelem de sua essência.”

Os devaneios são fantasias (produtos da imaginação): são fenômenos muito generalizados, observáveis mais uma vez tanto nas pessoas sadias como nas doentes, e são facilmente acessíveis ao estudo em nossa própria mente. A coisa mais notável a respeito dessas estruturas imaginárias é que lhes foi dado o nome de ‘devaneios’ [daydreams – ignoro em Alemão], de vez que nelas não há qualquer traço dos dois elementos comuns aos sonhos.” Eu particularmente nunca ‘devaneei’…

O FILME OU ‘NEGATIVO’ DO SONHO OU ‘NIGHT-DREAM’: “não experimentamos nem alucinamos, mas imaginamos, sabemos que estamos tendo uma fantasia, não vemos, mas pensamos.”

Esses devaneios surgem no período pré-púbere, freqüentemente ainda na parte final da infância; persistem até a maturidade ser alcançada e, então, ou são abandonados ou mantidos até o fim da vida. O conteúdo dessas fantasias é dominado por um motivo muito inteligível. São cenas e eventos em que as necessidades egoísticas de ambição e poder da pessoa, ou seus desejos eróticos, encontram satisfação.”

Eles se acomodam aos tempos, por assim dizer, e recebem uma ‘marca da época’ que testemunha a influência da nova situação. São a matéria-prima da produção poética, pois o escritor criativo usa seus devaneios com determinadas remodelações, disfarces e omissões, para construir as situações que introduz em seus contos, novelas ou peças. O herói dos devaneios é sempre a própria pessoa, seja diretamente, seja por uma óbvia identificação com alguma outra pessoa.”

SEXTA CONFERÊNCIA

A escola de Wundt introduziu o que conhecemos como experiências de associação, nas quais se diz à pessoa uma palavra-estímulo e a pessoa tem de responder a ela tão rapidamente quanto lhe é possível, com qualquer reação que lhe ocorra.”

A escola de Zurique, liderada por Bleuler e Jung, encontrou explicação para as reações que se sucediam na experiência de associação, fazendo as pessoas em experiência elucidarem suas reações por meio de associações subseqüentes, no caso de essas reações terem mostrado aspectos marcantes. Constatou-se então que essas reações marcantes eram determinadas de forma muito definida pelos complexos da pessoa. Assim, Bleuler e Jung estabeleceram a primeira ponte entre a psicologia experimental e a psicanálise.”

Como pode haver uma ponte entre o behaviorismo (algo tão concreto quanto contestável, justamente dada sua surda concretude) e o ‘nada’ – avant la lettre ou interessadamente? Avant la lettre no caso de Freud ter conhecido Jung e Bleuler depois deste estudo, o que não é muito crível; interessadamente para o caso de ambos terem conduzido a pesquisa já enquanto discípulos de Freud. Então, de forma simples, pode-se dizer que, não Jung nem Bleuler, mas Freud – por meio de suas ferramentas – encontrou aquilo que tanto procurava, i.e., inventou astutamente como procurar aquilo que já tinha achado (com todos os sentidos subliminares da palavra achado). Uma inversão tipicamente cartesiana? ‘Eu acho, logo tateio’ no lugar do mais ‘lógico-empírico’ eu tateio logo acho…

E LÁ VAMOS NÓS… “Certo dia verifiquei que não conseguia recordar o nome do pequeno país da Riviera cuja capital é Monte Carlo.”

SÉTIMA CONFERÊNCIA

Não consigo imaginar como alguém do público desta conferência que foi ao primeiro dia – ou ao quinto dia, quando começou a palestrar sobre os sonhos – tenha se prestado a retornar… Condensação, irmão, condensação no palavrório!

esses dias sonhei com uma fase aquática de Banjo-Kazooie.

óleos, peças e notas musicais

água cinza, piche

submerso

ancorado

sem ar

Jinjo

Ernest JinJones

um Jin

um gênio!

Leonardo

Rafael

eu e Jin, Sun,

Saiyd Jarra

Água da jarra

Jack, Sawyer, Kate,

tabu e… leiro zoo e

boo mafoo

Adalto

autuado

Ginga

Ging

Dong

Freecs

freaks

no doubt

about

a dark

cont

&

fake.

n(e)(n)t

Hunters and prey

Hamsters and pray

TWO Gods

Atom and Evil

Karamazóv

Fountain of Désirées

Le réel

reel&fish

confiscation

celebration

demise of a

nation

defec-

tível

perfume de

estrume lagoa

nadazul

resumindo meu trabalho onírico, eu acho que tudo se refere à escuridão da vida vista pelos olhos de uma criança.

o rio que corre forte e rápido é o maior inimigo de si mesmo

Se a resistência é pequena, o substituto não pode estar muito distante do material inconsciente; contudo, uma resistência maior significa que o material inconsciente está muito distorcido e que será longo o caminho que se estende desde o substituto ao material inconsciente.” Não seria o contrário?

Se tomamos nota por escrito de um sonho e então anotamos todas as idéias que emergem como resposta a ele, podemos verificar que essas idéias são muitas vezes mais longas do que o texto do sonho.” Biblioteca inútil da alma pública

OITAVA CONFERÊNCIA

Essa característica dos sonhos de ejaculação (como foi assinalado por Otto Rank) faz deles assunto especialmente favorável ao estudo da deformação onírica.”

NONA CONFERÊNCIA

Em qualquer parte onde existem lacunas no sonho manifesto, a censura é responsável por elas. Devemos ir mais adiante e considerar como manifestação da censura toda passagem em que um elemento onírico é recordado de maneira especialmente indistinta, indefinida, duvidosa, em meio a outros elementos construídos mais claramente.”

quando a resistência é grande, temos de percorrer longas cadeias de associações a partir do elemento onírico, somos conduzidos para longe deste, e, em nosso caminho, temos de vencer todas as dificuldades representadas pelas objeções críticas às idéias que ocorrem.” Reiteração.

O desejo de prazer – a ‘libido’, conforme o denominamos – escolhe sem inibição seus objetos e, de preferência, os proibidos: não somente as mulheres de outros homens, mas, acima de tudo, objetos incestuosos, objetos sagrados segundo o consenso da humanidade, mãe e irmã de um homem, pai e irmão de uma mulher.” E por que não desejos homossexuais, F.?

O simbolismo é, talvez, o mais notável capítulo da teoria dos sonhos. Em primeiro lugar, como os símbolos são versões constantes, realizam até certo ponto o ideal da antiga, tanto como da popular, interpretação dos sonhos, do qual, com nossa técnica, nos afastamos muito.”

O filósofo K.A. Scherner (1861) deve ser apontado como o descobridor do simbolismo onírico, se é que absolutamente se possam situar seus inícios nos tempos atuais.” Pelo menos teve a idoneidade de mencioná-lo.

DÉCIMA CONFERÊNCIA

Nos mitos sobre o nascimento de heróis – aos quais Otto Rank (1909) dedicou um estudo comparado, sendo o mais antigo o mito do rei Sargão, de Agade (cerca de 2800 a.C.) –, uma parte predominante é desempenhada pelo abandono na água e o resgate da água.”

O fato de fogões representarem mulheres e útero, é confirmado pela lenda grega de Periandro de Corinto e sua esposa Melissa. O tirano, segundo Heródoto, faz aparecer o espírito de sua mulher, a quem amara apaixonadamente e, contudo, assassinara por ciúmes, a fim de obter dela algumas informações. A mulher morta provou sua identidade dizendo que ele, Periandro, havia ‘metido seu pão dentro de um forno frio’, como forma de disfarçar um acontecimento que só era conhecido dos dois. Na revista Anthropophyteia, editada por F.S. Krauss, inestimável fonte de conhecimentos de antropologia sexual, ficamos sabendo que, em determinada região da Alemanha, de uma mulher que deu à luz uma criança se diz que ‘o forno dela se fez em pedaços’.”

#offtopic

o título do governante do Egito antigo, ‘Faraó’, significa simplesmente ‘Grande Saguão do Paço’. (No antigo oriente, os pátios entre os duplos portões de uma cidade eram locais de encontro públicos, assim como as praças do mercado do mundo clássico)”

a relação simbólica pode ultrapassar os limites da linguagem – o que, aliás, foi afirmado há muito tempo por um antigo pesquisador de sonhos, Schubert (1814).”

O trevo de 4 folhas tomou o lugar do de 3 folhas, que realmente se presta para ser um símbolo. O porco é um antigo símbolo da fertilidade. O cogumelo é sem dúvida um símbolo do pênis: existem cogumelos (fungos) que devem seu nome sistemático (Phallus impudicus) à sua inconfundível semelhança com o órgão masculino.”

DÉCIMA PRIMEIRA CONFERÊNCIA

Às vezes a condensação pode estar ausente; via de regra se faz presente e, muitíssimas vezes, é enorme. Jamais ocorre uma mudança em sentido inverso; ou seja, nunca encontramos um sonho manifesto com extensão ou com conteúdo maior do que o sonho latente. A condensação se realiza das seguintes maneiras: (1) determinados elementos latentes são totalmente omitidos, (2) apenas um fragmento de alguns complexos do sonho latente transparece no sonho manifesto e (3) determinados elementos latentes, que têm algo em comum, se combinam e se fundem em uma só unidade no sonho manifesto. Se preferirem, podemos reservar o termo ‘condensação’ apenas para o último desses processos. Seus resultados podem ser demonstrados com especial facilidade. Os senhores não terão dificuldade em relembrar exemplos de seus próprios sonhos, em que pessoas diferentes são condensadas em uma só. Um personagem composto, deste tipo, pode, talvez, assemelhar-se a A, mas pode, talvez, [enquanto se assemelha] a A, estar vestida como B, executar algo que lembre C, e ao mesmo tempo podemos saber que é D. Essa estrutura composta naturalmente está dando ênfase àquilo que as 4 pessoas têm em comum. É possível, naturalmente, formar tal estrutura composta de coisas ou de lugares, do mesmo modo que de pessoas, contanto que as diferentes coisas e lugares tenham em comum algo que o sonho latente acentua. O processo se assemelha à construção de um conceito novo e transitório que tem nesse elemento comum o seu núcleo. O resultado dessa superposição de elementos separados, que foram condensados conjuntamente, é, via de regra, uma imagem difusa e vaga, à semelhança daquilo que sucede quando se batem diversas fotografias sobre uma mesma chapa. A produção de estruturas compostas, como essas referidas, deve ser de grande importância para a elaboração onírica, porquanto podemos demonstrar que[,] ali onde inicialmente faltam os elementos comuns para formá-las, estes são introduzidos deliberadamente – por exemplo, através da escolha da palavra pelas quais um pensamento é expresso.” “A imaginação ‘criativa’ realmente é bastante incapaz de inventar qualquer coisa; ela pode apenas combinar entre si componentes que são estranhos.”

Embora a condensação torne os sonhos obscuros, não parece dar-nos a impressão de ela ser efeito da censura. Antes, parece ser devida a um fator automático ou econômico, mas, em todo caso, a censura lucra com ela. Aquilo que a condensação consegue realizar pode ser bastante extraordinário. Às vezes é possível, com seu auxílio, combinar duas seqüências de pensamentos latentes muito diferentes, em um único sonho manifesto, de modo que se pode chegar a algo que parece ser uma interpretação suficiente de sonho, e no entanto, procedendo assim, pode-se deixar de perceber uma possível ‘superinterpretação’.”

