“polímata
(po·lí·ma·ta)
adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros
Que ou quem estudou e sabe muitas coisas ou muitas ciências (ex.: Santa Hildegarda era uma freira polímata; os polímatas são peritos em muitas áreas do conhecimento). = POLÍMATE, POLÍMATO
<polímata>, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/pol%C3%ADmata.”
Traduzido do wikipedia English com algumas (muitas!) liberdades autorais…
Lewis Carroll
From Wikipedia, the free encyclopedia
Carroll em junho de 1857 |
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Nascimento |
Charles Lutwidge Dodgson |
Morte |
14 de Janeiro de 1898 (aos 65 anos) |
Restos mortais |
Mount Cemetery, Guildford, Surrey, Inglaterra |
Ocupações |
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Educação formal |
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Gêneros literários |
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Pais |
Charles Dodgson (pai) |
Família |
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O inglês Charles Lutwidge Dodgson (1832–1898), mais conhecido por seu nome de autor Lewis Carroll, foi escritor de prosa e poesia, matemático e fotógrafo, principalmente. Seus maiores trabalhos são Alice no País das Maravilhas (1865) e sua continuação (…) Através do espelho (1871). Se o considerava talentoso para os jogos de palavra, raciocínio lógico e criações fabulosas e imaginativas. Seus poemas em Jabberwocky (1871) e The Hunting of the Snark [ver tradução melhor] (1876) são considerados precursores da literatura do não-senso.
Carroll vem de uma família tradicional de anglicanos, tanto que toda sua educação formal se deu na Christ Church, onde também morou e lecionou a maior parte de sua vida.
Alice Liddell (1852-1934) – filha de Henry Liddell, o reitor de Christ Church – é quase tão famosa quanto Carroll e quase unanimemente identificada como a principal inspiração para seu personagem mais celebrado. Em vida, entretanto, Carroll negava veementemente que a Alice dos livros fosse inspirada por ou apenas pela menina dos Liddell.
Um ávido montador e propositor de quebra-cabeças, Carroll criou o jogo de word ladder (que ele chamava “doublets”, uma espécie de jogo de adivinhação de palavras, ou melhor, associação lógica de palavras),¹ publicados semanalmente em sua coluna da revista Vanity Fair (revista vitoriana que durou quase meio século) entre 1879 e 1881.
¹ Já podemos dizer que esse aparato é mais sofisticado que qualquer “metodologia” pseudanalítica de um século mais tarde.
(…)
Infância
(…) Maioria de seus antepassados masculinos eram oficiais do exército ou pastores da igreja. Seu bisavô chegou a bispo de Elphin no interior da Irlanda. Seu avô paterno, outro Charles, foi capitão do exército, morto em combate em 1803, quando o pai e os tios de Carroll não passavam de bebês. (…) Talento nato para a matemática, igual se mostraria o filho, o professor Dodgson poderia ter escolhido o caminho exclusivo do bacharelado. Em vez disso, ele preferia uma vida mais seclusa. Casou com a prima Frances Jane Lutwidge em 1830 e se tornou um modesto pároco de província.
Dodgson (Lewis) era a terceira de onze crianças do casal, sendo o primeiro menino. Aos 11 anos, mudou-se para Yorkshire devido a uma promoção de seu pai. Esta foi sua casa pelos próximos 25 anos de sua vida. Seu pai era um religioso extremamente ortodoxo e chegaria ainda ao cargo de Arqui-deão/Arqui-decano de Richmond. Era um polemista em questões de moral e cismas religiosos. O maior ídolo do homem era John Henry Newman (polímata e santificado pela igreja católica em 2019!), líder do Tractarian movement (a redação de um número de panfletos que queria dogmatizar a igreja anglicana especificamente inglesa à parte de outras conformações, como a da Irlanda).
Seu filho homem mais velho, nem precisamos dizer, não herdou todas as concepções ortodoxas e aristocráticas de seu progenitor, tendo preferido ser autor e professor de matemática antes de deão. Aos 7, Carroll, segundo anotações da família, lia livros para adultos – posto que montados sobre complicadas alegorias – como The Pilgrim’s Progress (…) de Bunyan. Ele e vários de seus irmãos e irmãs eram gagos, o que limitava suas perspectivas sociais. (…)
Auto-retrato circa 1856, aos 24.
Alegadamente, segundo seu diário, no período de 3 anos em que estudou na Rugby School Dodgson (e todos os mais jovens ou novatos), sofreu bullying. (…) Seu sobrinho Stuart Collingwood escreveria mais tarde: “Muito embora seja difícil de figurar meu tio como alguém diferente dessa persona meiga e retraída que todos conhecem, é também verdade que, mesmo anos depois de deixar de ser um estudante, seu nome era ainda recordado como o de alguém que sabia usar os punhos em auto-defesa dos mais fracos quando necessário”, referindo-se principalmente a lutas em que Lewis defendia não a si mesmo mas as outras vítimas de assédio da escola.