Quando diversos sonhos ocorrem durante a mesma noite, têm freqüentemente a mesma significação e indicam que está sendo feita uma tentativa de manejar cada vez mais eficazmente um estímulo de crescente insistência.” Não necessariamente. Depois que sonhei com a morte do pai (ou meu suicídio?), a cena mudava para duas crianças brincando de embaixadinha num quarto…

Com algumas exceções destacadas, os discursos nos sonhos são cópias e combinações de discursos que alguém ouviu ou enunciou para si próprio no dia anterior ao sonho e que foram incluídos nos pensamentos latentes, ou como material ou como instigadores dos sonhos.”

DÉCIMA SEGUNDA CONFERÊNCIA

Em primeiro lugar, devo admitir que ninguém efetua interpretação de sonhos como sua atividade principal. Como ocorre, então, que as pessoas os interpretam? Ocasionalmente, sem nenhum objetivo em vista, alguém pode se interessar por sonhos de um conhecido seu, ou alguém pode esquadrinhar seus próprios sonhos durante algum tempo a fim de preparar-se para o trabalho psicanalítico; mas, na maior parte das vezes, aquilo com que se tem de lidar são os sonhos de pacientes neuróticos que estão em tratamento psicanalítico. Esses sonhos constituem excelente material e de modo algum são inferiores aos de pessoas sadias; a técnica do tratamento, porém, requer que subordinemos a interpretação de sonhos aos objetivos terapêuticos, e temos de permitir que bom número de sonhos tenha sido examinado até havermos extraído dos mesmos alguma coisa de utilidade para o tratamento. Alguns sonhos que ocorrem durante o tratamento escapam inteiramente a uma análise completa: de vez que se originam de um grande acervo de material que ainda nos é desconhecido, é impossível entendê-los antes de o tratamento chegar ao término.”

Talvez o melhor exemplo de interpretação de um sonho seja o que foi relatado por Otto Rank (1910b), consistindo em dois sonhos inter-relacionados, tidos por uma jovem, que ocupam cerca de 2 páginas impressas: mas sua análise vai a 76 páginas [pouta merda!]. Assim, eu deveria necessitar de cerca de um semestre inteiro para conduzi-los através de um único trabalho dessa espécie. Se se tomar qualquer sonho relativamente longo e muito deformado, há que fornecer tantas explicações do mesmo, levantar tanto material que surge no curso das associações e das recordações, seguir tantas vias secundárias, que uma conferência a respeito dele seria muito confusa e insatisfatória.”

Quando se perde alguém que é de nossas relações e nos é caro, surgem sonhos de um tipo especial, durante algum tempo após, nos quais o conhecimento da morte chega às mais estranhas conciliações com a necessidade de trazer novamente à vida a pessoa morta. Em alguns desses sonhos, a pessoa que morreu está morta e ao mesmo tempo permanece viva porque não sabe que está morta; somente se soubesse, morreria completamente. Em outros, a pessoa está meio morta e meio viva, e cada um desses estados vem indicado por uma forma particular. Não devemos descrever esses sonhos como simplesmente absurdos; pois ser devolvido novamente à vida não é mais inconcebível nos sonhos do que o é, por exemplo, em contos de fadas, nos quais isso ocorre como fato muito rotineiro.”

AQUI QUEM FALA É O CASTO: “Estou certo de que os senhores ouviram, uma vez ou outra, a psicanálise afirmar que todo sonho tem uma significação sexual. Pois bem, os senhores mesmos estão em condições de formar um julgamento da incorreção dessa acusação.”

DÉCIMA TERCEIRA CONFERÊNCIA

Uma criança pequena não ama necessariamente seus irmãos e irmãs; muitas vezes, obviamente não os ama. Sem dúvida ela os odeia como rivais seus, e é fato sabido que esta atitude freqüentemente persiste por muitos anos, até ser atingida a maturidade ou mesmo até mais tarde, sem interrupção. Com efeito, muito amiúde esta atitude é substituída, ou melhor, digamos, é encoberta por outra, mais cordial. Mas, a que é hostil em geral parece ser a que surge primeiro.”

Via de regra, só existe uma pessoa que uma menina inglesa odeia mais do que a sua mãe; é a sua irmã mais velha.” Bernard Shaw

Otto Rank (1912b) demonstrou, em cuidadoso estudo, como o complexo de Édipo proporcionou aos autores dramáticos uma riqueza de temas com infindáveis modificações, atenuações e disfarces – isto é, com distorções do tipo que já conhecemos como obra de uma censura.”

Quando abandonadas a si próprias, ou sob a influência de sedução, amiúde as crianças realizam proezas consideráveis na área da atividade sexual perversa.”

DÉCIMA QUARTA CONFERÊNCIA

é muito mais difícil a elaboração onírica alterar o sentido dos afetos de um sonho do que o seu conteúdo; os afetos, às vezes, são altamente resistentes. O que então acontece é a elaboração onírica transformar o conteúdo aflitivo dos pensamentos oníricos na realização de um desejo, ao passo que o afeto desagradável persiste inalterado.”

Uma fada boa prometeu a um casal pobre assegurar-lhe a realização dos seus 3 primeiros desejos. Eles ficaram jubilosos e puseram-se a pensar em como escolher cuidadosamente seus 3 desejos. Mas um cheiro de lingüiça frita, proveniente da casa próxima, tentou a mulher a desejar algumas lingüiças. Num relâmpago, ali estavam as lingüiças; e esta foi a primeira realização de desejo. Mas o marido se enfureceu, e, em sua raiva, desejou que as lingüiças ficassem dependuradas no nariz da mulher. E foi isto o que também aconteceu; e não havia como retirá-las dessa nova posição. Esta foi a segunda realização de desejo; mas o desejo era do homem, e a sua realização foi muito desagradável para sua mulher. Os senhores sabem o restante da história. Visto que, afinal, eles eram, de fato, um – marido e mulher – o terceiro desejo não podia ser senão o de que as lingüiças se desprendessem do nariz da mulher.”

A geração da ansiedade assumiu o lugar da censura. Ao passo que de um sonho infantil podemos dizer ser ele a realização franca de um desejo permitido, e de um sonho deformado como sendo a realização disfarçada de um desejo reprimido, a única fórmula adequada a um sonho de ansiedade consiste em que este é a realização franca de um desejo reprimido.”

Sonhos de ansiedade, via de regra, são também sonhos que fazem despertar; habitualmente interrompemos nosso sono antes que o desejo reprimido, no sonho, tenha executado a realização completa, apesar da censura. Nesse caso, a função do sonho fracassou, mas sua natureza essencial não foi modificada com isto. Temos comparado os sonhos com o vigia noturno ou guardião do sono, que procura proteger nosso sono contra perturbações. O vigia noturno, também, pode chegar ao ponto de acordar a pessoa que dorme, se sente que é por demais fraco para, sozinho, afugentar a perturbação ou o perigo. Ainda assim, às vezes conseguimos continuar nosso sono, mesmo quando o sonho começa a ficar inseguro e a transformar-se em ansiedade. Dizemos a nós mesmos, em nosso sono, ‘afinal é apenas um sonho’, e continuamos dormindo.”

Há alguns pacientes neuróticos que são incapazes de dormir, e admitem que sua insônia foi, inicialmente, intencional. Não ousavam dormir porque temiam os seus sonhos – isto é, temiam os resultados do enfraquecimento da censura. Os senhores constatarão com facilidade, entretanto, que, a despeito disto, o afastamento da censura não importa em grande desorganização. O estado de sono paralisa nossa capacidade motora. Se nossas intenções más começam a perturbar, elas podem, afinal, causar nada mais do que simplesmente um sonho, que é inócuo, do ponto de vista prático.”

Pensamos, pois, que alguma coisa se acrescenta aos resíduos diurnos, algo que também fazia parte do inconsciente, um impulso pleno de desejos, poderoso, porém reprimido; e é este, somente, que torna possível a construção do sonho. A influência deste impulso pleno de desejos sobre os resíduos diurnos cria a outra parte dos pensamentos oníricos latentes – essa parte que já não necessita parecer racional e inteligível como se fosse derivada da vida desperta.”

“‘Os resíduos diurnos’, os senhores me perguntarão, ‘são realmente inconscientes no mesmo sentido que o desejo inconsciente que deve ser acrescentado a eles, a fim de torná-los capazes de produzir um sonho?’ A suposição dos senhores está correta. Este é o ponto saliente em todo este assunto. Não são inconscientes no mesmo sentido. O desejo onírico pertence a um inconsciente diferente – àquele inconsciente que já reconhecemos como tendo uma origem infantil e mecanismos peculiares. Seria muito oportuno distinguir essas duas espécies de inconscientes por meio de nomes diferentes. Preferiríamos, porém, esperar até nos familiarizarmos com a área dos fenômenos das neuroses. As pessoas consideram um tanto fantástico haver um só inconsciente. Que dirão quando confessarmos que temos de nos haver com dois?”

DÉCIMA QUINTA CONFERÊNCIA

O idioma chinês está cheio de exemplos de imprecisão que poderiam nos deixar muito alarmados. Como se sabe, compõe-se de numerosos sons silábicos que são falados isolados ou combinados aos pares. Um dos principais dialetos possui uns 400 destes sons. Como o vocabulário deste dialeto é calculado em cerca de 4 mil palavras, porém, conclui-se que cada som tem, em média, 10 significados diferentes – alguns menos, mas outros, em troca, têm mais. Existem numerosos métodos de evitar a ambigüidade, pois não se pode inferir, apenas a partir do contexto, qual dos 10 significados do som silábico a pessoa tenciona transmitir ao ouvinte. Entre esses métodos estão aqueles que consistem em combinar 2 sons em uma palavra composta e em utilizar 4 diferentes ‘tons’ na pronúncia das sílabas. Do ponto de vista de nossa comparação, é ainda mais interessante verificar que este idioma praticamente não tem gramática. É impossível dizer se uma das palavras monossilábicas é um substantivo, ou um verbo, ou um adjetivo; e não há flexões verbais, pelas quais se possa reconhecer gênero, número, desinência, tempo e modo. Assim, a linguagem consta, poderia dizer-se, apenas de matéria-prima, assim como nossa linguagem-pensamento fica reduzida, através da elaboração onírica, à sua matéria-prima, e se omite qualquer expressão de relação. No idioma chinês, a solução do sentido, em todos os casos, cabe ao entendimento de quem ouve, e nisto a pessoa se guia pelo contexto. Tomei nota de um exemplo de um provérbio chinês que, traduzido literalmente, reza assim: ‘Pouca visão, muita maravilha’. Não é difícil compreender isto. Pode significar: ‘Quanto menos alguém viu, mais tem com que se maravilhar’; ou: ‘De muita coisa se admira aquele que viu pouco.’ Naturalmente, não há maneira de diferenciar entre estas 2 versões que diferem apenas gramaticalmente. Apesar desta imprecisão, foi-nos assegurado que o idioma chinês é um veículo bastante eficiente de expressão do pensamento. Assim, a imprecisão não deve necessariamente produzir ambigüidade.”