“Em matemática, nunca vi alguém tão dotado em todos os meus anos na Rugby School quanto Dodgson”, escreveu o professor da instituição R.B. Mayor. (…) Seus estudos nesta instituição duraram de 1846 a 1849, no que poderíamos equivalê-los ao nosso ensino médio. Em maio de 1850 Dodgson já estava matriculado em Oxford na disciplina que tanto notabilizou não só a ele, mas a sua família como um todo, como se corresse no sangue. Apenas dois dias após o início das aulas, Lewis foi convocado para voltar ao lar: sua mãe havia morrido de uma “inflamação no cérebro”, talvez decorrente de um surto de meningite, ou um derrame, provocado ou não por alguma forte pancada. Ela tinha apenas 47 anos.
Seus anos na academia transitaram, segundo ele mesmo em seus diários, entre corresponder ao status de gênio que lhe era imputado pelos mais velhos e uma incrível capacidade de distração e “desleixo” para com a seriedade excessiva do ambiente. Em 1852 ele obteve uma menção honrosa como um dos mais destacados alunos da Universidade. Isso valeu-lhe uma bolsa oferecida pelo amigo de seu pai, o cânone da igreja Edward Pusey. Em 1854, imediatamente antes de se formar, adquiriria outra menção honrosa.
(…) Quando não atuava, de forma contínua ou intermitente, como professor da instituição na qual se formou, Lewis desempenhava uma miríade de cargos honoríficos, como o de sub-bibliotecário da própria Christ Church, algo parecido com a reitoria ou pró-reitoria da instituição.¹ (…)
¹ Assim como a denominação secretário, bibliotecário sofreu, no mundo profissional e na língua portuguesa, grande “baque” ou “recessão”…
Personalidade e aparência
Problemas de saúde
Fotografia de 1863 por Oscar G. Rejlander
Charles Dodgson, uma vez adulto, tinha cerca de 1.83m e era muito magro. Tinha cabelo encaracolado castanho e olhos entre azul e cinza (difíceis de definir conforme cada testemunho diferia). Foi descrito em seus anos finais como um “senhor excêntrico”, assimétrico, um tanto falto de harmonia e bizarro. Suspeita-se que esse quadro não seria veraz, dadas indicações de que também já havia possuído porte atlético, não fosse por uma lesão crônica no joelho que adquiriu à meia-idade.
Quando era criança sofreu de uma febre que o deixou surdo de um ouvido. Aos 17, teve um ataque severo de coqueluche, o que talvez explique a fraqueza de seus pulmões durante toda a vida madura. Sua gagueira permaneceu oscilante e relativamente controlada, mas de modo geral incurada, hoje um de seus traços mais conhecidos. A principal instância desse fato está auto-parodiada pelo Dodo (animal extinto no mundo real e que repetia sílabas, já no nome) de Alice no País das Maravilhas.
(…)
Lewis viveu em tempos em que a “alta sociedade” exigia certa fluência oratória, quando não talento lírico para as músicas e serões em grupos e bailes. Mas parece que Lewis não era mau cantor, nem se intimidava diante do público, assim como recitar poemas ou predicar a fé não lhe eram situações problemáticas. Outras de suas renomadas especialidades são a mímica e o conto improvisado de estórias (assim começou Alice no País das Maravilhas, inclusive). Melhor ainda, era um grande charadista.
Conexões
Entre seus primeiros escritos e o mega-sucesso da dobradinha Alice, Dodgson participava ativamente de um círculo de intelectuais “pré-rafaelitas” (eruditos e rebuscados, desejosos de disseminar uma cultura que antecedia mesmo o neo-classicismo, ainda que não fosse gótica como a da idade média). Assim foi que ele conheceu John Ruskin¹ em 1857. Em 1863 entabulou relações com Dante Gabriel Rossetti e sua família. Rossetti era outro polímata: poeta, pintor, tradutor. Outras celebridades do círculo eram William Holman Hunt, Arthur Hughes e John Everett Millais. Mas aquele autor com características mais similares as suas talvez fosse George MacDonald, nem que somente por haver se notabilizado pela autoria de obras “para crianças”. Na verdade parece que a entusiástica recepção dos esboços de Alice pelos filhos deste último encorajaram Carroll de forma decisiva para empreender sua reescrita e publicação finais. Carroll, notório fotógrafo, tiraria muitas fotos da família MacDonald e também da família Rossetti em seus jardins em Chelsea.
¹ Mais um polímata britânico do XIX retroativamente acusado pelos acadêmicos de pedófilo.
Política, religião e filosofia
Dodgson seguiu minimamente a tradição de seu pai: era um conservador purista em todos os tópicos sociais, mesmo os do pensamento humano, quando não acabava atingindo verdades póstumas via insights em suas novelas. Martin Gardner descreve Dodgson como um Tory preconceituoso e esnobe com as classes trabalhistas, o que nos causa estranheza. William Tuckwell, em Reminiscências de Oxford (1900), entendia-o como “austero, tímido, preciso, absorvido por demais em esquemas matemáticos, muito autoconsciente de seu senso de dignidade, algo conservador além do que parecia confortável a sua própria natureza, como que por inércia ou razões de família, e, enfim, prisioneiro de preconceitos vitorianos”.
(…)
Dodgson também foi um membro-fundador da Sociedade para a Pesquisa Psíquica, e ele era um claro defensor da teoria da telepatia (em Sílvia e Bruno dedica todo o poder e fé a essas crenças ao seu eu-lírico).
(…)
Na arte
Uma das ilustrações de Carroll
Literatura
Desde a adolescência se dedicou aos poemas e pequenos contos. Havia uma revista da família, Mischmasch, em que contribuía. Quando esses escritos foram revividos por publicações profissionais, obtiveram sucesso moderado. Nos anos 1850 ele se tornaria um autor nacionalmente conhecido (antes de Alice, quando se tornou mundialmente consagrado). Destacava-se mais nas publicações que fossem bem-humoradas, satíricas, etc.
Uma de suas peças de teatro para serem encenadas por marionetes por suas irmãs, nunca publicada em seus tempos, sobreviveu para nosso escrutínio: La Guida di Bragia. Seu primeiro poema realmente famoso foi Solitude (Solidão), num exemplar de The Train, em que Dodgson já usava o alter ego ou pseudônimo Lewis Carroll, a partir dali indissociável de sua carreira literária não-acadêmica. (…) Participou da escolha de seu nome artístico um dos editores de suas obras, Edmund Yates. Ele vetou outros nomes sugeridos por Dodgson: Edgar Cuthwellis, Edgar U.C. Westhill e Louis Carroll!
Os livros de Alice
The Jabberwock, ilustrado por John Tenniel, mais famoso pelas caricaturas dos dois volumes de Alice. Uma parte deste poema, autocontido, está em Através do Espelho.
Em 1856 o autor conheceu Henry Liddell e sua família. Não só o pai da família se tornou seu confidente (e basicamente patrão, pois era figura importante de Oxford) como a esposa Liddell, Lorina, e suas crianças também lhe amigaram muito rápido. Eram três irmãs mulheres, Lorina a Filha, Edith e Alice, a caçula. Em geral a Alice da pena de Lewis não lembra Liddell, realmente, em seus atributos físicos e em grande parte de sua personalidade infantil. É curioso, ainda mais em vista do que diremos a seguir sobre o “escândalo Carroll-Liddell”, que Lorina conste como figura proeminente no epílogo de País das Maravilhas…
Outra “pequena musa” de suas obras foi Gertrude Chataway (já de uma época em que Alice Liddell era uma mulher adulta), a quem dedica um poema com acrósticos no prelúdio de The Hunting of the Snark. Isso não sugere, ao contrário das lendas urbanas muito ou pouco exageradas no caso dos livros de mais fama, que Gertrude tenha sido tal e qual transposta para a narrativa ou tenha sido uma inspiração essencial da obra. Encara-se como uma simples dedicatória, como todo autor tem o direito de fazer, e costumeiramente o faz.
O que não nos permite tecer conclusões cabais de nenhum tipo sobre a força ou intensidade das relações com suas “musas” é que os diários do autor de 1858-62 estão irremediavelmente perdidos para nós. Isso não nos veda o conhecimento de que Lewis era realmente amigo íntimo da família Liddell e passeava de barco/gôndola com as crianças do casal em fins de semana e feriados, por exemplo, nas águas que circundam a Universidade de Oxford. Parece que a amizade com filhos de conhecidos não se mantinha após crescerem, no caso de Dodgson, mas com Alice Liddell a fofoca e as lendas urbanas atingiram o nível máximo na imprensa e nos estudos acadêmicosb.
(…)
Graças ao sucesso do primeiro livro de Alice, Dodgson se viu, pela primeira vez na vida, essencialmente um homem rico e independente. Anedoticamente se conta que a própria Rainha Vitória se enamorou tanto do livro que teria instado o autor a dedicar seu próximo livro a ela, mas este não foi um livro infanto-juvenil, e sim um maciço volume acadêmico chamado An Elementary Treatise on Determinants (Tratado Elementar sobre Determinantes Matemáticas). Mas, como com a frase “os boatos de minha morte foram um tanto exagerados”, podemos suspeitar da veracidade desta lenda: a dedicatória existe, porém não há registro fiável de que a rainha Vitória tenha feito esta súplica de homenagem.
Mesmo com o ganho satisfatório advindo de suas publicações, contudo, Lewis seguiu em Christ Church, como um professor comum. A continuação da primeira parte de Alice (não que a estória tenha terminado inconclusa) demoraria quase uma década, Através do Espelho. É um livro mais sinistro e sério, como aliás seria a tendência para Sílvia e Bruno, dificilmente catalogável, em sua metade “menos élfica” como “livro de crianças”!
Como sempre, os críticos querem encontrar em circunstâncias pessoais os motivos para o tom mais melancólico de uma obra, neste caso uma duologia que, dizem, começa muito mais alegre do que termina: o pai de Lewis morrera em 1868, entre as duas publicações. Fato muito fraco para ser causa de uma mudança de estilística ou de sentimento e humor num autor de grande envergadura.
The Hunting of the Snark¹
¹ Snark é uma criatura mitológica inventada por Carroll, portanto não me cabe traduzir o nome. O restante do livro sim: A Caça ou Caçada ao Snark.