Talvez nem todos os senhores estejam cientes de que uma situação semelhante surgiu na história da decifração das inscrições assírio-babilônicas. Houve época em que a opinião pública esteve muito inclinada a considerar visionários os decifradores da escrita cuneiforme, e a totalidade de suas pesquisas, uma ‘impostura’. Mas, em 1857, a Royal Asiatic Society fez uma experiência decisiva. Solicitou a 4 dos peritos mais altamente respeitados em escrita cuneiforme, Rawlinson, Hincks, Fox Talbot e Oppert para remeterem, em envelopes lacrados, traduções independentes de uma inscrição recentemente descoberta; e, após uma comparação entre os 4 trabalhos, pôde anunciar que a concordância entre estes peritos era suficiente para justificar o crédito que até então se havia dado e a confiança em posteriores realizações. A zombaria por parte do mundo leigo culto diminuiu gradualmente, após isto, e desde então tem aumentado enormemente a certeza na leitura dos documentos cuneiformes.”

Uma confusão muito pior parece estar subjacente à afirmação de que a idéia de morte pode ser encontrada por trás de todo sonho (Stekel, 1911, 34).” Briguem mais!

os senhores acharão bastante incompreensível uma afirmação de que todos os sonhos devem ser interpretados bissexualmente, como confluência de duas correntes, descritas como masculina e feminina (Adler, 1910).”

Um dia o valor objetivo da investigação sobre sonhos pareceu ser posto em xeque por uma observação de que os pacientes em tratamento analítico ordenam o conteúdo dos sonhos conforme as teorias prediletas de seus médicos – alguns sonhando predominantemente com impulsos instintuais sexuais, outros, com a luta pelo poder, e ainda outros, até mesmo, com renascimento (Stekel).”

Freqüentemente, é possível influenciar uma pessoa acerca do que ela vai sonhar, mas nunca aquilo que sonhará.”

DÉCIMA SEXTA CONFERÊNCIA (no ano seguinte – início das Novas conf. – poderia ter-se saído muito bem sem elas, aliás)

Nunca pude convencer-me da verdade da máxima segundo a qual a controvérsia é a mãe de todas as coisas. Penso que deriva dos sofistas gregos e, como eles, peca por supervalorizar a dialética.” Péssimo começo.

Algumas pessoas jamais tomaram conhecimento de quaisquer de minhas autocorreções, e continuam, até hoje, a criticar-me por hipóteses que, para mim, há muito cessaram de ter o mesmo significado. Outros me reprovam justamente por estas modificações, e, por causa delas, consideram-me indigno de confiança.”

todo aquele que se conduz dessa forma e deixa aberta a porta entre a sala de espera e a sala de consulta de um médico, é mal-educado e merece uma recepção inamistosa.”

“‘ele é um trapaceiro que dá mais do que tem.’ O psiquiatra não sabe como lançar mais luz sobre um caso como este. Ele deve contentar-se com um diagnóstico e um prognóstico – incertos, apesar de uma grande quantidade de experiência, e com sua evolução futura.”

Ela própria estava intensamente apaixonada por um homem jovem, pelo mesmo genro que a persuadira a procurar-me na qualidade de paciente. Ela mesma nada sabia, ou, talvez, sabia muito pouco dessa paixão; no relacionamento familiar que existia entre ambos, era fácil essa afeição apaixonada disfarçar-se como afeição inocente.” “posso recordar-lhes que a relação entre sogra e genro tem sido considerada, desde as épocas mais remotas da raça humana, como relação particularmente embaraçosa e que, entre tribos primitivas, deu origem a regulamentações e ‘evitações’ tabu muito poderosas.”

Ainda que a psicanálise se mostrasse tão ineficaz em qualquer outra forma de doença nervosa e psíquica, como se mostra ineficaz nos delírios, estaria plenamente justificada como insubstituível instrumento de investigação científica.” Um se pergunta de onde vinha tamanha autoconfiança…

DÉCIMA SÉTIMA CONFERÊNCIA

PURA FALSA MODÉSTIA: “Em todo caso, pode parecer questão de somenos importância saber quem fez a descoberta, de vez que, como sabem, toda descoberta é feita mais de uma vez, e nenhuma se faz de uma só vez. Ademais disso, nem sempre o sucesso acompanha o mérito: não foi de Colombo que a América recebeu seu nome. O grande psiquiatra Leuret opinou, antes de Breuer e Janete (sic), que mesmo nas idéias delirantes do insano se poderia encontrar um sentido, bastaria que compreendêssemos a maneira de traduzi-las. Devo admitir que, durante longo tempo, estive disposto a dar bastante crédito a Janet por elucidar os sintomas neuróticos, porque ele os considerava expressão de idées inconscientes que dominavam os pacientes. Depois disso, porém, ele se tem expressado com exagerada reserva, como se quisesse admitir que o inconsciente, para ele, não tivesse sido nada mais que uma fórmula verbal, um expediente, une façon de parler – que ele, com isso, não quis significar nada de real. Desde então, deixei de compreender os escritos de Janet”

Freud almoçava espinafre com biotômico Fontoura nessa época (para estar tão galante e soberbo das idéias).

A histeria morreu porque a psicossomática nasceu.

A neurose obsessiva manifesta-se no fato de o paciente se ocupar de pensamentos em que realmente não está interessado, de estar cônscio de impulsos dentro de si mesmo que lhe parecem muito estranhos, e de ser compelido a ações cuja realização não lhe dá satisfação alguma, mas lhe é totalmente impossível omitir. Os pensamentos (obsessões) podem ser, em si, carentes de significação, ou simplesmente assunto sem importância para o paciente; freqüentemente, são de todo absurdos e, invariavelmente, constituem o ponto de partida de intensa atividade mental que exaure o paciente e à qual ele somente se entrega muito contra sua vontade. Obriga-se, contra sua vontade, a remoer pensamentos e a especular, como se se tratasse dos seus mais importantes problemas vitais. Os impulsos, dos quais o paciente se apercebe em si próprio, também podem causar uma impressão de puerilidade e falta de sentido; via de regra, porém, têm um conteúdo da mais assustadora categoria” “não suponham que ajudarão o paciente, nem de longe, admoestando-o para que adote uma nova conduta, deixe de ocupar-se com esses pensamentos absurdos e faça algo sensato em lugar de suas extravagâncias infantis.”

O que é posto em ação, em uma neurose obsessiva, é sustentado por uma energia com a qual provavelmente não encontramos nada comparável na vida mental normal. Existe uma coisa apenas, que ele pode fazer: realizar deslocamentos, trocas, pode substituir uma idéia absurda por outra um pouco mais atenuada, em vez de um cerimonial pode realizar um outro. Pode deslocar a obsessão, mas não removê-la. A possibilidade de deslocar qualquer sintoma para algo muito distante de sua conformação original é uma das principais características desta doença.”

Além das obsessões, de conteúdo positivo e negativo, a dúvida se faz notar na área intelectual, e lentamente começa a corroer até mesmo aquilo que geralmente é tido como muito certo.” “Ao mesmo tempo, o neurótico obsessivo inicia seus empreendimentos com uma disposição de grande energia, freqüentemente é muito voluntarioso e, via de regra, tem dotes intelectuais acima da média. Geralmente atingiu um nível de desenvolvimento ético satisfatoriamente elevado; mostra-se superconsciencioso, e tem uma correção fora do comum em seu comportamento.”

É verdade que, graças à sua própria discrição e às falsificações de seus biógrafos [he, he!], pouco sabemos dos aspectos íntimos dos grandes homens que são nossos modelos; não obstante, também sucede um deles, como Émile Zola, poder ser um fanático da verdade, e, assim, ficamos conhecendo seus muitos e estranhos hábitos obsessivos, dos quais foi vítima a vida inteira.”

Nossa paciente gradualmente veio a constatar que era devido à sua qualidade de símbolos dos genitais femininos que os relógios eram retirados do meio de seus objetos de uso à noite. Os relógios – embora em outra parte tenhamos encontrado outras interpretações simbólicas para os mesmos – assumiram a significação genital devido à sua relação com processos periódicos e intervalos de tempo iguais. (…) A ansiedade de nossa paciente, porém, estava voltada em especial contra a possibilidade de ela ter o seu sono perturbado pelo tique-taque de um relógio. O tique-taque do relógio pode ser comparado com a pulsação ou latejamento do clitóris durante a excitação sexual.”

quanto ao restante, remeto-os (…) à vívida luz lançada sobre os mais obscuros sintomas daquilo que se conhece como dementia praecox, por C.G. Jung (1907), numa época em que ele era apenas psicanalista e ainda não aspirava a ser profeta”

DÉCIMA OITAVA CONFERÊNCIA

As neuroses traumáticas não são, em sua essência, a mesma coisa que as neuroses espontâneas que estamos acostumados a investigar e tratar pela análise; até agora, não conseguimos harmonizá-las com nossos pontos de vista, e espero, em algum época, poder explicar-lhes a razão desta limitação.” Espera poder “suicidar” Tausk!

Como é que ninguém se dava conta do caráter burlesco e charlatão dessas palestras? “Aqui, pois, mais uma vez devemos interromper o trajeto que iniciamos. Por agora, não conduz a nada mais, e teremos de nos instruir com outras coisas, antes de podermos encontrar sua correta continuação.” “tão logo os processos inconscientes pertinentes se tenham tornado conscientes, o sintoma deve desaparecer.” “A tese, segundo a qual os sintomas desaparecem quando se fazem conscientes seus motivos predeterminantes inconscientes, tem sido confirmada por todas as pesquisas subseqüentes, embora nos defrontemos com as mais estranhas e inesperadas complicações ao tentarmos pô-la em prática.”

Saber nem sempre é a mesma coisa que saber: existem diferentes formas de saber, que estão longe de serem psicologicamente equivalentes.” Foucault mode on.

Não estaria eu confundindo-os ao retomar, com tanta freqüência, coisas que já disse ou fazendo ressalvas às mesmas – ao iniciar seqüências de idéias e depois abandoná-las?” Sim.

DÉCIMA NONA CONFERÊNCIA

Então conseguimos perceber que a resistência se refugiou dentro da dúvida, que é própria da neurose obsessiva, e desta posição ela consegue resistir-nos. É como se o paciente dissesse: ‘Sim, está tudo muito bem, muito interessante, e terei muita satisfação em prosseguir ainda mais. Eu mudaria um bocado minha doença, se tudo isto fosse verdade. Mas não acredito, nem um pouco, que seja verdade; e, na medida em que não acredito, não faz qualquer diferença para minha doença.’

As mulheres têm um talento de mestre para explorar, na relação com o médico, uma transferência afetuosa, com nuances eróticas, destinada à resistência. Se esta ligação atinge determinado nível, desaparece todo o seu interesse pela situação imediata do tratamento e todas as obrigações que assumiram no início; seu ciúme, que nunca está ausente, e sua irritação ante a inevitável rejeição, embora expressos respeitosamente, não podem deixar de ter como efeito um dano na harmonia entre paciente e médico, e assim inativam uma das mais poderosas forças motrizes da análise.”

Inicialmente, Breuer e eu empreendíamos a psicoterapia por meio da hipnose; a primeira paciente de Breuer foi totalmente tratada sob influência hipnótica, e, no início, eu o segui neste procedimento. Admito que, naquela época, o trabalho avançava mais fácil e satisfatoriamente, e também em muito menos tempo. Os resultados eram, porém, incertos e não duradouros, e por esse razão finalmente abandonei a hipnose.”

CIÊNCIA MUITO LIMITADA (QUASE CIENCINHA): “tudo aquilo que disse aqui sobre repressão e a formação e significação dos sintomas derivou de 3 formas de neurose – histeria de angústia, histeria de conversão e neurose obsessiva, e que, numa primeira instância, só é válido para estas formas. Estes 3 distúrbios, que estamos acostumados a agrupar conjuntamente como ‘neuroses de transferência’ também circunscrevem a região em que a terapia psicanalítica pode funcionar. As demais neuroses têm sido estudadas de forma muito menos completa pela psicanálise; num grupo delas a impossibilidade de influência terapêutica foi uma das razões desse abandono.” É a histeria uma neurose?

Na neurose obsessiva, as duas partes freqüentemente estão separadas; o sintoma então se torna bifásico (divide-se em 2 estágios) e consiste em 2 ações, uma depois da outra, as quais se anulam reciprocamente.”

VIGÉSIMA CONFERÊNCIA (pedaço hediondo de literatura!)

Somente pessoas de seu próprio sexo podem excitar seus desejos sexuais; pessoas do outro sexo, e especialmente os órgãos sexuais destas pessoas absolutamente não constituem para eles objeto sexual e, em casos extremos, são objetos de repulsa. Isto implica, naturalmente, que abandonaram qualquer participação na reprodução. Tais pessoas denominamos homossexuais ou invertidas. São homens e mulheres que, freqüentemente mas não sempre, conduzindo-se irrepreensivelmente, em outros aspectos possuindo elevado desenvolvimento intelectual e ético, são vítimas apenas deste único desvio fatídico. Pela boca de seus porta-vozes científicos, eles se apresentam como variedade especial da espécie humana – um ‘terceiro sexo’ que tem o direito de se situar em pé de igualdade com os outros dois. Naturalmente, eles não são, como também gostam de afirmar, uma ‘élite’ da humanidade; entre eles, há pelo menos tantos indivíduos inferiores e inúteis como os há entre pessoas de tipo sexual diferente. Esta classe de pervertidos, de qualquer modo, se comporta em relação a seus objetos sexuais aproximadamente da mesma forma como as pessoas normais o fazem com os seus. Agora, porém, chegamos a uma longa série de pessoas anormais cuja atividade sexual diverge cada vez mais amplamente daquilo que parece desejável para uma pessoa racional. Na sua multiplicidade e estranheza, somente podem ser comparadas aos monstros grotescos, pintados por Brueghel para a tentação de Santo Antônio, ou à longa procissão de deuses e crentes desaparecidos, que Flaubert faz desfilar ante os olhos de seu piedoso penitente. Uma tal miscelânea requer algum tipo de ordenamento para que não venha a confundir nossos sentidos. Por conseguinte, nós os dividimos naqueles em que, como os homossexuais, o objeto sexual foi modificado, e em outros nos quais a finalidade sexual é que foi primariamente modificada. O primeiro grupo inclui aqueles que renunciaram à união dos dois genitais e que substituem os genitais de um dos parceiros envolvidos no ato sexual por alguma outra parte ou região do corpo; com isto, eles desprezam a falta de dispositivos orgânicos adequados, assim como todo impedimento oriundo de sentimentos de repulsa. (Por exemplo, substituem a vulva pela boca ou pelo ânus.) Outros há que, realmente, ainda mantêm os genitais como um objeto – não, porém, por causa da função destes, mas de outras funções em que o genital desempenha um papel, seja por motivos anatômicos, seja por causa de sua proximidade. Neles, constatamos que as funções excretórias, que foram postas de lado como impróprias, durante a educação das crianças, conservam a capacidade de atrair a totalidade do interesse sexual. E ainda há outros que abandonaram totalmente o genital como objeto, e tomaram alguma outra parte do corpo como o objeto que desejam – um seio de mulher, um pé, ou uma trança de cabelos. Depois há outros para os quais as partes do corpo não têm nenhuma importância, mas todos os seus desejos se satisfazem com uma peça de roupa, um sapato, uma peça de roupa íntima – são de fetichistas. Ainda mais atrás, nesse séquito, se enfileiram essas pessoas que requerem de fato o objeto total, mas fazem a este exigências muito definidas – estranhas e horríveis exigências –, até mesmo a de que esse objeto devesse tornar-se um cadáver indefeso e de que, usando de uma violência criminosa, transformem-no num objeto no qual possam encontrar prazer. Mas basta com essa espécie de horror! O segundo grupo é formado por pervertidos que transformaram em finalidade de seus desejos sexuais aquilo que normalmente constitui apenas um ato inicial ou preparatório. São pessoas cujo desejo consiste em olhar outras pessoas, ou palpá-las, ou espiá-las durante a execução de atos íntimos, ou pessoas que expõem partes do corpo que deveriam estar encobertas, na obscura expectativa de poderem ser recompensadas, em troca, por uma ação correspondente. Depois vêm os sádicos, essas pessoas enigmáticas, cujas tendências carinhosas não têm outro fim senão o de causar sofrimento e tormento a seus objetos, indo desde a humilhação até as lesões físicas graves; e, como que para contrabalançá-los, seus equivalentes opostos, os masoquistas, cujo único prazer consiste em sofrer toda espécie de tormentos e humilhações de seu objeto amado, seja simbolicamente, seja na realidade. Ainda existem outros em que diversas dessas precondições anormais estão unidas e entrelaçadas; e, por fim, devemos nos lembrar de que cada um destes grupos pode ser encontrado sob duas formas: ao lado daqueles que procuram sua satisfação sexual na realidade, estão os que se contentam simplesmente com imaginar essa satisfação, que absolutamente não necessitam de um objeto real, mas podem substituí-lo por suas fantasias.”

A menos que possamos compreender essas formas patológicas de sexualidade e correlacioná-las com a vida sexual normal, não poderemos nem mesmo entender a sexualidade normal.”

Iwan Bloch corrige a opinião de que todas essas perversões são ‘sinais de degeneração’, mostrando que tais aberrações do fim sexual, esses afrouxamentos do nexo com o objeto sexual, ocorreram desde tempos imemoriais, em todas as épocas conhecidas, entre todos os povos, os mais primitivos e os mais civilizados, e, em algumas ocasiões, foram tolerados e difusamente reconhecidos.”

A reivindicação que fazem os homossexuais ou invertidos de serem uma exceção desfaz-se imediatamente ao constatarmos que os impulsos homossexuais são encontrados invariavelmente em cada um dos neuróticos e que numerosos sintomas dão expressão a essa inversão latente.”

somos forçados a encarar a escolha de um objeto do mesmo sexo como um desvio na vida erótica, desvio cuja ocorrência é positivamente freqüente, e cada vez aprendemos mais sobre isso, atribuindo-lhe importância particularmente elevada.”

Temos até mesmo verificado que determinada doença, a paranóia, que não deve ser incluída entre as neuroses de transferência, origina-se habitualmente de uma tentativa no sentido de o doente libertar-se de impulsos homossexuais excessivamente intensos.”

mulheres neuróticas muito freqüentemente produzem sintomas assim, à feição de um homem. Ainda que isso não se deva considerar homossexualismo, relaciona-se muito de perto com as precondições destas.”

não atribuímos à consciência da pessoa os impulsos sexuais pervertidos, mas os localizados em seu inconsciente.”

Uma quantidade incrivelmente grande de atos obsessivos pode remontar à masturbação, da qual constituem repetições e modificações disfarçadas; sabe-se muito bem que a masturbação, embora sendo uma ação única e uniforme, acompanha as mais diversas formas do fantasiar sexual.”

Maneira catastrófica de informar uma verdade, que não deixaria de apresentar suas conseqüências: “Pois a investigação psicanalítica teve de ocupar-se também com a vida sexual das crianças, e isto porque as lembranças e associações emergentes durante a análise de sintomas de adultos remetiam-se regularmente aos primeiros anos da infância. O que inferimos destas análises mais tarde se confirmou, ponto por ponto, nas observações diretas de crianças. E, com isso, verificou-se que todas essas inclinações à perversão tinham suas raízes na infância, que as crianças têm uma predisposição a todas elas e põem-nas em execução numa medida correspondente à sua imaturidade – em suma, que a sexualidade pervertida não é senão uma sexualidade infantil cindida em seus impulsos separados”

Sem dúvida, a experiência deve ter ensinado aos educadores que a tarefa de docilizar a tendência sexual da nova geração só poderia ser efetuada se começassem a exercer sua influência muito cedo, se não esperassem pela tempestade da puberdade, mas interviessem logo na vida sexual das crianças, que é preparatória para a puberdade.” E vimos o quanto esses educadores estavam completamente errados!

erigiu-se o ideal de tornar a vida das crianças assexual, e, no decorrer do tempo, as coisas chegaram ao ponto de as pessoas realmente acreditarem que as crianças sejam assexuais e, subseqüente, de a ciência proclamar isto como doutrina. Para evitar que sejam contraditas suas crenças e suas intenções, a partir daí as pessoas passam por alto as atividades sexuais das crianças (que não são de se desprezar) ou se mostram contentes quando a ciência assume um ponto de vista diferente com relação a tais atividades. As crianças são as únicas a não concordar com essas convenções. Afirmam seus direitos animais com total naïveté e dão constantes provas de que ainda terão de trilhar o caminho da pureza. É por demais estranho que as pessoas que negam a existência da sexualidade nas crianças nem por isso se tornam mais brandas em seus esforços educacionais, mas perseguem as manifestações daquilo que negam que exista, com a máxima severidade – descrevendo tais manifestações como ‘traquinagens pueris’. É também do maior interesse teórico o período de vida que contradiz mais flagrantemente o preconceito de uma infância assexual – os anos de vida de uma criança até os 5 ou 6 –, ser posteriormente, na maioria das pessoas, coberto pelo véu da amnésia, o qual só é completamente desfeito pela investigação analítica, embora anteriormente tenha sido permeável à construção de alguns sonhos.”

Em exata analogia com a ‘fome’, empregamos ‘libido’ como nome da força (neste caso, a força do instinto sexual, assim como, no caso da fome, a força do instinto de nutrição) pela qual o instinto se manifesta. Outros conceitos, como os de ‘excitação’ e ‘satisfação’ sexual, não requerem explicação.”

VIGÉSIMA PRIMEIRA CONFERÊNCIA

o beijar pode facilmente tornar-se perversão completa – ou seja, se se torna tão intenso, que uma descarga genital e o orgasmo sobrevêm diretamente, coisa nada rara.”

O período de latência também pode estar ausente: não acarreta necessariamente qualquer interrupção da atividade sexual e dos interesses sexuais por toda a extensão da linha. A maior parte das experiências e dos impulsos mentais anteriores ao início do período da latência agora sucumbe à amnésia infantil”

Esse curso do desenvolvimento realiza-se com tanta rapidez, que, talvez, jamais pudéssemos conseguir, pela observação direta, apreender firmemente os seus quadros fugazes. Foi apenas com a ajuda da investigação psicanalítica das neuroses que se tornou possível descobrir as fases ainda mais precoces do desenvolvimento da libido. Para dizer a verdade, estas não são senão hipóteses; mas, se os senhores efetuarem a psicanálise na prática, verificarão que são hipóteses necessárias e úteis.”