Trata-se de um poema épico eivado de nonsense. Henry Holiday substitui Tenniel como seu ilustrador desta vez. Talvez seja uma releitura do mito de Ahab-Moby Dick. Entre 1876 e 1908 o livro teve 17 reimpressões, outro sucesso incontestável, desta vez noutro gênero. Hoje é comum vê-lo transposto para musicais, óperas, peças e músicae, embora muito menos lido que Alice, o que não é difícil, uma vez que Alice é um dos livros mais lidos de todos os tempos. Ainda falta o filme, bem como um maior reconhecimento para o legado de Sílvia e Bruno. Voltando a Snark, Dante Gabriel Rossetti costumava dizer que o poema era inteiro sobre ele.
Sylvie and Bruno
Como três/duas décadas atrás, eis Carroll produzindo um livro para o público infanto-juvenil em dois volumes mais uma vez, Sílvia e Bruno, um casal de irmãos-fada, numa trama um tanto mais elaborada que as anteriores, embora cheias dos mesmos jogos de palavras e absurdos temáticos encantadores sob a pena de Carroll. Na verdade há duas main plots que se desenvolvem de forma ora paralela, ora complementar, num enredo espiralado e interdependente. Um é o mundo real da Inglaterra interiorana cujo protagonista é um senhor idoso suscetível à crença nas tais fadas (muito parecido com o próprio Carroll em seu temperamento e humor) – este senhor não é chamado por um nome próprio no decorrer de todo o livro. (O Seclusão postará seus principais trechos em poucos dias.) A outra metade é dedicada às desventuras dos pequenos irmãos exilados de Exotilândia, peregrinos de Elfolândia e outros países ou mundos de faz-de-conta que vivem nos interstícios do nosso, neste enredo. A obra tem bastantes mensagens crít(p)icas e conteúdos inapreensíveis para pessoas demasiadamente jovens sem muita semelhança com a precocidade intelectual do próprio Dodgson, o que me permite situá-la na literatura universal do mais alto nível sem constrangimento algum. Mesmo não fazendo tanto sucesso comercial (comparativamente), o livro nunca esgotou seus exemplares ou saiu de circulação, recebendo reimpressões constantes, em mais de um século.
Hobby (em alto nível) da fotografia (1856–1880)
Foto de Alice Liddell tirada pelo próprio Lewis Carroll (1858)
Em 1856 Dodgson descobriu a nova arte da fotrografia e a abraçou por completo, sob influência de um primo, Skeffington Lutwidge, e do colega oxfordiano Reginald Southey. Em pouco tempo ver-se-ia que Carroll não era só um entusiasta da nova tecnologia e meio de expressão artística imagético, tendo muito tato e senso estético para suas imagens, como um fotógrafo vocacionado atual.
Um estudo exaustivo de Roger Taylor e Edward Wakeling conseguiu reunir todos os retratos sobreviventes do autor (https://www.abebooks.com/9780691074436/Lewis-Carroll-Photographer-Taylor-Roger-0691074437/plp). O objeto favorito de Carroll eram garotas pré-púberes (cerca de 50% de suas modelos fotográficas). Estima-se que mais da metade das fotos tiradas por Dodgson foram destruídas pelo autor antes de sua morte ou por seus parentes, talvez mediante pedido do autor em testamento. Ele também fez estudos de paisagens, garotos e homens adultos. Mesmo objetos inanimados: esqueletos, bonecas, estátuas, pinturas (primeiras instâncias de um mélange ou intersemiótica de fotografia e outras artes?); ou então animais, principalmente cães, e a vida vegetal. Sempre que fotografava crianças ele mantinha um dos pais como testemunha em toda a sessão. A famosa foto acima, uma das que nos permite conhecer a fisionomia da Alice “verdadeira”, foi tirada nos jardins da propriedade dos Liddell: era comum àquele tempo ser melhor tirar fotos aproveitando-se da luz solar, pois não havia ainda bons estúdios de fotografia nem lugares fechados com iluminação hoje dita profissional.
The Rossetti Family, Lewis Carroll (1863). L-R: Dante Gabriel Rossetti, Christina Rossetti, Frances Polidori e William Michael Rossetti
A fotografia de pessoas célebres também valeu-lhe contatos importantes e dinheiro: John Everett Millais, Ellen Terry, Julia Margaret Cameron, Michael Faraday (um dos nossos polímatas da série!), Lord Salisbury e Alfred Tennyson.
Em 1880 Dodgson se aposentou da fotografia (foram 24 anos de carreira). Ele tinha um lugar para armazenar seus retratos no sótão de Tom Quad. O aposento constituía um acervo de 3 mil imagens. Como dito, conhecemos hoje menos de mil, então é uma estimativa, no melhor dos mundos. Algumas fotos foram perdidas unicamente pelo desgaste do tempo e não-atendimento dos requisitos de preservação do suporte, não por negligência, mas pela precocidade técnica do trabalho de Carroll.