Um dos bravos discípulos da psicanálise foi designado oficial médico no front alemão, em algum lugar da Polônia [Viktor Tausk]. Ele chamou a atenção de seus colegas pelo fato de, ocasionalmente, exercer inesperada influência sobre algum paciente. Indagado a respeito, reconheceu que estava empregando os métodos da psicanálise e declarou-se disposto a transmitir seu conhecimento a seus colegas. Depois disso, todas as noites os oficiais médicos da tropa, seus colegas e superiores, reuniam-se a fim de aprender as doutrinas secretas da análise. Tudo correu bem, durante algum tempo; quando, porém, falou ao seu auditório a respeito do complexo de Édipo, um de seus superiores levantou-se, declarou que não acreditava nisso, que constituía um ato vil, por parte do conferencista, falar-lhes a respeito de tais coisas, a homens honestos que estavam lutando por seu país e que eram pais de família; e que proibia a continuação das conferências. Este foi o final do caso. O analista viu-se transferido para outra parte do front. Parece-me mau, entretanto, se uma vitória alemã exige que a ciência se ‘organize’ dessa maneira, e a ciência alemã não reagirá bem a uma organização dessa espécie.”

A obra do dramaturgo ateniense mostra a maneira como o feito de Édipo, realizado num passado já remoto, é gradualmente trazido à luz por uma investigação engenhosamente prolongada e restituído à vida por meio de sempre novas séries de provas. Nesse aspecto, tem certa semelhança com o progresso de uma psicanálise. No decorrer do diálogo, Jocasta, a iludida mãe e esposa, declara-se contrária à continuação da investigação. Apela para o fato de que muitas pessoas sonharam com dormir com a própria mãe, mas que os sonhos devem ser menosprezados.”

SENSIBILIDADE ESTILÍSTICA E DE LINGUAGEM PROXIMAL DO ZERO: “Conquanto um homem tenha reprimido seus maus impulsos para dentro do inconsciente e prefira dizer a si mesmo, posteriormente, que não é responsável por eles, ele, não obstante, tem de reconhecer essa responsabilidade na forma de um sentimento de culpa cuja origem lhe é desconhecida.”

Senão vejamos quantos absurdos em pouco espaço físico linear: autorepressão!, maus impulsos (conceituar pra quê?!), para DENTRO do inconsciente (onde é isso, quando é isso?), o consciente moralista agora é um DEUS que governa o inconsciente! Que sentimento de culpa, meu amigo?! Você não superou o complexo de Édipo? Desconhecida como, se ele expulsou para DENTRO do ABSTRATO e INCORPÓREO inconsciente (que está DENTRO de si) tudo aquilo?

VIGÉSIMA SEGUNDA CONFERÊNCIA

repressão diz respeito às regiões psíquicas que supomos existirem ou, se abandonamos essa desajeitada hipótese de trabalho, [muito expediente em seu trabalho] à construção do aparelho mental a partir dos diferentes sistemas psíquicos.” “a repressão também pode ser enquadrada no conceito de regressão, de vez que também a repressão pode ser descrita como um retorno a um estágio anterior e mais profundo na evolução de um ato psíquico. No caso da repressão, porém, esse movimento retrocessivo não nos interessa, já que falamos também em repressão, no sentido dinâmico, quando um ato psíquico é detido no estágio inferior, inconsciente. O fato é ser a repressão um conceito topográfico-dinâmico, ao passo que a regressão é um conceito puramente descritivo.”

não podemos chamar de regressão da libido um processo puramente psíquico, nem podemos dizer onde deveríamos localizá-lo no aparelho mental.” Talvez você devesse jogar fora a noção de repressão, portanto, porque a única coisa que valha em psicologia é o conhecimento descritivo.

Devemos estar preparados para constatar que nossos pontos de vista estarão sujeitos ainda a outras ampliações a reavaliações, quando pudermos levar em consideração não apenas a histeria e a neurose obsessiva, como também as outas neuroses, as neuroses narcísicas.”

histéricos são boqueteiros

neuróticos são sodomitas

quem chupa gosta de isqueiros

quem caga pra tudo

quem dizes que imita?

Uma regressão da libido, sem repressão, jamais produziria uma neurose, mas levaria a uma perversão.”

conhecemos pessoas capazes de suportar uma privação dessa espécie, sem serem lesadas: não são felizes, sofrem devido aos seus anseios, porém não adoecem.”

REICH E O NÚMERO: “Há um limite à quantidade de libido não-satisfeita que os seres humanos, em média, podem suportar.”

A esse ponto, aproveito a oportunidade para alertá-los contra a possibilidade de tomarem partido em uma disputa muito desnecessária. Em assuntos científicos, as pessoas mantêm muito essa tendência de selecionar uma parte da verdade, colocando-se a favor dessa parte somente. Foi justamente dessa forma que diversas correntes de opinião já se cindiram do movimento psicanalítico, algumas delas reconhecendo os instintos egoísticos e negando os sexuais, e outras atribuindo importância à influência das incumbências reais da vida e desprezando o passado do indivíduo – e outras mais.” Sujeito magoado!

A psicanálise das neuroses de transferência não nos dá um acesso fácil a um exame detalhado dos instintos do eu [leia-se interdições morais – nada de instintual aqui!]; quando muito, chegamos a conhecê-los, em certa medida, através das resistências que se opõem à análise.”

sua educação intelectual reduziu seu interesse pelo papel feminino que estava destinada a desempenhar. Devido à sua moral mais elevada e ao desenvolvimento intelectual de seu eu, ela entrou em conflito com as exigências de sua sexualidade.”

VIGÉSIMA TERCEIRA CONFERÊNCIA

PERCEBA COMO FUNCIONA A FALSIFICAÇÃO: “a experiência analítica de fato nos leva a supor que experiências puramente casuais, na infância, são capazes de deixar atrás de si fixações da libido.” Experiências baseadas em teorias, jamais verificáveis; suposições sobre o que já eram, antes de tudo, meras hipóteses, dogmatizadas, e assim por diante…

CERTO PITAGORISMO-KARDECISMO-JUNGUISMO! “As disposições da constituição também são indubitavelmente [!] efeitos secundários de experiências vividas pelos ancestrais no passado (…) Sem essa aquisição, não haveria hereditariedade.”

a importância das experiências infantis não deve ser totalmente negligenciada, como as pessoas preferem, em comparação com as experiências dos ancestrais da pessoa e com sua própria maturidade; pelo contrário, as experiências infantis exigem uma consideração especial.” Bem contraditório: o Édipo sai do berço e volta às cavernas e aos totens quando é conveniente e vice-versa…

TUDO É ‘EXTREMAMENTE DUVIDOSO’ NO FREUDISMO: “continua sendo extremamente duvidoso saber até onde a profilaxia na infância possa ser executada com vantagens, e se uma modificação de atitudes para com a situação imediata não poderia oferecer um melhor ângulo de abordagem à prevenção das neuroses.” Talvez Anna Freud tenha enxergado aqui a brecha de sua Ego Psychology para baixinhos… O papel da prevenção pedagógica!

Descobrimos, há algum tempo, que os neuróticos estão ancorados em algum ponto do seu passado” Por revelação divina! Bom, ainda é melhor que o kleinismo…

Isto somente compreenderemos em conexão com algo novo que ainda teremos de aprender das pesquisas analíticas da formação dos sintomas.”

CHARLATANISMO, MAS COM MUITO INSIGHT! “Conforme os senhores verão, essa descoberta está fadada, mais que qualquer outra, a desacreditar tanto a análise, que chegou a tal resultado, como os pacientes, em cujas declarações se fundamentam a análise e todo o nosso entendimento das neuroses. Existe, contudo, mais alguma coisa singularmente desconcertante em tudo isso. Se as experiências infantis trazidas à luz pela análise fossem invariavelmente reais, deveríamos sentir estarmos pisando em chão firme; se fossem regularmente falsificadas e mostrassem não passar de invenções de fantasias do paciente, seríamos obrigados a abandonar esse terreno movediço e procurar salvação noutra parte. Mas, aqui, não se trata nem de uma nem de outra coisa: pode-se mostrar que se está diante de uma situação em que as experiências da infância construídas ou recordadas na análise são, às vezes, indiscutivelmente falsas e, às vezes, por igual, certamente corretas, e na maior parte dos casos são situações compostas de verdade e de falsificação.”

VIGÉSIMA QUARTA CONFERÊNCIA

A estrutura teórica da psicanálise, que criamos, é, com efeito, uma superestrutura, que um dia terá de se erguer sobre seus fundamentos essenciais. Acerca disso, porém, nada sabemos ainda. O que caracteriza a psicanálise como ciência não é o material de que trata, mas sim a técnica com a qual trabalha.”

Os problemas das neuroses ‘atuais’, cujos sintomas provavelmente são gerados por uma lesão tóxica direta, não oferecem à psicanálise qualquer ponto de ataque. Ela pouco pode fazer para esclarecê-los e deve deixar a tarefa para a pesquisa biológico-médica.”

Posso informar-lhes, pois, que distinguimos 3 formas puras de neuroses ‘atuais’: neurastenia, neurose de angústia e hipocondria.” Esta última foi inventada depois de seu último período real de investigação teórica (até, no máximo, 1900).

VIGÉSIMA QUINTA CONFERÊNCIA

Hoje em dia, entretanto, devo observar que não conheço nada que possa ter menos interesse para mim, ao tratar-se da compreensão psicológica da ansiedade, do que o conhecimento dos trajetos dos nervos, por cuja extensão passam suas excitações.” Joguem fora meus Projetos.

ROBBING RANK: “Acreditamos ser no ato do nascimento que ocorre a combinação de sensações desprazíveis, impulsos de descarga e sensações corporais, a qual se tornou o protótipo dos efeitos de um perigo mortal, e que desde então tem sido repetida por nós como rigor mortal, e que desde então tem sido repetida por nós [cacofonia] como o estado de ansiedade.”

O substantivo ‘Angst’, ‘Enge’, acentua a característica de limitação da respiração que então se achava presente em conseqüência da situação real, e é, agora, quase invariavelmente recriada no afeto.”

Talvez lhes interesse saber como pôde alguém formar essa idéia de que o ato do nascimento é a origem e o protótipo do afeto de ansiedade. Nisto a especulação teve muito escassa participação; antes, o que fiz foi tomá-la emprestada da naïve mente popular.”

Semelhante tendência a uma expectativa do mal pode ser encontrada na forma de traço de caráter em muitas pessoas de quem não se pode, de outro modo, dizer serem doentes; diz-se que são superansiosas ou pessimistas.”

VIGÉSIMA SEXTA CONFERÊNCIA

devemos, porém, ater-nos aos fatos biológicos subjacentes aos instintos. No momento atual, sabemos muito pouco a respeito deles, e, ainda que soubéssemos mais, isto teria pouca importância para nosso trabalho analítico.” Hein?

É, também, óbvio que obteremos muito pouco proveito se, seguindo o exemplo de Jung, insistirmos na unidade original de todos os instintos e dermos o nome de ‘libido’ à energia que se manifesta em todos eles.” A pior conferência do recalcado.

VIGÉSIMA SÉTIMA CONFERÊNCIA

(…)

VIGÉSIMA OITAVA CONFERÊNCIA

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EL MITO INDIVIDUAL DEL NEURÓTICO – Lacan

A menudo se dice que el psicoanálisis no es una ciencia estrictamente hablando, lo que parece implicar por contraste que es simplemente un arte.” Jamais seria uma arte!

O pai fisiológico não tem moral para ser um pai moral.

¿Pero debía mi interlocutor llevar las cosas hasta decir que los casos de Freud estaban mal elegidos? Puede decirse, es cierto, que ellos son incompletos, que en gran medida son psicoanálisis que se quedaron a medio camino, fragmentos de análisis.” Se no seu “retorno a Freud” Lacan não admitisse o óbvio, que é a fragilidade da obra freudiana e a insustentabilidade dos seus “casos clínicos” (o mais grave aquele em que dá um diagnóstico de psicose a Schreber – fora de sua “especialidade”, que são as neuroses, e sem sequer conhecer o paciente!), seria impossível subsistir com alguma credibilidade atrelado a esse campo!