Como fotógrafo da velha guarda, seu método de revelação estava se tornando obsoleto e ele tinha de perder muito tempo com fotografias, o que o privava das delícias da literatura e da matemática, daí sua “aposentadoria” anunciada, bem antes do fim de seus anos ativos.
Matemática
Pintura-retrato póstuma de Lewis Carroll por Hubert von Herkomer.
Suas sub-especialidades eram os campos da geometria, álgebra linear, álgebra de matrizes, lógica e matemática recreativa (podendo ser considerado o pai da ‘disciplina’), tendo escrito quase uma dúzia de livros no assunto, com seu nome de batismo, não Lewis Carroll.
Dodgson produziu a primeira prova impressa do Teorema de Rouché-Capelli; contribuiu com novas idéias e conceitos em probabilidade e estudos de eleições (“método Dodgson”).
Lógica
Esse é um legado redescoberto somente na segunda metade do século XX. Martin Gardner e William Warren Bartley III parecem ter voltado a situar Carroll no âmbito dos lógicos de relevo. Seu volume II dedicado à lógica é especialmente recomendado.
Álgebra
A condensação de Dodgson é uma maneira de avaliar determinantes. Esses foram os passos iniciais para o desenvolvimento de um novo teorema algébrico.
Matemática como passatempo
Fosse vivo durante a Segunda Guerra, é de supor que Carroll pudesse ajudar os Aliados contra os alemães, pois algumas de suas proposições sobre criptografia seguem bastante atuais. Para um homem que viveu antes dos computadores, essa é uma faceta marcante.
Correspondências
Estima-se que Dodgson tenha escrito e recebido espantosas 98.721 cartas. Poderíamos chamá-lo de Pelé das cartas.
Anos finais¹
¹ Odiaria ter uma página no wikipedia com essa seção contando minha vida.
Lewis Carroll retratado na terceira idade
Dodgson pouco mudou sua rotina após a fama e a riqueza, como dito. Uma de suas poucas aparições públicas, por exemplo, se deu na estréia de Alice no País das Maravilhas no teatro, no País de Gales, 30 de dezembro de 1886. Parece que a única ocasião em que viajou para fora do Reino Unido foi quando conheceu a Rússia em 1867, numa missão eclesiástica com o reverendo Henry Liddon. Na volta, parece ter feito escalas em cidades da Bélgica, Alemanha, Polônia e França, conforme seus diários. A partir dos 60 anos sua mobilidade foi severamente comprometida pela artrite e a gota. Sua causa mortis foi pneumonia seguida de influenza.
Controvérsias
Sexualidade de Carroll & Algumas considerações sobre o surgimento da arte da fotografia
Biógrafos do fim do século XX, com a pauta finalmente em moda, começaram a se questionar sobre a homossexualidade e a possível classificação de Dodgson como pedófilo, mas é importante ressaltar que para que esse diagnóstico seja válido ao se referir a pessoas de séculos anteriores a documentação comprobatória precisa dar respaldo, mais ainda do que para biografias contemporâneas, com testemunhos, testes, dentre outras evidências muito mais acessíveis. Mais do que trabalho historiográfico, a grande parte do que se publicou sobre o tema até hoje parece jornalismo marrom ou tentativa de vender mais exemplares, alimentando polêmicas anacrônicas. Para exemplos da conduta, vd. Morton Cohen, Lewis Carroll: A Biography, 1995; Donald Thomas, Lewis Carroll: A Portrait with Background, 1995; Michael Bakewell, Lewis Carroll: A Biography, 1996. Veja que todas as biografias são produtos de um tempo (uma década histérica com a Aids, talvez, e de retrocesso nas conquistas de liberação pós-guerra?)
Fotografia carrolliana de Beatrice Hatch, parente em grau distante de Aldous Huxley.
Circulam fake news de que Dodgson teria pedido a mão de Alice Liddell em casamento, mas essa informação não é encontrada em nenhuma de suas quase 100 mil correspondências, o que deveria servir de alerta ao baixo nível das biografias acadêmicas do autor.
(…)
Do lado dos historiógrafos mais honestos e menos sensacionalistas podemos encontrar Hugues Lebailly (Through a Distorting Looking-Glass: Charles Lutwidge Dodgson’s artistic interests as mirrored in his nieces’ edited version of his diaries; Charles Lutwidge Dodgson’s relationship with the weaker and more aesthetic sex re-examined). A era vitoriana promovia uma espécie de culto divino da infância e da criança, mesmo do corpo a-erótico das crianças. É natural que um homem do período desenvolvesse uma carreira vicária de fotógrafo com estes gostos em mente, e que fotos com roupas de luxo, simulando certa pobreza ou espontaneidade (a criança coberta de farrapos, ou como que em roupa de cama, surpreendida ao acordar) e até mesmo nus completos não produzissem o menor choque social – pelo contrário, era como retratar anjos visíveis. Palavras como pornografia e abuso infantil estavam longe sequer de ser cunhadas ou debatidas.