Eso, por supuesto, si confiamos en Freud. Y hay que confiar en él.” ¿Por qué HAY qué?

En verdad, el árbol de la práctica cotidiana ocultaba a mi colega el avance del bosque que surgió de los textos freudianos.” Obscuro. Sempre na pegada: tudo se resolve no divã; aquí eu não posso dar mais detalhes, etc.

Como Freud lo subrayó siempre, cada caso debe ser estudiado en su particularidad, exactamente como si ignorásemos todo de la teoría.”

Ótimo: aperfeiçoe Freud transformando o triângulo num quadrilátero!

Citações literárias, para corroborar essa estranha técnica-arte extremamente científica – claro que no final teremos de condensar o ensaio descritivo e compreensivo, as palavras, numa fórmula matemática cigana e incompreensível de igual modo para os de exatas e de humanas, numa figura mais ou menos cheia de pontas e círculos de retroalimentação!

Cree ante todo que debe ir disfrazado. Goethe, hijo de un gran burgués de Francfort, y que se distingue entre sus camaradas por la soltura de sus modales, el prestigio otorgado a su atuendo, un estilo de superioridad social, se disfraza de estudiante de teología, con una sotana muy marcadamente raída y descosida. Parte con su amigo, y no hay más que explosiones de risa durante todo el trayecto. Pero obviamente se siente muy contrariado a partir del momento en que la realidad de la seducción evidente, explosiva, de la joven, surgida sobre el fondo de esta atmósfera familiar, le hace notar que si él quiere mostrarse lo más bello y lo mejor posible, debe cambiar cuanto antes el asombroso atuendo, que no le permite lucirse.” Nem os gênios escapam de puberdades estúpidas.

Muito bacana, também, neurotizar todas as célebres figuras do passado – mas que escândalo que se insinuasse que Lacan não bate bem!

Creo que esta diferencia debería llevarnos a discutir la antropología general que se desprende de la doctrina analítica tal como se la enseña hasta el presente.” Tentativa de corrigir a péssima antropologia do Totem e Tabu?

Sería necesario que el padre no fuese solo el nombre-del-padre, sino que representara en toda su plenitud el valor simbólico cristalizado en su función. Ahora bien, es claro que ese recubrimiento entre lo simbólico y lo real es absolutamente inaprensible.”

Siempre hay una discordancia extremadamente neta entre lo que percibe el sujeto en el plano de lo real y la función simbólica. En esta diferencia radica lo que hace que el complejo de Edipo tenga su valor — no ya normativo sino muy a menudo patógeno. Esto no es decir nada que nos haga avanzar demasiado.” A psicanálise demora décadas para atingir verdades do senso comum.

El paso siguiente, que nos hace comprender aquello de lo que se trata en la estructura cuaternaria, es este, que es el segundo gran descubrimiento del psicoanálisis, no menos importante que la función simbólica del Édipo — la relación narcisista.” Achava que era o zero da psicanálise – fase oral!

una profunda insuficiencia y demuestra en él una fisura, un desgarro original, una derelicción, para retomar el término heideggeriano.” Olha como eu sou um psicanalista que superou os primeiros psicanalistas (sim, mesmo Aquele!), eu leio e compreendo Filosofia, finalmente!

Experiencia sin duda constitutiva de todas las manifestaciones de la condición humana, pero que aparece muy especialmente en la vivencia del neurótico. (…)E n el caso de los neuróticos, es muy frecuente que el personaje del padre, por algún incidente de la vida real, esté desdoblado.”

NEM COM MINHA CARGA CRÍTICA QUE JÁ COMEÇA EM 90% PARA TEXTOS DESSA ESPÉCIE PODIA IMAGINAR QUE ME DEPARARIA COM ALGO TÃO GENÉRICO: “Muy frecuentemente, como les he indicado, se trata de un amigo, como en ‘El hombre de las ratas’, ese amigo misterioso y jamás reencontrado que desempeña un papel tan esencial en la leyenda familiar. Todo esto desemboca en el cuarteto mítico. Es reintegrable en la historia del sujeto, y desconocerlo es desconocer el elemento dinámico más importante en la cura misma. No hacemos aquí más que destacarlo.”

É uma coisa REAL (do meu sistema REAL-IMAGINÁRIO-SIMBÓLICO), o que posso fazer? Não faço mais que PÔR-LHE AS LENTES para que enxergue!

Antes que la teoría freudiana pusiera el acento, con la existencia del padre, sobre una función que es a la vez función de la palabra y función del amor, la metafísica hegeliana no había dudado en construir toda la fenomenología de las relaciones humanas en torno a la mediación mortal, el tercero esencial del progreso por donde el hombre se humaniza en la relación con su semejante.”

No haría falta empujarme mucho para hacerme decir que lo que media en la experiencia analítica real es algo que es del orden de la palabra y el símbolo, y que en otro lenguaje se llama un acto de fe.” Amigos, recomendo-vos pararem de ler Lacan comigo e que ide ler Kierkegaard.

Freud confesó que la lectura de los poemas de Goethe fue lo que lo lanzó a sus estudios médicos y al mismo tiempo decidió su destino, pero eso es poca cosa al lado de la influencia del pensamiento de Goethe sobre su obra.” Todo grande homem traz atrás de si um séquito de rebotalhos, temos que aceitar.

SATANIC RITUAL ABUSE: A question of memory – Dale McCulley, Journal of Psychology and Theology, 1994.

Traumatic amnesia, described in the DSM-III-R as psychogenic amnesia, is a phenomenon which has been known to mental health professionals for more than 100 years. The clinically observed characteristics of traumatic memory formation and retrieval match precisely the patterns of memory recovery exhibited by SRA [satanic ritual abuse] survivors, and strongly confirm the reality of their cult abuse.”

Some patients claiming abuse or SRA are most accurately viewed as having other goals besides healing, falling into diagnostic classifications of Munchausen syndrome, Factitious Disorder or other kinds of pseudovictims, or victims of folie à deux or delusional systems. Some are consciously exaggerating, fabricating, and malingering” Martha Rogers

The basic premise upon which all of these authors found their observations and hypotheses represents purely a leap of faith rather than a scientific inquiry” George Ganaway

The question is, rather: to what degree do these vividly reenacted experiences represent purely factual accounts of multigenerational cult activities with actual human sacrifices as described, versus fantasy and/or illusion borrowing its core material from literature, movies, TV, other patients’ accounts or unintentional therapist suggestion?”

Ralph Underwager and Hollida Wakefield (1992) state that the only data that can be offered for the reality of a worldwide satanic conspiracy are ‘unsubstantiated verbal reports by people who claim to have had personal experience, often through recovered memories in the course of therapy, and some claims elicited from children in multi-victim and multi-perpetrator sexual abuse allegations.’

Passentino and Passentino (1992) evince a similar level of discredence when they note that <…the fact that more and more people are ‘recovering repressed memories’ of SRA doesn’t necessarily lead to a conclusion that SRA sensationalism is true.>

PSICÓLOGO É TUDO DOENTE, IMAGINA PSICÓLOGO PADRECO! “It seems more than coincidental, then, that 4 of the doubters in the Special Issue are past or present members of the advisory board of the False Memory Syndrome Foundation (FMSF), which was formed shortly before the JPT issue was published, and which has been vigorously propounding the proposition that many memories of childhood abuse have been implanted in the minds of suggestible clients by incompetent or malign therapists. Dr. Underwager, who played a leading role in the formation of the False Memory Syndrome Foundation, has since resigned following the publication of an interview with him and his wife, Hollida Wakefield, in the Journal of Paedophilia (Underwager & Wakefield, 1993). Underwager takes a remarkably sanguine attitude toward paedophilia stating, <I am also a theologian, and as a theologian I believe it is God’s will that there be closeness and intimacy, unity of the flesh, between people. A paedophile can say: ‘This closeness is possible for me within the choices that I’ve made’> (p. 4). He later affirms that <With boldness they can say, ‘I believe this in fact part of God’s will’> (Underwager & Wakefield, 1993, p. 4).”

NICE FANFIC! “But when we speak of the ritual abuse of children, we are not talking about normal events. Reports by both children and adult survivors commonly deal with rape—vaginal, anal, and oral; with the penetration of body orifices by lighted candles and sharp instruments; with every type of torture, including protracted electric shock; with animal and human sacrifice; with ritual cannibalism.”

A Viet Nam (sic) veteran viewing Platoon, for example, may find himself back in a rice paddy trying to evade enemy fire.” Comparação esdrúxula, mas valeu a tentativa!

They hear again the Enochian chant, punctuated by the screams of victims, rising in the night air. They glimpse the flickering candles and the fearsome circle of hooded, black-robed cultists. Their bodies feel the thrusting knife and searing flame. Blisters and scars sometimes reappear, and fresh blood may flow from tissues ravaged long ago.” O que me deixa mais indignado é fantasiar em cima de assunto sério (estresse pós-traumático)! Essas vítimas claramente foram sexual e fisicamente abusadas e torturadas, mas são todas de famílias cristãs fanáticas.

The most significant finding was that 38% of the women in the sample reported no recollection of the index event, even though it was firmly documented by hospital records. In response to the concern that some women simply were too embarrassed to disclose the assault, Dr. Williams points out that of the women who did not recall the abusive incident, 68% told the interviewer about other sexual assaults.” Curioso como ‘Satã’ ou ‘Enoque’ prefere mulheres num ritual que deveria ser indiferente ao gênero…

Equally significant is the fact that in a subsample of 23 women who had recorded medical evidence of genital trauma, and who also received the highest credibility rating by the interviewer, 52% did not recall the abuse.” E onde está a evidência satânica?

Another study, cited by Lenore Terr (1994), was conducted in Holland by Nel Draijer, who interviewed a random sample of more than a thousand Dutch women. One in six reported coerced sex with household members in childhood, and many had experienced years of psychogenic amnesia, until the memories were retrieved in adulthood.”

“MELANIE KLEIN” – Julia Kristeva

A “filósofa da inveja” ou “charlatã II: Freud Femme”.

Aunque muchos desconfiaron y siguen desconfiando (desde Heidegger hasta Nabokov, para citar a los más empecinados),¹ algunos hombres y mujeres que se contaron entre los más inventivos de este siglo (desde Virginia Woolf hasta Georges Bataille, desde André Breton hasta Jean-Paul Sartre, desde Romain Rolland hasta Gustave Mahler, desde André Gide hasta Émile Benveniste, desde Charlie Chaplin y Alfred Hitchcock hasta Woody Allen) leyeron a Freud o se tendieron en el diván analítico, para comprender o experimentar esa innovación del autoconocimiento”

¹ Às vezes a teimosia é uma virtude. Ou ela quis dizer que Heidegger e Nabokov nem sequer leram Freud ou pelo menos nenhum texto psicanalítico? Acho muito difícil… Mas não fazer análise ou discordar da seita não pode ser considerado recalcitrância nem na Paris “culta” dos 60…

Uma coisa é achar Freud genial; outra é, além disso, achar que ele contribuiu para o feminismo do século XX – INSÂNIA!