Longe de ser uma exclusividade de Carroll, muitos profissionais do período e do local são notáveis no campo da Estética por tratar exclusivamente do assunto e contribuir em Estética e Moda das perspectivas infanto-juvenis, como Oscar Gustave Reilander¹ (quem trabalhou com Darwin) e Julia Margaret Cameron (a mãe do close-up, até hoje uma das maiores influenciadoras de nosso imaginário plástico dos maiores gênios que estudamos desde a escola via livros-textos, pois dela são algumas das fotos mais difundidas de ingleses de renome; ataques misóginos no período – que surpresa! – classificavam seus “cliques” atemporais como “borrados e fora de foco” – nem Bernard Shaw² deixou de dizer as maiores asneiras sobre Julia Cameron, ainda que obrigado a reconhecer seu talento… para fotografar homens velhos!). “Nus” de crianças apareciam vulgarmente em cartões postais britânicos a cada comércio de esquina, então não é como se fossem uma commodity para “aficionados” ou “doentes”, como seriam considerados hoje. Não há como condenar Dodgson sem condenar um período histórico inteiro (e ainda assim estar-se-ia correndo o risco de cometer grave injustiça) – disso os biógrafos incautos deveriam ser avisados, se ousam tecer conclusões de longo alcance a fim de vender livros mais facilmente.
¹ A propósito, através dessa página encontrei essa outra e estou aqui gargalhando há 5min: https://en.wikipedia.org/wiki/Victorian_headless_portrait. Etimologia da lenda do cavaleiro sem cabeça (ou um dos epifenômenos dessa obsessão inglesa)?
² Um dos últimos reacionários com cérebro do planeta Terra.
Karoline Leach vai mais longe e entende o retrato (no pun intended) que se faz de Lewis como “desinteressado de mulheres adultas” como uma grande mitologização e falsificação da vida do autor, o que ganhou até nome próprio para larga utilização: O Mito de Carroll. Os primeiros biógrafos erraram sutilmente a esse respeito; os de uma segunda geração, utilizando os primeiros como referência, ampliaram o erro ao entender “eco” como “informação” inquestionável, até que o mercado de biografias de Carroll se tornasse indistinguível do mau jornalismo de superfície, com lupas que magnificavam os erros dos biógrafos precedentes.
Algumas das famosas “amiguinhas” de Carroll, como chamam suas modelos pejorativamente, porque assim ele as tratava nas cartas, sem por isso significar algo jocoso, que os biógrafos que o acusam de pedofilia gostam de citar como “prova”, com as quais ele se correspondia, tinham mais de 18 anos de idade, por exemplo. Imoralidade não deve ser confundida com ilegalidade nesse aspecto idiossincrático – se verdadeiramente idiossincrático – do eminente pastor-matemático-poeta-fotógrafo! Langford Reed, por fim, para citarmos novamente alguém do campo anti[t]ético, propôs em 1932 uma tese um tanto “leonardodicapriana” para os interesses interpessoais de Carroll: ele, alega o autor da biografia dos anos 30 do século passado, descartava suas amizades femininas quando elas chegavam aproximadamente ao aniversário de 14 anos. Como vimos no caso da família Liddell, a razão do “rompimento” pode ser de ordem completamente não-relacionada com o envelhecimento da criança-modelo (inclusive pode ter relação com ciúmes e paranóia dos pais da agora púbere rebenta, num tempo em que se fazia legitimamente a côrte a mulheres assim que elas já haviam visivelmente menstruado – e não falo de jovens de barba espessa, mas de sessentões ou setentões, muitas vezes). Outros defendem que Carroll era homossexual e usava essas correspondências para tentar camuflar o fato, que era contravenção conforme a Inglaterra do período ou pelo menos pecado na consciência de alguém tão religioso, sabendo-se que dificilmente um aristocrata britânico teria de cumprir pena pelo crime do “amor proibido”.
O claustro e não-ordenação
Dodgson deveria ter sido ordenado para viver em claustro cerca de 4 anos após ter completado seus estudos como matemático na Christ Church. Mas essa circunstância foi inúmeras vezes adiada e Carroll acabou sendo sempre um “leigo”, isto é, um pastor comum de sua congregação, e não alguém mais retirado da vida, um “monástico” (a igreja anglicana possui tantos pontos em comum com o catolicismo – vedação do sexo fora ou mesmo dentro do casamento sem fins reprodutivos, quando não do casamento em si – quanto com o protestantismo, dependendo da seita em questão).
Algo dos possíveis tormentos um tanto herméticos e apenas psicológicos de Carroll no que diz respeito a sua condição de pecador pode ser distinguido nas entrelinhas da narração em primeira pessoa da ficção Sílvia e Bruno, que comparado com Alice no País das Maravilhas, livro sem referencial religioso algum (dir-se-ia, bastante pagão), é uma verdadeira gospel novel.
Os diários perdidos
Pelo menos 4 volumes completos e 7 páginas de texto de outros diários estão faltando, num total de 13 volumes dos diários de Lewis Carroll. Não se sabe explicar o desaparecimento. A remoção das páginas aleatórias dentre os volumes preservados, por exemplo: especula-se que seja obra dos herdeiros, a fim de preservar a imagem do autor em pontos sensíveis de sua biografia. Os períodos mais afetados por essas omissões são 1853 a 1863 (dos 21 aos 31 anos de Lewis). Há especulações, no mesmo montante, de que fossem poemas abertos sobre interesses homossexuais, numa análise contextual de em que períodos Carroll mais produziu poeticamente (justamente esse intervalo). Novamente, especulações com algo de razão, porém sem qualquer evidência.