Freud inventó el psicoanálisis a partir del amor de transferencia, que nunca teorizó a fondo”

phantasy, palabra que los kleinianos escriben con ph en lugar de la f habitual”

Atenta a la pulsión de muerte que Freud ya había puesto al mando de la vida psíquica en Más allá del principio de placer, ella hizo de esta función el agente principal de nuestras afecciones”

METAPSICOLOGIA QUE PAIRA ACIMA DOS FENÔMENOS: “La locura habrá sido la actualidad política quemante de nuestro siglo, y es forzoso recordar que el psicoanálisis fue contemporáneo de ella. No porque haya participado de no se sabe qué nihilismo consecutivo a la secularización, que habría producido conjuntamente la muerte de Dios, los totalitarismos y la ‘liberación sexual’… Sino porque, en esta desconstrucción de la metafísica que vivimos con más o menos riesgos y felicidad, el psicoanálisis nos ha llevado hasta el núcleo de la psique humana, para descubrir allí la locura que es a la vez su motor y su atolladero.”

Más allá de los destinos específicos y de las desemejanzas entre las obras, es posible entrever ya algunas constantes comunes en los genios respectivos de Melanie Klein y Hannah Arendt” Odeio essas forçadas de barra gratuitas que uma mulher se sente obrigada a fazer com duas outras mulheres que não têm nada em comum, como que para ‘pagar uma dívida’!

Arendt y Klein son de las insumisas cuyo genio consistió en arriegarse a pensar.” Poderia ser só um pouco mais clichê?

1. FAMILIAS JUDÍAS, HISTORIAS EUROPEAS: UNA DEPRESIÓN Y SUS CONSECUENCIAS

En su breve Autobiografía redactada entre 1953 y 1959 (no publicada, propiedad del Melanie Klein Trust), la psicoanalista da una imagen muy modificada, incluso idealizada, de su vida. Dice haber sido fascinada por la atmósfera erudita que reinaba en la casa de los Deutsch, [¿??] haber apreciado la independencia de espíritu de su padre, que supo oponerse a los hassidim para emprender estudios de medicina, y haber admirado su dominio de una decena de idiomas… No obstante, evoca también ‘la repulsión’ que le inspiraban los caftanes de la hermana del padre, y no oculta su ‘desprecio’ por el ídish que hablaban los judíos eslovacos de su familia materna.”

Las dificultades económicas de los Deutsch obligaron a Libussa a abrir un negocio un tanto extraño para una esposa de médico. Allí vendía plantas y reptiles: lo recordaremos al abordar la fantasía del cuerpo materno según Melanie Klein, bullente de horrorosos ‘objetos malos’ penianos y anales. [¿]”

Los ‘poderosos armónicos incestuosos’ que resonaban en el seno de la familia Reizes [sobrenome do pai] se concentraron sobre todo en la relación de Melanie con Emanuel. Afectado de una enfermedad cardiaca como consecuencia de una escarlatina infantil, Emanuel se sabía condenado y, después de haber intentado estudiar medicina, se inscribió en la facultad de letras para dedicarse a la literatura y los viajes. Enfermo y endeudado, recorrió Italia escribiéndole a la madre y a la hermana, la cual le respondía con cartas llenas de sentimientos amorosos y alusiones sexuales. Fue en el marco de esta relación desesperadamente gemela, en la que hermano y hermana buscaban un fervor que estaba mucho más allá de la amistad, donde se inscribió… el matrimonio de Melanie. Ella tenía 17 años cuando conoció, en 1899, a Arthur Steven Klein, sobrino segundo de Libussa [deixa o irmão para se jogar nos braços de um primo, que bela e mórbida resolução!] y allegado a Emanuel: tenía 21 años y estudiaba química en la prestigiosa Alta Escuela Técnica de Zürich. Libussa vio en él ‘un buen partido’, e incluso a ‘el pretendiente más ventajoso’, y Emanuel demostró más entusiasmo por Arthur que la propia Melanie: más tarde, ella atribuyó su matrimonio no tanto al amor como al impulso del ‘temperamento apasionado del hermano’.”

Sumergida aún en el duelo por su hermano, cuya muerte la conmovió profundamente, Melanie se casó el 31 de marzo de 1903, al día siguiente de cumplir 21 años. A juzgar por una novela muy autobiográfica que ella escribió más tarde (hacia 1913) el sexo solo le provocaba repulsión. Ese rechazo habría estado vinculado a la sensación de traicionar el lazo incestuoso con su hermano Emanuel.” “A julgar por uma novela autobiográfica escrita em 1913, o sexo para Melanie Klein provocava repulsão. Essa recusa se ligava à sensação de trair o laço incestuoso com seu irmão Emanuel.” O pré-requisito pra ser psicanalista deve ser ser doente mental!

La existencia de la nueva familia Klein se desarrolló totalmente bajo la férula de Libussa: madre posesiva y abusiva, antes de instalarse con la pareja le prodigó consejos en cartas, les exigía ayuda económica, e incluso los acompañó en un viaje a Italia; consideraba a su hija inmadura y neurasténica, la abrumaba con su vigilancia, y llegó a ocupar el lugar de ‘la señora Klein’: Quería ocupar un lugar muy especial en la vida de la hija, y le propuso un medio extrañamente tortuoso para que Melanie pudiera comunicarse con ella sin que Arthur leyera sus cartas: «¡Dirigirlas sencillamente a la Señora Klein!». En este contexto, el propio Arthur se convirtió en ‘muy difícil’, comenzó a sufrir de los ‘nervios’ y del vientre… Las enfermedades de Melanie no tardaron en estallar a la luz del día”

Escritora de primeira ou segunda ou terceira categoria? “En su estilo es visible la influencia de la poesía erótica expresionista, pero también la ‘corriente de conciencia’, a la manera de Schnitzler y Joyce”

DODÓI DA BEBESSA, COITADA: “Melanie comenzó a asistir a una escuela de baile, donde conoció a Chezkel Zvi Kloetzel, un periodista del Berliner Tageblatt. Él estaba casado, se parecía a Emanuel… Melanie se enamoró de manera romántica, y le puso en secreto el nombre de… Hans, su hijo mayor.

A diferencia de los estalinistas, que caracterizaban el psicoanálisis como una ciencia decadente, ¡los compañeros de Béla Kun nombraron a Ferenczi profesor de psicoanálisis en la universidad! Pero cuando estalló la contrarrevolución, y al terror rojo lo sucedió un terror blanco antisemita, Roheim y Ferenczi fueron destituidos y amenazados de muerte.”

2. ANALIZAR A SUS HIJOS: DEL ESCÁNDALO A LA TÉCNICA DEL JUEGO

Mucho antes que Freud, Wordsworth (1770-1850) había escrito que ‘el niño es el padre del hombre’. Bajo el signo del Niño Jesús y de las Confesiones de San Agustín, dos modelos de la infancia se disputaban el imaginario inglés: por un lado, John Locke, con sus Pensamientos acerca de la educación (1793) y J.-J. Rousseau con el Emilio (1762) o el mito purificado de la inocencia infantil; por otra parte, la convicción, de inspiración calvinista, de que el niño tiene una naturaleza perversa, heredada del pecado original, la cual justificaba la severidad a menudo cruel de los métodos educativos (flagelaciones, privaciones, amenazas).”

En pleno siglo XIX, el escritor Charles Kingsley, en Antón Locke, describió de manera impresionante la tesis puritana. Su novela presenta los esfuerzos educativos de una madre convencida de la naturaleza diabólica de su niño, hasta su ‘conversión’ a los valores cristianos (privación de comida y sesiones regulares de latigazos le enseñan a moderar sus pasiones). Esta visión rígida subtiende la ferocidad de los intentos de moralización de los niños de las clases populares por los filántropos del siglo XIX. El libro culto de la burguesía triunfante, Tomas Brown en la escuela (1857), de Thomas Hughes, narra la transformación de la public school de Rugby por obra de Thomas Arnold, y describe la metamorfosis de un niño tímido en ‘the bad of school’, hecho a las virtudes de la ‘muscular Christianity’. [¿]”

El niño parece ser el objeto de deseo por excelencia del imaginario inglés, que calificaríamos de buena gana de paidófilo si el término pudiera aún vestirse de una cierta inocencia puritana.”

3. PRIORIDAD E INTERIORIDAD DEL OTRO Y DEL VÍNCULO: EL BEBÉ NACE CON SUS OBJETOS

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4. ¿LA ANGUSTIA O EL DESEO? EN EL COMIENZO ERA LA PULSIÓN DE MUERTE

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5. UN SUPERYÓ PRECOZ TIRÁNICO

Merda ininteligível… “La fase de sadismo exacerbado desde el nacimiento, a la cual Melanie Klein le dio en 1946 el nombre de posición esquizoparanoide, apunta, con el pecho, al interior del cuerpo de la madre, que contiene el pene del padre. Allí veremos, con Jean Bégoin, el prototipo del espacio psíquico.”

6. ¿CULTO DE LA MADRE O ELOGIO DEL MATRICIDIO? LOS PADRES

El universo kleiniano (se lo ha dicho demasiado) está dominado por la madre. Esa figura arcaica amenaza y aterroriza por su omnipotencia. ¿Será tan perniciosa que haya que abandonarla y hacerla morir? ¿No podría transformarse? Pero, ¿en qué? El abandono necesario de la madre, ¿constituirá un pasaje hacia el padre, como lo piensan Freud y Lacan? ¿O será más bien el primero de los encuentros con una madre buena finalmente restaurada, gratificante y gratificada? Sin duda, puesto que, para nuestra autora, no hay cuna que no tenga su bruja, ni bebé sin envidia. Y solo el analista o la analista (preferentemente mujer, o al menos un hombre que asuma lo femenino que hay en él) podría convencer al lactante que seguimos siendo eternamente, de que no es imposible encontrar hadas que merezcan nuestra gratitud.”

Pero, al poner un énfasis excesivo en la madre, desatendida por el fundador, se corre el riesgo de olvidar al padre. En efecto, ¿cuál es el lugar del padre en Melanie? Una de las primeras personas que planteó el interrogante fue Melitta Schmideberg, la hija de la analista. Y lo hizo con violencia.”

Traduzcamos: si la mujer huye del pene, lo hace porque huye del pecho; no podrá gozar, será frígida, porque gozar es en primer lugar gozar del seno que lleva el pene.”

7. LA FANTASÍA COMO METÁFORA ENCARNADA

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8. INMANENCIA Y GRADOS DE SIMBOLISMO

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9. DE LA LENGUA EXTRANJERA A LAS REDES DE LOS FIELES Y LOS INFIELES

A partir de su instalación en Inglaterra, en 1926, Melanie Klein formuló sus pensamientos en inglés, no sin volver a menudo a su lengua materna, para seguir en contacto con sus emociones y hacerlas compartir: después de la muerte de su hijo Hans, ella se confió a Paula Heimann hablándole en alemán. Es también probable que cuando murió su hijo haya soñado en alemán, despertando muchos recuerdos penosos: la preferencia de su padre por Emilie, la muerte precoz de Sidonie, la pérdida cruel de Emanuel (por la cual sintió una aguda culpabilidad), el resurgimiento de la angustia al morir la madre, la ambivalencia respecto de Arthur, su marido, el abatimiento consecutivo a la muerte de Abraham y su difícil relación con Kloetzel.”

La técnica y la política nos arrancan cada vez más a nuestros hábitat, y nos hemos vuelto a convertir en nómades.” ¿??