Descoberta documental (não-conclusiva) de 1996 (Karoline Leach): mais um indício apoiando que ambas as famílias jamais trataram de propostas matrimoniais entre “Carroll” Lutdwidge e Alice Liddell.
Parece que a principal causa do rompimento havido entre Carroll e a família Liddell (que não foi definitivo, mas que esfriou a relação entre as partes de modo irreversível) tinha razões bem menos nobres, se se confirma a veracidade do conteúdo da imagem exposta acima –– outros diriam: bem menos escandalosas ––, que uma negativa de Alice (na verdade o pai de Alice) em se casar (que sua filha se casasse) com Dodgson. Havia boatos, na casa paterna, de relações entre o escritor e uma certa governanta, ou mesmo com Lorina Liddell, a irmã mais velha de Alice (em idade legal para contrair o matrimônio, a propósito). Na verdade, pior ainda, Lorina podia ser a própria mãe de Alice, já que o nome da primeira filha e da mulher do Sr. Liddell era o mesmo! Affair socialmente escandaloso, sem dúvida, mas absolutório de Carroll no quesito “pedófilo que gostaria de casar com sua principal musa inspiradora” (o que nos importa neste séc. XXI, assumo), para a decepção de muitos tablóides acadêmicos extemporâneos! Caso isso pudesse ser provado efetivamente, e não apenas apontado com um pouco mais de probabilidade (só o que há são “fofocas” provenientes de uma página muito tardia redescoberta, realmente suprimida do diário, mas não-escrita pelo próprio Carroll, mostrando que ele foi alterado entre sua morte e sua divulgação, que bate com a data do rompimento nas relações familiares, em que constam essas explicações mais fundamentadas no senso comum – testes caligráficos apontam para as anotações serem das sobrinhas de Carroll, que alegavam não querer manchar a reputação da governanta para terem suprimido a página depois, enquanto que há outra vertente que acredita na declaração do sobrinho-neto de Carroll de que foi ele o autor da entrada no diário, baseando-se, de qualquer maneira, em ouvir-dizer corrente na família), realmente seria o maior marco ou revolução epistemológica desde que biografias de Carroll começaram a ser escritas, digno de um grande mea culpa dos especuladores em relação a Lewis Carroll! A página acima segue, entretanto, como curiosidade pitoresca sobre esta inútil polêmica.
Enxaqueca e epilepsia¹
¹Esta seção deveria obviamente estar em Problemas de saúde, não como tópico separado.
Na década de 1880 Dodgson descreveu em detalhes suas crises de enxaqueca com aura. Curiosamente, uma vertente de enxaqueca foi batizada de Síndrome de Alice no País das Maravilhas por médicos posteriores, graças aos efeitos visuais lisérgicos decorrentes da crise (há a sensação corpórea, concomitante, de aumento e diminuição do tamanho dos corpos em volta).¹
¹ Eu mesmo padeci de uma dessas crises (embora minhas enxaquecas, sempre com aura, sejam bastante raras) num momento fundamental de minha adolescência em que fui falsamente acusado pelos meus pais de empreender ações horríveis (namorar uma suposta prostituta-cafetã – acusação que na verdade partiu – e foi facilmente crida – de um trote da cunhada má, irmã da difamada, nas quais meus pais caíram como patos sem solicitar qualquer evidência além de uma convicta voz na ligação de telefone, como caem em qualquer conversa para boi dormir, de golpes de cartão a Bolsonaros…).a Com o tempo, o sistema de mentiras que eles (meus pais) erigiram para me difamar voltou-se contra eles, e as doenças auto-imunes também deixaram de me afetar para afetar Nadir Gomes e José de Jesus Ferreira ao invés. Enantiodromia psicossomática hereditária? Somatização enantiodrômica intergeracional? Destino trágico-irônico? Chamem do que quiser! Eu chamo de BBB: burlesco, belo e moral.