Habitar, ser puesto en seguridad, quiere decir quedar encerrado (engefriedet) en lo que nos es pariente (en in das Frye), es decir, en lo que es libre (in das Freie) y que cuida todo en su ser. El rasgo fundamental de la habitación es ese cuidado. Penetra la habitación en toda su extensión. Esta extensión se nos aparece en cuanto pensamos que la condición humana reside en la habitación en el sentido de permanencia sobre la tierra de los mortales.” Martin Heidegger

Como si no bastara con el apellido familiar Klein, que en alemán significa ‘pequeño’, a la hija que le nació el 19 de enero de 1904 (menos de un año después de su matrimonio con Arthur, el 31 de marzo de 1903) Melanie le puso sencillamente el nombre de Melitta: ‘Pequeña Melanie’. La dos veces pequeña tuvo de qué quejarse desde el principio, pero aguardó su hora. En la desavenencia entre sus padres, ella tomó aparentemente el partido de la madre. Lo que no dejaba de tener su mérito, pues Melanie, sufriendo bajo la férula de Libussa, se ausentaba continuamente en viajes y curas, Y era la abuela la que se ocupaba de la niña, por cierto que con devoción y solicitud, pero prefiriendo al hermanito menor, Hans, el varón, y explicándole a la pequeña Melitta que la madre era solo ‘una enferma emocional, tan enferma que tenía que abandonar constantemente a la hija’.”

La inserción de Melitta en el mundo psicoanalítico fue rápida y brillante. Aparentemente, de niña había sido analizada por la madre. Más tarde tuvo un análisis didáctico con Eitingon; después se analizó con Karen Horney, ya en Londres con Ella Sharpe, y finalmente con Edward Glover. Se recibió de médica en la Universidad de Berlín en 1927, y viajó a Londres para redactar su tesis sobre la Historia de la homeopatía en Hungría, en 1928.”

La guerra entre las dos mujeres se puso de manifiesto abiertamente en octubre de 1933, cuando Melitta Schmideberg fue elegida miembro del Instituto Británico: en su memoria, ella no atribuía las dificultades alimentarias de su paciente Viviane a factores funcionales, como lo quería la teoría de Melanie Klein, sino a la actitud de la madre que había procedido a una enseñanza demasiado estricta de la limpieza. Al morir su hermano Hans, en 1934, Melitta habló de suicidio, e insinuó que, como con todo suicida, una parte de la responsabilidad del acto correspondía a las dificultades con la familia, a la idealización y la decepción. Muy pronto la venganza de la hija, alentada por Glover, fue tomando forma hasta molestar a los miembros de la Sociedad. Siguieron escenas inconvenientes; Melitta le lanzó a Melanie apostrofes estridentes: ‘¿Dónde está el padre en tu obra?’. La guerrilla siguió jalonada por sarcasmos, indiscreciones, acusaciones que remitían a la primera infancia, a la vida familiar de los Klein.”

Después de haberse mostrado muy crítica respecto de los trabajos de Anna Freud, y de haberla atacado indirectamente en el comentario sobre el libro de una colega, Melitta intentó acercarse a Anna en el momento en que estallaron las divergencias entre los annafreudianos y los kleinianos. Visitó a Freud cuando este llegó a Londres el 6 de junio de 1939. Melanie, que le había enviado al maestro una carta de bienvenida, no fue recibida, y solo asistió a las exequias de Freud a fines del mes de septiembre. Melitta participó en una reunión con Anna Freud y los suyos, y después tomó parte en las múltiples controversias contra su madre, en un tono ‘chirriante’ y ‘sarcástico’.”

10. LA POLÍTICA DEL KLEINISMO

Los analistas ingleses —Barbara Low (cuyo apoyo a Anna Freud no se desmentirá, y que realizó una reseña elogiosa de su libro), Eder, Glover, Riviere, Sharpe y la propia Klein— leyeron con una atención minuciosa la obra de la hija del maestro. Aunque heterogéneo, el grupo estimó unánimemente (según la carta de Jones a Freud y en respuesta a las reconvenciones de este último) que resultaba inoportuno publicar en inglés una obra en la que era ostensible ‘un poco de precipitación’, que tenía ‘una base experimental también pobre’, y podía imponer ‘una detención’ al desarrollo del psicoanálisis de niños. Hasta el final de su vida, Anna Freud sintió la amargura de esa desaprobación, en particular por la conducta de Jones, que en ese momento dio muestras de cierto atrevimiento en su relación con Freud.”

Melanie resumió como sigue los principios del análisis según Anna Freud que le parecían inaceptables: 1) el análisis del complejo de Edipo es imposible, porque interfiere las relaciones con los padres; 2) el análisis del niño debería limitarse a fines educativos; 3) el analista no debería aceptar la neurosis de transferencia por respeto a los padres, cuyo papel es predominante en la vida del hijo; 4) el analista debería ganarse la confianza del niño, y desplegar el análisis sobre esta base. Estos principios iban en contra de las observaciones de Klein”

La primera referencia de Lacan a Klein se lee en su informe dedicado a la agresividad, que él presentó en mayo de 1948 en el XI Congreso de los Psicoanalistas de Lengua Francesa en Bruselas. Allí asimilaba su propia concepción de las ‘imágenes del cuerpo fragmentado’ con los ‘objetos internos’ de las fantasías arcaicas según Melanie, y en esa ‘fenomenología de la experiencia kleiniana’ reconoció los ‘fantasmas de la fase llamada paranoide’.”

Mientras se apropiaba de la posición paranoide según Klein, la amplificó y definió el yo como una instancia de desconocimiento imaginario, construida como una estructura paranoica. La transferencia negativa destacada por Klein lo llevó a entender la cura como una paranoia dirigida que contribuye a deshacer los desconocimientos del yo”

En esa exposición, Lacan también rindió un homenaje enfático a Anna Freud, lo cual se ha interpretado a menudo como una estrategia política de acercamiento a la hija del ‘fundador’.”

Melanie perdió toda su confianza en Lacan y en adelante se acercó a Daniel Lagache.”

Dos años después, en 1954, en el curso de su Seminario I, Los escritos técnicos de Freud, Lacan retomó el ‘caso Dick’ e introdujo su propia lectura de ‘La (de)negación’, basándose en Jean Hyppolite. Como lo hemos señalado, ese texto freudiano había sido el caballo de batalla de los kleinianos en las Controversias con los annafreudianos, que no lo conocían. En suma, Lacan adoptó la misma estrategia que los kleinianos en su propia refundación del psicoanálisis. Pero sin citar sus fuentes. Sin mencionar a Klein en su comentario sobre la negatividad freudiana, salvo… indirectamente, remitiendo a Kris y a Melitta acerca del caso clínico del Hombre de los Sesos Frescos.”

Lacan le critica entonces a Jones que suscriba la ‘perfecta brutalidad’ de los conceptos kleinianos, y no vea en el pene más que un objeto parcial, y no ‘el falo’: denuncia la ligereza con que ‘incluye los fantasmas edípicos más originarios en el cuerpo materno, desde su procedencia de la realidad que supone el Nombre-del-Padre’.”

Estos dos rostros del kleinismo no han dejado de atraer la atención de los sociólogos y otros teóricos de la modernidad ingleses, así como de las feministas británicas y estadounidenses. Entre los psicoanalistas, Melanie Klein es tal vez la única que, sin haber propuesto ella misma una reflexión directa sobre la historia y la sociedad modernas (como lo hicieron un Freud o un Reich), suscitó desarrollos políticos que exceden en mucho el alcance inmediato de sus concepciones clínicas. Su empirismo y sus torpezas teóricas hacen que la obra sea intrínsecamente abierta y polisémica, e inducen por defecto interpretaciones fagocitantes. Pero esto no basta para explicar ese éxito sociológico, que parece debido en parte a la atracción que ejerce el psicoanálisis de las profundidades en nuestro mundo contemporáneo, para cuya comprensión las ideologías y filosofías clásicas resultan caducas.”

De modo que se perfilan dos rostros del kleinismo incluso en las extrapolaciones sociológicas de la obra de Melanie. Unas acentúan la teoría de lo negativo, la importancia de la pulsión de muerte y de las fuerzas destructivas que gobiernan a las figuras del contestatario, del rebelde, cuando no del paranoico o del egotista secretamente esquizofrénico. Esta lectura, más atenta a la interpretación, realizada por los psicoanalistas franceses, recientemente ha comenzado a aparecer también en la pluma de numerosos teóricos británicos. Otros, por el contrario, desde hace ya una decena de años, se felicitan por haber descubierto en Melanie Klein un fundamento del vínculo social, privilegiando la conciliación y llevando al extremo lo que incluso algunos clínicos kleinianos no se privan de exagerar: la reparación

Por partir de la teoría freudiana de las pulsiones sexuales y el Edipo, el Eros según Marcuse, se opone en vano a una sociedad fundada en la represión; una sociología que se inspire en él corre el riesgo de encallar en un ‘instrumentalismo interesado’. Esto es lo que dice Alford. Por el contrario, una sociología derivada del kleinismo podría modelar un vínculo social en el que prevalezcan la reparación y la reconciliación.”

En efecto, mucho antes de la conmoción de Mayo del 68 y de la fuga anarquista de El anti-Edipo, que precedió en poco tiempo la pasión lacaniana por la paranoia femenina, Melanie vio al individuo como una economía movida por la pulsión de muerte, intrínsecamente esquizoparanoide y poco dispuesto a adaptarse a la realidad. Los annafreudianos le reprochaban que no tuviera en cuenta a la familia y la madre reales (mucho menos al padre), así como tampoco a la realidad exterior que había que conocer, sino que se encerraba en un mundo de fantasías sádicas, o en todo caso esencialmente negativas.”

Bion y Winnicott iban a clarificar este tema, y lo desarrollaron hablando del ‘ensueño de la madre’ (versión positiva generadora de la vida psíquica), y de ‘madres intrusivas’ (versión maléfica desestructuradora del psiquismo).”

Lacan debía remediar esa falta, inscribiendo la existencia del Edipo y el superyó kleinianos en la preexistencia de lo simbólico en los seres humanos, tal como se pone de manifiesto en el Nombre-del-Padre y en la pregnancia del Falo, cuya función paterna es portadora de lo imaginario.”

Las feministas se felicitaron por la alternativa propuesta de este modo al machismo freudiano y al falocentrismo lacaniano. Otras lamentaron lo que consideran un ‘normadvismo’ kleiniano, es decir, su adhesión a la pareja padre-madre y a la heterosexualidad como condiciones del desarrollo creativo de la psique.”

BOOMER IMBECIL: “Y ni que hablar los juegos electrónicos cuya violencia enloquece a las asociaciones de padres —puesto que sus hijos se “proyectan” (¡y sí!) en ellos, al punto de no diferenciar ya la imagen y la realidad—, juegos en los que el mundo moderno parece hundirse en una fantasía, en el sentido kleiniano del término, taliónica y realista. Con la diferencia de que, en Melanie, el analista acompaña esa fantasía, la formula y la interpreta para hacerla pensable y solo de ese modo atravesarla, no prohibirla ni reprimirla. Por el contrario, los asesinos inconscientes de las escuelas estadounidenses solo han tenido por baby-sitter a la pantalla televisiva y, sin que ninguna palabra los salvara del dominio imaginario, son los náufragos de una posición depresiva nunca consumada, víctimas señaladas de la regresión esquizoparanoide.” Eles iam à escola, mas faltava que fossem à analista judia, ah bom!