a Anos depois, ironicamente, a mesma pessoa (a cunhada caluniosa), com o mesmo expediente (telefonar para os meus pais) conseguiu realizar o efeito contrário na mente deteriorada de meus lamentáveis progenitores: num contexto diferente, em que as duas tinham se reconciliado e eu era “o ex tóxico da estória”, a irmã de minha ex-namorada (quero deixar claro que esta ex-namorada nunca foi prostituta, nem cafetina, nem agia como qualquer dessas coisas, como nas ilações feitas pela própria irmã meses antes!! parece que não só a minha família é um poço de lodo covarde e deletério…) comunicou aos meus pais que me processaria por tê-la eu ofendido no scrapbook do finado Orkut! Meu pai, machão como sempre, disse que se algo assim se repetisse eu não poderia concluir minha faculdade privada de jornalismo, que ele a duras penas (falso!) custeava, pois pararia de me financiar no ato.aa
aa Mais curiosamente ainda, numa dessas reviravoltas típicas na vida de pessoas sem-cérebro (falo do meu pai, que infelizmente tinha dinheiro e o monopólio sobre minha existência, quando eu era um jovem desempregado de 20 anos), ele revoltou-se anos mais tarde quando eu desisti voluntariamente da faculdade de jornalismo, pois não desejava mais seguir aquela profissão, e ser-me-ia fácil largá-la de imediato, uma vez que já inclusive cursava em simultâneo sociologia na Universidade de Brasília e comunicação social nessa pós-graduação de direito privado… Agora, porém, o “machão” não podia dizer que sem seu dinheiro eu não poderia me formar (numa instituição pública), e que ele era o deus-mecenas de minha existência presente-futura… Havia perdido um grande poder, ou sensação de poder, que os idosos usam no lugar das ereções! Ele não deixou, contudo, e hipocritamente, de estrebuchar-se por meia hora sobre os recursos que havia jogado fora em minha educação, só para que eu desistisse dum curso em que eu era excelente aluno (e do qual ele ameaçou me desmatricular se eu xingasse uma verdadeira RAMEIRA REPRODUTORA DE MENTIRAS EM SÉRIE num perfil de rede social, recapitulemos). Assim caminha a família tradicional brasileira: vários andares abaixo da família tradicional vitoriana, que já claudicava e não ia nada bem… Intermezzo talvez desnecessário neste post sobre Carroll, mas delicioso mesmo assim, uma vez que a página do wikipedia achou tão importante citar as enxaquecas com aura de Dodgson e tudo isso me veio à baila sub-repticiamente!
Três médicos teriam diagnosticado Carroll ao longo da vida, graças a alguns desmaios sem piores conseqüências, como epilético em algum grau, diagnósticos não-conclusivos (exatamente como muitos capítulos biográficos contendo opiniões fortes em forma de afirmações absolutas, mas nada mais). De qualquer maneira, foram tonturas ou mal-estares “epileptiformes” ou “epileptóides”, embora não epilepsia propriamente dita.
(…)
(Um último conselho aos editores do Wikipédia: parem de incluir informações irrelevantes ou não-confirmadas em seus artigos biográficos!)
Trabalhos completos
Literários
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La Guida di Bragia, Ópera-Balada para Teatro de Marionetes (c. 1850)
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“Miss Jones”, música cômica (1862)
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Fantasmagoria e Outros Poemas (1869)
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Through the Looking-Glass,…and What Alice Found There [Através do Espelho…e o que Ela Encontrou Por Lá] (inclui a 1ª aparição de “Jabberwocky” e “A Morsa e o Carpinteiro”) (1871)
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The Hunting of the Snark (1876)
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Rhyme? And Reason? [Rima? Com ou Sem Sentido?, seria minha opção de tradução favorita] (1883) – tem vários poemas em comum com o livro de 1869 “Phantasmagoria”
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Um Conto Emaranhado (1885) [Este título também seria ótimo como alternativa para Sílvia e Bruno.]
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Sylvie and Bruno (1889)
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A Pequena “Alice” (1890) [Ou “Alice para a Creche”, versão abreviada para crianças de 0 a 5 anos, segundo o próprio Carroll.]
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Sylvie and Bruno Concluded (1893) [primeira aparição do 2º volume da obra, hoje vendida em vol. único]
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Problemas de Travesseiro (1893)
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O que a tartaruga falou para Aquiles (1895)
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Três Crepúsculos e Outros Poemas (1898)
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The Manlet (1903)
Matemáticos
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Uma Sílaba de Geometria Algébrica Plana (1860)
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O Quinto Livro de Euclides Tratado Algebricamente (1858; 1868)
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Tratado Elementar sobre Determinantes, Com sua aplicação a equações lineares simultâneas e equações algébricas
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Euclides e seus rivais modernos (1879), uma espécie de livro-híbrido entre literatura de não-ficção e pedagogia em matemática.
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Lógica Simbólica Parte I
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Lógica Simbólica Parte II (póstumo)
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A Cifra do Alfabeto (1868) [sobre decriptação]
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O jogo da Lógica (1887)
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Curiosa Mathematica I (1888)
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Curiosa Mathematica II (1892)
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Uma discussão sobre os vários métodos para se conduzir eleições (1873), Sugestões para o melhor método de escrutínio popular, em que mais de dois assuntos devem ser votados (1874), Método de contagem de votos em mais de dois temas simultâneos (1876), todos compilados como Teoria dos Comitês e Eleições, editado, analisado e publicado em 1958 por Duncan Black.
Outros/miscelânea
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Algumas Conhecidas Falácias sobre Vivissecção
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Oito ou Nove Sábias Palavras sobre Escrever Cartas (1890)
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Notes by an Oxford Chiel [Observações de um ‘Cara’ de Oxford, como nos referiríamos à gíria chiel, caída em desuso] (1865-74)
-
Princípios da Representação Parlamentar (1884) [não entendo por que não recairia em ciência política ou, ao menos, matemática, conforme os outros trabalhos de Carroll sobre votação]
Referências importantes
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